Tópicos | BBC

A polícia britânica acusou novamente, na noite de terça-feira (22), o ex-apresentador da BBC, Stuart Hall pelo estupro de uma jovem e por 14 atentados ao pudor a crianças e adolescentes, cometidos entre 1967 e 1986.

Os atentados ao pudor envolveram 10 meninas, de 9 a 16 anos, e o estupro, que teria sido cometido em 1976, foi contra uma mulher de 22 anos.

##RECOMENDA##

A polícia de Lancashire deteve o apresentador, de 83 anos, quando ele se apresentou em uma delegacia respondendo a uma intimação. Ele foi posto em liberdade após pagar fiança e deve comparecer ante a justiça no dia 7 de fevereiro, em Preston (noroeste de Inglaterra).

No início de dezembro, ele foi detido uma primeira vez por três acusações de estupro e por atentados ao pudor, crimes dos quais Hall afirma ser inocente. Ele também terá que comparecer diante de um juiz no dia 7 de julho.

Hall, ex-apresentador do popular concurso televisivo chamado "Knockout", é conhecido atualmente por suas crônicas originais de futebol em uma das emissoras de rádio da BBC. A rede de radio e televisão pública anunciou em dezembro que, devido à "gravidade das acusações, Stuart Hall não trabalhará mais na BBC enquanto a polícia continuar com suas investigações".

Um relatório investigativo revelou uma lista com os abusos sexuais que permaneceram impunes por mais de 50 anos cometidos pelo apresentador da BBC, Jimmy Savile, contra suas vítimas, com idade entre 8 e 47 anos, enquanto a Justiça faz sua mea culpa.

Jimmy Savile, que morreu em 2011 aos 84 anos, foi um "predador sexual" que usou seu status de celebridade para cometer 214 "atos criminosos", incluindo 34 estupros, entre 1955 e 2009, indica o relatório da polícia e do serviço de proteção à criança, após uma investigação de três meses sobre este escândalo.

Estrela excêntrica dos anos 1970-80, que apresentou um programa infantil e estava envolvido em muitas obras de caridade, agia em sua cidade natal, Leeds, e em Londres nas instalações da BBC, em escolas, 13 hospitais e uma casa para os jovens, de acordo com o relatório.

A vítima mais jovem conhecida foi um menino de oito anos de idade na época, mas mais de 80% das vítimas eram meninas e mulheres, a maioria com idade entre 13 e 16 anos.

Foram praticados principalmente "agressões sexuais, quando a oportunidade se apresentava", mas alguns atos eram "planejados", de acordo com o documento.

A impunidade beneficiada por Jimmy Savile durante toda a sua vida resultou em um pedido de desculpas do Ministério Público, que nesta sexta-feira divulgou um relatório sobre os motivos que levaram à decisão de arquivar o processo em 2009, apesar das queixas recebidas pela polícia de Surrey (sul).

"Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para pedir desculpas pelo fracasso da Promotoria", declarou o diretor do Ministério Público (DPP), Keir Starmer, afirmando que espera que o caso "marque um ponto de viragem".

Alison Levitt, conselheiro judicial do DPP, considerou que "se a polícia tivesse adotado uma abordagem diferente, as acusações poderiam ter sido levadas adiante, pelo menos no caso de três vítimas". Ele afirmou ainda que as queixas foram tratadas "com uma advertência que era não justificada nem apropriada".

Para Peter Watt, o diretor da agência britânica de proteção à criança, co-autor do relatório, a extensão do abuso vai "além da compreensão", qualificando Savile como "um dos predadores sexuais mais ativos que já conheci".

"Está claro que Savile maliciosamente construiu toda a sua vida profissional, a fim de ter acesso a crianças indefesas para cometer seus abusos", disse.

"Ele se escondeu atrás de um véu de excentricidade, jogando a carta do blefe para aqueles que o questionavam", continuou Peter Watt, referindo-se aos rumores que circulavam sobre a vida e moral de Jimmy Savile.

"Ele não pode ser levado à justiça hoje, mas esperamos que este relatório leve algum conforto para as centenas de vítimas que já foram ouvidas e levadas a sério", declarou o oficial de polícia encarregado da investigação, Peter Eixo, da Scotland Yard. "Temos de usar esses eventos chocantes para evitar que outras crianças e outros adultos vulneráveis sejam vítimas de abusos", acrescentou.

As acusações contra Jimmy Savile, reveladas em outubro passado pelo canal ITV, provocou uma crise interna na BBC, que foi acusada de tentar abafar o caso e que, posteriormente, teve sua situação agravada com a falsa acusação de um político conservador da era Thatcher. Eventos que levaram à renúncia do seu CEO, George Entwistle.

Em um comunicado divulgado nesta sexta-feira, a BBC expressou "consternação" sobre os crimes cometidos em suas instalações, e reiterou suas "sinceras desculpas às vítimas."

A polícia metropolitana de Londres informou nesta quarta-feira (12) que investiga 199 acusações de estupros e abuso sexual supostamente cometidos por Jimmy Savile, o falecido apresentador de um programa infantil na televisão estatal British Broadcasting Corporation (BBC). Savile morreu de causas naturais aos 84 anos, em 2011.

As denúncias contra o apresentador começaram a ser feitas após a morte de Savile. Segundo a polícia, a maioria das vítimas são mulheres e as acusações são de abusos sexuais, embora 31 denúncias sejam de estupros. As vítimas eram crianças e adolescentes quando os crimes teriam sido cometidos, entre as décadas de 1980 e 2000. A BBC foi acusada de encobrir as acusações contra Savile, enquanto fazia documentários elogiosos sobre a vida do apresentador.

##RECOMENDA##

As informações são da Associated Press.

Um apresentador da BBC foi indiciado esta quarta-feira por atentado ao pudor, por atos que remontam aos anos 1970 e 1980 e envolvem uma menina e dois adolescentes com idade entre 9 e 16 anos, informou a polícia.

A BBC anunciou imediatamente a suspensão do jornalista em questão, Stuart Hall, de 82 anos, conhecido por seus comentários bem-humorados e eruditos de partidas de futebol na BBC Radio.

"Em razão da natureza muito grave das acusações, Stuart Hall não trabalhará mais à BBC durante a investigação da polícia", informou o grupo audiovisual.

Os crimes que são atribuídos a ele foram cometidos entre 1974 e 1984, segundo a polícia.

Stuart Hall, ex-apresentador do programa "Its a Knockout", uma adaptação do francês "Intervilles", foi preso em sua casa esta quarta-feira em Wilmslow, perto de Manchester, no noroeste da Inglaterra, antes de ser libertado sob caução.

Sua acusação ocorre em um momento em que a BBC atravessa uma profunda crise, após um duplo escândalo de pedofilia e denúncia caluniosa, que provocou a demissão, em novembro, de seu diretor-geral George Entwistle.

A BBC é suspeita de ter abafado um escândalo de pedofilia envolvendo um antigo apresentador estrela, Jimmy Savile, falecido em 2011. A crise aumentou quando o grupo admitiu ter difundido, no começo de novembro, no âmbito de um outro caso, uma investigação baseada em falsas acusações de pedofilia contra uma ex-autoridade política.

A polícia não deu detalhes de se o indiciamento de Stuart Hall teve algum vínculo com o caso Savile.

Alistair McAlpine, que chegou a ser conselheiro de Margaret Thatcher, pode processar dez mil pessoas que twittaram ou retwittaram a falsa notícia de que o mesmo estaria sendo acusado de pedofilia. 

O caso teve início no início de novembro, quando um programa de notícias da BBC acusou um antigo político de abusar sexualmente de crianças. Mesmo não indicando diretamente McAlpine na acusação, a repercussão da matéria levou milhares de usuários do Twitter a ligar os fatos apresentados ao conselheiro e comentarem a respeito dessa dedução na rede social. 

##RECOMENDA##

Segundo o The Guardian, a BBC estava errada e teve que, além de admitir o erro, pedir desculpas e pagar uma multa de 185 mil libras em danos ao difamado. Porém, McAlpine parece não estar satisfeito o suficiente com a vitória contra a rede de televisão, e planeja processar quem o acusou nas redes sociais. Nesta sexta-feira (23), um porta-voz do político declarou ao jornal que advogados de McAlpine identificaram 20 usuários do Twitter "de alta relevância", como o comediante Alan Davies, a mulher do orador da Câmara dos Comuns do Reino Unido, Sally Bercow, e até um colunista do jornal. 

Caso o processo aconteça, pode se tornar o julgamento envolvendo o maior número de pessoas na Grã-Bretanha. 

Além de usuários de destaques, milhares de outros também podem ser alvo dos advogados. A R.M.P.I., que representa McAlpine, divulgou que quem tiver menos de 500 seguidores e sentirem que difamaram o político, podem acessar em um site criado pela empresa, preencher e enviar por e-mail um formulário disponível para pedir desculpas e fazer uma pequena doação para caridade. Já os com mais de 500 seguidores, devem fazer a mesma operação, porém terão o caso avaliado pelos advogados. 

"Twitter não é um lugar fechado entre amigos", declarou Andrew Reid, advogado de McAlpine. "Ele atinge centenas de milhares de pessoas e você deve assumir sua responsabilidade. Não é um lugar onde você pode fofocar e dizer coisas com impunidade, e nós vamos demonstrar isso."

 

A BBC escolheu um ex-diretor de jornalismo para liderar a empresa de comunicação no momento em que ela se esforça para se recuperar de um escândalo relacionado a abuso infantil. Tony Hall, atualmente CEO da Royal Opera House, foi anunciado como novo diretor-geral da BBC nesta quinta-feira. Ele havia sido diretor de jornalismo por dez anos antes de ocupar o posto na Royal Opera House em 2001.

Hall é o sucessor de George Entwistle, que renunciou ao cargo em 10 de novembro, após 54 dias como diretor-geral. A BBC tem enfrentado problemas após a decisão de não divulgar que um apresentador que já foi destaque na empresa, Jimmy Savile, abusou sexualmente de diversas jovens. A BBC também levou ao ar uma reportagem que ligava falsamente um político a abusos sexuais. As informações são da Associated Press.

##RECOMENDA##

Por Gilberto Caetano, da F1 team

A emissora britânica ‘BBC’ divulgou nesta terça-feira (20), o resultado de uma eleição onde continha os 20 melhores pilotos da história da F1. E nela, a presença de um piloto já era quase certa. Além de ter seu nome lembrado, Ayrton Senna encabeçou o topo dessa lista.

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com a emissora, a morte de Senna juntou algo mítico à carreira vitoriosa do tricampeão mundial. Além de possuir uma combinação de talento e determinação, o paulista conseguia aterrorizar os adversários.

“A morte, talvez, inevitavelmente, emprestou a lenda de Ayrton Senna um brilho romantizado. Provavelmente, nenhum piloto da história da F1 se dedicou mais ao esporte e deu mais de si na busca inflexível do sucesso. Senna era forte, uma poderosa combinação de puro talento espetacular e determinação, às vezes aterrorizante”, divulgou a emissora.

Na segunda colocação aparece Juan Manuel Fangio. O driver argentino conquistou cinco títulos mundiais. O terceiro lugar da lista ficou para Jim Clark. O piloto correu pela escuderia Lotus entre os anos de 1960 e 1968. Nesse tempo, Clark venceu duas temporadas.

Entre os pilotos que ainda estão em atividade, o heptacampeão – Michael Schumacher – ficou com a quarta posição. Sebastian Vettel – atual bicampeão da categoria – figurou na oitava posição. O asturiano – Fernando Alonso – aparece na décima colocação. O campeão de 2008, Lewis Hamilton, só foi lembrado na 15ª posição.

Confira a lista completa:

1 – Ayrton Senna

2 – Juan Manuel Fangio

3 – Jim Clark

4 – Michael Schumacher

5 – Alain Prost

6 – Stirling Moss

7 – Jackie Stewart

8 – Sebastian Vettel

9 – Niki Lauda

10 – Fernando Alonso

11 – Alberto Ascari

12 – Gilles Villeneuve

13 – Nigel Mansell

14 – Mika Hakkinen

15 – Lewis Hamilton

16 – Nelson Piquet

17 – Emerson Fittipaldi

18 – Jack Brabham

19 – Graham Hill

20 – Jochen Rindt

O ex-apresentador da BBC Michael Souter foi acusado nesta terça-feira de abusar sexualmente de menores, informou a polícia britânica, destacando que o caso nada tem a ver com o escândalo envolvendo Jimmy Savile.

O acusado, Michael Souter, trabalhava para a rádio local BBC Norfolk, no leste da Inglaterra, e as agressões sexuais teriam ocorrido entre 1979 e 1999, segundo a polícia de Norfolk.

A acusação contra Michael Souter não tem qualquer ligação com a investigação da Scotland Yard sobre Jimmy Savile, um ex-apresentador da BBC falecido no final de 2011 e suspeito de agredir sexualmente cerca de 300 menores durante quatro décadas, informou a polícia de Norfolk.

Michael Souter, 59 anos, prestará depoimento na Justiça no dia 30 de novembro.

Souter se defendeu publicando uma nota na qual afirma que "esta é a terceira vez que a polícia de Norfolk investiga estas supostas infrações. Em outras duas ocasiões, a promotoria optou por não fazer acusações".

O caso Michael Souter volta à tona no momento em que a BBC atravessa uma profunda crise devido à falsa denúncia de pedofilia em seu programa Newsnight envolvendo Lord McAlpine, tesoureiro do Partido Conservador na época de Margaret Thatcher, e da omissão de informações sobre o caso Savile.

[@#video#@]

 

##RECOMENDA##

O diretor-geral da rede britânica BBC, George Entwistle, entregou no sábado sua carta de demissão. Em meio ao escândalo sexual envolvendo o ex-apresentador Jimmy Savile, que morreu em 2011, ele e a emissora pública se viram ainda em outra polêmica. O canal teria transmitido um programa de investigação com acusações falsas de pedofilia contra um ex-líder do Partido Conservador.

A diretora de notícias da BBC e seu subdiretor "afastaram-se de seus cargos" em um momento no qual a rede pública britânica enfrenta as consequências de um escândalo de abuso sexual de menores que forçou a renúncia de seu diretor geral. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pela própria BBC.

Helen Boaden, diretora de notícias e atualidades da BBC, e seu subdiretor, Steve Mitchell, entregaram suas responsabilidades a interinos "por causa da falta de clareza em torno da hierarquia de comando editorial", informa a rede pública.

##RECOMENDA##

"Está em avaliação no momento o grau de exigência de prestação de contas por ações individuais e, se for adequado, medidas disciplinares serão adotadas", prossegue a nota da emissora.

Fran Unsworth deve assumir o trabalho de Boaden, enquanto Ceri Thomas, que dirige o influente programa de rádio "Today", deve assumir o posto de subdiretor.

O afastamento ocorre depois de o diretor geral da BBC, George Entwistle, ter renunciado a seu posto no sábado em meio a queixas de que um programa noticioso da rede teria feito um trabalho ruim em relação às denúncias de que britânicos influentes abusaram sexualmente de menores. As informações são da Associated Press.

A diretora de notícias da BBC, Helen Boaden, e seu vice, Stephen Mitchell, renunciaram a seus cargos devido ao escândalo de pedofilia envolvendo o falecido apresentador Jimmy Savile e a informações divulgadas que acusavam injustamente um político de abuso de crianças, segundo informações divulgadas pela imprensa nesta segunda-feira (12).

A assessoria de imprensa da BBC informou à AFP que não podia confirmar as informações, divulgadas tanto no canal BBC News quanto em seu rival Sky News, mas um anúncio é esperado nas próximas horas.

##RECOMENDA##

O novo diretor-geral da emissora pública Tim Davie, que assumiu o cargo após a dramática renúncia de George Entwistle no sábado à noite, deverá publicar seu plano para conter a crise nesta segunda-feira.

De acordo com nota da BBC, Boaden e Mitchell foram afastados de seus cargos até que o motivo do programa Newsnight ter cancelado uma matéria sobre o abuso de crianças por Savile seja investigado.

Há rumores de que a reportagem do Newsnight foi cancelada por entrar em conflito com um programa em homenagem a Savile, até então uma grande estrela da BBC que morreu em outubro de 2011.

O inquérito está sendo conduzido por Nick Pollard, ex-diretor da Sky News.

Alegações de que Savile teria abusado de até 300 crianças num período de 40 anos, inclusive quando trabalhava na BBC, mergulharam a emissora numa crise.

Os problemas da BBC se agravaram quando o Newsnight, um dos programas mais importantes, foi forçado a admitir na sexta-feira que uma reportagem acusando uma conhecida figura política de abuso de menores era falsa.

Entwistle renunciou no sábado após somente 54 dias como diretor-geral, depois de assumir a responsabilidade pela reportagem do Newsnight.

A BBC, uma instituição tão respeitada quanto a monarquia britânica, atravessa uma das piores crises de sua existência, após a demissão de seu diretor-geral, que terá que explicar a sua desastrosa gestão editorial em um duplo escândalo de pedofilia.

George Entwistle, de 50 anos, pediu demissão no sábado à noite, após permanecer no cargo por um curto período de tempo: 54 dias vividos como um pesadelo à frente do maior grupo audiovisual público do mundo.

Uma audiência pouco convincente diante de uma comissão parlamentar fragilizou sua imagem no final de outubro. Uma entrevista a um jornalista da cadeia no sábado selou o fim de sua carreira na BBC. Suas atitudes vacilantes transmitiram uma imagem de um dirigente sem nenhuma influência real ao longo dos acontecimentos, até o ponto de ser apontado como "George Sem Curiosidade".

O diretor-geral levou a culpa pelo duplo fiasco do Newsnight, um programa símbolo do jornalismo investigativo da BBC.

No primeiro caso, Newsnight é suspeito de ter abafado um documentário que incriminava Jimmy Savile, apresentador da BBC entre os anos 60-80. Savile, um excêntrico que chegou a receber da rainha o título de nobreza por sua atividade de caridade, é acusado de mais de 300 abusos sexuais de menores.

Morto em 2011 aos 84 anos, Savile agora provoca tal repulsa que sua família tem destruído o seu legado com o epitáfio: "Foi bom enquanto durou".

No segundo caso, Newsnight pecou por sua precipitação, ao acusar falsamente de pedofilia o Lorde McAlpine, ex-líder do Partido Conservado nos anos 1970, com base no testemunho de uma suposta "vítima" que se retratou depois. A BBC não chegou a mencionar o nome de McAlpine, mas que se espalhou como fogo na internet, o que levou o primeiro-ministro, David Cameron, denunciar o clima de "caça às bruxas".

Entwistle reconheceu que "o programa da Newsnight era inaceitável do ponto de vista editorial". Tim Davie, diretor da rádio da BBC, substituto interino de Entwistle, deve receber neste domingo um relatório sobre os excessos que podem resultar em uma ação disciplinar.

Sem esperar, Chris Patten, presidente da Fundação da BBC, organismo regulador, lançou neste domingo uma necessária contra-ofensiva, já que o grupo sobrevive com o dinheiro dos contribuintes.

"Nossa credibilidade depende da nossa capacidade de dizer a verdade", disse Patten em entrevista à cadeia.

"Se você me pergunta se a BBC precisa de uma profunda reforma estrutural, a resposta é absolutamente sim. E é isso que nós temos que fazer", disse Patten, que foi o último governador da ex-colônia britânica de Hong Kong, e que também está no olho do furacão.

O tom dos jornais dominicais confirmaram o tamanho do problema. O Mail on Sunday falou de "um banho de sangue na BBC". O Sun escrevu "Bye bye, idiota", enquanto Jonathan Dimbleby, um dos mais respeitados jornalistas da BBC, falou ao The Observer de "um navio à deriva que vai para os recifes".

Esta crise ocorre em um contexto particularmente difícil para o grupo audiovisual, que sofreu cortes profundos em nome da austeridade. Representantes políticos e da imprensa relataram salários "exorbitantes" de alguns diretores e apresentadores de destaque.

Além disso, esta tempestade na BBC amplia um profundo mal-estar na imprensa britânica já no banco dos réus pelo escândalo das escutas telefônicas praticada por tablóides.

O presidente do conselho da BBC Trust, Chris Patten, afirmou que a empresa precisa de uma reforma radical em seguida à renúncia do diretor-geral, George Entwistle, no sábado.

Entwistle renunciou em meio a uma controvérsia depois que um programa de notícias da rede equivocadamente envolveu um político do Reino Unido em um escândalo de abuso sexual. O erro aprofundou uma crise que havia sido provocada pela revelação de que a BBC decidiu anteriormente não divulgar acusações similares contra um de seus apresentadores.

##RECOMENDA##

Patten afirmou que não vai renunciar e que ele precisa garantir que a rede permaneça sob controle e volte a operar normalmente. "Meu trabalho é garantir que (...) nós restauremos a confiança na BBC", disse Patten, pedindo uma "reforma estrutural ampla e radical".

Entwistle assumiu o cargo de diretor-geral dois meses atrás, quando Mark Thompson se tornou executivo-chefe da The New York Times Co. A BBC estava emergindo de um período difícil marcado por cortes de gastos, eliminação de empregos e aumento da pressão para que o orçamento de 3,5 bilhões de libras (US$ 5,6 bilhões) seja justificado. A rede é financiada principalmente por um imposto cobrado dos britânicos que possuem televisão. As informações são da Associated Press.

O diretor-geral da rede britânica de televisão BBC, George Entwistle, renunciou neste sábado após um dos principais programas de notícias da empresa acusar erroneamente um político britânico de abuso sexual infantil. "Eu decidi que a coisa mais honrada a se fazer é renunciar", disse Entwistle na televisão.

Mais cedo, ele havia dito que não deveria ter autorizado a exibição da reportagem e admitiu que o programa prejudicou a confiança na rede, que há enfrenta críticas por causa da decisão de não divulgar acusações similares contra um de seus apresentadores. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

##RECOMENDA##

Uma investigação sobre a BBC teve início nesta segunda-feira, depois que a rede britânica se viu envolvida no escândalo de abusos sexuais contra menores praticados pelo ex-apresentador Jimmy Savile, morto há um ano.

A investigação, conduzida pela juíza Janet Smith, concentra-se no período em que ocorreram os supostos abusos de 300 vítimas ao longo de quatro décadas. Savile foi uma das principais figuras da televisão britânica durante os anos 1970 e 1980.

##RECOMENDA##

Muitos desses abusos podem ter ocorrido nas instalações da própria BBC, onde Savile apresentou seus famosos programas infanto-juvenis.

A juíza vai considerar os testemunhos daqueles que relataram abusos nas instalações da BBC e daqueles que expressaram em algum momento preocupação com as atividades de Savile.

Um dos objetivos da juíza é determinar "em que medida a equipe da BBC tinha, ou deveria ter, conhecimento da conduta ilícita ou indevida de Jimmy Savile na própria BBC ou durante viagens para a BBC", segundo o site da cadeia.

Além disso, a investigação examinará se as políticas de proteção à criança e de denúncia de irregularidades vigentes na cadeia são "apropriadas", acrescentou.

Este é um dos dois inquéritos internos que a direção da BBC se comprometeu a realizar em outubro, quando eclodiu o escândalo de Jimmy Savile, que prejudicou a reputação da televisão.

O outro, conduzido por um ex-diretor da rede Sky News Nick Pollard, deve averiguar se havia algum tipo de acobertamento por parte de funcionários da BBC quando houve a decisão de não levar ao ar, em dezembro do ano passado, uma entrevista com testemunhos de vítimas de Jimmy Savile, morto poucas semanas antes aos 84 anos de idade.

Os supostos abusos de Savile, considerado agora um dos maiores criminosos sexuais da história britânica, foram finalmente revelados no início de outubro por outra rede britânica, a ITV, que transmitiu os testemunhos de cinco mulheres que afirmam terem sido vítimas de violência sexual pelo apresentador quando eram menores.

Dadas as proporções que o escândalo tomou, a Scotland Yard lançou uma investigação penal, na qual os agentes identificaram até agora cerca de 300 vítimas em potencial, principalmente meninas, de Savile e outros suspeitos de cometer abusos, juntamente com o apresentador.

Após anunciar que havia prisões iminentes na semana passada, a polícia prendeu no domingo um ex-ídolo pop britânico Gary Glitter em conexão com este caso, antes de libertá-lo sob fiança, com ordens de se apresentar à justiça novamente em meados de dezembro.

Glitter, de 68 anos, teve seu auge nos anos 1970 graças à canção "I'm the leader of the gang (I am)", antes de ser condenado duas vezes por acusações relacionadas com pedofilia, uma no Reino Unido e outra no Vietnã.

Jimmy Savile, um verdadeiro patrimônio da TV britânica, adorado por gerações de jovens entre os anos 60 e 90, caiu em desgraça um ano depois de sua morte, ao ser acusado de abusos sexuais contra menores, um escândalo que afeta a BBC, suspeita de ter feito vista grossa em relação ao caso.

O escândalo explodiu após a exibição no início de outubro pelo canal ITV de um documentário no qual cinco mulheres afirmam ter sido agredidas sexualmente por Jimmy Savile quando eram menores de idade.

##RECOMENDA##

Os fatos aconteceram supostamente na BBC, no Rolls Royce de Savile e em uma escola, entre outros lugares, segundo os depoimentos que parecem ter estimulado outras pessoas a falar.

A Scotland Yard, que chamou Jimmy Savile de "predador sexual delinquente", anunciou na terça-feira que registrou oito denúncias, duas delas por estupro, em quatro décadas a partir de 1959. A polícia acredita que podem existir entre 20 e 25 vítimas, que seriam principalmente jovens adolescentes, de 13 a 16 anos.

Os últimos depoimentos obtidos pela imprensa destacam que Jimmy Savile também teria agredido sexualmente jovens pacientes em hospitais para os quais arrecadava recursos.

Estas revelações, um ano depois da morte de Savile aos 84 anos, chocaram o Reino Unido, onde o apresentador, famoso pelo cabelo louro quase branco, as roupas extravagantes e o inseparável charuto, alcançou o status de estrela.

A grande popularidade foi obtida em dois programas de televisão: "Jim'll Fix It", no qual permitiu que centenas de crianças realizassem seus sonhos (comer biscoitos com forma de elefante, ver uma rena de verdade, etc) e "Top Of The Pops", programa musical com apresentações ao vivo.

Jimmy Savile também era muito respeitado pelo trabalho beneficente, com o qual arrecadou quase 50 milhões de euros, Também foi reconhecido pela rainha Elizabeth II e foi condecorado pelo papa João Paulo II.

Mas em poucos dias, o "tesouro nacional" caiu do pedestal.

Atônitas diante das acusações, várias cidades retiraram as placas com o nome do apresentador. A imponente lápide com o agora considerado provocativo epitáfio "It was good while it lasted" ("Foi bom enquanto durou") foi retirada e destruída a pedido da família.

Em uma demonstração da grande comoção provocada no Reino Unido, o primeiro-ministro britânico David Cameron chamou as acusações contra Savile de "totalmente escandalosas". Também exigiu explicações da BBC, acusada por vários funcionários no caso.

Os supostos abusos de Jimmy Savile eram "um segredo conhecido", afirmou na semana passada Liz Kershaw, ex-locutora da Radio 1, onde o apresentador também tinha um programa.

"Ele era considerado uma espécie de Deus", recorda Esther Rantzen, jornalista da BBC.

Os supostos abusos remontam a uma época, os anos 60 e 70 sobretudo, na qual "as condutas ruins eram endêmicas no mundo do rock e do pop", destacou o Daily Telegraph.

"Isto não pode desculpar em absoluto Jimmy Savile", insistiu a BBC, embaraçada com as "acusações horríveis".

Para tentar acalmar os ânimos, a emissora pública apresentou um pouco comum pedido de desculpas às supostas vítimas e prometeu uma investigação interna quando a polícia encerrar o inquérito.

A polícia já havia recebido denúncias contra Jimmy Savile, mas nenhuma chegou aos tribunais por falta de provas suficientes.

A rede britânica BBC desculpou-se por revelar detalhes de uma conversa entre a Rainha Elizabeth e um jornalista da emissora, na qual ela expressou preocupação com a incapacidade do Reino Unido em prender o clérigo radical Abu Hamza al-Masri.

Considerado o mais eminente extremista do país, Masri é procurado nos Estados Unidos por várias acusações de terrorismo. Após oito anos de disputas jurídicas, uma corte europeia na segunda-feira abriu caminho para sua extradição. O clérigo pode ser deportado em semanas.

##RECOMENDA##

Nesta terça-feira, o repórter da BBC Frank Gardner contou que em uma conversa ocorridas há alguns anos a rainha mencionou que estava irritada porque Masri não foi preso. A BBC então desculpou-se por revelar os detalhes da conversa privada e pela quebra de confiança. As informações são da Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando