Tópicos | América-MG

O Campeonato Brasileiro da Série B termina neste sábado com a disputa da 38.ª e última rodada e apenas a definição do título segue aberta. Os candidatos a levantar a taça são o atual líder América-MG, que tem 70 pontos, e o segundo colocado Internacional, com 68. Os sete jogos vão começar no mesmo horário, a partir das 17h30 (de Brasília).

A dupla já garantiu o acesso à elite em 2018, assim como o terceiro colocado Ceará, com 64 pontos, e o quarto Paraná, com 63. Na zona da degola também já está tudo definido com Luverdense, Santa Cruz, ABC e Náutico rebaixados para a Série C.

##RECOMENDA##

Como a briga pelo título é a única disputa ainda restante, os dois postulantes vão enfrentar times sem objetivos na competição, o que pode pesar negativamente para o Internacional por depender de um tropeço do América-MG. O time gaúcho vai a campo em Porto Alegre, onde enfrenta o desfalcado Guarani, 16.º colocado com 44 pontos.

A equipe mineira também joga em casa, no estádio Independência, em duelo contra o CRB, 13.º colocado com 45 pontos, mas possivelmente motivado por um prêmio extra, a famosa mala branca, que seria de R$ 300 mil.

Para conseguir ultrapassar o rival, o Internacional precisa vencer e torcer por ao menos um empate em Belo Horizonte. Diante deste cenário, os dois ficariam com a mesma pontuação (71), mas o time colorado seria campeão pelo número de vitórias, hoje empatado com 19 triunfos para cada lado.

Mas os dois times têm tradição no futebol nacional. O América-MG foi campeão da Série B em 1997, ainda quando não existia o formato atual de quatro séries, criado em 2003. Em 2009 foi o vencedor da Série C. Mas disputou a Série A em apenas duas oportunidades: 2011 e 2016. Em ambas foi rebaixado na sequência, ganhando a fama de time iô-iô.

O Internacional vive um extenso jejum de títulos nacionais. A última conquista de tal nível aconteceu há 25 anos. Em 1992, ergueu a Copa do Brasil. O time gaúcho, porém, acumula três brasileiros (1975, 1976 e 1979), além de ser bicampeão da Copa Libertadores (2006 e 2010) e campeão mundial, quando venceu o Barcelona, em 2006, no Japão.

OUTROS JOGOS - Ainda na parte de cima da tabela de classificação, Ceará e Paraná brigam pela terceira colocação. Os cearenses recebem, na Arena Castelão, o vice-lanterna ABC, que tem 34 pontos. A partida vai marcar o recorde de público da competição, já que os 51 mil ingressos colocados à disposição foram esgotados nesta sexta-feira. Nono colocado com 49 pontos, o Boa será o adversário do clube paranaense, no estádio Couto Pereira, em Curitiba, também com grande público.

Outra briga por melhor colocação vai ser entre o quinto colocado Londrina, com 59 pontos, e o sexto Vila Nova, com 58. Neste caso, os dois vão fazer o confronto direto, no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Também com 58 pontos e na sétima colocação, o Oeste tem o mesmo objetivo em duelo na Arena Barueri, em Barueri (SP), contra o 15.º colocado Goiás, que soma 44.

No interior do Mato Grosso acontece um confronto entre os rebaixados Luverdense e Náutico. O time mato-grossense é o 17.º colocado, com 41 pontos, e a equipe pernambucana está na lanterna, com 32.

A disputa acirrada para ver quem será o campeão do Campeonato Brasileiro da Série B fez a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) adotar uma medida pouco comum para a 38.ª e última rodada. A entidade vai mandar neste sábado duas estruturas idênticas à taça original para Belo Horizonte e Porto Alegre.

"Nosso trabalho é aproximar o torcedor da sua paixão e a festa do título com a taça faz parte dessa estratégia. Como há chance do campeão sair em Minas ou Rio Grande do Sul, estaremos com tudo pronto nos dois lugares", disse o diretor de competições da CBF, Manoel Flores.

##RECOMENDA##

Na liderança da Série B com 70 pontos, o América-MG precisa vencer o CRB, no estádio Independência, para não depender do resultado na capital gaúcha, onde o Internacional - vice-líder com 68 - recebe o Guarani. Se empatar ou perder, o time mineiro ficará na torcida por um tropeço dos colorados.

Como os quatro rebaixados à Série C e os quatro promovidos à elite já estão conhecidos, CRB e Guarani apenas cumprem tabela nesta última rodada. O time de Campinas (SP) vai ter muitas baixas, enquanto que o alagoano promete ir completo e, possivelmente, motivo por um prêmio extra, algo em torno de R$ 300 mil para impedir a vitória mineira.

Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro da Série B, algumas situações de tabela começam a ser desenhadas, tanto para o acesso à Série A, quanto no rebaixamento. Para o técnico do Santa Cruz, Marcelo Martelotte, a briga na parte de baixo, protagonizada por clubes ditos favoritos ao G4, deixou o torneio ainda mais equilibrado. Melhor para quem está em plena evolução, ao menos é assim que o professor enxerga o time.

"É uma Série B muito equilibrada, com o Internacional se destacando e, a partir dali, muita igualdade. Algumas equipes candidatas ao acesso hoje estão embaixo na tabela o que equilibrou o campeonato em todos os sentidos. Está muito disputado e isso dificulta para todo mundo. Porém, é um momento em que estamos evoluindo e nos dá confiança de que podemos vencer daqui para frente", destacou.

##RECOMENDA##

Questionado sobre quem são, hoje, os favoritos para subir, ou descer, Martelotte foi taxativo; só o Internacional já sabe em que divisão vai jogar na próxima temporada. Algo que, para ele, se concretizou muito cedo. "O Internacional subiu quando o campeonato começou. O time tem uma folha de R$ 10 milhões e joga a Série B. A dúvida era se eles seriam campeões, e vão ser. Todos os demais brigavam pelas outras três vagas. Apesar de haver chances, o ABC vejo como o mais complicado para escapar. O restante está na luta", afirmou.

E é nesse contexto de igualdade que o Santa Cruz visita o Figueirense neste sábado (14), às 16h30. Justamente em um momento que pode ser um ponto positivo jogar fora e evitar a pressão da própria torcida.

"São dois times em situações parecidas no campeonato e existe uma pressão maior em quem joga em casa. O torcedor não está satisfeito, então é mais difícil ser mandante, você perde presença do torcedor e tem que dar resposta positiva. Temos essa vantagem, de jogar na pressão deles, pela estrutura que o Figueirense tem. Espero um jogo difícil, porém interessante e que temos condições de vencer", garantiu o treinador.

