Tópicos | Amigo de Lula

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido de habeas corpus feito pelo pecuarista José Carlos Bumlai, que se encontra preso preventivamente na carceragem da Polícia Federal de Curitiba desde o último dia 6.

Apesar de indeferir o habeas corpus, Zavascki solicitou informações sobre o estado de saúde de Bumlai e determinou que o juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, as avalie com mais cautela ao analisar uma possível prisão domiciliar.

##RECOMENDA##

“As condições de saúde do paciente podem e devem ser avaliadas pelo magistrado de primeiro grau, sem que isso se confunda com a prisão cautelar, objeto da impetração. Necessário, assim, aguardar-se as informações solicitadas”, disse Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF, no pedido.

Moro ordenou que ele se reapresentasse à carceragem da Polícia Federal em Curitiba no início deste mês, alegando que os atestados apresentados para justificar a prisão domiciliar são vagos e não trazem previsão de alta.

O magistrado também levou em consideração indícios de que Bumlai “auxiliou terceiros a subornar criminoso a fim de evitar que esse celebrasse acordo de colaboração premiada”, o que a defesa nega.

Inquérito

Bumlai, que é apontado pelos investigadores como amigo pessoal do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, é suspeito de ter contraído um empréstimo de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin com o objetivo de financiar gastos do PT.

O MPF acredita que parte do dinheiro foi utilizado pelo partido para pagar o empresário Ronan Maria Pinto, dono do jornal Diário do Grande ABC. Ele estaria chantageando líderes da sigla porque tinha informações que ligavam integrantes do partido à morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

Posteriormente, o Grupo Schahin firmou um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras para a operação de um navio sonda. A força-tarefa da Lava Jato suspeita que o negócio tenha sido uma compensação para que não fosse cobrada a dívida assumida por Bumlai, que nunca pagou o empréstimo.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do BNDES vai tentar ouvir o pecuarista José Carlos Bumlai, na próxima terça-feira (1º). Caso aconteça, o depoimento será o último antes do prazo final de trabalhos da CPI, que se encerra no dia 4 – caso não seja prorrogada.

A reunião para ouvir Bumlai estava marcada para a última terça-feira (24), mas foi inviabilizada pela prisão do empresário em um hotel de Brasília, como parte de nova etapa da Operação Lava Jato.

##RECOMENDA##

Amigo do ex-presidente Lula (PT), Bumlai está preso em Curitiba, acusado de obter propina por intermediar contratos de empresas junto à Petrobras.

De acordo com o presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), depois do depoimento de Bumlai serão necessárias quatro reuniões para análise e votação do parecer do relator, deputado José Rocha (PR-BA).

Rotta quer a prorrogação da comissão por mais 45 dias, mas a medida depende de aprovação do Plenário da Câmara.

Após a Polícia Federal solicitar detalhes dos contratos das empresas do Grupo São Fernando, do pecuarista José Carlos Bumlai – preso nesta terça-feira (24) durante a 21ª fase da Operação Lava Jato - o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) afirmou que não há irregularidades nos contratos feitos entre o banco e o empresário. 

“O BNDES reafirma a lisura de todos os procedimentos associados aos empréstimos com o Grupo São Fernando. Não houve qualquer irregularidade nas operações, o BNDES possui garantias reais suficientes para fazer frente à dívida existente e todas as medidas judiciais pertinentes para a recuperação do crédito foram tomadas pela instituição”, diz o texto. O banco garantiu que continuará colaborando com a Polícia Federal com o que for necessário. 

##RECOMENDA##

Amigo do ex-presidente Lula, Bumlai é citado no depoimento de dois delatores da Lava Jato. O lobista Fernando Baiano disse ter repassado quase R$ 2 milhões ao pecuarista e o ex-gerente da Petrobras, Eduardo Musa, disse que Bumlai intermediou o pagamento de R$ 60 milhões ao PT em 2006.

Veja a nota na íntegra:

A Polícia Federal apresentou-se na manhã desta terça-feira, 24, na sede do BNDES. Os agentes solicitaram a entrega pelo Banco de documentos referentes a operações com as empresas do Grupo São Fernando. Os contatos ocorrem de maneira cordial e profissional, e o BNDES está fornecendo todos os originais, conforme solicitação, e mantendo cópias para seus registros. 

O BNDES reafirma a lisura de todos os procedimentos associados aos empréstimos com o Grupo São Fernando. Não houve qualquer irregularidade nas operações, o BNDES possui garantias reais suficientes para fazer frente à dívida existente e todas as medidas judiciais pertinentes para a recuperação do crédito foram tomadas pela instituição. O Banco reafirma sua disposição de continuar colaborando com as autoridades e seu zelo para com a gestão dos recursos públicos sob sua responsabilidade.

A CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) marcou para a próxima terça-feira (24) a reunião para ouvir o pecuarista José Carlos Bumlai. Amigo do ex-presidente Lula (PT), ele foi citado por delatores da Operação Lava Jato como tendo intermediado reuniões do petista com empresários.

A convocação de Bumlai, aprovada pela CPI no último dia 12, foi proposta por cinco deputados, entre eles Arnaldo Jordy (PPS-PA). Em seu requerimento, ele cita notícia veiculada pela imprensa sobre um empréstimo supostamente irregular feito pelo BNDES a Bumlai para a construção da Usina São Fernando, no Mato Grosso do Sul. Essa usina estaria próxima da falência. A dívida de Bumlai com os bancos seria de R$ 1,2 bilhão, dos quais R$ 300 milhões seriam do BNDES e R$ 81 milhões do Banco do Brasil.

##RECOMENDA##

Na semana passada, o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou questão de ordem para que a votação de requerimento que convocava o empresário fosse anulada. Segundo ele, os requerimentos foram aprovados depois que a Ordem do Dia do Plenário já tinha começado. O Regimento Interno da Câmara proíbe votações depois de iniciada a Ordem do Dia. 

Porém, o presidente da CPI, deputado Marcos Rotta (PMDB-AM), manteve a convocação, justificando que a inclusão do requerimento de Arnaldo Jordy na pauta foi feita com a concordância do Plenário da comissão. “Em função da aprovação, todos os requerimentos relacionados ao mesmo assunto foram aprovados”, disse.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando