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A Escola Técnica Estadual (ETE) Deputado Afonso Ferraz, em Floresta, no Sertão pernambucano, promove  I Missa do/a Vaqueiro/a nesta sexta-feira (22). A celebração terá como homenageada Soneide Vaqueira,  importante representante feminina da cultura vaqueira florestana, e será no  jardim externo da unidade de ensino. A iniciativa faz parte da culminância da disciplina eletiva “Sertão dos/as Encourados/as: memória, história e cultura da vaqueirama florestana”.

 “São 65 edições, essa missa é celebrada desde 1958, mas nunca se flexionou o gênero. A Soneide Vaqueira tem fama regional e nacional. Ela estampa livros, reportagens, documentários e matérias de TV. Porém, é a primeira vez que uma mulher vaqueira é a homenageada principal de um evento dessa magnitude”, explica o docente Paulo Henrique Novaes, que ministrou a disciplina.

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De acordo com a ETE, a culminância do projeto seguirá todos os ritos do evento original: desfile tradicional dos vaqueiros e vaqueiras pelas principais ruas da cidade, missa campal, que será celebrada pelo padre Luciano Aguiar, e atração local de forró de vaquejada, representada pelo cantor Dilsinho Vaqueiro. “Foi um trabalho integrado para entender que a pessoa é atravessada por vários marcadores sociais, como raça, etnia e gênero. Como uma forma de combinar esse trabalho com essas teóricas do feminismo, nós fizemos cartografias imagéticas de Soneide Vaqueira e a biografia dela”, aponta o professor. 

Serviço

I Missa do/a Vaqueiro/a da ETE Deputado Afonso Ferraz

Jardim externo da escola - Avenida Deputado Audomar Ferraz, 99, Floresta 

Sexta-feira (22), às 16h

gratuito

Áreas ambientais protegidas pela União sofreram com o aumento exponencial da atuação do garimpo ilegal entre 2019 e 2022, sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Em apenas um ano - 2022 -, a área ocupada por essa atividade no país aumentou em 35 mil hectares, que representa o tamanho de uma cidade como Curitiba. A Amazônia concentra a maior parte desses assentamentos (92%). As informações constam no novo levantamento do MapBiomas. 

A concentração do garimpo ocorre em áreas protegidas restritas a esta atividade, como nos Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará; na Estação Ecológica  Juami Japurá, no Amazonas, e na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima. As imagens de satélite mostram que as três primeiras são garimpadas há mais de 20 anos, porém tiveram um crescimento substancial nos últimos 10 anos. 

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Toda a área garimpada na Esec Juami Japurá, por sua vez, tem menos de cinco anos. No caso da TI Yanomami, a expansão exponencialmente se deu de 10 anos para cá. O interesse dos garimpeiros é a extração do ouro; 85,4% dos 263 mil hectares garimpados no Brasil são para este fim. 

“O tamanho desses garimpos sobressai nos mapas, sendo facilmente identificável até por leigos. Surpreende que ano após ano ainda subsistam. Sua existência e seu crescimento são evidências de apoio econômico e político à atividade, sem os quais não sobreviveriam, uma vez que estão em áreas onde o garimpo é proibido”, destaca César Diniz, coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas.  

Em 2022, a área ocupada nesses territórios foi 190% maior do que há cinco anos: quase 50 mil hectares foram incorporados ao garimpo no período. Em 2022, mais de 25 mil hectares em terras indígenas e de 78 mil hectares em Unidades de Conservação (UCs) eram ocupados pelo garimpo. Em 2018, eram 9,5 mil e 44,7 mil hectares, respectivamente. Em 2022, 39% da área garimpada no Brasil estava dentro de uma TI ou UC.  

Quase metade (43%) da área garimpada em UCs foi aberta nos últimos cinco anos. As mais invadidas por garimpeiros são a APA do Tapajós (51,6 mil hectares), a Flona do Amaná (7,9 mil hectares), Esec Juami Japurá (2,6 mil hectares), Flona do Crepori (2,3 mil hectares) e Parna do Rio Novo (2,3 mil hectares). 

 

Uma criança de 2 anos que saiu de sua casa na Península Superior de Michigan, nos Estados Unidos, ao lado de dois cães da família foi encontrada na floresta horas depois dormindo escorada em um dos cachorros, usando-o como "um travesseiro peludo", disse a polícia estadual.

"Ela se deitou e usou um dos cachorros como travesseiro, e o outro cachorro deitou ao lado dela e a manteve segura", disse o tenente Mark Giannunzio na quinta-feira (21). "É uma história realmente notável."

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Os soldados usaram drones e cães policiais na busca, enquanto a polícia local e moradores de Michigan e Wisconsin ajudaram a procurar a menina na remota área arborizada. Policiais foram chamados a uma casa na área de Faithorn, no condado de Menominee, por volta das 20h, na quarta-feira (20), depois que a garota se afastou da casa da família.

Por volta da meia-noite, um cidadão em um quadriciclo encontrou a menina a cerca de 4,8 quilômetros de sua casa, disse a polícia estadual. Giannunzio disse que a menina foi examinada pela equipe médica e parecia estar bem de saúde. Faithorn é uma vila localizada a leste da divisa do estado de Wisconsin e cerca de 97 quilômetros a sudoeste de Marquette, Michigan.

Equipes retomaram na manhã desta sexta-feira (18) as buscas para localizar o helicóptero contratado pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, que está desaparecido desde a última quarta-feira (16) entre o Amapá e o norte do Pará. 

A aeronave era usada por uma equipe que fazia inspeções de pistas de pouso, na região do Parque do Tumucumaque, lado leste do Rio Paru D'Este, e deveria ter pousado em Macapá, na tarde de ontem (17). Estavam a bordo o comandante tenente coronel Josilei Gonçalves de Freiras, o mecânico Gabriel, cujo sobrenome não foi divulgado, e o engenheiro da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) José Francisco Vieira.

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A equipe estava fazendo inspeção de pistas de pouso na região do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. A decolagem ocorreu às 12h de quarta-feira (16), do polo base Bona, localizado na Aldeia Maritepu. O grupo deveria ter chegado às 14h em Macapá (AP), conforme nota da Funai a partir de informações da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao Ministério da Saúde.

Em postagem do Instagram, do final da tarde de ontem, o secretário da pasta, Weibe Tapeba, informou que a aeronave partiu do polo base Bona, na aldeia Maritepu. "As autoridades competentes já foram informadas sobre o incidente e começaram as buscas. A Sesai e o DSEI [Distrito Sanitário Especial Indígena] Amapá e Norte do Pará estão comprometidos na busca da aeronave desaparecida", acrescentou.

O secretário destacou, ainda, que, por estar cumprindo agenda na Índia, soube do caso pela coordenadora do DSEI, Simone Karipuna. "Nossa esperança é de que toda a tripulação esteja bem", afirmou.

Conforme a FAB, uma aeronave  do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) - Esquadrão Pelicano decolou de Campo Grande (MS) na manhã de quinta-feira (17) para ajudar nas buscas.. 

O secretário destacou, ainda, que, por estar cumprindo agenda na Índia, soube do caso pela coordenadora do DSEI, Simone Karipuna. "Nossa esperança é de que toda a tripulação esteja bem", afirmou.

O Ministério da Saúde disse que até o momento não tem atualizações.

O Náutico voltou a vencer na Série C ao enfrentar o Floresta, nos Aflitos, na última segunda-feira (22). Autor de um dos gols da vitória por 3x1, o meia Gabriel Santiago falou sobre o sentimento de voltar a vencer após a derrota para o Aparecidense.

“Foi importante, ainda mais depois de uma derrota muito triste. Tivemos que trabalhar muito durante a semana para corrigir os erros e dar a volta por cima. Sabíamos que jogar em casa seria diferente. Temos dois jogos seguidos dentro de casa e temos tudo para sair com os seis pontos que tanto precisamos”, afirmou.

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Ainda sem treinador, o Náutico segue no mercado em busca de um novo técnico para dar sequência à campanha do clube na Série C. Enquanto isso, o técnico interino Otávio Augusto segue no comando alvirrubro.

“Cada treinador tem sua característica de trabalhar. A gente se deu muito bem com a dele. Acolhemos o que ele pediu, fizemos da melhor forma e conseguimos o resultado. Mérito muito dele pela parte tática. Vamos seguir trabalhando, ouvindo o que tem que ouvir e seguir adiante”, disse Gabriel.

Na próxima rodada, o Náutico pega o América-RN, novamente nos Aflitos, às 19h do sábado (27). O meia falou sobre a expectativa para enfrentar o adversário potiguar.

“Assim como a gente, eles tiveram um início de Série C abaixo das expectativas, tenho certeza disso, pois é uma das equipes grandes equipes. E com certeza eles vão vir com fome de poder reverter a situação deles, assim como a gente entrou ontem com esse sentimento”, finalizou.

Ainda sem técnico, após a demissão de Dado Cavalcanti, o Náutico recebeu o Floresta nos Aflitos na tentativa de voltar a vencer na Série C. O Timbu aproveitou melhor as chances que criou e saiu vitorioso por 3 a 1, obtendo o seu segundo triunfo em quatro rodadas na terceirona. Com o resultado, os alvirrubros se encontram na 9ª posição, com seis pontos. O Floresta permanece na 16ª, com quatro.

O jogo

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Em apenas cinco minutos de bola rolando, o Náutico mostrou ao Floresta como é difícil jogar sendo visitante nos Aflitos. Após falta perto da área adversária, Souza bateu bem no canto direito e abriu o placar para os donos da casa. Aos 30 minutos, Victor Ferraz recebeu na lateral direita e cruzou rasteiro para Gabriel Santiago, que se esticou e empurrou a bola para dentro, aumentando para 2 a 0.

A reação do Floresta não demorou muito. Aos 37, Romarinho cruzou da linha de fundo e Marllon apareceu para diminuir para os visitantes. No comecinho da segunda etapa, Souza quase ampliou para os alvirrubros. O meia recebeu cara a cara com o goleiro, mas isolou ao chutar com a perna esquerda.

O Floresta quase empatou aos 16. Bruno Ré recebeu cruzamento e cabeceou pertinho do gol de Vágner. O jogo permaneceu morno, sem grandes chances para os dois lados. Aos 42, em seu primeiro toque na bola, o paraguaio Juan Gauto garantiu a vitória do Timbu ao anotar o terceiro gol alvirrubro, de cabeça.

Ficha de jogo

Competição: Campeonato Brasileiro da Série C

Local: Aflitos (Recife)

Náutico: Vágner; Diego Ferreira; Denilson; Odivan; Diego Matos; Jean Mangabeira; Souza (Juan Gauto); Victor Ferraz (Eduardo); Gabriel Santiago (Richarles); Alisson Santos (Thiaguinho); Jael (Júlio). Técnico (interino): Otávio Augusto 

Floresta: Zé Carlos; Matheus Rocha; Eduardo Moura; Alisson; Jô Almeida; Bruno Ré; Lucas Alisson (Dudu); Vitinho (Adilson Bahia); Buba; Marllon (Carlos Eduardo); Romarinho. Técnico: Gerson Gusmão

Gols: Souza, Gabriel Santiago e Juan Gauto (NAU); Marllon (FLO)

Arbitragem: Ivan da Silva Guimaraes Junior (AM)

Assistentes: Anne Kesy Gomes de Sa (AM) e Dimmi Yuri das Chagas Cardoso (AM)

Cartões amarelos: Diego Ferreira (NAU); Buba, Bruno Ré (FLO)

Público: 5.010

Renda: R$ 50.008,00

Um menino de oito anos sobreviveu dois dias em uma floresta de Michigan, no centro-oeste dos Estados Unidos, comendo apenas neve e se escondendo debaixo de um tronco. Ele havia sido considerado desaparecido e foi encontrado, na tarde da última segunda-feira (8), pela polícia do estado. Nante Niemi, natural de Wisconsin, se perdeu no acampamento Porcupine Mountains Wilderness State Park, onde estava hospedado com sua família. A criança havia entrado na floresta para buscar lenha. 

Niemi resistiu ao frio vestindo apenas um moletom. Ele seguiu uma trilha inteira até ser levado a um caminho sem saída. Em vez de continuar caminhando, o menino preferiu se abrigar e não perder energia. De acordo com a CNN, a polícia de Michigan disse que Nante usou “galhos e folhas para se aquecer" e também “cobriu o tronco sob o qual estava. Ele não tinha comida, mas comia neve limpa para se hidratar”.  

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O menino suportou temperaturas em torno dos 4,4º C. Niemi foi finalmente encontrado na tarde de segunda-feira (8) por voluntários do grupo de busca a cerca de três quilômetros do acampamento, disse a polícia. Ele está bem de saúde e já se reuniu com sua família. Eli Talsma, um amigo de Niemi que fazia parte do grupo de resgate que encontrou o menino, relembrou o momento em que ouviu membros do grupo de busca gritando que o haviam encontrado, informou a afiliada da CNN WLUC. 

“Assim que o ouvi, peguei minha bolsa que estava no chão e comecei a correr até ele”, disse Talsma ao WLUC. “Eu só corri até ele e lhe dei o maior abraço. Fiquei tão aliviado quando o vi”. Niemi é aluno da segunda série de Hurley, Wisconsin, de acordo com o distrito escolar. 

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O jornalista e professor Thiago Almeida Barros lançou em Belém, na última terça-feira (7), o livro “Coração da Amazônia, território em disputa: movimento indígena e representação política em campanha contra hidrelétricas”, um estudo sobre os conflitos pela ocupação territorial na região amazônica paraense. O lançamento ocorreu na abertura semestral do PPCLC (Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Linguagens e Cultura) da UNAMA - Universidade da Amazônia.

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Fruto de quatro anos de pesquisas, o livro faz uma abordagem sobre as relações entre povos nativos da Amazônia e as organizações voltadas para o cuidado da floresta. “Analiso a dinâmica da representação política não eleitoral a partir da aproximação entre uma organização ambientalista de atuação transnacional, o Greenpeace Brasil, e uma das etnias indígenas que abrigam território constantemente pressionado pela fronteira desenvolvimentista, os Munduruku de Sawré Muybu. A partir das experiências de campanha contra a construção de hidrelétrica no rio Tapajós, no Pará, identifico se persistem em seus processos a tutela e o assistencialismo e caracterizo como atores e instituições indígenas e não indígenas se relacionam”, explicou Thiago.

O professor também ressaltou a importância de se abrir o debate sobre o tema abordado no livro. “Falar de representação política é importante porque nos leva à discussão sobre a importância da autonomia de sujeitos e grupos em processos sociais, especialmente comunidades indígenas, que sofrem inúmeras pressões, desde o período colonial, e lutam para que suas demandas e existências não sejam invisibilizadas”, falou Thiago.

Thiago também falou sobre a leitura de livros em uma sociedade altamente digitalizada. “A leitura é fundamental, seja em meio impresso ou em telas. É o primeiro passo para que outros tipos de linguagens sejam compreendidos, a exemplo de produções audiovisuais, que são tão centrais hoje e carregam uma carga simbólica muito forte”, ressaltou Thiago.

O professor concluiu falando sobre o tipo de retorno que espera do público leitor do seu livro. “Estou feliz pelo interesse de pessoas que não são do ambiente acadêmico. Espero que o livro alcance um público ainda maior, de escolas, jornalistas, pessoas que atuam em outras áreas. O livro fala de problemas que competem a todos nós como cidadãos”, finalizou Thiago.

Doutor em Comunicação, Linguagens e Cultura (PPGCLC/UNAMA, 2021), mestre em Planejamento do Desenvolvimento do Trópico Úmido - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA, 2011), Thiago Barros se divide entre a redação do jornal O Liberal, em Belém, onde atua como editor, e a academia. Professor da UNAMA, o integra o Grupo de Pesquisa Comunicação e Política na Amazônia (Compoa - UFPA/CNPq) e recebeu a medalha Margarida Kuncsh pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), em 2007.

Thiago faz parte do corpo docente do PPGCLC e já integrou o grupo de professores orientadores do projeto LeiaJá na Universidade da Amazônia. Tem experiência interdisciplinar em comunicação, política, políticas públicas e desenvolvimento sustentável e trabalha na linha de pesquisa sobre representação política, desenvolvimento sustentável e processos midiáticos.

Por Igor Oliveira (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Mesmo no inverno, sob chuva ou neve, as pré-escolas dos países escandinavos priorizam o ensino ao ar livre para que as crianças pequenas desfrutem da natureza e aprendam a amá-la desde cedo.

Sentados em uma lona estendida sob a neve no meio da floresta, Agnes e seus amigos, com cerca de cinco anos, contam galhos em uma aula improvisada de aritmética.

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"Usamos pedaços de madeira para mostrar que eles podem usar qualquer coisa da natureza para fazer matemática", disse a professora Lisa Bystrom.

"Na escola eles se sentam com uma folha e um lápis, mas aqui fazem de um jeito mais divertido", explicou.

A educação escolar é obrigatória a partir dos seis anos na Suécia e Dinamarca.

A maioria das crianças vai antes disso para creches ou pré-escolas, e muitos responsáveis optam por locais ao ar livre onde os alunos estão na natureza.

"Hoje em dia a tecnologia domina a maioria (das coisas), para mim é necessário estar em contato com a natureza desde criança para aprender a respeitá-la", disse Andreas Pegado, professor e pai de uma aluna desta pré-escola.

Em dias sem chuva, os pequenos almoçam sentados em bancos de madeira, ao redor de uma fogueira.

Após a refeição, as crianças de dois anos ou menos cochilam em sacos de dormir, inclusive nos dias de temperatura abaixo de zero.

"Eles têm muito ar fresco, dormem mais e melhor", garante Johanna Karlsson, diretora da pré-escola "Ur & Skur", que não se incomoda com a temperatura de 5ºC.

- "Ônibus florestais" -

Na Dinamarca, país vizinho, muitas creches utilizam "ônibus florestais" que levam as crianças para espaços naturais.

Na rotina diária da pré-escola Stenurten - uma das 78 que oferecem excursões como esta -, eles viajam de ônibus do bairro Norrebro, no centro de Copenhague, até um espaço ao ar livre.

As crianças correm livremente no local, uma floresta com uma casa de madeira que serve de abrigo em caso de chuva.

O espaço aberto permite que os professores variem os métodos pedagógicos e desenvolvam autonomia nos alunos.

- Roupa de esqui -

Todos vestem roupa de esqui, crianças e adultos, fiéis ao ditado norueguês de que "não existe tempo ruim, apenas roupas inadequadas".

Os educadores concordam que as crianças pequenas que passam muito tempo ao ar livre se sentem melhor e adoecem menos.

Um médico islandês recomendou em 1920 que os bebês dormissem do lado de fora para fortalecer o sistema imunológico. A prática é atualmente comum nos países nórdicos, e a comunidade médica não contesta.

A educação e os jogos ao ar livre estimulam o espírito de colaboração dos alunos, segundo um estudo britânico publicado em 2018 pelo British Educational Research Journal.

Quando estão do lado de fora "eles tentam soluções diferentes", diz Iben Ohrgaard, uma das pedagogas da Stenurten.

Para os responsáveis, os dias a céu aberto são um "presente".

"Quando você mora na cidade, na capital Copenhague, realmente não tem natureza. É um grande presente para as crianças", pontua Line Folkhammar, mãe de Georg, cinco anos.

Neste domingo (9) foi celebrado o Dia do Fotógrafo, profissional que trabalha registrando a realidade e a diversidade do país em imagens. A equipe do LeiaJá selecionou quatro diretores e fotógrafos brasileiros que foram atraídos a dedicarem parte de suas carreiras para explorar a floresta amazônica e revelar a diversidade da fauna e da flora. A seguir, relembre (ou conheça) alguns destes trabalhos:  

Sebastião Salgado – Um dos mais renomados nomes da fotografia brasileira, Sebastião sempre se mostrou preocupado com as causas ambientais, em especial com a Amazônia. Ele estudou a floresta e trabalhou durante sete anos para lançar a exposição “Amazônia”. Para realizar esse projeto, ele passou longas temporadas junto com 12 comunidades indígenas isoladas. A exposição estreou em Paris, em 2021, depois veio ao Brasil no ano seguinte.  

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Araquém Alcântara - Considerado um dos mais importantes fotógrafos que registram a natureza, Alcântara já lançou um livro que reúne 22 anos de intensa pesquisa sobre a região da Amazônia. O fotógrafo registra as várias “Amazônias” que encontrou, suas belezas e diversidades de acordo com as áreas. Além da beleza, suas fotografias também são conhecidas como denunciar o desmatamento das florestas brasileiras.  

João Farkas – O fotógrafo e filósofo paulista dedicou parte de sua carreira a registrar as belezas naturais do país, em especial o Pantanal. A Amazônia já contou com olhar minucioso de Farkas, que também chegou a publicar um livro “Amazônia Ocupada”, de suas caminhadas no interior da região entre as décadas de 1980 e 1990. É considerado profissional desde 1979, com especialização em Nova Iorque. 

Cláudia Andujar - Uma fotógrafa e ativista suíça, naturalizada brasileira. Desde a década de 1970 dedica sua carreira a registrar a defesa dos indígenas Yanomami (povo que vive na floresta Amazônica e soma mais de 20 mil integrantes da tribo). O trabalho de Cláudia se destaca por trazer uma visão mais humanizada da Amazônia e dos povos que habitam na região, por isso, suas exibições ganharam muitos prêmios.

 

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O manejo sustentável é realizado durante a exploração do meio de forma eficiente e consciente, visando à sua preservação e respeitando o ecossistema, com baixo impacto ambiental. Na Amazônia, a prática promove benefícios econômicos e sociais, com respeito à floresta.

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A aplicação do manejo sustentável é fortemente recomendada. A agrônoma Natalia Guarino, doutora em Zootecnia e professora de Bubalinocultura de Corte e Leite, de Zootecnia de Ruminantes, Bovinocultura de Leite e de Pecuária Sustentável da UFRA – Universidade Federal Rural da Amazônia, fala que, desde o ano passado, com o lançamento do Programa Territórios Sustentáveis, a prática de manejo sustentável tornou-se quase que obrigatória. A professora relata que não será possível permanecer trabalhando com métodos tradicionais.

“Agora, a gente vai trabalhar sempre visando à perpetuação daquele local. A gente não herdou a terra dos nossos pais, a gente pegou emprestado dos nossos filhos”, comenta a professora, fazendo referência à frase de Wendell Berry, romancista, ensaísta, poeta, ativista e agricultor americano.

Natalia afirma que a região ainda não atingiu seu ponto ideal quanto ao manejo sustentável, mas está no caminho certo e já se afasta do ponto crítico. Ela cita o Zoneamento Ecológico Econômico – ZEE da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e declara que esse instrumento de planejamento territorial possui controle das regiões, especialmente das mais próximas da floresta.

Natalia também comenta sobre os desafios para a aplicação do manejo sustentável: “Ainda temos pessoas que têm mentalidade conservadora, tradicional. São os primeiros produtores que chegaram aqui, que passaram para os filhos, para os netos. A política nacional era ‘Integrar para não entregar a Amazônia'; então, eles eram estimulados a abrir áreas, a derrubar”.

Conflitos entre programas, excesso de legislação e burocracia e falta de diálogo entre os Ministérios são outros desafios encontrados, de acordo com a professora. Apesar disso, ela informa que esses problemas estão diminuindo, visto que há fiscalização por via remota.

Natalia defende o diálogo entre os legisladores, mantendo uma língua uniforme. “A gente não pode estar na região de maior visibilidade do mundo refém do que um governo federal, estadual ou municipal deseja momentaneamente; tem que ser uma coisa perpétua.” A professora também destaca a importância da presença das universidades em tomadas de decisões e aconselhamentos e a necessidade da realização de uma COP – Conferência das Partes na Amazônia.

O investimento em conhecimento e na fixação dos saberes na região são essenciais para o desenvolvimento sustentável de técnicas próprias, acredita Natalia. “A gente tem o nosso próprio clima, a gente tem o nosso próprio solo. O conhecimento, legislação, uniformização das legislações e educação seria fundamental”, afirma.

Apesar dos empecilhos encontrados, a professora diz ser possível o manejo sustentável se tornar uma prática aplicada de forma plena na Amazônia. Ela também enfatiza que políticas públicas que levam conhecimento aos produtores que trabalham de forma errada são fundamentais.

“A gente só precisa aprender um pouco mais, melhorar um pouco mais, ter mais recurso, dinheiro. Investimento em ciência, conhecimento.

Princípios elementares

De acordo com EOS Data Analytics, fornecedor global de análises de imagens de satélite mantido por Inteligência Artificial, o manejo florestal sustentável tem três princípios: proteção da natureza, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social.

Em 2021, a Semana do Meio Ambiente no Pará, realizada no canal do Governo Estadual no YouTube, teve o manejo sustentável como tema em debate e discutiu a agenda dessa prática em florestas. A live foi mediada pela engenheira ambiental Ayamy Migiyama, ex-diretora de Gestão dos Núcleos Regionais de Regularidade Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará – Semas, e teve a participação de Leonardo Sobral, gerente florestal do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola – Imaflora; Jorge Silveira, diretor de Gestão de Florestas Públicas para Produção Sustentável do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade – IDEFLOR-Bio; e Jakeline Viana, coordenadora do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental – CIMAM da Semas.

Na Amazônia, a prática se realiza, por exemplo, com aplicação de espaçamento e cobertura morta com folhas para reter a umidade, visando a proteção do solo; plantio direto, evitando revirar o solo para e plantando em palhada; e integração, maximizando os espaços ao trabalhar com várias culturas.

 O grupo de trabalho do Territórios Sustentáveis, projeto do Governo do Pará coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), alinhou estratégias e reformulou algumas iniciativas para garantir mais eficiência dos trabalhos de campo. O Territórios Sustentáveis é um dos pilares do Programa “Amazônia Agora”. O objetivo do plano estadual é garantir os avanços econômicos e tecnológicos do setor rural, com boas práticas ambientais.

O manejo e a madeira

De acordo com Adalberto Veríssimo, mestre em Ecologia pela Universidade da Estadual da Pensilvânia (EUA) e pesquisador do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), e Ana Cristina Barros, graduada em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em infraestrutura sustentável, o manejo sustentável agrega valor para fins de emprego e renda e para a economia do estado.

A floresta tropical é responsável por abrigar uma grande porcentagem de árvores que são extraídas para fins madeireiros. Estima-se que cerca de 60 bilhões de metros cúbicos de madeira em tora sejam retirados para recursos florestais.

O setor madeireiro da Amazônia é o que mais gera empregos na região, totalizando cerca de 127 mil empregados de forma direta e 105 mil empregados indiretamente, além de gerar renda para pessoas de fora da região, gerando em torno de 150 mil empregados pelo setor madeireiro. O Pará é o único estado de maior relevância em atividades madeireiras na Amazônia.

Analisar a parceria entre empresa e comunidade e a importância para o desenvolvimento sustentável da região Amazônica, de modo a incentivar futuras parcerias. Esse é o principal objetivo d, desenvolvido pela

A professora do curso de Direito da UNAMA - Universidade da Amazônia, unidade Parque Shopping, Ana Carolina Farias lançou o livro “O plano de manejo florestal sustentável na Amazônia” a fim de facilitar a pesquisa. A professora comenta que foi possível identificar que a parceria empresa e comunidade no plano de manejo florestal poderia promover o desenvolvimento sustentável. “Isso contribui para a proteção dos territórios tradicionais e dos seus comunitários por meio de uma exploração racional e, desta forma garantindo um desenvolvimento socioambiental, ou seja, social, ambiental e econômico”, afirmou.

Por Amanda Martins e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel e com informações da Ascom UNAMA e Agência Pará).

 

Com longas e curtas-metragens que narram questões sobre a maior floresta tropical do mundo e com poética fílmica plural, o Festival Pan-Amazônico de Cinema - AmazôniaFIDOC ocorre de 10 a 20 de novembro, em Belém. Sempre focado na produção audiovisual dos nove países que compõem a região e ocorrendo desde 2009, o festival chega à sua 8ª edição com o tema "O cinema de todas as Amazônias na luta pela floresta em pé", com extensa programação gratuita. Confira no site www.amazoniadoc.com.br

A abertura oficial ocorreu na quinta-feira (10), no Cinema Líbero Luxardo, com a exibição do filme "Noites Alienígenas", de Sérgio de Carvalho - produção do Acre grande vencedora do Festival de Cinema de Gramado, o mais importante evento de cinema do Brasil.

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O longa-metragem de ficção é baseado no livro de mesmo nome, escrito pelo diretor. Para o elenco, foram escalados o cantor Gabriel Knox, no papel principal; a acriana e ex-BBB e ex-No Limite Gleici Damasceno; o ator Chico Diaz; além de atores não profissionais amazônidas, incluindo indígenas. O roteiro é assinado pelo cineasta, em parceria com Camilo Cavalcante e Rodolfo Minari.

O enredo apresenta a história de três amigos de infância, da periferia, que se reencontram em Rio Branco em um contexto trágico de chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil para a Amazônia – fenômeno contemporâneo que assola comunidades em todo o país. 

“Escrevi o livro há mais de dez anos, quando toda essa questão nem existia no Norte. De lá pra cá, muitos jovens, sobretudo negros e indígenas, tiveram a vida ceifada pela mudança da rota do tráfico de drogas. É uma tragédia que está se aproximando das populações ribeirinhas, fazendo rota pelos territórios indígenas, cooptando a comunidade dos povos da floresta. Algo que tem transformado profundamente a realidade da Amazônia brasileira”, diz Sérgio de Carvalho. 

Com patrocínio do Instituto Cultural Vale, além do filme premiado, o Festival apresenta ainda uma programação multicultural - que valoriza a identidade amazônica.  “O Instituto Cultural Vale se une ao Festival Pan-Amazônico de Cinema no propósito de  fomentar e visibilizar a intensa produção audiovisual dos nove países que compõem as Amazônias e, por meio da arte e da cultura, também informar e mobilizar para a importância da floresta em pé. É preciso conhecer a floresta, seus povos e tradições, para valorizar e preservar”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.

O Festival é uma realização do Ministério do Turismo, com patrocínio do Instituto Cultural Vale via Lei Rouanet - Secretaria Especial de Cultura, em parceria com a Fundação Cultural do Pará - Cinema Líbero Luxardo; deputado federal Airton Faleiro; Secretaria de Estado de Cultura do Pará (SECULT-PA). Apoio cultural: Instituto Goethe, Casa de Estudos Germânicos (CEG), Se Rasgum Produções, Cine Solar, Circuito Jambu Multicultural, distribuidora Estrela do Norte, Belém Soft Hotel, Curso de Cinema da Universidade Federal do Pará (UFPA). Apoio institucional: Projeto Paradiso e Amazônia de Pé. Produção: ZFilmes Produções e Instituto Culta da Amazônia.

Mostras competitivas  

Este ano, o Festival terá quatro mostras competitivas. Serão exibidos 35 filmes do Brasil e de países pan-amazônicos nas duas mostras competitivas principais do Festival, com obras documentais e de ficção: a mostra Pan-Amazônica terá 8 longas e 12 curta-metragens, e a Mostra  Amazônia Legal, 7 longas e 8 curtas-metragens. E, de forma inédita, o Festival abriu espaço para a categoria de videoclipes, com uma mostra competitiva dedicada a este gênero, com obras de 14 artistas. Por fim, o Festival Curta Escolas, destinado a obras de estudantes de escolas públicas, chega a sua segunda edição e terá mostra de curtas-metragens. 

 As mostras competitivas ocorrem de sexta (11) até dia 18, das 17h30 às 22h30, no Cinema Líbero Luxardo. Já a exibição do "Curta Escolas" será nos dias 14, 16 e 17, das 9h às 12h, no mesmo local. 

Programação diversa

Além disso, a programação inclui seis oficinas gratuitas, o lançamento do filme "Clã das Jiboias - A origem do jiu-jítsu no norte do Brasil", do diretor Heraldo Daniel Moraes, e do livro "Cinema no Amazonas 1960 -1990", de Gustavo Soranz. E ainda: o 1º Fórum de Cinema das Amazônias, com acadêmicos e realizadores de cinema; sessão especial para convidados  do filme "Eu, Nirvana", do diretor paraense Roger Elarrat, com presença das atrizes Manuela du Monte e Carolina Oliveira e o preparador de elenco, Claudio Barros. 

A diretora do Festival, Zienhe Castro, vai  fazer o lançamento oficial do média-metragem "Praiano", codirigido por Cláudio Barros, e haverá também sessão especial do filme "Fausto Fawcett, na cabeça!", do diretor Victor Lopes. A programação conta ainda com a "Ocupação Cinema da Amazônia'', na Fundação Cultural do Pará,  em parceria com o Circuito Jambu - Portal Jambu, que reunirá nos dias 19 e 20, shows de artistas paraenses como Sandra Dualibe, Fé no Batuque, Pisada Cabôca e MC Irá. O Cine Curumim, dedicado ao público infantil, contação de histórias, feirinha criativa e a instalação da residência artística Útero Amazônia completam o evento, que é multicultural. 

No encerramento, em 20 de novembro, o Festival apresenta programação especial em alusão ao Dia da Consciência Negra, com a pré-estreia do curta-metragem "Não quero mais sentir medo", do diretor André dos Santos - quilombola do Território Quilombola Boa Vista, em Oriximiná, oeste do Pará. Com 16 minutos, o filme realizado pela equipe da Lamparina Filmes apresenta Fernando Ferreira, quilombola em sua primeira experiência de atuação, no Território Quilombola Ramal do Piratuba, em Abaetetuba, nordeste paraense. A ancestralidade é o fio condutor para um garoto de 15 anos que recebe a difícil missão de reescrever a história do povo preto. 

Serviço

Festival Pan-Amazônico de Cinema - Amazônia(Fi)DOC 2022.

Quando? De 10 a 20/11/2022.

Onde? No Cinema Líbero Luxardo - Fundação Cultural do Pará (Av. Gentil Bittencourt, 650 - Nazaré, Belém - PA).

Quanto? Gratuito.

Link para credenciamento: https://bit.ly/Credenciamento-imprensa-AmazoniaFiDOC

Informações: www.amazoniadoc.com.br

Da assessoria do evento.

 

 

 

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Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Amazônia tem como finalidade conscientizar a população sobre a importância de um dos patrimônios naturais mais valiosos da humanidade. A data foi instituída por lei em 2007 para celebrar a maior floresta tropical do mundo.

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Reconhecida pela fauna, flora, cultura e diversidade, a floresta amazônica ganha mais um enfoque: o desmatamento. De acordo com o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), no período de agosto de 2021 a julho de 2022 foram derrubados 10.781 km² de floresta; somente em abril deste ano, foi detectada a derrubada de 1.197 km² de floresta na Amazônia – 54% a mais do que o registrado no mesmo mês de 2021 – sendo o pior abril dos últimos 15 anos.

 Constitucionalmente, os poderes executivos – em âmbitos federal, estadual e municipal – são responsáveis pela proteção da floresta, explica o professor e doutor em Ciências Ambientais Paulo Pinho. "É importante afirmar que no atual governo houve uma desmobilização, uma desestruturação, dos sistemas de defesa da nossa floresta. Então, por isso que está tendo um aumento do ataque aos nossos ativos florestais e aos nossos recursos naturais", lembra Paulo.

 O professor fala que o fato de muitas pessoas não terem acesso a educação e saneamento no Brasil resulta na falta de atenção voltada para questões políticas e ambientais. "Essas pessoas não exercem todos os seus direitos. O que nós precisamos é que as pessoas, hoje, da classe média a classe média alta, se sensibilizem, pressionem, se envolvam mais nas questões políticas, para que decisões relativas a educação e saneamento atinjam a maioria da população", enfatiza.

A engenheira florestal Danielle Brito aponta o desmatamento ilegal como a principal causa da devastação amazônica e diz, ainda, que a população contribui para isso. "A partir do momento em que você adquire uma madeira, um móvel sem saber a procedência, sem saber a rastreabilidade, você está contribuindo, você está incentivando”, observa.

Para Danielle, o desmatamento desenfreado pode causar danos como o aumento da emissão de gás carbônico – um dos principais gases associados ao efeito estufa –, problemas respiratórios e crescimento lento de espécies arbóreas de grande porte, por exemplo. A engenheira destaca a importância da floresta. “É importante para a nossa respiração, é importante para o nosso clima, para o nosso ambiente. Está tudo interligado. É tudo um sistema”, pondera.

Danielle e Paulo enfatizam que a proteção da floresta é essencial e que deve ser discutida. “Nos últimos anos têm surgido diversas campanhas na mídia, nas redes sociais e ONGs que trabalham em favor disso. É muito importante a gente botar em pauta a proteção não só da floresta amazônica, mas de todas as florestas", avalia a engenheira.

"Discutir a floresta amazônica, discutir os recursos naturais, é discutir sobre a viabilidade da sociedade humana e de outros seres vivos da terra. É uma condição fundamental e básica", finaliza o professor.

Por Even Oliveira e Isabella Cordeiro (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

 Hoje (5) é comemorado o Dia da Amazônia. Infelizmente, não é de hoje que a maior floresta do mundo registra níveis de recorde de desmatamento e queimadas, que se sucedem nos últimos anos. Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em agosto, deste ano, mais de três mil focos de queimada na floresta foram registrados, o que representa o maior valor para o mês desde 2002. 

Várias iniciativas têm se desenvolvido na região no objetivo de tornar as atividades produtivas na Amazônia mais virtuosas, usando seus ativos para indústrias de alimentos, cosméticos e medicamentos, além de toda arte, artesanato e conhecimento de seus povos. E o mercado de carbono voluntário se mostra promissor também para manter a floresta em pé. A bioeconomia é um setor que pode colocar o Brasil na vanguarda ambiental, dada toda a sua biodiversidade e o conhecimento dos povos ancestrais. Para desenvolver além do investimento, a PD & I (Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento) e uma geração de empreendedores estão dispostos a apostar nessa nova economia.  

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Vem da Amazônia, por exemplo, o jaborandi, do qual é extraída a pilocarpina, utilizada na produção de medicamentos voltados ao tratamento de glaucoma e também para a falta de saliva ocasionada pelo uso de medicação controlada e por radioterapia. Da floresta também vem a produção do tucupi, que é extraído da mandioca.

A pimenta Baniwa, o cogumelo Yanomami Sanoma e outros sabores. O programa “Amazônia em Casa, Floresta em Pé” é uma das iniciativas que apoia os negócios que produzem gerando impactos positivos para a floresta e para as pessoas que lá vivem. Seu objetivo é abrir novos mercados para os produtos da sociobiodiversidade amazônica.  

Após oito meses, e uma passagem pelo Santa Cruz, Leston Júnior retorna ao Floresta EC. O comandante chega acompanhado de sua comissão técnica, formada por Jefferson Ribeiro, auxiliar técnico, e o preparador físico Gustavo Shiroma. Na terceira divisão deste ano, a equipe ocupa a 15ª posição na tabela, com 10 pontos.

As principais conquistas da carreira do técnico são o vice-campeonato da Taça Rio, pelo Madureira, em 2014, e o Campeonato Paraibano de 2018, com o Botafogo/PB. Pelo Floresta, em 2021, ele conseguiu o acesso à Série C do Brasileiro, além do vice-campeonato Brasileiro da Série D.

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Pelo Santa Cruz, em 2022, Leston Júnior comandou o time no estadual, terminando na 3ª colocação, com seis vitórias, três empates e duas derrotas. No Brasileiro, sua equipe só venceu um jogo, diante do Atlético-BA. Nesse mesmo dia, o treinador foi demitido após revelar o caos nos bastidores do Arruda, em uma entrevista coletiva.

Salários atrasos de jogadores e funcionários e a falta de estrutura mínima, incluindo até mesmo alimentação adequada, foram apontadas por Leston, ao lado da comissão e de todo o elenco, na coletiva que motivou sua demissão.

A Ilha do Retiro está liberada para receber público na partida deste sábado, entre Sport x Floresta, válida pela última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste. A vistoria no estádio rubro-negro foi realizada nesta sexta-feira (18), pelo Corpo de Bombeiros e Polícia Militar de Pernambuco

Segundo o clube, seguindo as novas exigências do Governo, o Sport disponibilizará 9.600 ingressos para os setores das sociais, arquibancada frontal, cadeiras de ampliação e camarotes. Para acesso ao estádio, será necessária apenas a apresentação do comprovante de vacinação: segunda dose para pessoas maiores de 12 e menores de 18 anos; e dose de reforço para pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, se decorrido quatro meses da segunda dose.

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A venda on-line (sócios e não sócios) já está aberta através do site, e a venda física a partir das 14h (Bilheteria Social- Sócios) e (Bilheteria do Arco- Público Geral), até às 19h do dia da partida. O check-in de gratuidade dos Sócios Prata, Vermelho e Ouro estará disponível no dia da partida, das 9h às 17h45, na Bilheteria Social do Leão.

Confira os valores dos ingressos:

SÓCIOS

Sociais: R$25

Arquibancada Frontal: R$10

Cadeiras de Ampliação: R$25

NÃO-SÓCIOS

Arquibancada Frontal: R$10 (meia)/ R$20 (inteira)

Cadeiras de Ampliação:  R$25 (meia) / R$50 (inteira)

PROPRIETÁRIOS DE CAMAROTE

R$40 (meia) / R$80 (inteira)

Formas de Pagamento:

On-line: Cartão de Crédito e Pix

Bilheteria Física: Dinheiro e Cartão de Crédito/Débito

– Portar ingressos (carteirinha de sócio e/ou e-ticket), comprovante de vacinação e documento oficial com foto;

– O uso de máscara e álcool em gel é obrigatório em todas as dependências do estádio;

– Respeitar o distanciamento social nos assentos e nas filas dos bares e banheiros.

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) emitiu uma nota que alertou para a disparada do desmatamento da floresta amazônica em 56,6% desde o início da gestão de Jair Bolsonaro (PL). De 2019 a 2021, o bioma sofreu com o desmate de mais de 32 mil km², equivalente a cerca de 21 vezes a área da cidade de São Paulo.

Os dados analisados pelos pesquisadores são do Prodes, um programa do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que acompanha o desmate anual dos biomas brasileiros.

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Ao todo, 51% do desmatamento no período ocorreu em terras públicas, a maior parte em áreas federais (83%). As florestas não destinadas e as reservas indígenas são os principais alvos dos criminosos, que se apropriam ilegalmente dos espaços após a destruição.

"A desestruturação do aparato de governança ambiental, ocorrido a partir de 2019, tem influenciado no aumento do desmatamento como um todo, tanto em terras de uso privado (imóveis rurais e lotes em assentamentos rurais), como em terras públicas, especialmente em categorias fundiárias de proteção menos restritiva (APAs) e naquelas sem qualquer destinação", apontou a nota.

O Ipam entende que o corte no orçamento de entidades de fiscalização é um dos principais fatores que viabilizam o desmate. Outros pontos que favorecem a atividade ilegal são a substituição de diretores e chefes de operação do Ibama, mudanças no processo de autuação, flexibilização de penalidades e a desarticulação institucional nas operações com o empoderamento do Exército para realizar a fiscalização.

Com o aumento das queimadas logo no primeiro ano de Governo Bolsonaro, militares foram designados para intensificar a proteção das áreas de floresta. Porém, a presença do Exército não surtiu efeito e os índices de desmatamentos permaneceram em alta.

A Confraria do Rosário é uma irmandade que existe há mais de 200 anos na cidade de Floresta, sertão de Itaparica de Pernambuco. É formada por famílias de homens e mulheres negras que vêm mantendo a tradição de levar adiante uma celebração que se insere nos festejos do Ciclo Natalino. Trata-se de uma festa no dia 31 de dezembro que, celebrando Nossa Senhora do Rosário, realiza a coroação de um rei e uma rainha, como forma de mostrar aos não negros e aos brancos que, apesar de terem sido escravizados, o povo negro carregava sangue real.

O calendário tem início já no dia 22, com uma procissão de Nossa Senhora do Rosário e do padroeiro de Floresta Bom Jesus dos Aflitos. No dia 24, acontece o hasteamento da bandeira de Nossa Senhora do Rosário em frente à igreja do Rosário; no dia 31, a missa com a coroação do Rei da Rainha do Congo e, no dia 1º de janeiro, o encerramento, com um procissão de São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Bom Jesus dos Aflitos.

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“Existe todo um calendário religioso de festividades, que chega ao fim no dia 31 de dezembro, único dia em que os negros escravizados tinham livre nas fazendas de Floresta. Nossa irmandade é composta por 65 integrantes, entre homens e mulheres. Temos organização jurídica e religiosa, onde temos o rei e a rainha perpétua, a juíza do rei e a juíza da rainha, os juízes dos andores, das espadas e dos altares e os confrades e confreiras que fazem parte da organização religiosa”, conta João Luiz da Silva, rei perpétuo e também presidente da Confraria.

A tradição que a Confraria repassa geração após geração remonta a uma antiga história do catolicismo, que narra sobre a aparição de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário num mar do continente europeu, onde havia um intenso comércio de escravos. Os portugueses teriam tentado retirar a escultura do local, mas somente quando os moçambicanos chegaram à praia, batendo os seus tambores e lhes pedindo proteção, a imagem se soltou e foi levada pelas ondas até a areia. A partir de então, a santa passou a ser considerada a madrinha dos negros que, quando chegaram ao Brasil colonial, passaram a cultuá-la em diferentes partes do país.

Em Floresta, a Confraria do Rosário é uma dessas instituições ancestrais que permanecem até hoje comandando a festa para a santa, sempre no dia 31 de dezembro, como manda a tradição local. “O dia de Nossa Senhora do Rosário, na verdade, é 7 de outubro, mas os negros daqui só tinham livre o dia 31 de dezembro, por isso, a coroação foi deslocada”, explica João Luiz Silva.

O cortejo da coroação é uma das coisas mais lindas de se ver, garante ele. Acompanhado por uma banda de pífanos, os homens e mulheres saem às ruas cantando hinos e benditos que misturam o português com alguns dialetos africanos que João Luiz não sabe precisar quais sejam. “A gente não tem a origem dessas músicas, que vêm sendo passadas de geração em geração e têm algumas palavras em língua africana”, conta.

Nesta terça (28), às 19h, a Secretaria de Cultura de Pernambuco promove em seu canal no Youtube uma live que vai falar sobre a tradicional celebração da Confraria do Rosário. Além de João Luiz, o bate papo vai contar com a participação de Manoel Cassiano de Barros Neto, mais conhecido como Jubileu. Ele é o juiz das espadas, e o espadachim mais velho da Confraria. “Sou herdeiro de Manoel Preto, um homem de muita importância para a Confraria e que me passou a função de organizador das espadas e das vestes, para que se cumpra o dever dos guardiões do rei e da rainha”, conta Jubileu.

Serviço

Live “Ancestralidade - A Confraria do Rosário como Patrimônio Vivo de Pernambuco”

Quando: 28 de dezembro de 2021 (terça-feira), às 19h

Transmissão: YouTube | Facebook

Da assessoria

Nesta sexta-feira (03), o Movimento Levanta Pernambuco chega em Salgueiro, Sertão do Estado. Já no sábado, 04, a programação continua nas cidades de Floresta e Arcoverde. 

Esse movimento é uma iniciativa do PSDB, PL, PSC e Cidadania, que tem entre os seus representantes o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, e o deputado Daniel Coelho. Todos esses nomes são cotados para concorrer ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2022 - podendo já este ser um bloco de aliança para os cargos que vão ser disputados no próximo ano.

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Segundo Raquel Lyra, o movimento está ouvindo os pernambucanos de todas as regiões de Pernambuco. "Os desafios são grandes. O Levanta Pernambuco é um debate sobre a vida real para construir uma agenda que dialogue, construindo estratégias de desenvolvimento para gerar um olhar para o futuro”, diz a prefeita.

O prefeito Anderson Ferreira salienta que a ação já passou por outros locais do Estado e agora chega no Sertão "onde as  dificuldades que a população enfrenta são várias. Podemos citar o problema da falta de água, onde há locais que ficam 30 dias sem abastecimento. Por isso queremos ouvir as pessoas e discutir as soluções”, complementa. 

O Movimento Levanta Pernambuco, lançado no Recife, no dia 28 de outubro, já esteve nas cidades de Catende, Vicência, Santa Cruz do Capibaribe e Bonito. O fim da primeira etapa do Movimento acontece em ato no município de Jaboatão dos Guararapes, no próximo dia 22.

O  Serviço Social do Comércio (Sesc), departamento regional em Pernambuco, está com vagas  de trabalho abertas para as unidades de Triunfo, Serra Talhada,  Bodocó e Floresta, municípios do Sertão do Estado. As inscrições podem ser realizadas até o dia 2 de dezembro através do site do instituto ou pelo site de recrutamento.

Ao todo, são 20 vagas para professores, atendentes, analistas, assistentes, instrutores e auxiliares com salários a partir de R$ 1.204,95 e acréscimo após 90 dias. Para a unidade de Serra Talhada, as oportunidades são para os cargos de Analista Administrativo (negócios), Analista Ambiental, Professor de Esportes, Assistente Administrativo, Instrutor de Recreação, Cozinheiro, Atendente de Copa e Cozinha e Auxiliar de Manutenção.

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Em Triunfo, estão abertas vagas para Professor de Esportes e Atendente de Copa e Cozinha. Já em Bodocó e Floresta, há vagas para Professor de Esportes. Cada oportunidade possui exigências mínimas, de forma que o processo seletivo será realizado através das etapas de triagem curricular, verificação de requisitos e avaliação de conhecimento. 

Por Thaynara Andrade

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