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O presidente Michel Temer iniciou há pouco a primeira de três reuniões marcadas para este domingo para discutir a crise aberta pela Operação Carne Fraca. Temer se reúne inicialmente com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

Em seguida, às 15, o presidente recebe os representantes do setor de produção de proteína animal, como os presidentes da ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne), Antonio Camardelli, da ABPA (Associação Brasileira da Proteína Animal), Francisco Turra, além do presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins. O Palácio do Planalto ainda não confirmou a lista completa dos participantes.

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Às 17h, o presidente encontra embaixadores de países consumidores da carne brasileira. O governo está preocupado com a repercussão negativa da operação e o impacto que ela poderá ter na exportação de produtos nacionais. A intenção é anunciar novas medidas que levem maior segurança à população brasileira e também ao consumidor do mercado externo em função da Operação Carne Fraca.

Vários países estão exigindo explicações do Brasil por conta das denúncias, entre eles, Estados Unidos e China, grandes compradores do Brasil, além da União Europeia.

Ontem, o ministro Blairo Maggi determinou que três funcionários da Consultoria Jurídica do ministério viajassem para Curitiba (PR), onde estavam centralizadas as investigações da PF, a fim de obter laudos periciais dos produtos relacionados na operação. Técnicos da área de Inspeção Sanitária trabalharam neste sábado, 18, para obter detalhes do processo, que tem 350 páginas.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) abriram chamadas públicas para a aquisição de alimentos da agricultura familiar. As compras serão feitas por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA).

A  UFRS vai comprar, por ano, 63 mil litros de leite longa vida da agricultura familiar, em um investimento de R$ 175 mil. Já a UFRN vai investir R$ 317 mil na compra de 80 toneladas de frutas, verduras e legumes.

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De acordo com o edital, interessados na venda de leite devem apresentar documentação para habilitação e proposta de venda em 4 de abril. Para aqueles que querem participar da venda para a UFRN, o prazo para apresentar documentação vai até 29 de março.

A coordenadora geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDSA, Hétel Santos, destaca vantagens da Compra Institucional para as universidades. “A metodologia do procedimento de compra é simplificada, dispensa licitação. Além disso, o alimento é mais fresco e o preço, muitas vezes, é mais em conta.”

Transformando a realidade

O agricultor familiar Francisco Lima, 46 anos, morador de Macaíba (RN), conta que ele e os demais integrantes da Associação de Produtores Vida Nova vão participar da chamada pública.

Segundo ele, as compras feitas pelo governo direto dos produtores transformaram a realidade da associação. “Ficamos conhecidos no mercado, porque a gente plantava as nossas verduras e não tinha como escoar. Nossa expectativa com essa chamada é muito boa”.

Na Compra Institucional, cada família agricultora pode comercializar R$ 20 mil por ano, por órgão comprador. Para os empreendimentos da agricultura familiar, o valor é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador. 

A Embrapa lança nesta quinta-feira (24), em Belém, uma nova cultivar de banana do tipo prata, uma das mais apreciadas no Norte do país. Desenvolvida especialmente para a região, a BRS Pacoua destaca-se por apresentar maior produtividade e resistência às principais doenças que atacam os bananais no Brasil, como a Sigatoka-negra e Sigatoka-amarela. O evento ocorrerá na sede na Embrapa Amazônia Oriental e será destinado a autoridades, imprensa, parceiros e setor produtivo. Constam na programação, a partir de 8h30, palestras sobre o desenvolvimento da cultivar e cenário na bananicultura no Pará, além da degustação do fruto in natura e de produtos feitos à base da banana no caminhão de processamento de frutos do Senai. No dia 25, todo o potencial produtivo do fruto será demonstrado no dia de campo, em área de lavoura no município de Santo Antônio do Tauá, das 8 às 12 horas.

O Pará é o quinto produtor de banana do Brasil, com uma produção anual de cerca de 600 mil toneladas, dividida em quase 60 mil hectares, mas ainda assim precisa importar 30% do fruto para abastecer o Estado. Na Região Metropolitana de Belém (RMB), o volume de importação pode chegar a três vezes mais, pois segundo dados da Ceasa (Pa), das cerca de 41 mil toneladas comercializadas em 2015, quase 90% foram provenientes de outros Estados.

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A BRS Pacoua, se cultivada com tecnologias e manejo adequados, pode produzir até 40 toneladas por hectare (t/ha) a partir do segundo ciclo, mais que o dobro da média nacional, que é de 14 (t/ha) (IBGE/2015). Essa produção tiraria o Pará da dependência externa do fruto e pode significar uma redução de até 30% do valor da fruta comercializada na RMB, conforme avaliou o pesquisador Urano de Carvalho, especialista em frutíferas da Embrapa Amazônia Oriental.

Outra vantagem do fruto sobre as atuais bananeiras cultivadas no Pará é a resistência à Sigatoka-negra e à Sigatoka-amarela, o que garante ao produtor e ao consumidor final um fruto com menor incidência de agrotóxicos, além de menor índice de despencamento, o que confere à banana maior tempo de prateleira.