LeiaJá também

---> Do berço à arquibancada: A nova geração de torcedores

---> Júlio Sheik deixa o Santa e deve se aposentar do futebol

Quando entrar em campo no Orlando Scarpelli, próximo sábado (14), para enfrentar o Figueirense, o Santa Cruz tem a missão de diminuir a distância para os times fora da zona de rebaixamento que já atinge a marca de cinco pontos. É pensando nisso que o técnico Marcelo Martelotte está trabalhando na confiança dos atletas corais. Segundo o meia Thiago Primão, os jogadores têm a consciência de que é possível derrotar os alvinegros, mesmo em seus domínios.

"Estamos fazendo bons jogos, mas os resultados não estão acompanhando o que estamos fazendo. Acabamos perdendo jogos que determinaram nossa volta para a zona do rebaixamento, porém precisamos manter a cabeça boa. Voltar ao trabalho focados para fazer o resultado contra o Figueirense. Temos totais condições de sair de lá com os três pontos", afirmou

##RECOMENDA##

A prioridade, claro, é livrar o clube de mais um rebaixamento à Série C. Para isso, é preciso somar mais vitórias do que tem acontecido. O armador acredita que, apesar dos erros ao longo da temporada, o time não merece cair, e ninguém pensa diferente no elenco.

"A gente está focado. São jogos finais com confrontos diretos com outros times embaixo. Todo jogo é final e precisamos buscar os resultados, algo que não estamos conseguindo. Incomoda muito, sentimos no vestiário. Esse grupo não merece a posição que está. Porém, não vamos deixar nada cair por aqui", garantiu.

E Primão sabe exatamente o que está faltando para que os resultados voltem a ser positivos e o Santa consiga deixar o Z4. "Um capricho maior no último passe, na finalização. Temos conseguido ficar com a posse no campo adversário, encontrado espaços para cruzar e entrar na área adversária. É ficar mais atento, acreditar nos lances do jogo. Fico feliz pelo nosso desempenho e estaria mais preocupado nessa situação com atuações piores. Demonstramos nossa força contra adversários qualificados. Precisamos continuar nos dedicando porque o que falta é o resultado", disse Thiago.

LeiaJá também

---> Bueno diz que ausência do presidente não pode servir de desculpa

---> Rosembrick conta que deixou a Cabense para se aposentar

Em um momento no qual a derrota para o América-MG aumentou a distância entre o Santa e o primeiro time fora do Z4, não cabe mais discurso cego em otimismo. Agora são cinco pontos que separam o tricolor e um lugar ao sol, se é possível definir assim a permanência na Série B. É algo que Ricardo Bueno já esteve falando durante o campeonato e reforçou em coletiva nesta segunda-feira (9).

"Não estamos abatidos, e sim preocupados. Eu dizia que se a gente não mudasse alguns comportamentos, não poderíamos vir aqui em entrevista falar de acesso. A situação é essa, não podemos nos enganar. A confiança é total de que a gente vai mudar esse quadro do Santa hoje e não seremos rebaixados. Porém, é preciso levantar a cabeça e trabalhar. Se alguém está desconfiado, temos que puxar para o grupo. Precisamos de todos para sair da zona", afirmou.

##RECOMENDA##

O atacante revelou que o presidente do clube não está presente no atual momento nos vestiários. Algo que já era falado, em off, pelos funcionários do clube. Porém, tratou de deixar claro que essa distância não pode servir de desculpa para os jogadores se eximirem de responsabilidade. 

"O presidente não tem frequentado o vestiário, mas eu vejo como uma situação normal. Não muda para mim, é um apoio de palavra e incentivo. Mas se a gente não entrar e jogar um bom futebol, nada muda. Não uso isso como escora, temos nossa consciência, porém não é fator para alavancar uma arrancada. É a comissão e os jogadores quem tem mais poder de mudar o nosso quadro", disse Bueno.

As críticas dos torcedores estão se tornando recorrentes nas redes sociais e, no próprio Arruda, se via a insatisfação dos tricolores com o elenco. Perguntado sobre como isso afeta o grupo, o centroavante deixou claro que eles são ouvidos, mas apenas no que pode ser construtivo para o time crescer. "Estamos tentando nos blindar o máximo possível para tentar as vitórias, ter uma resposta pelo nosso trabalho. A situação que estava no início é diferente, contudo estamos nessa situação porque todos juntos colocamos o Santa aí. Tudo que vier de bom, de fora, vamos acatar e o que não ajudar, deixamos de fora", garantiu.

Ex-atleta do Figueirense, próximo adversário, Ricardo quer usar o momento do alvinegro, que também é ruim, em favor do Santa. Segundo ele, a pressão por resultados é grande nos dois clubes, mas é o Figueira quem vai sofrer maior pressão por atuar diante dos seus torcedores.

"Vai ser um jogo muito difícil, porém temos muitas coisas para aproveitar lá. É um clube que sempre briga para estar na Série A, de torcida, de pressão. Eles devem estar sendo bem cobrados, conheço bem a torcida que deve cobrar, e podemos tirar isso de positivo para nós. Temos nossa própria pressão, mas é fora de casa e atrapalha mais o Figueirense", contou.

LeiaJá também

---> Técnico aponta falta de confiança no Santa e cobra arbitragem 

---> Caça-Rato relembra resenhas de bastidores e fala sobre o futuro

A situação do Santa Cruz ficou feia na Série B com a derrota neste sábado (7), no Arruda. Mesmo tendo dominado as ações no segundo tempo, o tricolor teve um gol anulado e viu Matheusinho, mais uma vez, decidir a parada para o América-MG. Para complicar ainda mais, o Luverdense venceu o Figueirense e aumentou a distância para a Cobra Coral que agora é de cinco pontos. Não é de se estranhar que o treinador esteja sentindo o time menos confiante, algo que ele já enfrentou no início da temporada.

"Era um resultado que a gente não esperava. Sabíamos da dificuldade do jogo, mas entramos conscientes de que poderíamos buscar o resultado. Entendo que tivemos uma atuação melhor que o adversário, tivemos as chances mais claras, a posse da bola, jogamos dentro do campo do adversário. Não soubemos transformar isso em um placar que nesse momento é o que pesa, essa derrota foi grande, em casa e precisávamos vencer. Agora é recuperar a confiança dos jogadores e esse trabalho já começou nos vestiários", contou Marcelo Martelotte.

##RECOMENDA##

Foi nessa tecla, do fator emocional, que o comandante tricolor mais viu dificuldades. Ainda mais para os homens da frente que vivem um momento de escassez de gols. "É confiança, qualidade existe. Esses jogadores seriam titulares em outras equipes porque têm qualidade para isso. Estamos tentando, colocando todos para jogar e continuamos com dificuldade por causa da confiança. Isso tem um peso maior quando se fala em criação e finalização. O time vem bem, criando algumas jogadas, trabalhando bola e, infelizmente, não transforma em gols. É o aspecto emocional que mais pesa", afirmou.

