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O presidente Lula, a primeira-dama, Janja Lula da Silva e uma comitiva de oito ministros chegaram em Lisboa, Portugal, na manhã desta sexta-feira (21). O presidente brasileiro será recebido com honras de estado na manhã da segunda-feira (24) e terá um almoço com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. A expectativa é que do encontro entre os presidentes, que faz parte da primeira agenda de Lula na Europa, resulte na assinatura de pelo menos 13 acordos bilaterais.

Assim como fez em sua visita ao Estados Unidos, o foco no combate à fome no Brasil, também estrará em pauta de pleitos de Lula para o presidente de Portugal. O líder do Executivo brasileiro ainda abordará com Marcelo Rebelo questões de saúde, meio ambiente, mudança climática, transição energética, mobilidade e transporte, indústria 4.0, produção sustentável, tecnologias da informação e comunicações. Lula também tem agenda na reunião de Cúpula Brasil-Portugal. O encontro tem um significado importante por ser o primeiro desde 2016. 

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Pelo Instagram Lula falou dos compromissos que pretende celebrar na viagem. "Em Portugal para reconstruir e fortalecer relações entre os nossos países. Nessa visita oficial, assumiremos compromissos de cooperação nos mais diversos temas da agenda bilateral", escreveu na legenda da publicação com o vídeo de sua chegada. 

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Espanha 

Após a passagem por Portugal, que encerra no dia 25, Lula embarca para a Espanha, onde deve assinar mais quatro acordos bilaterais. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve assinar cerca de 20 acordos durante viagem à China que começa nesta semana. Um deles trata sobre a construção do CBERS-6, o sexto de uma linha de satélites construídos em parceria entre Brasil e China, que permite o monitoramento de biomas como a Floresta Amazônica mesmo com nuvens. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 10, em nota oficial do Palácio do Planalto.

Com embarque previsto para amanhã no período da manhã, o presidente deve chegar na quarta-feira ao país asiático. De acordo com o governo, a visita da comitiva brasileira à China começa no dia 13, em Xangai.

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Pela manhã, Lula participará da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco de fomento dos BRICS (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). À tarde, ele terá encontros com empresários, e à noite viajará para Pequim.

Na sexta-feira, 14, a agenda de Lula inclui uma reunião pela manhã com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo. Depois, o chefe do Executivo irá depositar flores em uma cerimônia na Praça da Paz Celestial. À tarde, o petista deve se encontrar com lideranças sindicais e depois voltará ao Grande Palácio do Povo, onde se reunirá com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, e em seguida será recebido em cerimônia oficial pelo presidente da China, Xi Jinping.

De acordo com a programação, será um encontro aberto, em uma cerimônia para a assinatura de acordos bilaterais. Após isso, haverá um encontro entre ambos os presidentes fechado. Em seguida, está prevista uma cerimônia de troca de presentes, registro de fotos e, por fim, um jantar oficial.

Lula irá à China acompanhado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).

Os governadores Jerônimo Rodrigues (Bahia), Elmano de Freitas (Ceará), Carlos Brandão (Maranhão), Helder Barbalho (Pará) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte) também integram a delegação brasileira.

A partir desta sexta-feira (29), o Brasil deixará o grupo de trabalho que discute temas de educação do Mercado Comum do Sul (Mercosul). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o país passará a fazer acordos através de reuniões bilaterais com as demais nações do bloco. 

Na opinião do ministro da Educação, Abraham Weintraub, as reuniões do grupo são caras e ineficientes. “Quem participa das reuniões recebe diárias, recebe custas, recebe tudo, discute-se um monte de coisa e nos últimos 28 anos quando a gente vai buscar os resultados eu não tenho o que mostrar”, disse o ministro. 

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Weintraub também destacou que o Brasil não está saindo do Mercosul, apenas deixando de participar das reuniões para dar preferência a acordos bilaterais. “O impacto disso será economia de recursos para o pagador de imposto”, afirmou o ministro.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), as parcerias que já existem entre o Brasil e países do Mercosul serão mantidas sem prejuízo às partes envolvidas. Ainda de acordo com o MEC, representantes das demais nações do bloco já foram comunicados da decisão pelo ministro em uma reunião realizada na sede da pasta, em Brasília (DF).

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Apesar da apreensão causada pela demora no processo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit pode abrir possibilidades comerciais para o Brasil. A avaliação é de especialistas que participaram, na segunda-feira (11), no Senado, de mais uma edição do “Encontro Interlegis”, que reuniu o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan, e o embaixador Carlos Perez, do Ministério das Relações Exteriores.

Perez trouxe uma visão otimista sobre o Brexit para o comércio exterior brasileiro. Existem atualmente, disse, 77 acordos bilaterais firmados entre o Brasil e o Reino Unido. De acordo com o ele, trata-se de uma relação duradoura e consolidada. Os investimentos brasileiros no Reino Unido vêm crescendo exponencialmente desde 2016, acrescentou. Ao todo são 1.700 empresas brasileiras investindo em solo britânico. O Reino Unido ocupa a oitava posição entre os maiores países investidores no Brasil. Na opinião de Perez, quando o Brexit se concretizar, devem surgir mais oportunidades para aprofundar o comércio bilateral.

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O embaixador Vijay Rangarajan admitiu as dificuldades em se costurar um acordo de saída da União Europeia e, ao mesmo tempo, preservar as relações com o continente sem fazer parte de uma estrutura supranacional. Ele afirmou existir um estado de ansiedade entre as forças políticas britânicas para se decidir o impasse do Brexit e, finalmente, cuidar da agenda doméstica.

Rangarajan explicou que, após a crise financeira global de 2008, o Reino Unido passou por um período de austeridade fiscal. O embaixador concluiu que existe uma necessidade de retomar investimentos em segurança pública, saúde, educação, assistência social para idosos e infraestrutura, após um longo período concentrado em questões de política externa.

Polarização

O diretor-executivo do Interlegis/ILB, Márcio Coimbra, explorou aspectos políticos do Brexit, pontuando que o processo de saída da União Europeia é marcado pela polarização, dentro de uma sociedade sempre conhecida pela prudência e consenso. Segundo ele, vivemos um momento histórico em que se discute a eficiência de organismos supranacionais na tarefa de solucionar questões internas dos países.

Coimbra ressaltou que debates com o do Brexit ajudam o corpo técnico do Senado, bem como senadores, a refletirem sobre a relevância e desdobramento de temas centrais da atualidade.

“Algo que nos auxilia muito na discussão das políticas que chegam aqui para deliberação e votação”, afirmou.

*Da Agência Senado

 

O Brasil e a Coreia do Sul assinaram, nesta sexta-feira (24), acordos de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia, educação, trabalho, tributação, micro e pequena empresa, desenvolvimento, indústria e comércio exterior, saúde e cooperação nuclear. As parcerias estão sendo firmadas por ocasião da visita da presidente da República da Coreia, Park Geun-hye, ao Brasil.

Os acordos bilaterais visam, entre outras questões, evitar evasão de divisas e dupla tributação de impostos sobre renda; comercialização tecnológica; intercâmbio de startups e de pesquisadores; fomento de projetos para ensino de programação de software; transferência de tecnologia entre empresas, instituições acadêmicas e institutos de pesquisa; promoção de projetos de pesquisa em conjunto e economia criativa.

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Um dos temas tratados entre a coreana e a presidente Dilma Rousseff foi o aprofundamento da parceria no âmbito do programa Ciência sem fronteiras. Desde 2012, 525 bolsistas brasileiros foram recebidos em universidades coreanas. Além disso, mais de 100 empresas têm oferecido estágios profissionalizantes para os estudantes brasileiros.

As companhias Vale e Koreaeximbank também assinaram um memorando de entendimento. A empresa coreana que “prover até US$ 2 bilhões em financiamento a projetos da Vale envolvendo empresas coreanas", segundo informações do governo brasileiro.

Na cerimônia de assinatura de atos, realizada no Palácio do Planalto, Dilma reforçou que o Brasil deseja ampliar e diversificar a relação entre os dois países. "Há espaço para novos esforços com vistas à diversificação do comércio bilateral", ressaltou. A presidenta reiterou o interesse brasileiro na abertura do mercado coreano para a carne suína do estado de Santa Catarina, que já é uma referência de qualidade para mercados exigentes como os dos EUA, do Japão e da China.

De Brasília, a comitiva coreana seguirá ainda nesta sexta para São Paulo, onde participará de encontro empresarial organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e pela Câmara Coreana de Comércio e Indústria (KCCI). No sábado (25), manterá encontros com empresários e com representantes da comunidade coreana, além de comparecer a evento cultural de música e moda coreanas.

O Brasil foi o primeiro país latino-americano a estabelecer relações diplomáticas com a República da Coreia, em 1959. Atualmente, o país é o maior parceiro dos coreanos na América Latina. Em 2014, o intercâmbio comercial bilateral foi da ordem de US$ 12 bilhões, o que posicionou a República da Coreia como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil na Ásia (depois da China e do Japão) e o sétimo no mundo. A Coreia do Sul é responsável por aproximadamente US$ 3 bilhões em investimentos no Brasil, principalmente nas áreas automotiva, de semicondutores e de siderurgia.

 

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