Produzida majoritariamente pela agricultura familiar, a produção estadual está em cerca de 13 t/ha (IBGE/2015), um pouco abaixo da média nacional, e a baixa tecnologia empregada na produção se reflete em frutos de menor qualidade e, consequentemente, menor valor de mercado. A adoção da nova bananeira pela agricultura familiar paraense, além de produtos mais saudáveis, pode representar um complemento na fonte de renda, garantindo segurança alimentar e melhoria de qualidade de vida às famílias, conforme explicou o engenheiro agrônomo Antônio Menezes, analista da Embrapa Amazônia Oriental e um dos responsáveis pela condução dos experimentos com a BRS no Pará.

De acordo com Antônio Menezes, a banana é muito utilizada em consórcios, sejam em sistemas agroflorestais (SAFs) ou junto a plantações de açaí e cacau. “A banana produz em um ano e ajuda o agricultor conseguir um retorno rápido do investimento, pois o açaí leva em média quatro anos para produzir por exemplo. Além da renda com venda da banana, as folhas e restos do manejo do bananal servem de adubo e armazenamento de água para a plantação de açaí, reduzindo os custos de manejo”, explicou.

A BRS Pacoua é um híbrido de bananeira, produto do cruzamento iniciado pela Embrapa Mandioca e Fruticultura nos anos 90. A partir daí, foi implantada uma rede de ensaios nacionais de genótipos promissores, incluindo o estado do Pará, para onde a cultivar é recomendada — os experimentos no Norte do país foram conduzidos em parceria com equipe da Embrapa Amazônia Oriental (PA). Mostrou vantagens comparativas em relação às cultivares rotineiramente utilizadas pelos produtores paraenses, principalmente nas questões associadas com resistência a doenças.

A banana é o segundo fruto mais produzido no Pará, ficando atrás somente do açaí, mas em se tratando em consumo, assume a liderança. Essa predileção pelo fruto cria um mercado potencial à adesão da BRS Pacoua pelos produtores paraenses, em especial, na região do nordeste paraense, que possui grande dependência externa do produto. O agrônomo da Embrapa, Antônio Menezes, lembrou que entre anos de 1998 e 2000, o Pará foi o maior produtor de banana do Brasil, título perdido após a entrada das Sigatokas negra e amarela na região, e que com essa nova cultivar pode vir elevar novamente o Estado para o topo do ranking.

O evento de lançamento da BRS Pacoua é realizado em Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Mandioca e Fruticultura, com apoio da Amazônia Irrigação, Ideflor, Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Sistema Fiepa e Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).

Por Kélem Cabral, da assessoria da Embrapa Amazônia Oriental.

 

 

 

Foi lançado no Brasil um aplicativo que reúne em um só mapa restaurantes, feiras, hortas comunitárias e grupos de consumo responsável de alimentos orgânicos. Criado e desenvolvido em parceria entre o Instituto Kairós e a Cooperativa EITA, o Responsa é gratuito e permite que consumidores e profissionais possam encontrar produtos e experiências educativas pelo GPS.

A ideia é estimular a comercialização de produtos da economia solidária e da agricultura familiar, aproximando o público através de relações que podem ser mais curtas, transparentes e sustentáveis.

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"Queremos que qualquer pessoa possa encontrar, perto de sua casa, escritório, ou até durante uma viagem, um restaurante que utilize ingredientes orgânicos, uma feira ou uma loja na qual possa encontrar produtos agroecológicos", explica a coordenadora de projetos do Instituto Kairós, Juliana Gonçalves.

Com interface amigável, o aplicativo funciona em todo o Brasil e permite filtro por tipo de local ou município, e unifica um extenso banco de dados que inclui, já no seu lançamento, mais de três mil iniciativas ligadas ao consumo responsável de alimentos.

O serviço possui ainda um espaço em que as pessoas podem facilmente compartilhar, com outros usuários, suas dúvidas e dicas sobre como consumir de maneira responsável. Nele, é possível trocar receitas para limpeza ecológica, formas de cozinhar com menos desperdício, dicas para economizar água ao fazer faxina, entre outras possibilidades.

O plantio da soja da safra 2016/2017 ainda não deslanchou. Apesar de as chuvas terem começado mais cedo, meteorologistas alertam que a regularização da estação das águas só deve ocorrer a partir de novembro. Além da incerteza climática, produtores citam a dificuldade de acesso a crédito, a escassez de recursos próprios após as perdas da safra 2015/2016 e o custo elevado de insumos como fatores a recomendar prudência na hora de semear a oleaginosa.

A cautela vai na contramão da previsão de colheita da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgada na quinta-feira em Brasília. O País deve colher um recorde de até 214,8 milhões de toneladas de grãos neste ciclo - volume até 15,3% maior ante a temporada anterior. Para a soja, a Conab prevê aumento de até 9%, para 104 milhões de toneladas.

