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A Índia recorda neste sábado o centenário do massacre de Amritsar, uma das maiores atrocidades do período colonial britânico e pela qual o país ainda espera as desculpas de Londres.

O Alto Comissário (embaixador) britânico na Índia, Dominic Asquith, depositou uma coroa de flores durante uma cerimônia no monumento dos mártires de Jallianwala Bagh, um jardim cercado de muros onde aconteceu massacre na cidade de Amritsar, em Punjab.

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As marcas de tiros ainda podem ser observadas nos muros.

Na tarde de 13 de abril de 1919, soldados britânicos cercaram o jardim e abriram fogo contra milhares de homens, mulheres e crianças desarmados, que estavam reunidos para celebrar o Baisakhi, uma festa organizada na região norte da Índia.

Amritsar era na época cenário de manifestações violentas contra as detenções e o reforço dos poderes repressivos das autoridades britânicas após a I Guerra Mundial.

O balanço exato do episódio, que exaltou os partidários da independência, é incerto. Os arquivos do período colonial citam 379 mortos, mas os números indianos mencionam quase mil.

Na quarta-feira, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou na Câmara dos Comuns que o massacre representa "uma vergonhosa cicatriz na história indiano-britânica".

"Lamentamos profundamente o que aconteceu e o sofrimento provocado", disse May, que assim como seus antecessores se recusou a pedir desculpas.

O ministro chefe de Punjab, Amarinder Singh, considerou as palavras de May insuficientes e pediu "desculpas oficiais claras".

Na sexta-feira, milhares de pessoas com velas participaram em uma vigília antes da cerimônia de sábado.

A imprensa indiana reiterou esta semana a exigência por desculpas britânicas por este massacre que Winston Churchill, então secretário de Estado para a guerra, chamou de "monstruoso".

"Mesmo no ano do centenário do massacre, a Grã-Bretanha se recusou a dar este passo importante", afirmou o jornal Hindustan Times em um editorial, no qual também considerou que a declaração de May "era talvez um pouco mais forte qualitativamente [...] mas longe de ser suficiente".

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, citou uma "tragédia horrível" e escreveu no Twitter que a recordação das vítimas "nos estimula a trabalhar ainda mais pela construção de uma Índia da qual (as vítimas) estariam orgulhosas".

O líder da oposição Rahul Gandhi, presente em Amritsar, mencionou no Twitter "um dia tristemente conhecido que comoveu o mundo inteiro e mudou o curso da luta pela liberdade indiama".

A Índia celebra eleições legislativas desde quinta-feira e até 19 de maio.

Um policial indiano que precisou ser operado depois de ter engolido 40 navalhas em dois meses disse à AFP que agiu assim por "poderes espirituais". Os médicos da cidade de Amritsar (norte, estado de Punjab) levaram cinco horas para retirar as navalhas do estômago do policial, de 42 anos.

"Não sei por que fiz isso, os poderes espirituais me obrigaram", declarou o policial, pai de dois filhos. "Começou em junho, quando engoli a primeira faca. Gostei da sensação e logo virou um costume", acrescentou o homem, que não foi identificado.

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O policial acabou procurando um médico por causa das dores abdominais. Os especialistas acharam a princípio que se tratava de um tumor porque a radiografia mostrava uma massa sólida, mas depois de um exame mais completo descobriram dezenas de navalhas dobráveis, algumas com até 18 cm.

O homem sofre de depressão e realizará testes psicológicos antes de deixar o hospital. Os médicos não descartam que sofra de uma alteração do comportamento alimentar que leva o paciente a ingerir substâncias não comestíveis.

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