Estacionado nos 29 pontos, com cinco a menos que o primeiro time fora, o torcedor do Santa já está fazendo as contas para evitar a queda. Martelotte prefere não entrar na onda, pois acredita que mais para frente, será algo mais concreto. "A matemática não é tão redonda para fazer previsão. Todos trabalham com uma margem sempre para mais. O número é 45, porém já se escapou com menos, e com mais. Pelo momento, não sei onde se pode chegar. Temos que encarar cada rodada como decisiva e parar de fazer conta, o importante é voltar a vencer para, lá na frente, buscar esse número", disse o técnico.

Apesar de não ter o costume de criticar a arbitragem, Marcelo não quis deixar passar o gol legal marcado por Anderson Salles que foi anulado no segundo tempo. Preferindo não focar no lance específico, ele fez um questionamento mais geral, citando outros lances das últimas rodadas que considerou decisivos para os resultados ruins em sequência.

"Não temos bola de cristal, mas seria diferente porque sairíamos na frente. A bola que bateu na mão do Londrina, em Porto Alegre e o impedimento de hoje, são lances difíceis e decisivos, todos dados contra nós. Três situações que pesam na nossa ocasião. Não sei se mudaria a história do jogo, o que falo é dos lances duvidosos, difíceis, apitados contra nós. Quando se repete, a gente precisa falar, mesmo não gostando. Hoje pode ter sido o menos duvidoso, o Anderson veio de trás e tinha vários atletas na mesma linha, em um bom momento nosso", destacou.

Mais do que nunca, o Santa Cruz enfrentou o América-MG, no Arruda, neste sábado (7), precisando vencer para não deixar os concorrentes abrirem distância. Com 29 pontos, o jogo entre Luverdense x Figueirense dava a certeza que a vitória não iria tirar o tricolor da zona do rebaixamento. Mas manter-se colado era essencial. O que não era esperado foi o erro de arbitragem, decisivo para o resultado final. O tricolor teve um gol legal anulado e acabou vendo Matheusinho, de novo, decidir pelo Coelho.

Jogo equilibrado e placar empatado

##RECOMENDA##

Bastaram seis minutos para o Santa deixar claro que entendia a necessidade. Grafite encontrou João Paulo bem posicionado na esquerda e o meia bateu forte no gol do América-MG. João Ricardo se esticou para evitar o primeiro gol. Mais um minuto e Grafite estava recebendo cruzamento pela esquerda e cabeceou alto. A tentativa passou colada ao travessão, tirando o fôlego da torcida coral. Passado o susto inicial, o Coelho passou a buscar os contra-golpes, especialmente em erros dos atacantes corais que se mostravam ansiosos para resolver o placar. Luan até chegou bem aos 21, em escanteio, o atacante antecipou a zaga, porém Julio Cesar estava atento para encaixar.

O roteiro do primeiro tempo foi bem simples, como foram os lances iniciais. Tendo a posse, os tricolores buscavam penetrar na defesa mineira, mas pecavam no último passe. Enquanto o América-MG, esperava ansioso por um erro de passe para sair em velocidade. Algo que pouco ocorreu. Quando atacava, e conseguiu um escanteio no finalzinho, a Cobra Coral viu o árbitro Flávio Rodrigues de Souza acabar antes da cobrança. Foi quando a torcida, já indignada com o amarelo para Derley, perdeu a paciência. O intervalo chegou com aplausos para a atuação do time e vaias para o paulista.

[@#galeria#@]

Santa tem gol anulado e sofre, mais uma vez, com Matheusinho

Querendo surpreender, o time mineiro recomeçou o jogo partindo para o ataque. Em um bate rebate na área, a defesa cochilou e a bola sobrou para Bill finalizar. Para salvar o Santa, Julio Cesar mostrou reflexo e tirou com os pés. Na sobra, Luan tentou a conclusão, contudo, mandou para fora. A postura ofensiva dos visitantes intimidou os corais que, nos primeiros cinco minutos, sequer saíram de seu campo. Aos poucos, o time de Martelotte voltou a dominar a bola, e levar perigo ao adversário. Com Bruno Paulo e Ricardo Bueno, existia uma ansiedade pelo gol do Santa. Ainda mais porque o time passou a chegar com mais frequência.

Por duas vezes, Bruno Paulo teve condições de levantar a bola na área, entretanto a marcação mineira estava atenta para afastar o perigo. E foi numa bola parada que o gol saiu, aos 25. O problema é que o bandeira viu impedimento de Anderson Salles, anulando. No minuto seguinte, Bruno Paulo e Derley puderam finalizar, porém, ambos em cima da zaga. A torcida coral levantava para jogar junto com o time. O que parecia um momento do tricolor, virou decepção quando, aos 33, Matheusinho foi levando a bola sem ninguém encostar e encheu o pé para vencer Julio Cesar; 1x0. Assim como foi no jogo em Belo Horizonte, no primeiro turno, o pequeno camisa 10 estava decidindo o resultado.

Os minutos de final foram de silêncio no Arruda, o golpe atingiu o torcedor coral que viu o time, em um melhor momento da partida, se complicar demais. Aos 41, Ricardo Bueno recebeu por baixo na área e desviou rasteiro, contudo, estufou as redes pelo lado errado. Não era realmente a noite do Santa. Anderson Salles teve uma falta, quase que um pênalti, aos 41 e mandou na trave. Era o fim de um jogo de muita tristeza para os tricolores. Estacionado nos 29 pontos, o time viu a distância para o primeiro time fora da zona do rebaixamento aumentar para cinco pontos.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 28ª rodada

Local: Arruda

Santa Cruz: Julio Cesar; Nininho, Guilherme Mattis, Anderson Salles e Yuri; Derley, Wellington Cézar (Natan) e Thiago Primão; André Luís (Bruno Paulo), João Paulo e Grafite (Ricardo Bueno). Técnico: Marcelo Martelotte.

América-MG: João Ricardo; Norberto (Ceará), Messias, Rafael Lima e Pará; Ernandes, Juninho, Ruy (Renan Oliveira) e Matheusinho (Zé Ricardo); Bill e Luan. Técnico: Enderson Moreira.

Arbitragem: Flávio Rodigues de Souza - SP

Assistentes: Alberto Poletto Masseira - SP / Evandro de Melo Lima - SP

Gols: Matheusinho (AMG)

Cartões amarelos: Derley (SCZ) / Norberto, Matheusinho e Ceará (AMG)

Público: 9.083 torcedores

Renda: R$ 54.775,00

No próximo sábado (7), o Santa Cruz tem mais um adversário indigesto pela frente. Os tricolores encaram o América-MG que chegou a revezar a liderança da Série B com o Internacional e hoje ocupa a terceira posição. Vindo de duas derrotas, o Coelho vai tentar se recuperar no Arruda, algo que, para os anfitriões vai deixar o jogo aberto. Porém, os corais entendem que a necessidade de vencer é grande, ainda mais em uma rodada onde os concorrentes na luta pela permanência jogam entre si.

"O jogo vai ser bom, como disse o professor, não é pressão só para nós. É aberto, todo mundo quer vencer, será uma final para os dois times, uma partida boa de estar em campo. Independente dos outros resultados, precisamos fazer o nosso e depois pensar na tabela", afirmou Yuri.

##RECOMENDA##

O lateral, que ganhou a vaga com a lesão de Tiago Costa, segue entre os onze titulares para o jogo contra os mineiros. Ele se diz feliz pela oportunidade de estar atuando, entretanto, lamenta a forma como a mesma surgiu. "Eu vinha trabalhando forte, esperando uma oportunidade que veio, infelizmente, na lesão do Tiago. Queria que fosse no cotidiano, disputando a posição, porém aconteceu assim. Fico feliz por voltar, mas triste e torcendo que ele se recupere. Precisamos de todos bem", contou.

Quanto à luta contra o rebaixamento, o atleta afirma que o grupo não está sequer pensando na possibilidade. Todos seguem confiantes de que a situação atual será revertida. E ter seis jogos no Arruda, suficentes para alcançar uma pontuação segura, só reforça esse sentimento. 

"Estávamos comentando justamente isso. Se a gente vencer os seis jogos em casa, já escapamos dessa situação. Porém estamos buscando fora pontuar ao máximo. É tentar somar o máximo longe, e vencer todos no Arruda. Não passa na nossa cabeça que o Santa Cruz vai cair, estamos certos de que vamos sair dessa", garantiu o lateral esquerdo.

E, para alcançar essa meta, conta com o apoio do torcedor tricolor. Yuri diz que já percebeu uma melhorar no público, e tem fé de que a tendência é aumentar nessa reta final. "A torcida aqui faz total diferença. Com apoio deles, a gente consegue vencer. Acredito que sábado vai estar cheio e vamos corresponder dentro de campo. Com a chegada do Martelotte, mudamos de postura eles ficaram mais confiantes e estão comparecendo. Nessa reta final, acredito que eles vão comparecer cada vez mais", disse.

LeiaJá também

---> Vender comida não é exclusividade do Santa Cruz 

---> João Paulo pede apoio à torcida: 'Com eles, vamos conseguir'

No próximo final de semana, o Santa Cruz volta a jogar no Arruda, sábado (7), diante do América-MG. É uma chance de voltar a vencer e sair da zona do rebaixamento, na qual ocupa hoje a 18ª posição com 29 pontos somados. Para isso, tem que derrotar um dos melhores times da competição, mas que vem de duas derrotas seguidas. Algo que pode servir de motivação extra, para um elenco que se diz pronto para o desafio.

"Sabemos da nossa capacidade e estamos bem preparados para sair dessa situação. Vamos trabalhar e conversar bastante, ouvir o Martelotte, para fazer um grande jogo e conquistar um bom resultado dentro de casa", disse o meia João Paulo.

##RECOMENDA##

Os tricolores, mais do que nunca, contam com o apoio dos seus torcedores. Desde o começo da competição, o Arruda só viu um público superando os 20 mil pagantes, contra o Internacional, no primeiro turno. Em um momento delicado, a presença deles é mais do que um simples incentivo, é parte do jogo.

"Estamos passando por uma fase difícil, que nos incomoda bastante. É de suma importância ter a torcida do nosso lado. Esperamos que eles venham a campo para nos incentivar para fazermos mais uma boa partida. É mais uma chance de provar que não deveríamos estar nessa situação. Com a ajuda deles, vamos conseguir", garantiu.

Desde que Marcelo Martelotte chegou, o time ganhou consistência defensiva, mas o ataque pouco tem funcionado. Tal situação está incomodando, porém João lembra da boa vitória sobre o Goiás para reforçar a confiança de que os gols irão sair. Ele sabe exatamente o que está faltando. "A gente precisa chegar com mais tranquilidade na frente. Caprichar mais, entrar focados porque na hora certa o gol vai sair, como foi contra Goiás e Londrina. Temos um grande adversário e vamos buscar essa vitória", afirmou o meia.

LeiaJá também

---> Bolo de Rolo: Vender comida não é exclusividade do Santa Cruz

---> Léo Lima pede desligamento e está fora do Santa Cruz

Não é comum celebrar empates, principalmente quando se trata de um jogo em casa. Porém, da forma que as coisas aconteceram no duelo entre Santa Cruz x Ceará nesta terça-feira (26), acabou sendo melhor para os tricolores somar um ponto. Em um confronto de muitas oportunidades, onde o goleiro Julio Cesar foi quem brilhou no final, nem mesmo a torcida ficou chateada com o que viu em campo.

"Entendo que o torcedor vem ao estádio para assistir jogos assim e, por isso, sei que ele não saiu totalmente satisfeito, porém mostramos que seguimos no caminho certo. De uma maneira geral, é o nível que precisamos buscar, de entrega, qualidade, chances criadas e participação de todos. Há detalhes para corrigir, principalmente contra times qualificados que é o caso dos próximos jogos. Precisamos corrigir o desespero dentro do jogo, a desorganização. Não podemos, com um ponto garantido, perder a tranquilidade na reta final, foi o que me deixou mais preocupado. Fico satisfeito pelo grande jogo, um duelo que nem parece algum time do G4 contra um time da zona do rebaixamento", afirmou o técnico Marcelo Martelotte.

##RECOMENDA##

Impossível não notar a boa presença do arqueiro coral. Já no último minuto, ele cresceu para evitar que Arthur transformasse um empate disputado em uma derrota dolorida. Algo que o comandante vê como parte do crescimento individual de Julio e coletivo da defesa que sofreu apenas um gol nos últimos quatro jogos. 

"Os dois goleiros foram muito bem, o que é sinal do nível da partida. Participação fundamental no resultado do jogo. O Julio foi importantíssimo, principalmente nessa última chance. Fico satisfeito com o crescimento dele, que é pessoal, individual, que vai junto à nossa defesa, bem menos vazada, mais segura. Esse é um número importante para alcançar nossos objetivos, precisamos de um setor defensivo funcionando assim para chegar ao número ideal de pontos no final", contou Marcelo.

Martelotte ainda teve que enfrentar algumas vaias quando optou pela entrada de Wiliam Barbio no segundo tempo. Porém entende que as substituições funcionaram e justificou cada uma delas. "Com o Bruno Paulo, entendi que tínhamos caido de rendimento e queria movimentação. Não estávamos fazendo o Pio marcar e é o que eu queria, forçar em cima dele para tirá-lo de poder atuar ofensivamente. Senti o Primão cansado, eu tinha a opção de colocar o Natan, porém eu queria mudar a característica. Passando o João Paulo para lá, ganhamos no meio, tanto que voltamos a criar oportunidades", disse.

Quanto à entrada constante de Ricardo Bueno na vaga de Grafite, algo que aconteceu nas últimas três partidas, o treinador mostra segurança quanto à preferência pelo camisa 23. Entretanto, afirma que ambos terão diversas oportunidades de atuar até o fim do campeonato e não vê problemas em uma mudança, caso sinta a necessidade.

"Eu não tenho dúvidas quanto à escalação. São jogadores com características diferentes que poderiam ser titulares em qualquer time da Série B. Fico incomodado de escolher entre os dois. Existe a possibilidade de jogar com os dois, mas é difícil. Pela qualidade dos dois tem a dúvida, o gol tem peso para centroavante, mas o Grafite briga, segura a bola, faz pivô. Os dois vão participar bastante do campeonato. O dia que eu tiver certeza do Ricardo, ele joga", garantiu Marcelo Martelotte.

O América-MG assumiu a liderança provisória da Série B do Campeonato Brasileiro, nesta sexta-feira, ao derrotar o Paysandu pelo placar de 1 a 0, em partida realizada no estádio Mangueirão, em Belém, pela 23ª rodada. O time do técnico Enderson Moreira agora torce contra o Internacional frente ao Juventude, em Caxias do Sul (RS), para seguir na ponta.

O resultado deixou o América-MG com 44 pontos, dois na frente do Internacional. O time mineiro devolveu a derrota que sofreu em casa para o Paysandu, por 2 a 0, e confirmou uma invencibilidade de quatro jogos. Já o Paysandu continua flertando com o rebaixamento. A equipe paraense soma 27 pontos, contra 25 do Figueirense, que abre o descenso.

##RECOMENDA##

O primeiro tempo deixou evidente o que cada equipe briga na Série B. Enquanto o Paysandu parecia desorganizado e demonstrando um certo nervosismo em fazer a bola rodar, o América-MG criava boas oportunidades e acabou abrindo o placar aos 35 minutos. Luan arriscou de fora da área, a bola desviou e enganou o goleiro Emerson. O resultado colocava o time mineiro na liderança.

Antes, o atacante Luan, um dos destaques destes 45 minutos iniciais, já havia chutado uma bola na trave. Emerson, por sua vez, defendeu outra na tentativa de Matheusinho, a jovem promessa da equipe mineira. Do outro lado, o Paysandu foi chegar apenas no fim. Anselmo recebeu belo passe dentro da área e cabeceou para defesa de João Ricardo.

No segundo tempo, o time paraense teve que se abrir e saiu em busca do empate. Logo aos dois minutos, Welliton Júnior recebeu da esquerda, mas acabou pegando mal na bola e desperdiçando grande oportunidade. O Paysandu, na sequência, chegou a marcar com Marcão, mas o árbitro pegou impedimento e anulou o lance.

A situação do time da casa, que já era complicada, ficou pior aos 35 minutos. Peri parou a bola com o braço na entrada da área, recebeu o segundo cartão amarelo e acabou expulso. Mesmo com um a menos, ainda ameaçou. Lima falhou, Magno recuperou a bola e obrigou João Ricardo fazer um milagre para evitar o empate.

Na próxima rodada, a 24.ª, o América-MG volta a campo na próxima sexta-feira, às 21h30, diante do Ceará na Arena Castelão, em Fortaleza. No dia seguinte, às 16h30, o Paysandu recebe o ABC no estádio Mangueirão.

PAYSANDU 0 x 1 AMÉRICA-MG

PAYSANDU - Emerson; Ayrton (Lucas Taylor), Perema, Diego Ivo e Peri; Rodrigo Andrade, Renato Augusto e Rodrigo; Welinton Junior (Marcão), Anselmo (Magno) e Bergson. Técnico: Marquinhos Santos.

AMÉRICA-MG - João Ricardo; Ceará, Rafael Lima, Lima e Giovanni; Ernandes (David), Juninho, Renan Oliveira (Gerson Magrão) e Matheusinho; Luan e Bill (Hugo Cabral). Técnico: Enderson Moreira.

GOL - Luan, aos 35 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Francisco Carlos do Nascimento (AL).

CARTÕES AMARELOS - Rodrigo Andrade (Paysandu); Ceará e Lima (América-MG).

CARTÃO VERMELHO - Peri (Paysandu).

RENDA - R$ 74.750,00.

PÚBLICO - 1.358 pagantes (4.950 no total).

LOCAL - Estádio Mangueirão, em Belém (PA).

O Movimento Coralinas tem reunido mulheres para acompanhar os jogos do Santa Cruz no Arruda com a intenção de tornar o futebol cada vez mais um espaço para as torcedoras. Em meio à luta contra o machismo nas arquibancadas, surge uma proposta de cunho solidário: levar cinco meninas de comunidades do Recife para assistir ao jogo entre Santa Cruz x América-MG, no dia 7 de outubro, em homenagem ao Dia das Crianças. O ojbetivo é realizar toda uma ação e por isso foi criado um financiamento coletivo online, que já começa a dar resultados.

"Levar cinco meninas de comunidades para viver essa paixão em um dia de lazer e de conscientização: meninas também amam o futebol e o clube precisa de seus torcedores, independente da classe e do gênero. A realidade dos torcedores corais muitas vezes não permite que famílias inteiras vivenciem essa paixão de forma mais aproximada do clube. Quando se trata de meninas, então, as dificuldades são ainda maiores", diz o texto no site da arrecadação.

##RECOMENDA##

A meta é somar R$ 500 que serão utilizados para formar os kits contendo uma camisa oficial do Clube, que deve ser autografada pelos jogadores, um par de ingressos para os responsáveis pelas crianças, um livro infantil e educativo sobre o empoderamento feminino, além de um lanche para as crianças. O Movimento deixa claro que todo o dinheiro arrecadado será destinado à ação e a prestação de contas será apresentada por meio das contas do movimento nas redes sociais. 

Com previsão para ser encerrada no dia 29 deste mês, a campanha já arrecadou R$ 125, o que corresponde à 25% do total. Para ver os detalhes e contribuir, é preciso acessar o site da campanha.