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Em Mato Grosso, maior Estado produtor, com 29,1 milhões de toneladas projetadas pela Conab (12% mais ante 2015/2016), produtores dosavam a velocidade das plantadeiras e da cobertura da área conforme previsão do tempo. O Oeste do Estado é a região na qual o plantio está mais adiantado, com 36,31% da área já coberta, segundo o Instituto Mato- Grossense de Economia Agropecuária. Em Campo Novo do Parecis, a chuva demorou mais para chegar ao município, mas, quando veio, alcançou amplamente as áreas de lavoura, disse a presidente do Sindicato Rural, Giovana Velke, ao Broadcast Agro, sistema de notícias do agronegócio em tempo real da Agência Estado. "De domingo para cá, choveu em quase toda a região, e todo mundo está plantando", disse.

No Meio-Norte, segunda região mais adiantada em Mato Grosso, com 24,47% da área semeada, além das chuvas irregulares, agricultores sofreram com atraso na entrega de sementes. Em Nova Mutum, o plantio teve início entre 25 e 28 de setembro, com chuvas ainda esparsas e em áreas isoladas. A partir de 4 de outubro, a região recebeu chuvas volumosas. Ainda assim, há quem só plantará a partir do dia 10.

Sementes

"Agora estão entregando sementes, mas ainda há problemas de qualidade, como germinação baixa", disse o presidente interino do Sindicato Rural do município, Emerson Zancanaro. O clima ainda preocupa, mas a expectativa é de boas condições em novembro. "Estamos apreensivos com a possibilidade de seca de 15 a 20 dias em outubro, mas o produtor vai plantar igual."

Embora os recursos para pré-custeio e custeio - necessários para adquirir adubos, agroquímicos e sementes - tenham chegado ao campo no período esperado, muitos produtores precisaram renegociar dívidas e tiveram o limite de crédito reavaliado. "Tivemos quebra na safra passada; o produtor está com crédito restrito", disse Zancanaro, acrescentando que uma das saídas é o financiamento por meio de "barter" - operação na qual o produtor adquire insumos diretamente de empresas e quita a dívida com grãos, após a colheita.

Ainda assim, sojicultores esperam que um bom resultado em 2016/2017 permita uma maior facilidade de financiamento e um aumento no uso de recursos próprios no custeio da safra seguinte.

Ao anunciar hoje (24) um plano para desburocratização do agronegócio, o governo reconheceu que o eventual aumento da demanda externa por produtos brasileiros pode fazer com que as mercadorias fiquem mais caras para o consumidor no mercado interno. Apesar do risco, no entanto, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, disse que esse efeito seria menos danoso para a economia do que uma eventual inflação por falta de produtos, que o país pode enfrentar caso não elimine dificuldades no setor agropecuário.

Lançado nesta quarta-feira no Palácio do Planalto para reduzir a burocracia e dar mais condições para o agronegócio conquistar mercado no exterior, o Plano Agro + prevê medidas como a facilitação de inspeções em portos, regras mais simples para a rotulagem de produtos de origem animal e para a certificação fitossanitária, e até o aumento da temperatura estipulada para o congelamento de carne suína, o que pode levar a uma redução dos gastos com energia.

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Trocar carne por frango

Segundo Maggi, os reflexos de uma maior participação dos produtos brasileiros no mercado internacional podem incluir a alta do preço desses produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros. É o caso, inclusive, da carne, que pode subir de preço no Brasil em consequência da recente abertura do mercado dos Estados Unidos para o comércio do produto in natura.

“A questão das carnes vai seguir o mesmo caminho. Se o Brasil quer ser um país aberto e participante do mercado internacional, em determinados momentos seremos penalizados. Não tenho dúvida disso. Mas em outros momentos seremos beneficiados”, ponderou.

Segundo o ministro, “a política já demonstrou que controle de preços não é um bom caminho para a sociedade andar”. Maggi, no entanto, diz que há outras saídas para o consumidor se esquivar de eventuais aumentos. “Se subir o preço da carne bovina, temos frango e suínos para fazer substituições. É nesse caminho que vamos deixar o mercado andar.” Maggi diz não se preocupar com o efeito desses aumentos sobre os índices de inflação.

“Não tenho essa preocupação. O que preciso olhar é para o futuro. Por exemplo, nesse ano as margens dos produtores de frangos e suínos está muito ruim. Se eles olharem só o mercado desse ano, muito provavelmente disponibilizarão, no ano que vem, um alojamento menor de matrizes. Consequentemente, teríamos uma oferta menor de aves e suínos no futuro. Portanto, se não os estimularmos, ano que vem teremos oferta menor. Aí teremos uma inflação não por problemas de preços internacionais, mas uma inflação por falta de produtos”, argumentou.

O Pará já tem uma ferramenta tecnológica que vai auxiliar no planejamento estratégico produtivo da região ao analisar e indicar áreas propícias aos diversos usos da terra e tratos culturais. Os Mapas de Solos e de Aptidão Agrícola das Áreas Alteradas do Pará, elaborados pela Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Solos, podem ser usados para potencializar a produção, incidir na redução de riscos de produtores e investidores e servir de suporte aos governos e agentes financiadores.

