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A partir desta sexta-feira (29), o Brasil deixará o grupo de trabalho que discute temas de educação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o país passará a fazer acordos através de reuniões bilaterais com as demais nações do bloco. 

Na opinião do ministro da Educação, Abraham Weintraub, as reuniões do grupo são caras e ineficientes. “Quem participa das reuniões recebe diárias, recebe custas, recebe tudo, discute-se um monte de coisa e nos últimos 28 anos quando a gente vai buscar os resultados eu não tenho o que mostrar”, disse o ministro. 

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Weintraub também destacou que o Brasil não está saindo do Mercosul, apenas deixando de participar das reuniões para dar preferência a acordos bilaterais. “O impacto disso será economia de recursos para o pagador de imposto”, afirmou o ministro.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), as parcerias que já existem entre o Brasil e países do Mercosul serão mantidas sem prejuízo às partes envolvidas. Ainda de acordo com o MEC, representantes das demais nações do bloco já foram comunicados da decisão pelo ministro em uma reunião realizada na sede da pasta, em Brasília (DF).

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Brasília – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comemorou a entrada do país no Mercosul. A incorporação será oficializada nesta terça-feira (31), durante uma cúpula extraordinária, que contará coma presença de Dilma Rousseff, do presidente uruguaio, Pepe Mujica, e da presidenta argentina, Cristina Kirchner. Como o Paraguai está suspenso – decisão tomada após o impeachmeant do então presidente Fernando Lugo – o país não será representado na reunião.

Entre os planos de negócios com o Brasil está a exportação de petróleo cru para o País. Dona de uma das maiores reservas mundiais de petróleo, a Venezuela chegará a produção diária de 3,5 milhões de barris.“Propusemos hoje [ontem] e a presidenta se mostrou muito interessada que a Venezuela exporte petróleo cru ao Brasil. O Brasil ainda importa petróleo e nós estamos incrementando nossa produção”, disse Chávez, na madrugada desta terça, quando deixava o Palácio da Alvorada, residência oficial de Dilma, após uma longa reunião com a presença de vários ministros. Nesta manhã, Dilma assinou um contrato de venda de jatos da Embraer para a Venezuela. O consórcio entre a Embraer e a venezuelana Conviasa envolve a venda imediata de seis aeronaves e opção de compra de outras 14.

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Chávez também mostrou-se satisfeito com a integração ao Mercosul, que, segundo ele, irá fortalecer o bloco. “Esperamos este dia por muitos anos. Para a Venezuela é muito importante, porque esse é o nosso rumo, é o nosso projeto, a união sul-americana. E para o Mercosul uma porta gigantesca se abriu. O Mercosul agora é Caribe. É um passo histórico e reformará completamente a união sul-americana”, avaliou.

Apesar de a cerimônia de incorporação da Venezuela ao Mercosul acontecer nesta quinta, na prática isso só acontecerá no dia 13 de agosto, quando todos os prazos tiverem sido cumpridos, segundo as normas do Mercosul.

De acordo com o Itamaraty, com o ingresso da Venezuela, o Mercosul contará com uma população de 270 milhões de habitantes (70% da população da América do Sul), um PIB de US$ 3,3 trilhões (83,2% do PIB sul-americano) e um território de 12,7 milhões de km² (72% da área da América do Sul). A incorporação da Venezuela, ainda de acordo com o Itamaraty, altera o posicionamento estratégico do bloco, que passa a estender-se do Caribe ao extremo sul do continente e torna-se potência energética global tanto em recursos renováveis quanto em não renováveis.

No final de junho, quando assumiu a presidência pro tempore do Mercosul, Dilma convidou outros países para se unirem ao bloco e reafirmou o compromisso com a democracia. “Nós temos, na constituição do Mercosul, um compromisso democrático fundamental, que é aquele que prima por respeitar os princípios do direito de defesa, é aquele que prima por rejeitar ritos sumários e zelar para que a manifestação dos legítimos interesses dos povos dos nossos países sejam assegurados”, frisou

O Equador e a Bolívia já articulam a incorporação ao Mercosul. As negociações com a Venezuela duraram seis anos e foi anunciada em junho, quando os presidentes do Brasil, Uruguai e Argentina também decidiram suspender temporariamente o Paraguai.

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