Tópicos | Ano do Porco

Ao longo da história, as músicas tradicionais da China tiveram influência da cultura ocidental, mas mantiveram preservadas suas raízes, conforme lembra o músico Thiago Chang, 38 anos, que participa da Festa do Ano Novo Chinês 2019, no bairro da Liberdade, em São Paulo, há seis anos.

Chang conta que gosta muito de música chinesa e que, depois de morar seis anos na China, voltou com as canções na ponta da língua para ensiná-las aos amigos. "Eu tinha acabado de voltar [para o Brasil] e aproveitei para mostrar as músicas para a galera. Assim, fui me envolvendo com a comunidade chinesa de São Paulo, até que montamos um grupo chamado China Power. Desde então nos apresentamos nos eventos", lembra.

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Ele afirma que a ideia de trazer as apresentações musicais para o evento proporciona aos brasileiros uma experiência muito positiva, já que o público está "bem envolvido" e "aceita de coração a proposta".

A celebração do Ano Novo Chinês na Praça da Liberdade continua neste domingo (10), das 10h às 20h, com atrações para toda a família.

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Quem vai à Festa do Ano Novo Chinê na Liberdade, em São Paulo, pode não perceber, mas a dança tradicional chinesa que encanta o público possui pequenos detalhes que fazem uma grande diferença.

A dançarina e apresentadora da celebração, Maryna Song, 21 anos, explica que a dança chinesa possui técnicas mais difíceis que o balé e a dança contemporânea. "Existem movimentos complexos que buscam a perfeição dos braços e das pernas, além de que os saltos dos dançarinos exigem mais altura e intensidade, porém tem de ser executado sem deixar de lado a expressão facial e a demonstração do sentimento que a dança transmite", afirma.

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Maryna participa do evento desde 2012 e se recorda carinhosamente da sua primeira dança na tradicional festa, em que usou um figurino composto por máscaras e roupas com características de origami. “Eu lembro até hoje a emoção que foi apresentar essa dança para o público brasileiro, porque a comunidade chinesa estava acostumada a ver atrações típicas da China mas, para os brasileiros, era como se cada apresentação fosse uma caixinha de surpresas. Então sentir o interesse do público nas apresentações fazia a dedicação do grupo valer a pena”, recorda.

A dançarina iniciou seu contato com a cultura chinesa ainda na infância, aos sete anos. Ela conta que na época não tinha maturidade suficiente para saber o que realmente gostava de fazer, mas que praticava pelo desejo de seus pais, naturais da China, que pretendiam mostrar à filha um pouco da origem deles. Com o tempo, Maryna se apaixonou pelas danças tradicionais do país asiático.

“Com o passar dos anos, minha escola de dança começou a participar de apresentações em eventos chineses e culturais de São Paulo, o que foi mudando a minha visão em relação à cultura chinesa. A decoração, as músicas, as atrações e os figurinos cativavam meu interesse em fazer parte dos espetáculos. Desde então passei a dedicar mais tempo para a dança”, conta. “Hoje, tenho o maior prazer e a honra de expandir a cultura da dança chinesa no Brasil, apresentando os movimentos do corpo relacionados com a alma que refletem nas lendas e histórias antigas da China”, complementa.

A celebração do Ano Novo Chinês na Praça da Liberdade continua neste domingo (10), das 10h às 20h, com atrações para toda a família.

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Conhecidas por trabalhar organização e disciplina, as artes marciais se tornaram populares no Brasil, sendo o Kung Fu a mais antiga de todas. Ela exige força, flexibilidade, agilidade e rapidez, contagiando os olhos dos que assistem.

Mas esses não são os maiores desafios para os praticantes, conforme explica o professor e atleta campeão pan-americano e sul-americano Adriano Lourenço, 32 anos, que participa do Ano Novo Chinês no bairro da Liberdade desde as primeiras edições. Segundo ele, os maiores desafios das artes marciais vêm de dentro. "O desafio não é só ter coordenação motora, isso a gente desenvolve a cada treino. Lutar requer olhar para si mesmo, controlar suas emoções, assumir seus erros, ficar feliz com seus acertos, e isso fez eu me tornar o ser humano que eu sou hoje", conta.

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Influenciado por desenhos e filmes que retratam lutas marciais, Adriano lembra que começou a treinar Kung Fu aos oito anos. "Desde criança eu sempre me interessei por artes marciais e foi aí que meu pai me inscreveu em uma academia, onde eu treinei por mais de dez anos. Depois, eu fui indicado para o mestre Tomás Shan e treino com ele até hoje", diz.

Envolvido com a Associação Amigos China e Brasil, organizadora do Ano Novo Chinês na Liberdade, Lourenço é presença garantida na festa com demonstrações de Kung Fu. “Nas últimas três edições também venho me apresentando na dança do Leão e dança do Dragão, inclusive, estou entre os organizadores da academia de artes marciais chinesas que apoia o evento", acrescenta.

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A celebração do Ano Novo Chinês na Praça da Liberdade continua neste domingo (10), das 10h às 20h, com atrações para toda a família.

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Milhares de pessoas se reuniram neste sábado, no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, para participar da tradicional festa do Ano Novo Chinês. Trata-se da celebração do Ano Novo Lunar que, de acordo com o zodíaco chinês, em 2019 é dedicado ao signo Porco da Terra. Na tradição oriental, o animal simboliza que o ano será regido pela felicidade e abundância, que trarão mudanças significativas para todos.

Por isso, a capital paulista comemora a chegada das boas vibrações com diversas atrações que exploram aspectos da cultura milenar chinesa e suas expressões artísticas, como lutas marciais, shows musicais e de dança, além, claro, das comidas típicas, que caíram no gosto do público.

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A empregada doméstica Marta Costa esteve na festa pela primeira vez. Foto: Laury Domingos/LeiaJá SP

Foi com vontade de experimentar as delícias da China que a empregada doméstica Marta Costa, 46 anos, marcou presença na festa. “É a primeira vez que eu venho. Tive vontade de vir outras vezes e sempre aconteceu alguma coisa que me impediu. E eu estou achando lindo, fiquei até arrependida de não ter vindo antes. E vou experimentar muitos pratos”, conta.

Segundo Sueli Almeida, proprietária da Barraca Oriental, que serve comidas típicas asiáticas durante o evento, é preciso improvisação par não deixar faltar comida, pois não existe uma estimativa de público. Em 2018, o evento reuniu mais de 200 mil pessoas. “O tempurá de camarão, por exemplo, é uma iguaria que não pode faltar. Vendemos em média 60 quilos do prato por dia, então temos que estar preparados”, diz.

A comemoração na Liberdade recebe o apoio da Prefeitura de São Paulo, mas na prática conta exclusivamente com a força-tarefa criada pela comunidade chinesa da cidade. O prefeito Bruno Covas (PSDB) esteve no evento e reforçou que a capital paulista mantem vivas suas culturas e tradições. “Temos festas da comunidade chinesa, portuguesa e boliviana. Aqui celebramos nossa diversidade e, por isso, é importante que a gente mantenha viva as tradições de todas as comunidades da nossa cidade”, pontuou.

A celebração do Ano Novo Chinês na Praça da Liberdade continua neste domingo (10), das 10h às 20h, com atrações para toda a família.

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As comunidades chinesas estabelecidas em todo o mundo deram as boas-vindas nesta terça-feira (5) ao Ano do Porco, marcando a chegada do ano novo lunar com orações, festas em família e compras.

Na semana passada, milhões de pessoas na China continental viajaram em trens, ônibus, automóveis e aviões para visitar parentes e amigos, naquela que é a maior migração anual do planeta, esvaziando as megacidades do país de grande parte da força de trabalho imigrante.

As celebrações acontecem em todo o mundo, das comunidades chinesas do sudeste asiático até os bairros chineses de cidades como Sydney, Londres, Vancouver e Los Angeles, entre outras.

A festividade mais importante do calendário chinês dura 15 dias, período em que as famílias reunidas comem dumplings, trocam presentes e envelopes vermelhos com dinheiro.

As ruas de Pequim, habitualmente lotadas, estavam vazias nesta segunda-feira, com muitas lojas e restaurantes fechados até a próxima semana.

Cada vez mais, chineses também optam por viajar para o exterior, com deslocamentos em família para Tailândia, Japão e outros destinos.

Arqueólogos chineses descobriram que o país foi um dos primeiros locais a domesticar os porcos, há 9.000 anos, praticamente ao mesmo tempo que a Turquia, de acordo com os ossos deste animal encontrados na província de Henan (centro), informou a agência Xinhua.

- Orações e agradecimentos -

Em Hong Kong, os mercados de flores estavam lotados e os clientes procuravam orquídeas, tangerinas e flores de pêssego para decorar suas casas. Alguns quiosques também tinham uma grande variedade de brinquedos de pelúcia.

Milhares de pessoas com incenso, algumas vestidas com trajes de porco, se reuniram no famoso templo Wong Tai Sin da cidade durante a noite, um local popular para celebrar as primeiras orações do Ano Novo. Em Xangai, uma multidão compareceu ao templo de Longhua.

Na Malásia, onde 60% da população é muçulmana e 25% de etnia chinesa, alguns centros comerciais optaram por não exibir decorações de porcos, enquanto algumas lojas deixaram as peças apenas dentro dos estabelecimentos.

Mas os compradores e comerciantes afirmaram que a situação é habitual em um país no qual a maioria muçulmana é reticente a respeito de um animal considerado impuro no Islã e que, em geral, a polêmica foi pequena este ano.

Na Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, que também tem uma população considerável de origem chinesa, o Ano Novo Lunar é um dia festivo. No Japão, a famosa Torre de Tóquio programou uma iluminação vermelha para celebrar o Ano Novo, algo inédito na capital nipônica.

Também é a festa mais importante do Vietnã, onde se celebra como Tet. As festas também acontecerão em cidades ocidentais como Nova York e Londres, atraindo um público importante.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, usou as redes sociais para criticar Pequim, com uma mensagem na qual destacou as credenciais democráticas da ilha e o pluralismo linguístico.

"Em Taiwan podemos manter nossas tradições culturais", afirmou em um vídeo no qual ofereceu a saudação tradicional do ano novo em cinco idiomas chineses: mandarim, taiwanês, hakka, teochew e cantonês.

As minorias criticam Pequim por favorecer o mandarim em relação aos demais idiomas.

A China vai comemorar o Ano do Porco, que começa em fevereiro, com um novo filme de Peppa Pig, o famoso desenho britânico, que foi acusado há alguns meses de subversão e que teve centenas de episódios censurados por uma plataforma na Internet chinesa.

Uma lista oficial do governo chinês de filmes em preparação tem um projeto intitulado "Peppa Pig comemora o Ano Novo chinês", que deve estrear em fevereiro de 2019, aproveitando as festas de fim de ano neste país, informou o jornal oficial China Daily neste domingo.

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Produzido pela Alibaba Pictures e pelo grupo canadense Entertainment One - que detém os direitos dos personagens de Peppa Pig -, o filme mostrará os personagens tradicionais da série de animação, cuja protagonista é uma porca desobediente, além de dois estreantes: "Dumpling" e "Bola de Arroz", dois componentes da culinária chinesa.

"Peppa Pig" chegou à China em meados dos anos 2000 e se tornou extremamente popular com seus episódios dublados em mandarim.

Mas esse fervor aumentou no final de 2017 entre o público adulto, com cada vez mais usuários da Internet - alguns deles famosos - exibindo tatuagens de "Peppa Pig" em selfies, enquanto cresciam as vendas de objetos, canecas, relógios ou roupas com o rosto da personagem.

O Diário do Povo, porta-voz do Partido Comunista no poder, denunciou em maio os efeitos perversos da "comercialização" motivada por Peppa, através da participação de personalidades na Internet.

"Muitos alunos tentam se diferenciar competindo com relógios ou acessórios da Peppa Pig, o que beneficia os fabricantes de falsificações", criticou a publicação oficial.

O Global Times denunciou um "vício" por parte das crianças, o que levaria algumas a emitir "grunhidos (de porco) e pular em poças".

A inocente porquinha, segundo o jornal, "tornou-se um ícone para a subcultura de jovens hostis a valores comuns, muitas vezes mal educado e sem trabalho estável". "Ociosos, ao contrário da juventude que o Partido (PC) quer cultivar", acrescenta.

"Peppa Pig assumiu um aspecto subversivo e sua popularidade viral ilustra uma sede por novidades e sátiras que provavelmente prejudicarão a moral da sociedade", enfatizou o Global Times.

A famosa plataforma de compartilhamento de vídeos Douyin removeu de seu catálogo pelo menos 30.000 episódios dos desenhos animados britânicos. E a hashtag #PeppaPig foi banida da página.

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