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 Gravada no Sertão nordestino, a série de ficção ‘Atrofia’ terá seu piloto lançado nesta quinta-feira (27), às 19h30, em evento gratuito na cidade de Petrolina, interior de Pernambuco. Atores regionais como Cíntia Lima, Juliene Moura e José Lírio da Costa, poderão ser vistos na produção.

A trama, que conta com 8 episódios na primeira temporada, retrata a história de um mundo destroçado, num futuro distópico, após um surto que dizimou 80% da população, onde uma sobrevivente luta para continuar viva em meio a caatinga e encontra mais que destruição pelo caminho. Ela se vê diante de dilemas e desafios de um mundo tomado por seres humanos que atrofiaram e se animalizaram.

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Após a exibição de ‘Atrofia’, os telespectadores também poderão conversar com os diretores e membros da equipe de produção. Mais informações, podem ser adquiridas no site da série.

Serviço

Pré-lançamento do piloto de "Atrofia"

27 de dezembro | 19h30

"CEU - Rio Corrente" (Rua do Tamarindo, nº 29, bairro Rio Corrente, Petrolina)

Entrada gratuita

Imagina a força de uma mãe ao saber que terá que iniciar uma longa batalha ao descobrir já tardiamente, aos quase 4 anos de idades, que a sua filha possui uma doença severa: a Atrofia Muscular Espinhal (AME), que faz com que o portador vá perdendo progressivamente os movimentos do corpo com o passar dos anos quando não tratada.

Agora, imagine a mesma mãe descobrir, 13 anos depois, a mesma doença na sua segunda gestação. Esse caso que parece difícil, no primeiro momento, para qualquer progenitora, aconteceu com Marli Gualberto, moradora de Belo horizonte, em Minas Gerais, que trava uma luta diária em prol dos dois filhos: Gabi, hoje com 17 anos, e Caio, que vai completar 4 anos no próximo mês. 

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Marli, em entrevista concedida ao LeiaJá, conta como fez a primeira descoberta. “A Gabi caía muito, foi quando comecei a perceber os atrasos aos 4 anos. Naquela época não tinha tratamento, o único que tinha era a fisioterapia respiratória”, lembra. Depois de longos 13 anos, ela decicidiu engravidar de novo, mesmo sabendo que a doença denegenerativa tinha ligação com a genética. No entanto, ao procurar um médico, fez todos os exames e o mesmo garantiu que o que houve com Gabriela foi uma mutação, ou seja, que Marli poderia engravidar tranquilamente sem a possibilidade de ocorrer novamente, mas não foi o que aconteceu. 

“Eu fui liberada para engravida, foi algo tranquilo e uma gestação planejada. Mas, quando Caio estava já para completar um ano, eu vi que ele era molinho, que não ficava em pé. Foi quando procurei o médico, que confirmou o mesmo diagnóstico da Gabi”, recordou. 

A AME possuid diversos tipos: o mais grave [tipo 1] é quando o recém-nascido geralmente já nasce e precisa ficar entubado e se alimentando por meio de sonda. O de Gabi e Caio é o tipo 2. Ela já está na cadeira de rodas desde os cinco anos, mas a família quer esperar mais para que Caio use uma. 

Força de vontade

Marli conta que a força para continuar vem dos próprios filhos, os quais afirma serem abençoados. “Eu vejo a alegria do Caio, um amor, algo fora do normal, ele contagia qualquer um e a força de vontade da Gabi, que não reclama. É uma menina diferenciada, uma pré-adolescente amada e muito positiva. A cabeça dela é muito boa mesmo diante de todas as dificuldades e agora ela sabe que com um novo tratamento que surgiu pode ter uma melhor qualidade de vida. A família também é muito importante, mas a principal força vem de Deus. Por eles, a gente acaba aguentando e correndo atrás dos desejos deles”, desabafa.

Marli também disse que deixou de pensar no que pode acontecer com os seus filhos no futuro para se dedicar ao hoje. “Eu vivo o agora desejando uma melhor qualidade de vida para eles. Lógico que penso no futuro, mas quero aproveitar o agora ao lado deles. A gente nunca pode desistir de um filho. Então, se eu não posso desistir de lutar, eu vou até o fim por eles. Desistir jamais até porque eu fui presenteada duas vezes. Não é para qualquer um. Eu fui escolhida para ser mãe de dois filhos especiais. Se eu fui escolhida duas vezes, desistir jamais. Vou fazer de tudo”, afirmou com entusiasmo. 

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Uma esperança cara

Uma medicação descoberta em dezembro de 2016, nos Estados Unidos, chamada Spinraza deu uma esperança para as famílias que passam por essa situação: conter os avanços da doença e promete voltar a recuperar a força muscular perdida. No primeiro ano, são necessários seis doses do remédio. No entanto, o valor é milionário: o tratamento completo com as seis doses custa um total de R$ 3 milhões. No caso da família de Marli, eles precisam no primeiro momento o dobro: R$ 6 milhões para que a substância possa ser aplicada nos dois. 

Marli contou que a notícia deixou toda a família muito feliz e uma motivação maior para correr atrás de todas as formas possíveis: um pedido já está na Justiça em andamento e outra forma é buscando ajuda da população para arrecadar fundos necessários. “É um remédio introduzido na Vertical e faz uma cópia perfeita do cromossomo danificado. Quanto antes eles conseguirem, melhor. A gente luta todos os dias pela qualidade de vida deles”.

Para arrecadar o valor, o percurso ainda vai ser longo. Até o momento, mesmo com a campanha #AmeGabieCaio, eles só conseguiram cerca de R$ 70 mil. “Acho que a gente não pode desistir dos nossos sonhos, muito menos dos nossos filhos. Eu acho que, nesse mundo louco, cheio de roubalheira, acho que o brasileiro ajuda e abraça a causa sim. Se todo mundo ajudar com qualquer valor que seja, eu acho que já é muito. Essa corrente do bem é o que a gente precisa”. 

Um das pessoas que está apoiando a campanha é o Padre Fábio de Melo, que já chegou a publicar no seu Instagram a história de vida e de superação da família. “Eu trabalho em uma agência de turismo onde a diretora o conhece. Ele veio até a agência e eu pedi para ele ajudar a divulgar por ser uma pessoa muito querida e com muitos seguidores e ele fez isso. É uma pessoa com o coração gigantesco. Eu não tenho palavras para expressar o carinho que senti pela sua atitude”. 

Quem quiser conhecer mais a história dos meninos acesse o Instagram  @amegabiecaio

Ajude na vaquinha da Gabi o Caio:

Banco Itaú – Conta Poupança

Gabi:

Agência: 3106

Conta Poupança: 32575/500

CPF: 148.482.936-00

Caio:

Agência: 3106

Conta Poupança: 32576/500

CPF: 149.415.996-16

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, nesta segunda-feira (28), o registro do medicamento Spinraza, essencial para o tratamento de pacientes com atrofia muscular espinhal.

Com a medida da Anvisa, a solução injetável será vendida no país. A doença neuromuscular autossômica impede os movimentos do corpo e até mesmo a respiração. Um em cada dez mil bebês é acometido pela atrofia. 

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A atrofia causa a degeneração de neurônios motores da coluna vertebral que até então não tinham tratamento terapêutico no Brasil. O processo de registro do medicamento recebeu prioridade de análise assim que foi protocolado junto à Anvisa.

"É um medicamento que muda a história da AME, dando uma possibilidade concreta de melhora significativa na qualidade de vida dos portadores dessa doença", explica o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Foi realizado testes de estabilidade no medicamento que avaliam o período de validade do produto, além de uma avaliação das características demográficas do remédio, que testa a eficácia do remédio, conforme o perfil populacional.

A epidemia da microcefalia atingiu uma parcela considerável dos políticos brasileiros. A atrofia deixou duas sequelas desconhecidas pela ciência: a indecência e a falta de vergonha.

Com efeito, a sucessão de episódios que, a cada dia, estarrece a nação, transformou a evidência empírica em evidência científica. Do pixuleco recebido por Maurício Marinho, ex-funcionário dos Correios, à voz acusadora do sofrível barítono, o então deputado Roberto Jefferson, edição da Folha, de 06/6/05, aconteceu, na década, de um tudo em matéria de crimes contra o patrimônio público.

Tudo não éexagero: étudo mesmo e mais alguma coisa que a gente não perde por esperar. A crônica da política brasileira passou a ser uma espécie de diário espetacular, sobre uma corrupção profundamente entranhada nas relações promíscuas entre instituições governamentais e organizações empresariais, movidas pela fome canina da patifaria contagiosa e tentacular. Do mensalãoao petrolão, as tenebrosas transações não têm paradeiro.

Numa sequência novelesca, os capítulos do seriado deixam o cidadão brasileiro chocado e, que émais grave, descrente em relação ao futuro do Brasil, exatamente em dezembro, mês tradicional de luzes e celebrações, ofuscado pelas sombras da incerteza.

Dois atores sobem ao ringue, Dilma X Cunha, e se engalfinham em mútuas acusações de chantagem (ambos têm razão) como se o nosso destino se reduzisse a rinha vulgar do vai haver ou não vai haver impeachment? E nenhuma responsabilidade com o que virádepois.

O povo brasileiro não merece pagar a pena do retrocesso, embora, caiba registrar que os representantes que aíestão não vieram de Plutão: emergiram de um processo democrático e somente o processo democrático pode responder pela saída da crise.

De fato, a sociedade brasileira vem construindo a duras penas os pilares que dão suporte às nações prósperas. Um amplo consenso social viabilizou a democracia política e a estabilidade econômica que, apesar das distorções, assegurou a eleição de um respeitável acadêmico; levou ao poder um operário, ex-retirante, líder popular, o sapo barbudo, transformado em ícone da alta burguesia, no "Midas" da política brasileira a ponto de eleger a primeira mulher como Presidente do Brasil. Na verdade, "grandes feitos/malfeitos" seriamente ameaçados de irremediável condenação pelo tribunal da História.

Pois bem, esta mesma sociedade viu chegar àPresidência do Supremo Tribunal Federal, o primeiro negro, de origem humílima queenfrentou e venceu a impunidade dos poderosos. Joaquim Barbosa deixou o exemplo, a mais poderosa fonte de pedagogia cívica, que penetrou a Magistratura, o Ministério Público e se reproduz no destemor e no respeito àlegalidade do Juiz Sérgio Moro que, por sua vez, consolida a digna missão da Justiça de fazer valer o primado da lei no tão almejado Estado Democrático de Direito.

Neste sentido, o que parecia impossível aconteceu: a miscigenação da população carcerária, antes privativa de pretos, pobres e putas. E, assim, vai se construindo outro pilar que sustenta as grandes nações: a ética pública.

Neste ponto, discordo da afirmação de que as instituições estão funcionando. É meia verdade. O Governo não funciona porque sequer existe; o Congresso éuma lástima. Ambos buscaram acordos espúrios para salvar os seus chefes de julgamentos que podem levar àperda dos respectivos mandatos o que ratificaria as barganhas feitas a céu aberto do toma ládácá”, usando o santo nomeda governabilidade.

Agora, o jogo estájogado. Ou ata ou desata. A voz das ruas se imporá à conta rasteira dos votos. Tanto numa hipótese como na outra, o cenário desejável é um governo de salvação nacional. Com Dilma? Falta-lhe aptidão para unir. Com Temer? Uma grande interrogação. Difícil enxergar o sinal de um caminho iluminado. O Brasil seguirádividido. Radicalizado. E, no meio do caminho, a Lava Jato continuará assustando consciências pesadas e investigando personagens suspeitos.

Outra década perdida? Mais uma geração sacrificada? Enquanto não chegam as respostas, vamos àluta para eliminar os mosquitos, rebentos da imundície, e decretar o impeachment da Zica, uma vergonha nacional, ameaçando com sequelas irrecuperáveis, vidas inocentes abrigadas no ventre aflito das mães brasileiras.

 

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