O produto será disponibilizado gratuitamente na internet e foi lançado, em forma de catálogo, no último dia 16, na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém.

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Análise realizada pela Embrapa revela que 86,7% das áreas já alteradas do Pará estão aptas às atividades agrícolas. O estudo oferece bases científicas para desmistificar um equívoco histórico e recorrente sobre a região, que relegava a Amazônia à condição de solo pobre e sem potencialidades produtivas.

Os mapas foram elaborados com base nos dados dos projetos Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite – Prodes e TerraClass, englobando as áreas desflorestadas (antropizadas), preservando florestas vulneráveis e Unidades de Conservação.

A chamada região antropizada do Pará corresponde 20,89% da extensão do Estado, o que representa apenas 260.681,03 km², do total de 1.247.955,381 km², conforme dados do IBGE. Destes, 32,8% são consideradas boas e regulares para a pecuária, setor que responde por mais de 50% do PIB do setor primário do Pará e outros 39,5%, para agricultura.

Entre as inovações dos mapas estão a linguagem utilizada, mais simples e de fácil acesso a diversos públicos, a preocupação com a sustentabilidade e o refino nas informações cartográficas em relação aos mapas anteriormente disponibilizados, fazendo um raios-x das áreas do Estado.

A publicação apresenta um total de 26 mapas, sendo dois com uma visão integral do Estado com os 144 municípios, para solos e para aptidão, e estes, subdivididos nas 12 regiões de integração administrativas do Pará.

Por Kélem Cabral, da assessoria de comunicação da Embrapa.

O aumento do protecionismo econômico na União Europeia após a saída do Reino Unido pode complicar as negociações com o Mercosul. Porém, por outro lado, cresce a perspectiva de um acordo com os britânicos, com abertura do mercado agrícola, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast.

É nesse setor que pode haver maior ganho da estratégia do ministro das Relações Exteriores, José Serra, de buscar todo tipo de acordo possível com os ingleses. O país tem pouca produção agrícola, e boa parte do consumo é suprido com importações.

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Hoje, o embaixador do Reino Unido no Brasil, Alexander Ellis, reuniu se com o assessor internacional do Palácio do Planalto, embaixador Claudio Frederico de Matos Arruda, para dizer que a relação com o Brasil não será afetada. O Itamaraty havia emitido nota expressando essa mesma disposição, pelo lado brasileiro, na sexta feira passada.

Por enquanto, as negociações entre o Mercosul e a União Europeia não foram afetadas, segundo fontes diplomáticas. Na semana passada, negociadores dos dois lados reuniram-se em Montevidéu para acertar o cronograma de encontros no segundo semestre. Foi marcada para outubro uma reunião do Comitê Negociador Birregional.

O início de negociações isoladas com o Reino Unido, por sua vez, é visto como uma consequência natural do processo de separação. O início dos diálogos, porém, deverá demorar um pouco. O Reino Unido precisa primeiro recuperar sua autonomia de formulação da política comercial. 

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff durante o anúncio do Plano Safra 2016/17 nesta quarta-feira, 4, em Brasília. Afirmou que as acusações que constam no processo de impeachment são infundadas e que, caso responsabilizem a presidente por conceder crédito ao agronegócio, ela, Kátia, é corresponsável. "Muito me entristece ver as acusações à sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato", disse a ministra.

Para ela, uma das razões apontadas para afastar Dilma é de ela "ter acreditado na agricultura brasileira". "Se isso for verdade e se isso se concretizar, quero ser corresponsável nesses atos porque fui eu que disse para que investisse na agricultura e teria resposta."

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Kátia Abreu, que está na linha de frente de defesa da presidente, fez um balanço dos seis anos de governo da Dilma e em tom de despedida disse que tem muito orgulho de participar do governo. A ministra disse que os seres humanos têm o hábito de lembrar apenas do que não conseguiram e esquecem os feitos. "A presidente Dilma entregou aos produtores R$ 905 bilhões de crédito de custeio e investimento, um aumento de 102% em seis anos", afirmou.

A ministra citou outras ações da presidente e disse confiar e ter convicção de que Dilma vai deixar um importante legado para o Brasil e para a agricultura. "Popularidade vai e vem, mas a honra nunca mais volta", afirmou. "Tenho orgulho de ter a senhora como presidente do Brasil."

Prédio evacuado

O prédio do Ministério da Agricultura em Brasília foi evacuado na manhã desta quarta-feira, depois de uma ameaça de bomba. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar fazem uma varredura no local para identificar se a ameaça é real.

A equipe da ministra Kátia Abreu, que iria passar pelo ministério antes de se dirigir ao Palácio do Planalto, onde ocorreu o anúncio do Plano Safra, foi direto para a sede do governo federal.