LeiaJá também

---> Após testes, Walber assina contrato com o Santa Cruz

---> Grafite fala do momento coral e de projetos para o futuro

Carente na lateral direita, o Santa Cruz chegou a um acordo com Walber, que foi indicação do ex-treinador, Givanildo Oliveira, e estava fazendo testes no Arruda. O contrato vai até o final da Série B e o atleta ex-América-MG e Náutico, chega para disputar posição com Nininho. Desde a saída de Gabriel Vallés, o clube contava apenas com o prata da casa para a função.

Experiente, Walber acumula passagens por América-RN, Treze, Remo, Grêmio Barueri, América-MG, onde trabalhou com Givanildo Oliveira, Náutico e, mais recentemente, Cuiabá. Sem disputar uma partida oficial há 5 meses, o defensor teve uma passagem no Timbu em 2016 marcado pelas constantes lesões. Somando o ano passado com a temporada atual, ele soma apenas 10 partidas completas.

##RECOMENDA##

De ponto positivo, fica a campanha do acesso à Série A com o ex-técnico do Santa, no Coelho, em 2015. Agora, o clube corre para regularizar o atleta e torná-lo opção ao comandante Marcelo Martelotte o quanto antes.

LeiaJá também

---> Grafite fala do momento coral e projetos para o futuro

---> Sandro crê em mudança positiva no ambiente do Santa

Após confirmar a chegada do zagueiro Alison, o Santa Cruz pode confirmar mais um reforço para a disputa da Série B. Trata-se do lateral direito Walber, que atuou pelo Náutico em 2015 e não disputa uma partida oficial há cinco meses. Nesta terça-feira (22), o atleta participou do treinamento com os demais atletas, entretanto a direção coral ainda não confirmou o acerto. Com 30 anos, Walber passou pelo seu melhor momento junto com o treinador Givanildo Oliveira no América-MG, em 2015, quando conquistou o acesso à primeira divisão.

Segundo o próprio Santa, o contrato com Walber ainda não tem nada assinado e a diretoria segue em contato com o empresário dele. Vale destacar que o lateral teve uma passagem ruim em 2016 pelo Náutico que acabou ficando marcada pelas constantes lesões. Na atual temporada esteve vestindo a camisa do Cuiabá, onde realizou sua última partida em março. Somando as últimas duas temporadas, o atleta tem apenas 10 partidas como titular, já que no ano passado foi reserva de Joazi. O setor de lateral do Tricolor, atualmente, conta com apenas três opções para Givanildo, sendo Nininho, Gabriel Vallés e Vítor, entretanto os dois últimos estão lesionados.

##RECOMENDA##

LeiaJá também

---> Derley cobra mais atitude ao Santa, porém, sem desespero 

---> Santa Cruz anuncia zagueiro Alison, ex-Náutico

O Santa Cruz anunciou mais um reforço para a disputa da Série B de 2017. Alison Wagner Lira Ferreira é o mais novo zagueiro do tricolor, que atualmente ocupa a zona do rebaixamento. Experiente, o defensor de 33 anos já trabalhou com Givanildo Oliveira quando o técnico comandava o América-MG, entre 2015 e 2016. Na atual temporada, Alison esteve vestindo as cores do Ituano-SP e chega para a ocupar o espaço que ficou vago com a dispensa de Jaime. O atleta veio por empréstimo até o fim do ano.

##RECOMENDA##

Zagueiro foi indicação de Givanildo Oliveira no América-MG, em 2015 (Foto: Carlos Cruz/AFC)

Nascido em Parnamirim-RN, o jogador acumula passagens por Criciúma, Bahia, Vitória, ABC, Treze, Náutico e América-MG. Em 2015, foi contratado pela equipe mineira com a indicação do comandante, o que revela a boa relação com Givanildo. No momento, o Santa já conta com outros quatro atletas para a função, são eles: Bruno Silva, Anderson Salles, Eduardo Brito e Sandro, que estreou na derrota por 2x0 para o Guarani.

LeiaJá também

---> 'Nosso momento é horrível', diz Givanildo Oliveira

A partida contra o Figueirense, na noite desta terça-feira (15), trazia uma oportunidade única para o Náutico: deixar a lanterna da Série B. Os três pontos dariam uma nova configuração à zona do rebaixamento, visto que era o ABC quem assumiria a última posição na tabela e a distância para o Santa Cruz, primeiro time fora do Z4, cairia aos seis pontos. Para isso, era preciso vencer um time em recuperação, que não perdeu os últimos três jogos e agora é comandado por um velho conhecido Timbu; Milton Cruz. Com um primeiro tempo acima da média, o resultado veio, a lanterna foi embora e a alegria tomou conta da Arena de Pernambuco.

[@#galeria#@]

##RECOMENDA##

Timbu implacável

Diante de um adversário perigoso, aquela primeira pressão dos donos da casa exigia um pouco mais de cautela. Pensava-se que Milton iria com uma formação mais conservadora, entretanto o que se viu foi um Figueira quase tão agressivo na escalação quanto o próprio Náutico, com dois centroavantes. Porém, após os famosos 15 minutos, o Timbu deixou claro que é um time mais encorpado. Foi aos 17, em jogada ensaiada que o placar foi inaugurado. Erick cobrou escanteio rasteiro na meia lua. Giovanni esperava para dominar e bater forte no canto, sem chances para Saulo; Náutico 1x0.

Não demorou para outro susto em mais uma jogada de Erick que cruzou na área e a zaga evitou a cabeçada de William no último instante. Foram quase dez minutos de susto até o Figueirense esboçar uma reação em boa jogada de Luidy. O meia conseguiu se soltar da marcação, entretanto o chute estufou as redes pelo lado errado. A reação durou pouco e a vantagem alvirrubra aumentou aos 31. Em saída errada dos visitantes, Giovanni enxergou Erick passando por trás da zaga e enfiou com maestria. O jovem atacante viu entrou na área e tocou para William, melhor colocado, mostrar o faro de gol; 2x0.

O time estava inspirado e teve mais uma chance de marcar aos 44, em bola enfiada que Erick fez o corta-luz perfeito, mas Gilmar não conseguiu vencer Saulo. O goleiro segurou o placar até o intervalo da partida. 

Só deu Náutico até o fim

Mesmo na frente, o Timbu não estava disposto a abdicar do ataque. Claro que a vantagem dava a tranquilidade de esperar o momento certo, porém com o Figueira mais solto, existiam mais oportunidades do tipo. Logo aos 8 minutos, um desses contra-ataques, Diego Miranda carregou do meio até a entrada da área e tocou em Erick. A jovem promessa deu um belo corto no zagueiro antes de bater rasteiro com a perna direita, que não é a boa, obrigando Saulo a se esticar para evitar o terceiro gol. Só aos 12, os visitantes voltaram a assustar em chute de Ferrugem, na entrada da área que passou por cima da meta defendida por Jefferson. O Náutico finalizava, naquele momento, cinco vezes mais que os adversários.

Pouco depois, Saulo só assistiu enquanto Ávila, que recebeu cobrança de falta curta, cruzou na cabeça de Feliphe Gabriel. O peixinho do zagueiro foi desviado e passou raspando a trave do arqueiro alvinegro, imóvel, naquele momento. Com 25, a boa tabela no meio terminou em um lançamento perfeito para Giovanni. O meia dominou dentro da área e perdeu, cara a cara com o goleiro adversário. A pressão do Náutico voltou como no primeiro tempo e só ficou pior para o alvinegro quando Naylhor foi expulso em um lance polêmico com Iago.

Só dava Timbu, e assim seguiu durante a reta final da partida. Aos 31, Diego Miranda ficou cara a cara com Saulo e o arqueiro praticou mais uma linda defesa, para cortar o barato da torcida alvirrubra que ansiava por um terceiro gol. Com um a menos, faltou forças ao Figueirense para esboçar alguma pressão de fim de jogo. Enquanto o Náutico trocava passes no campo de ataque, o marcador se aproximava dos 45. O resultado foi mantido e tirou o Timbu da lanterna, agora com 17 pontos. Estacionado em 21, o Figueira permaneceu em 18º. Na próxima rodada, o Timbu visita o Ceará, enquanto que o alvinegro volta à Santa Catarina para receber o Guarani.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 21ª rodada

Local: Arena de Pernambuco

Náutico: Jefferson; Joazi, Breno Calixto, Feliphe Gabriel e Ávila; Amaral, Diego Miranda e Giovanni (Cal Rodrigues); Erick (Gerônimo), Gilmar (Iago Silva) e William. Técnico: Roberto Fernandes.

Figueirense: Saulo; Bruno Santos (Lucas Silva), Leandro Almeida, Naylhor e Julinho; Zé Antônio, Patrick e Dudu Vieira; Luidy (Ferrugem), Henan e Zé Eduardo (Renan Mota). Técnico: Milton Cruz.

Arbitragem: Francisco Carlos do Nascimento - AL

Assistentes: Pedro Jorge Santos de Araújo - AL / Wagner José da Silva - AL

Gols: Giovanni e William (CNC)

Cartões amarelos: Breno Calixto (CNC) / Zé Love, Naylhor, Dudu Vieira, Luidy e Zé Antônio (FIG)

Cartões vermelhos: Naylhor (FIG)

Público: 3.682 torcedores

Renda: R$ 17.990,00

Na segunda partida comandando o Timbu, o técnico Roberto Fernandes amargou a primeira derrota na Série B. Diante do América-MG, em um jogo pouco movimentado, o Náutico acabou tomando um gol ainda no primeiro tempo e não conseguiu reagir. Para o treinador, faltou uma postura mais agressiva que só surgiu na etapa final.

"O América é o líder da competição com o dobro de pontos do Náutico e não colocou o Jefferson para fazer uma defesa. Faltou mais sorte, poderíamos ter saído com um resultado melhor. Nada acontece por acaso, temos o ataque menos eficaz da competição. Estamos trabalhando para dar agressividade, o último terço, talvez metade do campo, ofensivo, tem uma maneira de jogar que não me agrada. Joga com posse de bola, parece que está em uma situação diferente, precisa ser mais agudo", alertou.

##RECOMENDA##

Na próxima terça-feira (15), o adversário da vez será o Figueirense, novamente na Arena de Pernambuco, onde o treinador já estreou vencendo. Roberto espera que o time, junto à torcida, consiga se tornar um mandante efetivo, coisa que não aconteceu no primeiro turno.

"É sério, vencer ou vencer. Confronto direto, precisamos pontuar e o Náutico tem que ser mandante nesse segundo turno. É para buscar o aproveitamento máximo em casa, se conseguirmos, damos um grande passo para sair dessa situação. O time está assim por só ter uma vitória em casa. Tem que ser diferente, mais do que nunca, contando com o torcedor. Vamos precisar vencer qualquer adversário e todo ele tem que saber que vai precisar nos encarar", disse o treinador.

O comandante alvirrubro revela que são grandes as chances de promover as entradas de Gioanni e William para a 21ª rodada. De acordo com Fernandes, ter um homem de referência em campo pode ser justamente a mudança que irá fazer a diferença na busca pela postura mais 'aguda'.

"Da mesma forma que para esse jogo, depois da Luverdense tínhamos a ideia de levantar a estatura. Acho que com dois zagueiros apenas teríamos problemas. Para o próximo jogo, um ou dois atletas que ficaram devem ser utilizados. Até porque, em casa, temos que ser agressivo. É bem provável, o Giovanni me dá essa característica e o William foi contratado para solucionar a dificuldade de marcar os gols. Independente dele, eu gosto do homem de referência nos jogos em casa, é uma possibilidade real", contou o técnico.

Embalado, pela primeira vez na Série B o Náutico entrava em campo vindo de duas vitórias seguidas. Ao conquistar a primeira dentro de casa, contra o Luverdense, a equipe do recém-chegado Roberto Fernandes, tinha tudo para dar trabalho aos líderes do campeonato. O que se viu foi um jogo sonolento, com o placar mínimo construído na primeira etapa e de poucas emoções. No fim, Vitória do Coelho, fazendo valer o mando de campo.

Prevenido, o Coelho se mostrou cuidadoso principalmente na saída de jogo. Trocando passes em seu campo, os anfitriões buscavam sair no momento certo para não dar espaços. Para os alvirrubros, esperar um erro se tornou a alternativa enquanto a posse era, em sua maior parte, do América-MG. Demorou para que surgisse um lance de perigo e os primeiros minutos foram bem sonolentos. Somente aos 28 minutos saiu o primeiro chute a gol, em contra-golpe alvirrubro que Erick tentou o arremate rasteiro, mas mandou na rede pelo lado de fora. Sempre recuado, era comum ver a bola no campo de jogo alvirrubro, entretanto a forte marcação que começava do trio de ataque - aquela altura no meio de campo - e inibia as principais tabelas do adversário.

##RECOMENDA##

Só aos 37 o goleiro Jefferson fez sua primeira defesa. Ernandes recebeu pela esquerda, limpou o marcador e cruzou no primeiro poste. Giovanni antecipou a zaga, mas o arqueiro estava bem posicionado e encaixou a cabeçada. Porém, quando o Coelho chegou novamente, inaugurou o placar. Em boa trama pelo meio, Giovanni enfiou Luan que entrou na área e tocou de lado. Hugo Almeida entrou sem goleiro para marcar; 1x0. Era o lance que precisava para tirar o Timbu da sua retranca. Entretanto, o primeiro tempo já estava definido.

