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A Uefa multou o Celtic, atual campeão escocês, em 15 mil euros (cerca de R$ 78 mil) nesta terça-feira por conta de uma faixa anti-monarquia exposta nas arquibancadas de um jogo da Liga dos Campeões, dias após a morte da rainha Elizabeth II. A Escócia é um dos países que compõem o Reino Unido.

A entidade que rege o futebol europeu considerou que a manifestação da torcida "é uma mensagem que não se enquadra em um evento esportivo (faixa provocativa)". A faixa continha palavrões contra a monarquia num momento sensível no Reino Unido, devido à morte da rainha Elizabeth II.

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A manifestação aconteceu durante o empate por 1 a 1 entre o Celtic e o Shakhtar Donetsk, no dia 14 de setembro, em Varsóvia, na Polônia, pela fase de grupos da Liga dos Campeões.

O clube escocês tem ligação histórica como movimento republicado da Irlanda e muitos torcedores do time tradicionalmente fazem oposição à monarquia britânica.

Em outras decisões anunciadas nesta terça, o Estrela Vermelha, de Belgrado, foi multado em 20 mil euros (cerca de R$ 100 mil) por cânticos provocativos e ilícitos por parte de torcedores em jogo contra o Monaco na Liga Europa. O Malmö e o Viktoria Plzen também foram multados em 17,5 mil euros (R$ 88 mil) e 10 mil euros (R$ 50 mil), respectivamente, por "mensagens de natureza ofensiva".

Após 12 dias de homenagens solenes a Elizabeth II, o Reino Unido retoma a vida normal nesta terça-feira (20), com o fim do luto nacional e o retorno à realidade de um país em crise e uma monarquia em mudança.

As bandeiras nos prédios oficiais, que estavam a meio mastro desde a morte da rainha em 8 de setembro com 96 anos em sua residência escocesa de Balmoral, voltaram a ser hasteadas no topo.

Durante quase duas semanas, Londres e a capital escocesa, Edimburgo, foram cenários de grandes cerimônias: da proclamação do novo rei Charles III até a procissão fúnebre solene que levou a monarca até sua morada final em Windsor, onde foi sepultada ao lado dos pais e do marido.

Os rituais tradicionais e os coloridos uniformes medievais levaram o país, e o mundo diante das telas, a um período quase irreal.

A família real britânica permanecerá de luto por mais sete dias, mas o luto nacional decretado pelo governo terminou nesta terça-feira.

Londres iniciou uma gigantesca operação de limpeza após o "funeral do século", celebrado na Abadia de Westminster e que reuniu quase um milhão de pessoas nas ruas, de acordo com as estimativas da polícia.

Dados provisórios indicam que mais de 250.000 pessoas passaram pelo Parlamento, afirmou a ministra da Cultura, Michelle Donelan, a Sky News, em referência à capela ardente instalada durante cinco dias em Westminster Hall, que registrou cenas de emoção e filas quilométricas de acesso.

- Custo de vida -

Após o fim do luto nacional, o Executivo também retoma as atividades.

A primeira-ministra Liz Truss, designada por Elizabeth II apenas dois dias antes de sua morte, viajou a Nova York na segunda-feira à noite para participar na Assembleia Geral da ONU, onde reafirmará o apoio total do governo britânico à Ucrânia, invadida pela Rússia.

"A segurança de vocês é a nossa segurança", afirmou aos ucranianos em um comunicado, comprometendo-se a igualar ou superar em 2023 a quantia de 2,3 milhões de libras (2,6 milhões de dólares) em ajuda militar prometida a Kiev este ano.

A nova líder conservadora também terá que buscar soluções para a grave crise do custo de vida no Reino Unido.

O ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, apresentará na sexta-feira um plano econômico para combater as consequências de uma inflação de 9,9%, provocada em grande parte pelos preços da energia.

Um bilhete curto entregue enquanto discursava no Parlamento em 8 de setembro informou Truss sobre a saúde da rainha. Ela interrompeu a sessão e saiu, minutos depois de anunciar o congelamento dos preços do gás e da energia elétrica por dois anos, um plano que não teve o custo revelado.

- Mudanças na monarquia? -

A emoção popular com a morte da monarca após 70 anos de reinado provocou uma pausa no descontentamento social, que deve retornar nos próximos dias.

Uma greve de maquinistas, adiada após a morte de Elizabeth II, será retomada na próxima semana, ameaçando mergulhar o país no caos de 1 a 5 de outubro.

Além disso, muitos questionam o custo do grandioso funeral de Estado que reuniu em Londres centenas de líderes mundiais, do presidente americano Joe Biden ao imperador Naruhito do Japão, e de outras homenagens.

"Foi um dinheiro bem gasto", se limitou a declarar Donelan, sem revelar um valor.

Com a chegada ao trono de Charles III, de 73 anos, menos popular que sua mãe, porém determinado a modernizar a monarquia, mudanças devem acontecer na instituição e em suas finanças.

Há alguns meses, havia anunciado a intenção de limitar atividades a ele, sua esposa e os príncipes de Gales - William e Catherine junto com seus três filhos pequenos - em uma família real atualmente muito grande, que multiplica gastos e escândalos.

Ainda sem data para acontecer, estas e outras modernizações pretendem reconquistar algumas pessoas em um país complexo, formado por quatro nações, com três delas - Escócia, Irlanda do Norte e Gales - registrando pedidos de independência após a morte de Elizabeth II.

O Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou que a campanha do presidente Jair Bolsonaro se abstenha de usar, na propaganda do candidato do PL à reeleição, as imagens captadas durante discurso feito pelo chefe do Executivo na sacada da Embaixada brasileira em Londres neste domingo (18). Em caso de descumprimento, será cobrada uma multa de R$ 20 mil por peça de propaganda ou postagem.

O magistrado ainda determinou a exclusão de um vídeo, divulgado no perfil do Twitter do deputado Eduardo Bolsonaro, filho 02 do presidente, em que foi registrado o pronunciamento do candidato à reeleição, sob pena de multa de R$ 10 mil. O Google também foi intimado a remover gravação publicada no Youtube, no canal de Eduardo Bolsonaro.

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"O vídeo não deixa dúvidas de que o acesso à Embaixada Brasileira, somente franqueado ao primeiro representado por ser ele o Chefe de Estado, foi utilizada para a realização de ato eleitoral. Após poucos segundos de condolências à família real, a sacada foi convertida em palanque, para exaltação do governo e mobilização do eleitorado com o objetivo de reeleger o candidato", registrou o ministro em despacho assinado na noite desta terça-feira (19).

A decisão liminar - provisória, dada em casos urgentes - foi proferida no bojo de uma ação de investigação judicial eleitoral proposta pela senadora Soraya Thronicke, candidata à Presidência pela União Brasil.

Gonçalves entendeu que havia ‘urgência de adoção de medidas que evitem ou mitiguem danos ao processo eleitoral’ e ressaltou que a ordem para barrar o uso de imagens na campanha era necessária ‘para fazer cessar os impactos anti-isonômicos’ do discurso feito por Bolsonaro na Inglaterra.

A avaliação do magistrado foi a de que Bolsonaro, ‘por sua condição de agente público’, proferiu discurso eleitoral da sacada da Embaixada do Brasil em Londres. Segundo Gonçalves, o uso de tais imagens na propaganda eleitoral ‘é tendente a ferir a isonomia’, uma vez que utiliza a atuação do chefe de Estado ‘em ocasião inacessível a qualquer dos demais competidores, para projetar a imagem do candidato’.

"É patente, portanto, que o fato em análise é potencialmente apto a ferir a isonomia entre candidatos e candidatas da eleição presidencial, uma vez que o uso da posição de Chefe de Estado e do imóvel da Embaixada para difundir pautas eleitorais redunda em vantagem não autorizada pela legislação eleitoral ao atual incumbente do cargo", registrou.

Sem saber explicar por que integrou a comitiva presidencial no funeral da rainha Elizabeth II, o pastor Silas Malafaia sugeriu que foi convidado por Jair Bolsonaro (PL) por questões religiosas. Em Londres, o fundador da Assembleia de Deus Vitória em Cristo reforçou sua defesa a favor do presidente. 

O religioso deduziu que foi escolhido para a viagem por ser um líder evangélico e que não chegou a ser informado precisamente pelo presidente sobre motivo da sua ida para Londres.

"Na morte de um cristão tem a religiosidade. Você não separa isso", sugeriu Silas, que fez questão de citar que um padre também participou da viagem.

Apoiador ferrenho do governo federal, o pastor voltou a atacar a imprensa e minimizou o episódio em que Bolsonaro incentivou seus admiradores a chamá-lo de "imbrochável", durante o ato cívico de 200 anos da Independência do Brasil. Silas Malafaia disse que os gritos sobre a condição genital foram uma brincadeira junto com a mulher dele, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

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Um agente da Scotland Yard, a polícia britânica, desmaiou diante da Abadia de Westminster durante o funeral de Estado da rainha Elizabeth II, realizado nesta segunda-feira (19).

O policial acordou logo em seguida, mas foi socorrido de maca por militares da Marinha Real. O esquema de segurança para o último dia de eventos pela morte da monarca reúne milhares de policiais e militares.

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Após o funeral, o caixão de Elizabeth II foi levado a pé até o Arco de Wellington, em um trajeto de cerca de dois quilômetros.

Em seguida, o esquife iniciou uma viagem de carro até o Castelo de Windsor, nos arredores de Londres.

Em Windsor, haverá um funeral privado na Capela de São Jorge. O corpo de Elizabeth II será sepultado na cripta real ao lado de seu marido, o príncipe Philip, morto em 9 de abril de 2021, aos 99 anos.

Da Ansa

Centenas de britânicos se levantaram de madrugada nesta segunda-feira (19) para comparecer ao funeral da rainha Elizabeth II, "um pedaço da História", e buscar os melhores lugares para ver a passagem do caixão pelo centro de Londres.

Apesar da temperatura fria da manhã na capital britânica, o público já estava lotado em torno do Palácio de Buckingham e da Abadia de Westminster antes das 07h00 (03h00 no horário de Brasília), onde a cerimônia religiosa começou às 11h00.

"Eu queria fazer parte [do evento]. É um grande dia da nossa história, isso faz parte de nossas vidas", disse à AFP Susan Davies, 53 anos, que chegou às 6h30 no Hyde Park Corner, vinda de Essex, ao leste de Londres, com o marido e dois filhos adolescentes.

A mulher, equipada com uma cadeira e "muita comida", espera poder ver o caixão da rainha que, deste local próximo ao Palácio de Buckingham, será transportado em um carro fúnebre para sua última morada, o Castelo de Windsor.

"Eu quero fazer parte da História", afirma Jack, seu filho de 14 anos, que deseja explicar o evento às futuras gerações. "Falarei deste momento com meus filhos. Direi a eles: Estava lá!".

Um pouco depois na fila, Calon Thompson, um estudante de cinema de 20 anos e morador de Bedford (norte de Londres), espera assistir ao funeral ao vivo com seu celular, já que queria ver a passagem "do caixão e da família real". Ele chegou às 06h00 da manhã.

"Queríamos estar na primeira fila. Pensávamos que estaríamos em meio à multidão, mas estamos aqui, no melhor lugar, com a melhor vista. Fantástico!", afirmou, descrevendo uma atmosfera "muito emocionante, mas também triste".

Os primeiros metros a partir das estações mais próximas estão lotados. Algumas pessoas passaram a noite. Muitos sacos de dormir são vistos no chão em Whitehall, uma avenida central de Londres que recebe regularmente ministros e funcionários de alto escalão.

Bethany Beardmore, contadora de 26 anos, chegou às 21h00 de domingo para não perder "uma parte da História". "Fazia frio, nós não dormimos", mas "havia um clima agradável, todo mundo conversava", explica o homem, que aguentou a fila graças ao açúcar e à cafeína.

Jovens e idosos aguardam com paciência. Os mais bem preparados tomam café. Os melhores lugares já estão ocupados para ver o cortejo fúnebre.

O adeus definitivo a Elizabeth II se aproxima e Londres recebe neste domingo (18) chefes de Estado e de Governo de todo o mundo para acompanhar seu funeral, no último dia completo para que os britânicos possam prestar suas homenagens diante do caixão da monarca.

De acordo com os cálculos do governo, os cidadãos devem enfrentar uma fila de mais de 13 horas para chegar ao Westminster Hall.

O impacto e o simbolismo da monarca mais longeva da história do país, com um reinado de sete décadas, ficam evidentes com a lista de participantes no funeral, um evento que Londres não registra desde a morte, em 1965, de Winston Churchill, que liderou o país durante a Segunda Guerra Mundial.

Sua nora, a rainha consorte Camilla, destacou que Elizabeth II foi uma "mulher só" em um mundo de homens, em uma mensagem que transmitirá à nação pouco antes do minuto de silêncio que será respeitado às 20H00 (16H00 de Brasília), que teve um trecho divulgado de maneira antecipada.

"Não havia mulheres primeiras-ministras, nem presidentes. Ela era a única, sendo assim penso que forjou seu próprio papel", afirma a esposa do rei Charles III, que nunca esquecerá, segundo suas palavras, os "maravilhosos olhos azuis" da rainha, que faleceu aos 96 anos.

Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, França, Emmanuel Macron, Brasil, Jair Bolsonaro, assim como os monarcas da Espanha, Suécia, Noruega, Luxemburgo, Mônaco, Bélgica e Holanda, além do imperador japonês Naruhito, acompanharão o funeral de Estado na Abadia de Westminster.

Alguns já estão na capital britânica, como Biden, que desembarcou no sábado à noite com a esposa Jill, e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, que se reuniu no sábado com o rei Charles III e outros representantes da Commonwealth.

A quantidade de líderes mundiais e o funeral de modo geral representam um desafio de segurança "maior que os Jogos Olímpicos de 2012", disse o vice-comissário da Scotland Yard, Stuart Cundy.

Os governantes devem comparecer durante a tarde a uma recepção oferecida por Charles III no Palácio de Buckingham.

O evento deve incluir o encontro do rei Felipe VI da Espanha e seu pai, Juan Carlos I, o que não acontece desde que este último se mudou para os Emirados Árabes Unidos em 2020 após a divulgação de que sua fortuna estava sob investigação.

- Cortejo acompanhado por um milhão de pessoas -

O funeral de segunda-feira começará com o transporte do caixão da rainha, que está no Parlamento britânico, para a Abadia de Westminster.

Às 11H00 (7H00 de Brasília) começará a cerimônia fúnebre, oficiada pelo deão de Westminster, David Hoyle, e com um sermão de Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, da qual o monarca da Inglaterra é o chefe desde o rompimento de Henrique VIII com Roma no século XVI.

Após a cerimônia, o caixão de Elizabeth II será levado em uma montaria, com a participação de militares, pelas ruas de Londres até o Wellington Arch, em Hyde Park Corner, em um cortejo que deve ser observado por um milhão de pessoas.

A partir deste ponto será levado de carro até o o Castelo de Windsor, a 30 quilômetros de distância, onde acontecerão uma nova cerimônia fúnebre, apenas para a família, e o enterro.

Desde sábado, 48 horas antes do cortejo fúnebre, muitas pessoas já estavam posicionadas nas ruas do trajeto.

"A noite foi fria, mas vale a pena", disse Carole Budd, uma professora de 65 anos, que está perto de Westminster.

"Assisti ao funeral de Lady Di quando era adolescente, diante da Abadia de Westminster, e o ambiente era incrível", recordou Magdalena Staples, de 38 anos e acampada na Praça do Parlamento, ao citar a despedida da primeira esposa de Charles III.

A Abadia de Westminster tem capacidade para 2.200 pessoas. Do lado britânico estarão presentes a família real, a primeira-ministra Liz Truss, ex-primeiros-ministros e outras personalidades.

Também estarão na igreja quase 200 pessoas condecoradas pela rainha em junho deste ano, incluindo profissionais da saúde que participaram na resposta à pandemia de covid-19.

Muitos estabelecimentos comerciais fecharão na segunda-feira para o funeral de Estado da rainha Elizabeth II, mas milhares de pubs e bares permanecerão abertos para os britânicos brindarem pela falecida monarca.

O Reino Unido declarou feriado para o evento, que contará com a presença de dezenas de líderes mundiais e será acompanhado por milhões de pessoas em todo o mundo na televisão e nas redes sociais.

As escolas britânicas e a Bolsa de Valores de Londres estarão fechadas nesse dia, como é o caso em todos os feriados do Reino Unido, e os hospitais adiaram várias consultas.

Este dia de descanso para milhões de britânicos pesará sobre a economia do Reino Unido, que já se encaminha para a recessão devido à alta inflação.

Os maiores supermercados do Reino Unido, liderados por Tesco e Sainsbury's, fecharão, assim como a principal loja de roupas Primark.

A varejista de alimentos e roupas Marks and Spencer planeja abrir apenas algumas lojas localizadas perto de onde o funeral e o enterro ocorrerão, dentro e nos arredores de Londres. Todas as filiais do gigante americano McDonald's no Reino Unido fecharão até que o funeral termine.

Mas nem todo mundo está feliz com os fechamentos. O descontentamento dos turistas nas casas de veraneio do Center Parcs reverteu a decisão de impedir o acesso por 24 horas.

Os visitantes foram informados de que teriam que desocupar os parques na próxima segunda-feira "por respeito e para permitir que o maior número possível de funcionários faça parte deste momento histórico".

Após s reclamações, no entanto, o Center Parcs disse que os hóspedes que ainda estivessem de férias em suas instalações teriam permissão para ficar. Aqueles que estavam agendados para entrar na segunda-feira terão que atrasar sua chegada em um dia.

"Depois de refletir e ouvir, tomamos a decisão de permitir que hóspedes com estadias mais longas fiquem (...) em 19 de setembro", disse a empresa em uma mensagem aos seus clientes, publicada pela mídia.

- Pubs "homenageiam" a rainha -

O maior grupo de pubs do Reino Unido disse que planeja manter os pubs abertos e exibir o funeral em suas televisões.

"A morte de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II é um momento importante e triste", disse o grupo Stonegate, que administra cerca de 4.500 estabelecimentos, em nota.

"Os nossos 'pubs', bares e espaços vão continuar abertos e, na medida do possível, transmitirão o funeral (...) para homenagear a sua vida e o seu serviço", acrescentou o seu proprietário.

Muitos outros 'pubs' planejam continuar funcionando, como o Greene King, que abrirá todos os seus estabelecimentos no centro de Londres, permitindo que as "comunidades se unam".

Por outro lado, o aeroporto de Heathrow, em Londres, indicou que são prováveis interrupções nos voos.

"Prevemos mais mudanças nas operações de Heathrow... quando o funeral de Sua Majestade acontecer", disse o aeroporto.

O tráfego aéreo sobre o centro de Londres já estava limitado na quarta-feira durante a transferência do caixão da rainha do Palácio de Buckingham para Westminster. Ele permanecerá lá até a manhã de 19 de setembro, quando será transferido para a Abadia de Westminster para o funeral de Estado, antes de seu enterro mais tarde nesse dia no Castelo de Windsor.

A morte da rainha Elizabeth II pode ajudar a iniciar uma reconciliação do príncipe Harry e sua esposa Meghan com o resto da família real, após um suposto afastamento e sua mudança para os Estados Unidos.

O casal, que estava no Reino Unido quando a rainha morreu na quinta-feira, se juntou ao irmão de Harry, William, e sua esposa, Catherine, no Castelo de Windsor, no sábado. Foi a primeira aparição pública dos quatro juntos desde 2020.

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Vestidos de preto, eles observaram as flores deixadas pela morte da rainha, e cumprimentaram o público, sem transparecer o estado da relação entre os casais.

Mas a decisão de aparecerem juntos diante das câmeras sugeriu um avanço na reconciliação.

Segundo a imprensa especializada em realeza britânica, William, o herdeiro do trono, procurou o irmão mais novo, que critica a família desde que abandonou os deveres reais.

Dois dias antes, a situação era bem diferente: Harry, 37 anos, chegou sozinho em um veículo a Balmoral, na Escócia, pouco depois da morte da rainha. William e outros familiares, exceto Catherine, chegaram antes em um único carro.

Richard Fitzwilliams, especialista em realeza, disse na quinta-feira que o fato de os irmãos chegarem separadamente mostra que eles estão "afastados".

Harry e Meghan são vistos como causa de "muitos danos à família real nos últimos meses" com seus comentários, acrescentou.

"Para o futuro, a bola está em campo e depende de como eles querem jogar", acrescentou.

- Caminhos diferentes -

Após a morte de Diana, a mãe dos príncipes, em um acidente de trânsito em Paris em 1997, os irmãos comoveram o mundo ao caminharem atrás de seu caixão no cortejo fúnebre. William tinha 15 anos e Harry apenas 12.

Como adultos, eles pareciam muito próximos e isso continuou depois que William se casou com sua namorada de longa data, Kate Middleton, em 2011. Mas após o casamento de Harry em 2018 com Meghan, uma atriz americana, o relacionamento começou a estremecer.

Harry disse em uma entrevista de 2019 que ele e seu irmão estavam seguindo “caminhos diferentes”. Um ano depois, ele e Meghan anunciaram sua mudança para os Estados Unidos.

Em uma entrevista explosiva do casal a Oprah Winfrey, em março de 2021, Meghan garantiu que Catherine a fez chorar. Eles também alegaram que um membro da realeza, que não identificaram, especulou sobre a cor da pele do futuro filho do casal, já que Meghan é afrodescendente.

William reagiu dizendo que a família real "não é nada" racista. As relações entre os irmãos estavam claramente distantes quando eles se encontraram novamente no ano passado para inaugurar uma estátua de sua mãe. Também não se encontraram para o Jubileu de Platina da Rainha em junho.

Recentemente, Meghan disse à revista The Cut que agora se sente "livre" para contar sua própria história, que alguns viram como uma ameaça disfarçada à monarquia.

A direção da Premier League anunciou nesta sexta-feira que adiou a rodada do Campeonato Inglês deste fim de semana, em respeito e homenagem à morte da rainha Elizabeth II, na quinta. A entidade não revelou a nova data das partidas, que seriam disputadas entre sábado e segunda-feira.

"Em uma reunião nesta manhã, a Premier League homenageou Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. Para honrar sua extraordinária vida e contribuição à nação, e como uma demonstração de respeito, a rodada deste fim de semana do Campeonato Inglês será adiada, incluindo o jogo marcado para segunda-feira", anunciou a liga inglesa.

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O adiamento da sétima rodada do Inglês já era esperado desde o dia anterior, após o anúncio oficial da morte da rainha. A Premier League, que organiza a competição, e os clubes fizeram homenagens a ela nas redes sociais, mas não se manifestaram oficialmente sobre a possibilidade de adiamento, confirmado nesta sexta.

"Nós e nossos clubes gostaríamos de prestar homenagem ao longo e inabalável serviço que Sua Majestade prestou ao nosso país", disse Richard Masters, principal executivo da Premier League. "Como nossa mais longeva monarca, ela foi uma inspiração e deixa para trás um incrível legado por ter uma vida de dedicação."

Antes, a Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) e a English Football League (EFL) também anunciaram o adiamento dos seus jogos. A EFL administra as divisões inferiores do futebol inglês.

Após a morte da rainha Elizabeth II, monarca britânica por sete décadas, os próximos dias até o funeral na Abadia de Westminster em Londres estão planejados de maneira precisa.

O momento histórico e repleto de emoção foi planejado meticulosamente durante anos e seus detalhes eram revisados com frequência no plano "London Bridge" (Ponte de Londres).

O protocolo, no entanto, muda com o falecimento da rainha na quinta-feira (8) e começa a operação 'Unicórnio'.

Apenas o novo rei Charles III poderá decidir sobre determinados aspectos, mas é possível fazer um resumo das próximas etapas com base nas opiniões de especialistas e nas indiscrições da imprensa britânica.

- Sexta-feira, 9 de setembro -

O rei Charles III e sua esposa Camila devem retornar a Londres depois de passar a noite em Balmoral, a residência escocesa onde Elizabeth II faleceu na quinta-feira.

O novo monarca deve ter sua primeira audiência com a primeira-ministra britânica, Liz Truss, que foi designada na terça-feira pela falecida rainha para formar o governo.

O soberano deve finalizar os últimos detalhes dos funerais, a duração do luto para a família real - que prosseguirá por até sete dias após o funeral - e o governo confirmará quantos dias vai durar o luto nacional, provavelmente entre 12 ou 13. O dia do enterro, que ainda não foi definido, será feriado.

As bandeiras britânicas serão hasteadas a meio mastro, os sinos das igrejas tocarão em Londres ao meio-dia e 96 salvas de canhão serão disparadas em memória da soberana, uma para cada ano de vida.

A primeira-ministra e os membros de seu governo devem comparecer a uma cerimônia religiosa "improvisada" na catedral londrina de St. Paul.

- Sábado, 10 de setembro -

Um conselho de autoridades se reunirá durante a manhã no Palácio de St. James de Londres e proclamará Charles III como novo rei.

A proclamação é feita pela principal figura da nobilíssima Ordem da Jarreteira e por alguns arautos em carruagens que devem ler o texto em Trafalgar Square e na sede da Bolsa Royal Exchange.

O Parlamento promete lealdade e expressa condolências.

O novo rei recebe durante a tarde a primeira-ministra e os principais ministros.

- Domingo, 11 de setembro -

O caixão da rainha é levado ao Palácio de Holyroodhouse em Edimburgo, a residência oficial dos monarcas na Escócia.

As administrações descentralizadas da Escócia, Gales e Irlanda do Norte proclamam o novo rei.

- Segunda-feira, 12 de setembro -

O caixão deve ser levado em procissão para a catedral de Saint Giles, com uma cerimônia religiosa na presença de membros da família real.

Sessão de condolências no Palácio de Westminster com a presença do novo rei.

Durante a tarde, Charles deixa Londres e visita Escócia, Gales e Irlanda do Norte.

- Terça-feira, 13 de setembro -

O caixão com o corpo da rainha chega de avião a Londres e segue para o Palácio de Buckingham.

- Quarta-feira, 14 de setembro -

Procissão pelo centro de Londres para transportar o caixão do Palácio de Buckingham até Westminster. O corpo da monarca permanecerá no local por quatro ou cinco dias em um catafalco de cor púrpura em Westminster Hall.

Os britânicos poderão visitar o local e apresentar condolências durante 23 horas por dia. Milhares de pessoas devem passar pelo local.

- Segunda-feira, 19 de setembro -

Possível funeral de Estado na Abadia de Westminster com autoridades de todo o mundo.

A família real deve caminhar atrás do caixão.

O país vai parar durante dois minutos de silêncio.

Após a cerimônia, a rainha será enterrada em um evento particular na Capela de St. George do Castelo de Windsor, a 37 quilômetros da abadia, ao lado do marido, o príncipe Philip.

Quem pode, pode! Após tantos anos de muitos sucessos, Madonna continua surpreendendo seus fãs com recordes. Recentemente, a cantora se consagrou como a primeira mulher a entrar na lista dos dez melhores álbuns da Billboard 200 a cada década desde os anos 80

O compilado de remixes, Finally Enough Love, foi lançado e já estreou em oitavo lugar nas paradas. Mas, no passado, Madonna conseguiu emplacar mais de 20 álbuns. Só em 1980, ela registrou um total de cinco no top dez: Madonna , Like a Virgin , True Blue , trilha sonora de Who's That Girl e Like a Prayer. Em 1990, ela emplacou: I'm Breathless: Music From and Inspirado no filme Dick Tracy , The Immaculate Collection , Erotica , Bedtime Stories , Something to Remember. Em 2000: Music , GHV2: Greatest Hits Volume 2 , American Life , Confessions on a Dance Floor , Hard Candy e Celebration. E nos anos 10: Sticky & Sweet Tour , MDNA , Rebel Heart e Senhora X.

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A rainha Elizabeth II fez uma aparição surpresa neste domingo (5) na varanda do Palácio de Buckingham, onde acenou para a multidão e fechou com chave de ouro o último dia de comemorações por seus 70 anos de reinado.

Vestida de verde, a soberana de 96 anos, ausente da maioria dos eventos de seu jubileu de platina, apareceu acompanhada de seus herdeiros Charles e William, com esposas e filhos, antes do hino britânico 'God Save the Queen'.

Em razão de sua saúde, após duas breves aparições públicas na quinta-feira, a monarca não compareceu ao serviço religioso na sexta-feira, ou às suas amadas corridas de cavalos no sábado, nem ao concerto em frente ao seu palácio, e não falou publicamente.

"Não existe um manual para comemorar 70 anos como rainha" porque "é algo inédito", disse depois a soberana em uma mensagem divulgada pelo Palácio de Buckingham, na qual se declarou "humilde e profundamente comovida pelo fato de tantas pessoas terem saído às ruas para celebrar o jubileu de platina".

"Embora não tenha comparecido pessoalmente a todos os eventos, meu coração esteve com todos vocês e sigo comprometida a lhes servir da melhor maneira possível, com o apoio da minha família", acrescentou.

Sua aparição não havia sido anunciada e foi objeto de especulação durante todo o desfile concluindo seu jubileu pelo centro de Londres, que viu uma sucessão de carruagens douradas de 260 anos, soldados em trajes cerimoniais vindos de toda a Commonwealth, depois atores, dançarinos e até fantoches de corgis, seus cães favoritos, para um desfile carnavalesco.

Foi apenas quinze minutos antes de sua aparição que o suspense terminou: a bandeira foi hasteada no topo do mastro sobranceiro ao palácio, sinal de que a monarca está presença, para o delírio do público presente.

O evento encerra quatro dias de celebrações, um parêntese para os britânicos em um momento de inflação descontrolada e escândalos políticos, com uma moção de desconfiança cada vez mais iminente contra o primeiro-ministro Boris Johnson.

- Marionetes de corgis -

Apesar do clima chuvoso, dezenas de milhares de pessoas participaram de almoços e piqueniques entre vizinhos, celebrando com alegria o reinado histórico de uma rainha extremamente popular, próxima e misteriosa, símbolo tranquilizador de estabilidade em um século de grandes convulsões.

Em Windsor, 488 mesas foram colocadas na entrada para o castelo onde a rainha reside, enquanto o príncipe Charles e sua esposa Camilla se juntaram para almoçar em um campo de críquete.

Apesar de sua ausência no concerto organizado em sua homenagem na noite de sábado, Elizabeth II, conhecida por seu senso de dever, mas também por seu humor, reservou uma boa surpresa para seus súditos.

Ela gravou um pequeno vídeo em que toma chá com Paddington Bear, ícone da literatura infantil britânica. Ela então bateu com uma colher de prata sua xícara de porcelana, sincronizando com a abertura do show.

A audiência do evento atingiu um pico de 13,4 milhões de espectadores na BBC, um sinal da força da monarquia em um país muito dividido nos últimos anos devido ao Brexit.

- "Sabor de despedida" -

Muitos dos participantes das festividades tinham consciência da dimensão histórica do momento.

Nunca um monarca britânico reinou por tanto tempo e é improvável que esse recorde de 70 anos seja quebrado no futuro, dada a idade de seus herdeiros.

"Inevitavelmente, essas comemorações tiveram um sabor de despedida", comentou o colunista Tony Parsons no tablóide The Sun.

"Houve uma alegria genuína nos últimos dias. Mas também há uma forte consciência de que nunca veremos um monarca assim novamente".

O Observer, um jornal de esquerda, considerou que este jubileu fez parte "de uma longa despedida que começou com a sua presença solitária no funeral do (marido) príncipe Philip no ano passado".

A transição está em andamento e, embora a rainha não tenha intenção de abdicar, fiel à sua promessa em 1947 de servir seus súditos por toda a vida, ela os está preparando para o que vem a seguir. Seu herdeiro, Charles, a representa cada vez mais.

A sucessão promete ser delicada: Charles é muito menos popular que sua mãe, com 50% de opiniões favoráveis contra 75%.

Apenas 32% dos britânicos acham que ele será um bom rei (YouGov, abril de 2022).

E a monarquia se viu desafiada durante as recentes viagens de membros da família real sobre o passado escravocrata do Império Britânico.

O príncipe Harry e sua esposa Meghan visitaram a rainha Elizabeth II nesta quinta-feira(14) a caminho da Holanda, onde participam de uma competição esportiva para feridos de guerra, informou um porta-voz do casal.

Vários meios de comunicação britânicos indicaram que a reunião foi no Castelo de Windsor, a cerca de 40 km de Londres.

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A visita acontece poucos dias após o aniversário de 96 anos da soberana, que perdeu o marido, o príncipe Philip, há um ano.

O casal foi criticado pelos tabloides ingleses por não comparecer a uma missa em memória do avô de Harry, realizada na Abadia de Westminster, em 29 de março.

Harry, 37 anos, e sua esposa Meghan Markle, 40 anos, decidiram há dois anos se distanciar da família real britânica e morar na Califórnia. Desde então, não voltaram para o Reino Unido juntos.

O casal seguia para Haia, onde participa dos Jogos Invictus.

Após seu afastamento da família real, o governo britânico retirou a proteção da polícia pública do duque e da duquesa de Sussex em suas visitas ao Reino Unido, uma decisão que Harry contestou no tribunal.

A rainha Elizabeth II reconheceu nesta quarta-feira (16) que tem dificuldade para "se mover", durante sua primeira audiência presencial desde que se encontrou oito dias atrás com seu herdeiro, o príncipe Charles, que mais tarde testou positivo para covid-19.

Elizabeth II recebeu o major-general Eldon Millar, encarregado da ligação entre a rainha e as forças armadas, e seu antecessor, o contra-almirante James Macleod, no Castelo de Windsor, residência do monarca localizada a cerca de 40 quilômetros a oeste de Londres.

Mais tarde, o Palácio de Buckingham divulgou um vídeo da reunião, na qual a monarca é vista dando as boas-vindas a eles de pé, sorrindo, usando um vestido estampado e carregando uma bengala.

"Como você pode ver, é difícil para mim me mover", diz a soberana, de 95 anos, apontando para o pé ou perna esquerda.

Apesar dessa dificuldade e do fato de parecer muito magra, a aparência da rainha buscava enviar um sinal tranquilizador sobre seu estado de saúde, em um momento difícil para a monarquia britânica.

Seu terceiro filho, o príncipe Andrew, chegou a um acordo financeiro para encerrar um processo nos Estados Unidos por agressão sexual de um menor e, na quarta-feira, a Scotland Yard anunciou que abriu uma investigação relacionada à fundação do príncipe Charles.

Na terça-feira, os novos embaixadores da Espanha, José Pascual Marco Martínez, e da Estônia, Viljar Lubi, foram entrevistados por videoconferência.

O príncipe de Wales, de 73 anos, herdeiro do trono, testou positivo para covid-19 pela segunda vez na última quinta-feira, dois dias depois de encontra a mãe em Windsor. Sua esposa Camila também testou positivo logo depois e o casal está em quarentena desde então, de acordo com seu serviço de imprensa.

Fontes reais disseram então que Elizabeth II não apresentava sintomas, mas não especificaram se foi realizado um teste de coronavírus.

A rainha Elizabeth II celebra neste domingo (6), em cerimônia íntima, 70 anos de reinado e marcou o momento com o inesperado anúncio de que quer que Camilla, a esposa do príncipe Charles, seja rainha consorte quando, chegado o momento, seu filho se tornar rei.

Em uma mensagem escrita com motivo de seu jubileu de platina, um marco que nenhum monarca britânico alcançou antes, a rainha, de 95 anos, expressou seu "sincero desejo" de que Camilla "seja conhecida como rainha consorte" quando o príncipe Charles, de 73 anos, subir ao trono.

Até agora, nunca havia dito nada sobre o assunto, que foi objeto de polêmicas intermináveis durante anos.

Um porta-voz disse que Charles e Camilla estavam "emocionados e honrados pelas palavras" da rainha, que também destacou o "trabalho leal" da duquesa de Cornualles.

O caráter histórico do acontecimento não muda a tradição, que não prevê nenhuma cerimônia oficial.

Geralmente, a rainha costuma passar esse dia na propriedade real de Sandringham, ao norte de Londres.

A imprensa britânica elogiou neste domingo a futura "rainha Camilla", o que "encerra anos de especulações", como destaca o Daily Mail.

Por sua vez, o primeiro-ministro Boris Johnson homenageou neste domingo a rainha Elizabeth, que "em sete décadas de reinado mostrou um inspirador sentido de dever e uma devoção inabalável a esta nação".

O dia 6 de fevereiro costuma ser agridoce para Elizabeth II porque, além de sua ascensão ao trono aos 25 anos de idade em 1952, é também a data da morte de seu pai, o rei George VI, a quem era muito apegada, de um câncer de pulmão.

Este ano é também o primeiro em que celebrará seu aniversário de reinado sem seu querido marido, o príncipe Philip, que morreu em abril de 2021 aos 99 anos.

A monarquia enfrenta um período tenso entre as acusações de agressão sexual contra seu filho, o príncipe Andrew, e a mudança para os Estados Unidos de seu neto Harry com sua esposa Meghan.

- "Receita para uma rainha perfeita" -

Antes de viajar para Sandringham, a rainha analisou no Castelo de Windsor os objetos e mensagens que recebeu pelos seus jubileus anteriores, segundo o Palácio de Buckingham.

Entre eles, um cartão feito com tampas de garrafa e uma "receita para uma rainha perfeita" idealizada por uma criança.

"É muito divertido", reagiu segundo a agência PA, sobre a receita que pede "500 ml de sangue real", "um pouco de joias" e "uma pitada de lealdade".

Vestida com um traje de cor turquesa e com um duplo broche de diamantes que ganhou de presente de seu pai, Elizabeth II também viu as primeiras sobremesas criadas em um concurso do jubileu de platina.

No sábado, deu uma recepção em sua residência em Sandringham para os membros da comunidade local e grupos de voluntários.

Entre os convidados estava a ex-cozinheira Angela Wood, que contribuiu para a criação do "Coronation chicken" ou "Frango Rainha Elizabeth", agora um clássico da gastronomia britânica, frango frio coberto por molho curry cremoso.

A monarca possui uma grande popularidade no país, apesar de suas aparições serem cada vez mais escassas desde que sofreu problemas de saúde no outono boreal.

Para comemorar a ocasião, moedas comemorativas foram cunhadas e oito selos que a representam em diferentes momentos de seu reinado foram emitidos.

Em breve, seu retrato será projetado em telas gigantes em várias cidades do país.

Na segunda-feia, uma salva de 42 canhões será disparada no centro da capital.

Em contraste com essas homenagens discretas, no início de junho foram anunciados quatro dias de festejos em todo o Reino Unido, muito esperados pelos britânicos.

"Trooping the Colour", a cerimônia que celebra oficialmente seu aniversário todo ano, acontecerá durante o longo fim de semana festivo.

Será uma reconstituição histórica dos 70 anos de reinado de uma monarca que passou por diferentes épocas e diferentes crises. O desfile vai misturar tradição britânica, história e artistas de rua.

A rainha Elizabeth II, de 95 anos, não comparecerá a uma cerimônia oficial prevista para este domingo (14) em Londres devido a sei estado de saúde, anunciou o Palácio de Buckingham.

"A rainha, que sofreu uma torção nas costas, decidiu esta manhã com grande pesar que não poderá comparecer ao culto do domingo de Recordação no Cenotáfio", afirma um comunicado do palácio.

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O Palácio de Buckingham havia informado na quinta-feira que a monarca tinha a intenção de participar na cerimônia, uma homenagem às vítimas da guerra.

"Sua Majestade está desapontada por perder a cerimônia religiosa", completa a nota do palácio.

Obrigada nas últimas semanas a repousar por ordens médicas, a rainha cancelou sua presença em vários eventos públicos.

Seu filho e herdeiro do trono, o príncipe Charles, que completa 73 anos neste domingo, depositará uma coroa de flores em nome de sua mãe no Cenotáfio, um monumento de guerra no centro de Londres, como tem feito desde 2017.

O cancelamento da presença de Elizabeth II pode provocar novas preocupações dos britânicos pela saúde da rainha, que em outubro passou uma noite no hospital depois de ser submetida a exames médicos.

Apenas cansaço por uma agenda movimentada aos 95 anos ou afetada por uma doença grave? Elizabeth II passou a noite no hospital para fazer "exames", mas o sigilo do palácio real provocou dúvidas sobre o estado de saúde da monarca.

Em um breve comunicado, o Palácio de Buckingham anunciou na quinta-feira à noite que a rainha foi internada em Londres na quarta-feira para ser submetida a exames médicos e só retornou ao castelo de Windsor no dia seguinte.

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O palácio destacou que a soberana "mantém um bom estado de ânimo", mas a casa real só reagiu depois que o jornal The Sun vazou a notícia.

Segundo o tabloide sensacionalista, Elizabeth II permaneceu no hospital de Londres porque estava muito tarde para voltar à residência de Windsor, que fica 40 km ao oeste da capital.

Mas o assunto provocou sentimentos de indignação, dúvidas e preocupação depois que, apesar da idade avançada, a rainha compareceu a 15 atos oficiais nas duas semanas após o fim de suas férias na Escócia, algumas vezes com três compromissos em apenas um dia.

"Fontes reais tentaram passar a impressão de que foi apenas um excesso, mas agora pode custar mais para convencer a opinião pública", destacou Richard Palmer, correspondente real do Daily Express, antes de recordar que a expressão "'bom estado de ânimo' é um clichê do palácio".

"Boatos e desinformação"

A casa real anunciou na quarta-feira que a monarca aceitou "a contragosto" o conselho médico para repousar durante os próximos dias, o que provocou o cancelamento de uma visita à Irlanda do Norte no centenário da criação desta região britânica.

O correspondente real da BBC, Nicholas Witchell, denunciou que "os funcionários do Palácio de Buckingham não apresentaram uma imagem completa e razoável do que acontecia" e lamentou ter feito com que seus espectadores acreditassem que a chefe de Estado, uma das personalidades mais populares do mundo, estava descansando em sua residência quando na realidade era levada para um hospital.

Ele classificou de "problema a ausência de boa informação confiável", porque faz com que os "boatos e a desinformação proliferem". Também questionou se "podemos confiar no que o palácio nos fala agora".

Para os que conhecem Elizabeth II, como Robert Hardman, que dirigiu documentários sobre a rainha, ela "odeia que as pessoas prestem muita atenção em geral, mas sobretudo no que diz respeito a sua saúde".

Também "acredito que buscam manter uma certa dignidade do cargo e sei que um dos motivos pelos quais não se falou nada sobre a visita ao hospital foi para evitar uma tempestade de câmeras de televisão nas portas da clínica", completou.

Reuniões e recepções

A agência de notícias britânica PA afirmou na quarta-feira que o conselho médico para repouso não estava relacionado com o coronavírus, contra o qual a rainha está vacinada há meses.

Apesar de sua idade avançada, da morte de seu marido, Philip, em abril, e da pandemia de covid-19, Elizabeth II, que completará 70 anos como monarca em 2022, tem comparecido incansavelmente nos últimos meses a eventos públicos.

Ela pretende participar ao lado do filho Charles, de 72 anos, e seu neto William, de 39, respectivamente primeiro e segundo na linha de sucessão ao trono, na COP26, a grande conferência da ONU sobre a mudança climática, que começa no início de novembro na cidade escocesa de Glasgow.

Em junho, a rainha compareceu à reunião de cúpula do G7 celebrada no sudoeste da Inglaterra e recebeu em Windsor o presidente americano Joe Biden.

Pela primeira vez desde 2004, na semana passada Elizabeth II foi vista caminhando em público com o auxílio de uma bengala.

Mas na terça-feira ela apareceu sem o objeto ao lado do primeiro-ministro Boris Johnson em uma recepção para dezenas de líderes empresariais reunidos em Londres para a Cúpula de Investimento Global, entre eles o fundador da Microsoft Bill Gates.

Aparentemente em boa forma, muito sorridente e sem máscara, Elizabeth II apertou a mão de todos e convidou com os convidados.

A morte do marido da Rainha Elizabeth II, dois meses antes dos 100 anos, deixou "um grande vazio" para a vida de quem era sua esposa há 73 anos, a rainha Elizabeth II, segundo seu filho Andrew afirmou após uma missa neste domingo.

O príncipe Philip, conhecido pelo seu caráter forte, pela sua franqueza, comprometimento com a monarquia e o país, marca uma mudança de época para várias gerações de britânicos, habituados a ver a soberana acompanhada fielmente pelo marido.

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A rainha descreve o momento como "um grande vazio em sua vida", segundo declarou seu filho Andrew em resposta à questionamentos da televisão britânica neste domingo, citando a monarca.

"É quase como se perdêssemos o avô da nação e sinto muito, apoio minha mãe, que provavelmente está sentindo isso mais do que qualquer outra pessoa", acrescentou o terceiro filho do casal.

Andrew, de 61 anos, muitas vezes considerado o filho preferido de Elizabeth II, deixou a família real em 2019 por causa de sua amizade com o financista americano Jeffrey Epstein, acusado de exploração sexual de menores.

O retorno do príncipe Harry a Londres por ocasião do funeral de seu avô, o príncipe Philip, também aumenta a esperança de uma reconciliação familiar depois que o filho mais novo do príncipe Charles mudou-se para os Estados Unidos.

O ex-primeiro-ministro John Major disse à BBC que "esperava" que os "atritos" diminuíssem "o mais rápido possível", considerando que "a dor compartilhada (...) representa uma oportunidade ideal".

O príncipe Charles declarou no sábado que tanto ele quanto a família real "sentem muita falta" de seu pai, a quem descreveu como uma "pessoa muito especial".

O funeral do príncipe Philip será realizado no sábado no Castelo de Windsor, a oeste de Londres, e será restrito ao círculo familiar devido à pandemia. Poderão assistir apenas 30 pessoas, que devem incluir os quatro filhos de Philip e Elizabeth II (Charles, Anne, Andrew e Edward), seus companheiros e filhos.

Dor compartilhada

Um ano após a surpreendente partida do príncipe Harry e sua esposa, Meghan, que concederam uma polêmica entrevista na televisão americana há um mês, o funeral pode ser uma oportunidade para estreitar laços e curar feridas, segundo a imprensa britânica comentou neste domingo.

Harry viajará da Califórnia, mas sua esposa, Meghan (39 anos), não o acompanhará, pois seu médico a aconselhou a não fazê-lo porque está grávida de seu segundo filho, segundo o Palácio de Buckingham.

Será a grande volta do filho caçula de Charles e Diana desde a polêmica entrevista que concedeu com a esposa à apresentadora americana Oprah Winfrey em 7 de março, na qual acusou a monarquia de não tendo prestado apoio à sua esposa, que, por sua vez, mencionou ter até pensamentos suicidas.

Ambos garantiram que um membro da família real havia se comportado de forma racista ao se perguntar sobre qual cor da pele o filho deles teria, mas longe das câmeras especificaram que não teria sido nem a rainha ou seu marido.

Harry, de 36 anos, também se declarou "verdadeiramente decepcionado" com a falta de apoio do pai e revelou que havia se afastado do irmão, William.

Desde que se retirou da família real, há mais de um ano, o príncipe Harry não voltou a pisar no Reino Unido.

No próximo sábado, Harry e William seguirão o caixão do avô a pé até a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, onde será realizada a cerimônia. Esse momento lembrará as imagens dos dois irmãos, acompanhados do pai, caminhando atrás do caixão de sua mãe, Diana, após sua morte em 1997.

"Ambos têm plena consciência de sua história comum e sem dúvida se lembrarão do impacto que seu avô teve em suas vidas. Em uma ocasião como esta, quando os irmãos se juntam ao luto, há esperança de que deem um novo rumo", ressaltou uma fonte da monarquia ao tabloide britânico "The Mirror".

Em sua entrevista para a rede CBS, "a intenção de Enrique nunca foi machucar seus avós, apenas para explicar por que ele decidiu partir", o colunista Bryony Gordon o defendeu no jornal The Telegraph.

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) publicou nesta sexta-feira (9) uma nota de pesar à rainha Elizabeth II pela morte de seu esposo, o príncipe Philip. Em sua conta no Twitter, o político apresentou a carta endereçada ao Palácio de Buckingham em inglês e em português.

“Vossa Majestade, escrevo com grande respeito, do Brasil para oferecer minhas condolências pela morte de Sua Alteza Real, o Príncipe Philip. Faço-o na condição de cidadão brasileiro que atua para ajudar a abrir, para nosso país, um rumo alternativo capaz de ganhar amplo apoio no povo brasileiro.”, diz a carta.

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O político homenageia o príncipe por seus ideias de preservação do meio ambiente. “O Príncipe Philip era admirado por muitos no Brasil por seu compromisso com a preservação do planeta e de suas muitas formas de vida. Como guardiães das maiores reservas de água doce e biodiversidade na terra, dentro e fora da maior floresta tropical do mundo, estamos no Brasil determinados a andar na direção das esperanças do Príncipe Philip.”

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O pedetista encerra a mensagem abrangendo toda a família real. “Queira aceitar, e transmitir a toda a família real, condolências que encontram arrimo no compartilhamento de um ideal. Respeitosamente, Ciro Gomes”, finaliza.

Desde sua publicação na rede social, muitos seguidores comentaram a atitude do político. “Quem admirava o príncipe Philip no Brasil mesmo, Ciro? A "família real" herdeira do trono de lugar nenhum? :P”, replicou um usuário. “Ciro Gomes ainda não decidiu se é britânico ou parisiense”, disse uma outra conta.

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