Um nome técnico e escolhido entre os "notáveis" do agronegócio seria a opção do vice-presidente Michel Temer para o Ministério da Agricultura, caso assuma o cargo após um eventual afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado, durante a investigação do processo de impeachment contra ela. Segundo aliados, com o apoio maciço do agronegócio pelo impeachment, Temer teria de dar uma resposta ao setor, um dos poucos que ainda resistem à crise econômica.

De acordo com um interlocutor de Temer, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins se encontrou com o vice-presidente na semana passada. No encontro, Martins trouxe as preocupações do setor e informou a Temer que a ministra Kátia Abreu não representava mais os ruralistas. Procurado, Martins negou que tenha se encontrado com o vice-presidente.

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Senadora pelo PMDB de Tocantins, Kátia Abreu optou pela fidelidade à presidente e deve voltar ao Senado caso Dilma seja afastada e Temer assuma o cargo. Ela será uma das articuladoras para tentar barrar o julgamento da presidente na Casa.

Mesmo em busca de um nome técnico, Temer poderia ceder aos partidos que apoiaram o impeachment e colocar um nome político no Ministério da Agricultura. A ideia é que esse nome tenha o perfil semelhante ao de Kátia Abreu que, antes de apoiar Dilma no processo de impeachment, era um consenso no setor.

Caso o perfil seja totalmente técnico, surge o nome do executivo e empresário rural João Sampaio, ex-secretário de Agricultura de São Paulo. Sampaio, que nega qualquer convite ou contato, tem ainda o perfil conciliador necessário para encarar a reação dos movimentos sociais do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ainda a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), à saída de Dilma.

No entanto, a ligação de Sampaio com o PSDB, principalmente com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, pode prejudicar a indicação caso os tucanos decidam não integrar o governo Temer.

Entre os políticos, os nomes lembrados são os dos deputados federais Alceu Moreira (PMDB-RS), do presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, Marcos Montes (PSD-MG), e Tereza Cristina (PSB-MS), além do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).

"Já ouvi o nome do Caiado, mas acho difícil. É um nome muito político", disse uma fonte. Montes seria um candidato "muito forte e respeitado", assim como Tereza Cristina, considerada "extremamente capacitada".

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), afirmou, nesta segunda-feira (4), que não procurou um novo partido para se filiar e reforçou o desejo de permanecer nos quadros peemedebistas, apesar de ainda compor a gestão federal. Na semana passada o PMDB decidiu desembarcar do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e determinou a entrega imediata dos cargos. 

“Não procurei nenhum partido para me filiar. Recebi convites honrosos, mas meu partido é o PMDB. Pretendo aqui continuar”, grafou em publicação no Twitter. Outros peemedebistas, que comandam ministérios, como Marcelo Castro, devem deixar a legenda e ingressar em outros partidos. Marcelo pode ir para o PP visando permanecer no governo. 

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“Quando me filiei foi a convite do Michel [Temer], Renan [Calheiros], [José] Sarney e tantos outros amigos. [Eles] me garantiram que eu era bem vinda e que seria bem recebida”, acrescentou Kátia Abreu no microblog.

A auxiliar da presidente Dilma é alvo de um pedido de expulsão, assinado pelo presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira, que será protocolado amanhã (5) no Conselho de Ética da legenda.

Os ministros do PMDB e demais políticos do partido que ocupam cargos no governo federal têm o dia 12 de abril para deixar a gestão Dilma Rousseff (PT). A decisão foi tomada após o rompimento do PMDB com o governo Dilma, oficializado na terça-feira (29). 

Até o momento, um dos sete ministros peemedebistas, o do Turismo Henrique Eduardo Alves deu o primeiro passo e pediu seu afastamento. No entanto, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, já se posicionou em sua conta no Twitter na contramão da determinação de seu partido. Kátia escreveu no microblog que permanecerá no governo e no partido. 

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"Continuaremos no governo e no PMDB. Ao lado do Brasil, enfrentaremos a crise", disse a ministra. Segundo a peemedebista, os ministros da sigla deixam a presidente a vontade para trocar os ministros. Porém, ela aponta que "O importante é que na tempestade estaremos juntos", concluiu.

Os outros ministros do PMDB que devem deixar o governo federal são: Marcelo Castro, do Ministério da Saúde; Mauro Lopes, da Secretaria de Aviação Civil; Eduardo Braga, do Ministério de Minas e Energia; Helder Barbalho, da Secretaria dos Portos; e Celso Pansera, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), por meio do polo de Santa Isabel do Pará, alerta a população sobre o perigo que a mosca da carambola pode causar à agricultura local. Na região norte do Brasil, o risco de frutos serem contaminados pela mosca é alto. No Pará, os primeiros casos da praga foram confirmados na região do Marajó. Hoje, o município de Breves é o principal reduto do inseto no Estado.

A mosca da carambola é a espécie de moscas-das-frutas que mais ameaça a fruticultura mundial. Por isso, ela é uma série ameaça à agricultura. Os alvos da praga são frutas populares no Pará, como a carambola, manga, laranja, acerola, tangerina, o caju, jambo vermelho etc. Ela surgiu no sul da Ásia. A porta de entrada para a mosca na América foi o Suriname, na década de 1970. Depois de passar pela Guiana Francesa, a mosca da carambola chegou ao Brasil através do município de Oiapoque, no Estado do Amapá, em 1996. O principal meio de contaminação é pelo consumo, pois as larvas podem sobreviver quando os restos dos frutos forem jogados fora, e transporte de alimentos contaminados. Na fase adulta, a mosca tem de 7 a 8 mm de comprimento, a parte superior do tórax é de cor negra, e tem o abdomen marcado por listras negras. Os adultos podem voar por longas distâncias, caso faltem hospedeiros ou alimento.

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No Pará, o distrito de Monte Dourado, em Almeirim, foi o primeiro a ter frutas contaminadas. Mas os órgãos de defesa conseguiram inibir os focos. A principal área contaminada pela mosca é o município de Breves, no Marajó. Liduína Chaves, engenheira agrônomo e fiscal agropecuária da Adepará de Santa Isabel do Pará, fala do perigo da praga. “A mosca da carambola chegou ao Brasil pelas Guianas. No Amapá, disseminou. Ela entrou em 2008, em Almeirim. Aí veio para Portel. Há mais de seis meses não encontramos nenhum foco. Só depois de um ano consideramos erradicado. Mas a praga chegou a Breves. A conexão fluvial que Vigia e São Caetano de Odivelas tem com Breves e Oiapoque é a principal ameaça às lavouras de nossa região”, conta a engenheira agrônoma Liduína Chaves.

Para evitar que a mosca da carambola chegue ao Nordeste do Pará, é preciso que a população tome alguns cuidados. O principal é evitar transportar frutos contaminados para outros municípios.

Siga algumas dicas para evitar o avanço desta praga:

-  Não transportar frutas contaminadas de regiões infestadas para outras regiões;

- Coletar e enterrar frutas hospedeiras caídas no solo;

- Tratar quimicamente o solo sob as plantas hospedeiras, para matar as pupas existentes;

-  Inspecionar as plantações diariamente, a fim de verificar a existência da praga;

- Comunicar aos órgãos de defesa, como Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Pará (ADEPARÁ).

Por Amaro Júnior, do SI News, especial para o LeiaJá.

 

 

Apesar do corte bilionário anunciado nesta segunda-feira (30), pelo governo federal no novo contingenciamento orçamentário, os ministérios da Agricultura e do Turismo, além da Advocacia-Geral da União (AGU), ganharam recursos em relação à revisão anterior, feita em julho, se considerados os gastos totais previstos. A AGU conseguiu o maior ganho de recursos, R$ 39,21 milhões, e também o maior porcentual entre as pastas, com 11% de aumento, passando para R$ 389,27 milhões no total.

O orçamento da Agricultura cresceu R$ 13,48 milhões, ou 0,7%, entre as revisões orçamentárias e chegou a R$ 1,89 bilhão. Apesar da pequena alta porcentual, a Agricultura foi privilegiada na revisão, já que a do Desenvolvimento Agrário teve um corte de R$ 285,91 milhões, ou 17,3% das suas dotações, que passaram para R$ 1,4 bilhão.

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Já o Ministério do Turismo, com ganho de R$ 19,61 milhões, teve um crescimento de 6,47% entre as revisões de julho e novembro, para R$ 322,5 milhões.

No corte nas despesas, o governo decidiu reduzir os recursos na área de infraestrutura. Excluindo a extinta Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial, que recebeu uma tesourada de 64,8%, ou R$ 17,36 milhões, no Orçamento ante a revisão orçamentária de julho, as pastas responsáveis pelos projetos de infraestrutura foram as mais atingidas. A Secretaria de Portos e o Ministério da Integração Nacional tiveram os maiores cortes porcentuais. A primeira perdeu 41,14% e a segunda, responsável pela transposição do Rio São Francisco, teve o orçamento reduzido em 32,17%. As sete pastas que mais atuam em infraestrutura tiveram uma redução de 16,7%, uma queda de R$ 4,785 bilhões nos recursos disponíveis.

O Ministério das Cidades perdeu 15,15% das verbas previstas para 2015, o equivalente a R$ 1,86 bilhão. Minas e Energia teve um decréscimo de 12,98% e Transportes caiu 12,3%.

A área social foi preservada pelo governo. O Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, responsável pelo Bolsa Família, recebeu um corte de 2% e passa a ter um orçamento de R$ 30,451 bilhões. A Saúde recebeu uma tesourada de R$ 2,056 bilhões, 2,34% do total. Já a Educação passa a ter disponível R$ 3,455 bilhões, 2,39% a menos do que na revisão orçamentária de julho.

O Ministério da Pesca perdeu 31,72% do seu orçamento. O Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) também está entre os mais atingidos, com um corte de 21,84% e passa a ter um orçamento de R$ 749,604 milhões.

A pasta de Comunicações perdeu 11,93% e a secretaria de Aviação Civil, 19,77%.

O excesso de chuvas já provocou prejuízo estimado em cerca de R$ 307 milhões no Alto Vale do Itajaí, em Santa Catarina, composto por 31 municípios, entre eles, Alfredo Wagner, Leoberto Leal e Santa Terezinha. A avaliação é do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri), cujo relatório foi apresentado nesta terça-feira (17) ao secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa.

A região de Rio do Sul foi a mais castigada pelo excesso de chuvas. Na cultura da cebola, 72% da área plantada apresentou algum tipo de perda, comprometendo 62% da produção, com prejuízos que podem alcançar R$ 141 milhões. A plantação de fumo também registra perdas, há comprometimento de aproximadamente 38% da área de plantio, o que representa 27% da produção perdida, com prejuízos estimados de R$ 134 milhões.

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O levantamento do Cepa/Epagri mostra que, para a cultura do arroz irrigado, em virtude da localização das lavouras próximas aos rios, as perdas atingem 33% da área plantada. Até o momento, há registros de 19% da produção perdida, o que pode significar prejuízos de R$ 9 milhões.

A bacia leiteira do Alto Vale, responsável por cerca de 4,5% da produção estadual, perdeu, neste período de excesso de chuva, quase R$ 2,3 milhões, que correspondem a 2,2 milhões de litros de leite.

O relatório traz, ainda, dados sobre a fruticultura, principalmente a produção de uva de mesa, que registra perdas de 368 toneladas, ou perto de R$ 625 mil. Ocorreram danos também nas culturas de ameixa, nectarina, pêssego e uva vinífera.

Segundo a secretaria, os dados foram colhidos por técnicos da Epagri, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, em cada município da região. Foram contabilizados preliminarmente prejuízos financeiros que poderão ser conhecidos exatamente ao final da safra de cada cultura atingida.

O “VI Simpósio Nacional da Cultura do Abacaxi” começa nesta quarta-feira (11), no município de Conceição do Araguaia, sudeste paraense, e vai até o próximo dia 13. É a primeira vez que o Estado do Pará recebe o evento, na região em que abriga a maior produção do país. O encontro terá como tema o “Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Abacaxi com Responsabilidade Social e Ambiental” e reunirá mais de mil pessoas, entre produtores, técnicos, estudantes, instituições de pesquisa e poder público.

Segundo o gerente de fruticultura da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Geraldo Tavares, o Pará tem destaque nacional na cultura com a maior produção de frutos do País, tendo ultrapassado, em 2014, a marca de 90 mil toneladas. A atividade movimentou no Estado mais de R$ 110 milhões nos últimos cinco anos. Também é do Pará que se exporta a maior parte do suco de abacaxi para fora do Brasil, atingindo U$ 3,8 milhões somente no ano passado.

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Embora os números sejam positivos, o setor ainda tem muito a avançar, principalmente na profissionalização da “abacaxi cultura” em todas as etapas da cadeia. Ao longo dos três dias de programação do simpósio, os participantes contarão com diversas palestras, mesas-redondas, painéis científicos, com a apresentação dos trabalhos inscritos, além de atividades culturais ao final de cada dia. O evento se encerra no dia 13, com um Dia de Campo.

Informações: http://www.visimposioabacaxi.com.br

Depois de absorver o Ministério da Pesca, a pasta da Agricultura, comandada por Kátia Abreu, começa a organizar a casa. Determinou, nesta terça-feira (20), uma operação pente-fino na estrutura que recebeu de Helder Barbalho. Entre outras medidas, foi criado um grupo de trabalho para corrigir problemas encontrados pela Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, Kátia Abreu cortou em 70% os cargos comissionados do antigo ministério. A nova Secretaria da Pesca contará apenas com três diretorias. "Será suficiente para trabalhar", disse a ministra pelo twitter. Ela está no México, em viagem oficial.

A prisão de Clemerson José Pinheiro, ex-secretário-executivo de Helder Barbalho, apressou a reorganização do ministério. Ele foi detido na semana passada depois de a Polícia Federal revelar um esquema de propinas para obtenção de licenças ilegais de pesca que variavam de R$ 4 mil a R$ 100 mil. Diante do escândalo, Kátia Abreu trocou praticamente quase toda a equipe que veio do Ministério da Pesca. O Diário Oficial da União dos últimos dias trouxe centenas de dispensas.

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Com as mudanças, os secretários do Ministério da Agricultura passaram a acumular funções. André Nassar, secretário de Política Agrícola, foi nomeado hoje para a Secretaria de Monitoramento e Controle da Pesca e Aquicultura. Décio Coutinho, secretário de Defesa Agropecuária acumulará a Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura; Tânia Mara Garib, da Integração e Mobilidade Social, também ocupará a secretaria de Planejamento e Ordenamento. Caio Rocha, o secretário do Produtor Rural e Cooperativismo, será também secretário de Infraestrutura e Fomento da Pesca e Aquicultura.

A ministra disse que pretende investir no segmento. "Vamos investir em aquicultura para aumentar nossa produção. Vamos fazer a identificação geográfica do peixe da Amazônia. Selo que renderá frutos", afirmou. Kátia Abreu acrescentou que parte da infraestrutura do antigo ministério, como o mobiliário, já tem destinação. Ele vai para o Centro da Embrapa de Aquicultura e Pesca no Tocantins, prédio que está em fase final de construção. A ministra ponderou que essa medida vai gerar economia. "Lá teremos estrutura fantástica, com laboratórios de última geração. O mobiliário será todo transferido do ex-Ministério da Pesca. Tudo novinho", disse.

A Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se reuniu nesta terça-feira (26) com o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco – Sindaçúcar, Renato Cunha. Proposta pelo deputado estadual Miguel Coelho (PSB) o encontro teve o objetivo de debater ações para recuperar o setor sucroenergético de Pernambuco, que atravessa momentos difíceis em virtude da estiagem e pela falta de incentivos fiscais aos produtores.

Durante a reunião, Renato Cunha afirmou que o setor sucroenergético pernambucano tem condições de produzir 19 milhões de toneladas de cana, porém, o segmento teve uma brusca redução, alcançando no ano passado um patamar de 14 milhões de toneladas. O dirigente acrescentou que além de desestimular os produtores, a retração na produtividade gera perdas de arrecadação para o Estado e União. “Se atingíssemos esse ponto de equilíbrio de 19 milhões de toneladas, a arrecadação de impostos teria um aumento significativo. Só na última safra, as perdas em arrecadação foram de R$ 389 milhões”, contabilizou o presidente do Sindaçúcar.

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Para reaquecer o segmento, o Sindicato defende a diminuição da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado aos produtores de álcool de 25% para 15% em Pernambuco e a elevação de 25% par a 27% no valor arrecadado da gasolina.  

Em defesa da categoria, o deputado Miguel Coelho assegurou procurar a Secretaria Estadual da Fazenda para verificar o estágio das negociações da proposta de mudança no ICMS para os produtores de cana. “Existem estados que cobram uma taxa de até 3% e isso dificulta a competitividade. Um outro ponto discutido foi um programa que distribuía adubo orgânico aos pequenos agricultores que foi interrompido. A Comissão de Agricultura vai atrás disso para saber o que pode ser feito o quanto antes”, prometeu o socialista.

Subvenção – Outro tema do debate que tem preocupado o setor, segundo o Sindaçúcar, é a retenção do pagamento da subvenção do Governo Federal aos produtores de cana do Nordeste. Segundo o Sindicato, a União ainda tem um saldo a pagar de R$ 600 milhões.

*Com informações da assessoria

Agricultores das comunidades rurais de Campo Verde e Poção, em Afrânio, e Sítio Serra Nova, em Bodocó - Sertão de Pernambuco -, contam com novos equipamentos para desenvolver suas lavouras. Eles foram equipados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) com três tratores agrícolas e implementos como grades e arados, maquinário que ficará à disposição de associações de produtores rurais.

“Esse equipamento vai ajudar muito a agricultura familiar e a nossa pecuária”, atestou o presidente da associação dos moradores do Sítio Campo Verde, Adailson Gerson de Brito, informando que, enquanto não vem a chuva, os tratores serão usados pelos agricultores para transporte de materiais e insumos. “O trator de pneu facilitar a agricultura na área de sequeiro, porque as chuvas são poucas e a gente perde muito tempo por falta de um trator para o preparo do solo”, destaca José Nilton, presidente da associação do Sítio Poção, segundo informações da assessoria de imprensa.

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O município de Bodocó tem forte inserção na produção de leite e mandioca no Sertão pernambucano, a chegada do trator irá contribuir para que as mais de 40 famílias. De acordo com a Codevasf, em breve, outros municípios receberão mais 14 equipamentos. Entre eles estão as cidades de Serra Talhada, Petrolândia e Petrolina. 

*Com informações da assessoria de imprensa

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, garantiu nesta segunda-feira, 27, durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto (SP), que a presidente Dilma Rousseff excluirá do ajuste fiscal os recursos de crédito para a agricultura na safra 2015/16, cujo anúncio será feito em 19 de maio. "A presidente excluiu dos ajustes aquilo que faz bem ao País e que não tem excesso, como a agricultura", disse a ministra.

Ela evitou falar sobre o volume de recursos disponíveis para o setor, mas admitiu que os juros para a próxima safra serão mais altos do que os do ciclo 2014/15. "Os juros, sim, vão subir, pois estamos vivendo em outra realidade. Se no ano passado tivemos juro neutro, neste ano também teremos um juro próximo a neutro."

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A ministra confirmou ainda, como o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, já havia adiantado na sexta-feira, 24, que os recursos captados com as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) serão utilizados para compor o volume destinado ao financiamento agrícola da próxima safra. Segundo ela, não haverá necessidade de uma edição de Medida Provisória (MP) para destinar os recursos das LCA para o Plano Safra. "Isso será feito via instrumentos do Banco Central e Conselho Monetário Nacional (CMN)", disse ela.

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