Tópicos | Brasileiro de Hóquei

A relação entre um clube e um torcedor é sempre rodeada de fortes emoções, mas alguns torcedores são privilegiados e acabam fazendo história no clube do coração. Um dos maiores exemplos disso em terras pernambucanas é o tetra campeão brasileiro de hóquei e campeão sul-americano de 2012 pelo Sport Club do Recife, Bruno Matos.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Bruno destrinchou sua longa carreira de mais de 30 anos. Falou ainda da relação de amor com o clube do coração, dos títulos conquistados e revelou uma mágoa com o fim da modalidade no Leão em 2019. O atleta também falou sobre a preparação para o mundial com a seleção brasileira disputado em Barcelona na Espanha.  

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"Meu pai tinha um amigo que era treinador de hóquei aqui no Sport, Walter Araújo. Ele sempre chamava meu pai para levar meu irmão mais velho para escolinha e acabou meu pai trazendo meu irmão e eu vinha acompanhar alguns treinos dele. Aí gerou a curiosidade, gerou à vontade, insisti até que com 5 anos eu comecei a treinar e até hoje estou com os patins nos pés, 34 anos depois, uma vida dedicada ao hóquei", explicou.

"Com 15 anos, 16 anos eu jogava futebol e hóquei aqui no Sport. Aí meu pai fez 'as duas coisas não dá não', eu muito inteligente escolhi o hóquei. Tinha potencial no futebol, mas a minha paixão, a minha vontade era está com os patins nos pés", completou.

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EUROPA

Mas apesar de iniciar muito cedo, Bruno só foi de fato se tornar um jogador depois da sua experiência europeia, segundo ele mesmo afirma. Foram cerca de oito anos em Portugal, uma potencia mundial na modalidade.

“Não tem nem comparação o jogador Bruno antes e depois da Europa. É completamente diferente, você tem toda uma estrutura. É como se fosse uma equipe de futebol só que para o hóquei. Você treina de manhã, treina a noite, tem preparação física, nutricionista, você um atleta de verdade. Eu voltei um jogador de hóquei, tanto que minhas grandes conquistas foram depois desse aprendizado”, confessou.

Bruno não sabia, mas sua experiencia em Portugal era o inicio da sua vitoriosa história no clube do coração. Sua evolução resultaria em quatro títulos brasileiro e um sul-americano inédito. E a família Matos mais uma vez marcaria seu nome na história do hóquei da equipe rubro-negra.

TíTULOS COM SPORT

"Assim que eu voltei de Portugal em 2010, três meses depois teve o brasileiro aqui no clube Português, o Sport não era campeão desde 1997 e a gente conseguiu conquistar esse título, os favoritos eram o Sertãozinho e o Português, que no Pernambucano a gente vinha perdendo todos os jogos. A gente se superou, teve um apoio grande da torcida que lotou as arquibancadas. Isso dá uma vontade a mais. Conseguimos surpreender. Eliminamos o Sertãozinho na semifinal no gol de ouro; foi um jogo bem dramático e na final a gente ganhou do Português", contou Bruno.

“Eu costumo dizer que em todas as grandes conquistas do hóquei um Matos vai estar presente. Meu pai foi diretor do departamento em 93 e 97 e meu irmão era jogador, depois eu segui com as grandes conquistas com o Mattos presente sempre", ressaltou.

Outro grande feito foi a do sul-americano de 2012. O torneio é o maior do continente. O Sport foi a segunda equipe brasileira a vencer a competição; a primeira foi o Sertãozinho. Mas Bruno afirmou que a confiança no título era pouca.

"Ninguém dos 10 atletas que saíram daqui para disputar o sul americano em Buenos Aires acreditava naquele título. Por mais que a gente vá para ganhar, mas a última conquista de time brasileiro tinha sido 1991 na época que o Sertãozinho era uma das potências mundiais. A gente foi para ser uma zebra e tentar surpreender e foi o que aconteceu”, disse.

Com carinho a lembrança da conquista foi relatada por Bruno: “A semifinal a gente jogou com o atual campeão, o Hurácan de Buenos Aires e na final outro time argentino. A gente ganhou a semifinal no gol de ouro, em um jogo dramático, e na final a gente estava com sentimento de dever cumprindo, foi sem peso para final em que também vencemos no gol de ouro”.

“A gente começou fazendo 4x0 com gols de rajada, parecia bem tranquilo, mas nada para o Sport é fácil, tem que ser dramático. Eles empataram, mas no segundo tempo da prorrogação conseguimos fazer o gol de ouro. Foi inesquecível”, lembrou.  

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JOGADOR E TREINADOR

Desde 2013, Bruno acumula a função de treinador da equipe. Apesar de ser incomum ele revela que não é a primeira vez que vê algo do tipo: “Eu tive um exemplo em Portugal no meu quinto e sexto ano que meu treinador era jogador também, Ricardo Santos no Candelária. Tirei muitas lições”, salienta. Porém, mesmo com o exemplo no caminho as dificuldades sempre aparecem.

"É bem complicado para saber gerir isso, é complicado para teu colega saber respeitar o Bruno jogador, o Bruno treinador. Saber que o Bruno jogador se brincar vai falhar talvez muito mais que qualquer outro jogador. Se você perguntar só jogar ou só ser treinador, eu prefiro só jogar", destaca.

SELEÇÃO

A carreira vitoriosa não foi tão vitoriosa assim com a camisa da seleção. O Brasil não está entre as seleções consideradas potencias na modalidade. Apesar disso Bruno é figurinha carimbada nas competições internacionais e segue para disputar o sétimo mundial da carreira, em Barcelona na Espanha.  

"A gente está com uma seleção bem mais experiente já que vai precisar de muita bagagem para disputar um mundial na Espanha. Me preparei muito para tentar ganhar o brasileiro com Sport e consequentemente a gente teve uma boa atuação e surgiu a convocação", celebrou.

MÁGOA COM SPORT

Mesmo declarado torcedor do Sport e com o nome marcado na história do clube o jogador revelou uma magoa. Dias antes da disputa do brasileiro em que o Leão ficou na segunda colocação, Bruno ficou sabendo que a modalidade tinha chegado ao fim.

"Foi uma surpresa triste. A gente ouviu falar muito sobre isso no início do ano que poderia acontecer e não aconteceu, então a gente pensou 'a crise vai passar'. Véspera de uma final de taça cidade do Recife, 15 dias antes do Brasileiro que a gente era o atual campeão e a gente ficou assustado. O Sport não é só futebol, é clube tradicional no hóquei, no futsal, no basquete. A gente acha que isso vai mudar, o clube não vai morrer para os esportes olímpicos e amadores”, cobrou.

"O Sport significa muito, tanto como torcedor como atleta. Eu acho que a minha identificação é essa ligação com futebol. Vou para Campina Grande, vou para Salvador, sou esse tipo de torcedor, estou sempre junto. Acho que isso favoreceu para eu ter essa identificação com hóquei que eu amo”, reconheceu.

“Você jogar pelo clube que você torce é bem diferente, você joga por amor e foi por amor que eu fui para o Brasileiro agora por exemplo, eu não ia deixar o clube na mão, meus companheiros na mão, apesar de ter sido demitido 15 dias antes da principal competição. É o amor que faz a gente relevar certas coisas e continuar brigando. Falando do brasileiro a gente nem tinha noção se ia, se não iria, se a modalidade ia acabar antes da gente e foi por pouco que não conseguimos o hexa. Com sacrifício por parte da diretoria da modalidade de alguns conselheiros e sócios do clube a gente conseguiu disputar o campeonato”, revelou.

Depois de todas as dificuldades impostas pelo clube com o fim da modalidade Bruno confessou que a ideia da aposentadoria é maior nesse momento: “Mexeu um pouco comigo essa situação de agora, mas eu vou esperar o mundial, tô focado. Vou ter 22 dias lá para pensar e aí eu decido se abandono ou se fico colaborando. Existe uma mágoa como as coisas aconteceram, da forma que aconteceu, vamos ver o que é que me espera”, reiterou.  

Por fim Bruno ainda deixou uma mensagem: “A esperança é que a modalidade não acabe né, que o departamento consiga apoio para se manter que consiga disputar pernambucano e representar o Brasil no Sul-americano”, concluiu.

 

O Brasileiro de Hóquei chegou ao fim para os atletas rubro-negros neste sábado (23). O Sport, que foi eliminado da final da competição na prorrogação, disputou o terceiro lugar com o anfitrião da competição, o Sertãozinho-SP e aplicou um sonoro 4x1 para garantir a medalha de bronze. Didi e Bruno Matos marcaram dois gols cada, para dar ao Leão uma última vitória antes de deixar o campeonato com uma boa campanha.

No total, foram seis partidas disputadas onde o Sport venceu cinco e perdeu apenas uma, já no gol de ouro. Agora, os rubro-negros voltam ao Recife para dar seguimento na temporada, o que inclui a continuação do Campeonato Pernambucano.

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O time de Hóquei sobre patins do Sport conquistou um importante resultado nesta quinta-feira (21). Os atletas do Leão não tiveram dificuldade para bater o Internacional de Santos por 4x1 em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro da categoria. A vitória sobre os paulistas garantiu o time rubro-negro na semifinal da competição, onde irá enfrentar a Portuguesa.

O jogo

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Os atletas leoninos saíram na frente com gols de Didi e Bruno Matos antes mesmo do intervalo. Na volta, o Inter até diminuiu, mas Emerson Pirão marcou outros dois tentos para selar a classificação à próxima fase.

O embate com a Portuguesa já será realizado nesta sexta-feira (22), às 19h30, em Sertãozinho-SP, onde está sendo realizado o Campeonato Brasileiro. O Sport está com 100% de aproveitamento no torneio até o momento. Foram quatro vitórias em quatro jogos disputados. A final do Brasileiro será no sábado e o Leão é favorito para chegar na decisão, pois já bateu o próximo adversário na primeira fase por 4x1.

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Dando sequência ao calendário dos esportes amadores locais, começa, nesta terça-feira (13), a 39ª edição do Campeonato Brasileiro de Hóquei. A competição segue até o próximo sábado (17) e terá como palco o ginásio da modalidade na Ilha do Retiro, que receberá a disputa pela quarta vez em sua história. Além do anfitrião Sport – atual bicampeão nacional e detentor de cinco títulos no total –, mais dois times pernambucanos participarão do torneio: Clube Português, tetracampeão, e Náutico. Completando a tabela de inscritos, aparecem Portuguesa-SP, Internacional-SP e Mogiana-RJ. 

Durante a semana, a competição seguirá o modelo do ‘todos contra todos’. Após as partidas classificatórias, as duas equipes com melhores campanhas avançarão à final do sábado. Na terça-feira, a abertura da disputa, que garante vaga no Campeonato Sul-Americano para o vencedor, ficará por conta da seguinte sequência de confrontos: Náutico x Mogiana, às 18h30, Sport x Portuguesa, às 20h30, e Clube Português x Internacional, às 22h.

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Em meio aos atletas da modalidade, a cada ano que se passa, a expectativa aumenta quanto ao nível da competição. Neste ano, há uma baixa de peso na lista de inscritos. O Sertãozinho-SP, maior campeão nacional e único time que havia disputado todas as edições do torneio, ao lado do Sport, ficou de fora. Questões internas do clube paulista à parte, o fato é que o padrão do discurso não mudou. Capitão do Sport e dono de um currículo com 27 anos de experiência no hóquei, o atacante leonino José Neto reverbera a opinião comum entre os jogadores. “Acho que será a edição mais equilibrada do Brasileiro. Todo mundo trouxe reforços de qualidade. Inclusive, foram contratados argentinos pela maioria dos candidatos ao título”, explanou o rubro-negro.

Neto fez questão de ressaltar a presença dos hermanos porque a Argentina pode ser considerada, atualmente, a segunda maior potência do hóquei mundial, ficando atrás apenas da Espanha. Com relação aos estrangeiros do país vizinho, pelo lado do Sport, foi contratado o médio Fabrício Marimont, o Chula, que venceu os últimos dois Brasileiros pelo Leão. Na Portuguesa, o médio Davi Paes vem como principal aposta da equipe e, fechando os destaques, o avançado Josi Garcia reforçará o Clube Português. Os dois últimos faturaram o título do Mundial de seleções ante os espanhóis, em junho deste ano, na França. E as concidências não param por aí: Chula e Garcia são da cidade de San Juan, considerada a capital global da modalidade sobre patins, e pertecem ao mesmo time, o Centro Valenciano.

Entre os representantes locais, ao passo que Sport e Clube Português têm mais tradição, devido aos seus retrospectos no Brasileirão, o Náutico, que ainda não venceu o torneio nacional, chega embalado pela fase que vive na temporada. O coordenador de hóquei alvirrubro, Rodrigo Selva, explica a atual situação do Timbu e aposta suas fichas numa campanha sólida por parte de seus atletas. “No começo do ano, perdemos jogadores importantes, mas crescemos com o tempo e, agora, estamos vivendo nosso melhor momento”, incentivou. No elenco dos Aflitos, o principal nome da casa continua sendo o defensor Ceará, que é peça constante nas convocações da Seleção Brasileira e que, em quadra, chama atenção por mesclar técnica e instinto de liderança.

O Sport venceu a equipe do Sertãozinho, de São Paulo, na noite deste sábado (19), no ginásio do Clube Português do Recife, por 2 a 0 e conquistou o tetracampeonato do Brasileiro de Hóquei. Soma o título deste ano com os de 2010, 1997 e 1993. Agora, o rubro-negro segue a luta pelo tetracampeonato pernambucano e depois irão em busca do segundo título no Sul-americano da categoria.

Os primeiros minutos do jogo foram dominados pelo Leão e antes dos três minutos, o argentino Martin marcou o primeiro gol do time da casa. Porém, a equipe paulista não se abateu e foi para o ataque, mas desperdiçou um pênalti, que foi defendido pelo goleiro rubro-negro, Jorge Bustos, que precisou trabalhar muito durante o jogo para não deixar o Sertãozinho empatar. Aos sete minutos do segundo tempo, Martin marcou mais uma vez para o Sport, de pênalti e garantiu o quarto título dos rubro-negros.

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“Conquistar mais um título aqui é especial. Sei muito bem da luta dos atletas do Sport para manter essa equipe. Além disso, tem essa torcida, que é apaixonada, vibrante e que nos apoia o tempo inteiro. Apesar de argentino, posso afirmar: sou rubro-negro”, disse o artilheiro Martin, que conquistou o Sul-Americano do ano passado pelo Leão.

Com informações de assessoria

A equipe do Sport venceu a segunda partida no Campeonato Brasileiro de Hóquei, nesta terça-feira, em Sertãozinho, a 330 km de São Paulo. Depois de ganhar da equipe do Náutico na estreia do campeonato, por 2 a 1, os rubro-negros golearam o time Leões da Fabulosa por 10 a 4.

Os gols do Sport foram marcados por Bruno Matos (4x), Neto (2x), Graco, Laércio, Mauricinho e Fabrício Marimont.

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Os rubro-negros voltam a entrar em quadra já nesta quarta-feira, às 18h, para o primeiro jogo decisivo do Campeonato Brasileiro. Enfrentam a Portuguesa visando a primeira colocação do grupo. Quem ficar na liderança tem a tendência de enfrentar um adversário teoricamente menos qualificado na segunda fase do torneio.





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