Timbu esboça reação, mas não reage

O recomeço foi de susto para os anfitriões. Após a bobeada da zaga americana, a bola sobrou na área para Gilmar. O problema é que o centroavante esbarrou em João Ricardo. O goleiro saiu e fechou bem o espaço para evitar o empate. Buscando a bola aérea e apostando na velocidade de Iago, que havia acabado de entrar, era o Náutico quem mandava na partida. Após alguns instantes de paralisação por conta de um choque no alto que Bruno Mota precisou de atendimento, o América-MG voltou a atacar. Aos 16 a bola foi levantada na área e a zaga afastou mal, voltando no pé de Hugo Almeida, dessa vez o atacante foi travado na hora do arremate, já na pequena área.

Com a marcação ocupando o campo adversário, era comum ver lances de perigo criados pelo Timbu. Contudo, era preciso mais do que cruzamentos sem direção para vencer a defesa mineira. Não demorou para o jogo voltar ao ritmo letárgico que começou no primeiro tempo. Aos 36 o Coelho até marcou, mas Hugo Almeida recebeu em posição irregular, a enfiada de Matheusinho, por isso, gol anulado. E foi assim que o duelo se encerrou, pouco movimentado, 1x0. O resultado levou o América-MG aos 39 pontos, abrindo seis para o vice, Internacional. Já o Náutico, ainda lanterna, torce contra o ABC para não aumentar a distância na última posição.

FICHA DE JOGO

Campeonato Brasileiro da Série B - 20ª rodada

Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte/MG

América-MG: João Ricardo; Juninho, Messias, Rafael Lima e Giovanni; Ernandes, Zé Ricardo, Renan Oliveira (Hugo Cabral) e Matheusinho; Luan e Hugo Almeida (Willian). Técnico: Enderson Moreira.

Náutico: Jefferson; David (Leilson), Breno, Aislan e Manoel; Amaral, Feliphe Gabriel e Bruno Mota (William Schuster); Erick, Diego Miranda (Iago Silva) e Gilmar. Técnico: Roberto Fernandes.

Arbitragem: Rodolpho Toski Marques - PR

Assistentes: Rafael Trombeta - PR / Victor Hugo Imazu dos Santos - PR

Gols: Hugo Almeida (AME)

Cartões amarelos: Giovanni (AME)

Na próxima sexta-feira (11), o Náutico vai enfrentar o América-MG, às 21h30, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Para o técnico alvirrubro Roberto Fernandes, o Timbu precisa analisar as dificuldades da partida para tentar surpreender o adversário. "Você tem duas atitudes a tomar: ou você descarta ela e vai como franco atirador, com risco de levar uma goleada e piorar teu saldo de gols ou você vai tentar o máximo possível jogar no erro do adversário", disse.

"São duas realidades diferentes que a gente precisa pesar bem e medir bem, para que a gente possa lá tentar surpreender o adversário, mas que a gente possa fazer um jogo competitivo para não passar uma situação que deixe a gente em uma situação pior na tabela", continuou.

##RECOMENDA##

O treinador ainda declarou que embora o Timbu precise vencer a todo custo, não será possível ganhar todas as partidas. "Não conheço nenhum jogo aonde você não tenha que ganhar. Mesmo na situação do Náutico que tem uma necessidade de vitória muito grande, não vamos vencer todos os jogos".

Para o jogo, Roberto Fernandes trabalho três situações diferentes. Mas a sua dúvida se limita a apenas uma: "um zagueiro ou um volante". Contudo, o treinador afirmou que a equipe está bem treinada e todas as possibilidades de escalação já foram assimiladas pelos atletas. "É uma única duvida pro inicio da partida, mas não quer dizer que não possa ser modificada. As duas formas estão bem assimilidas pelos atletas, mas qualquer uma das duas nós vamos ter pela frente o líder. Em nenhuma temos garantia de vitória", disse.

O técnico alvirrubro afirmou ter conversado com o grupo e procurou saber onde os jogadores se sentiam mais seguros, e aonde eles entenderam que seria melhor iniciar a partida. Não é uma decisão unilateral. Vamos iniciar a partida numa formação que é melhor pra iniciar, mas não é garantia. A gente sabe o risco do jogo, mas não tem adversário imbátivel".

Segundo Roberto Fernandes a ordem para o Náutico é fazer o dever de casa. "Queda você evita como mandande. Acesso você tem como mandante e visitante. Se você quer acesso você faz o seu mando de campo e conquista vitórias fora. Se você não quer acesso e não quer cair, faça seu mando de campo. Você vai ter 50% de aproveitamento", concluiu.

LeiaJá também

--> Goleiro do América-MG prega respeito à camisa do Náutico

Quando o líder do campeonato vai enfrentar o lanterna, é normal ver entre os torcedores do maior pontuador do torneio, uma expectativa por um jogo fácil. Entretanto, o elenco do América-MG não enxerga desta maneira o jogo com o Náutico, próxima sexta-feira (11), às 21h30, no Estádio da Independência, em Belo Horizonte-MG. Segundo o goleiro João Ricardo, o Timbu não pode ser avaliado de acordo com a posição atual, e sim, pelo que está fazendo nas últimas rodadas.

"Não tem essa de jogo fácil, de já ganhou. Ninguém aqui dentro pensa assim. É o Náutico do outro lado, que tem camisa, história. Temos que respeitá-los. Eles venceram seus dois últimos jogos. Um deles fora de casa contra o Vila Nova que é o terceiro colocado. É trabalhar bem e sabendo que vamos ter que suar para conquistar os três pontos", disse o goleiro.

##RECOMENDA##

Por isso, o arqueiro espera que o torcedor do Coelho compareça em bom número para incentivar a equipe. No segundo turno da Série B, as equipes passam por reformulação e o Alvirrubro, que somava apenas uma vitória até a 17ª rodada, agora vem de duas seguidas. A situação mudou.

"Os times estão mais fortes, mais reforçados, e também estão nos estudando mais por sermos os atuais líderes. Então nosso torcedor tem que apoiar ainda mais, fazer ainda mais barulho nas arquibancadas. Eles foram nosso décimo segundo jogador e têm que continuar sendo. Com eles do nosso lado somos bem mais fortes. Espero que eles venham em peso para esse jogo difícil que temos contra o Náutico", completou João Ricardo.

LeiaJá também

---> Schuster: 'Cada jogo é uma final, não podemos nem empatar'

---> 'Achamos por bem herdar essa vaga', diz diretor sobre o Nordestão

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando