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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou neste sábado, 4, a interdição de 25 lotes da vacina Coronavac, que protege contra a covid-19. Ao todo, cerca de 12,1 milhões de doses tiveram o uso suspenso pela agência. A medida vale por até 90 dias.

Em São Paulo, o governo do Estado informou que já aplicou quatro milhões de doses pertencentes aos lotes suspensos. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, nenhum efeito adverso grave relacionado a essas doses foi relatado até o momento.

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Dados do Ministério da Saúde compilados pelo Estadão por meio da plataforma Base dos Dados mostram que quase todas as doses dos lotes suspensos foram aplicadas em São Paulo. Até o dia 31 de agosto, São Paulo tinha aplicado 3.314.292 doses desses lotes, enquanto outros 19 Estados juntos foram responsáveis pela aplicação de 14 mil doses.

Conforme esses dados, que são oficiais e divulgados pelo Ministério da Saúde, não há registros do uso desses lotes em seis Estados e no Distrito Federal. Há atrasos entre a aplicação da vacina e a inserção da informação no sistema do governo federal, portanto este número pode estar defasado. O processo de notificação dos dados é feito manualmente por funcionários das unidades de saúde, o que pode levar a erros de digitação.

 

A pasta ainda não emitiu nenhuma nota com orientações para as pessoas que tomaram essas vacinas. Nenhum caso de reação adversa grave ligado aos lotes interditados foi identificado até o momento.

Leia abaixo perguntas e respostas sobre o assunto:

Por que a Anvisa interditou os lotes?

Segundo a agência, os 25 lotes de Coronavac interditados foram envasados em uma unidade fabril chinesa não inspecionada pela Anvisa e nem aprovada na Autorização de Uso Emergencial no Brasil. As doses foram enviadas pela Sinovac, parceira do Instituto Butantan no desenvolvimento e produção da Coronavac.

A Anvisa diz ter sido avisada pelo Butantan na noite de sexta-feira, 3, que as doses foram envasadas em local não inspecionado. Além destes lotes que já estão no Brasil, outros 17 com nove milhões de doses que também foram envasados em local não inspecionado pela Anvisa estão em tramitação de envio ao País.

A agência disse ainda que consultou bases de dados internacionais em busca de informações sobre as Boas Práticas de Fabricação da empresa responsável pelo envase dos lotes. No entanto, não encontrou nenhum relatório de inspeção emitido por outras autoridades de referência ou pela própria Anvisa.

Quais lotes foram interditados?

Ao todo, 25 lotes foram interditados: 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H, L202106038, J202106025, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039 e L202106048.

Quem recebeu alguma dose desses lotes corre riscos?

Não. Em nota, o Instituto Butantan afirmou que os imunizantes são seguros para a população e que todas as doses foram atestadas pelo "rigoroso controle de qualidade do Butantan".

O diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse em entrevista ao jornal O Globo que não há motivo para pânico. Barra Torres afirmou que a decisão de suspender o lote é por cautela e reforçou que a Coronavac é uma vacina segura. A segurança da vacina foi comprovada por testes clínicos, cujos resultados foram analisados pelos técnicos da Anvisa e publicados em revista científica.

Quantas pessoas receberam essas vacinas no Brasil?

O Ministério da Saúde ainda não informou quantas pessoas receberam doses dos lotes interditados. Levantamento feito pelo Estadão mostra que, até o dia 31 de agosto, pelo menos 3.328.296 pessoas tinham sido vacinadas com essas doses em 20 Estados. A maioria dessas vacinas, 3.328.296, foram aplicadas no Estado de São Paulo. Os dados são do Ministério da Saúde e foram acessados pela reportagem por meio da plataforma Base dos Dados.

Há atrasos entre a aplicação da vacina e o registro da dose no sistema, portanto os números tendem a estar desatualizados. Um exemplo disso é São Paulo, já que o governo informou, no sábado, que quatro milhões de doses tinham sido aplicadas em todo o Estado. O preenchimento é feito de forma manual pela equipe das unidades de saúde e, por isso, pode haver erro de digitação no lote, o que também compromete a precisão da informação.

Quem tomou a vacina deve fazer o quê?

Até o momento não há orientação formal por parte do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo sobre o que o cidadão deve fazer neste caso. Em nota, a pasta afirmou que solicitou a suspensão da aplicação dessas doses e que está checando os lotes. Toda reação grave aos imunizantes deve ser comunicada à autoridade de saúde local ou à Anvisa por meio do site VigiMed.

São Paulo, o Estado que mais recebeu e aplicou doses destes lotes, informou que ainda não houve intercorrências entre as pessoas que receberam essas vacinas. Já a Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que as reações adversas devem ser comunicadas à unidade de saúde que aplicou a vacina. Não há indicação para revacinar as pessoas que receberam doses dos lotes interditados na cidade.

Quem está com a segunda dose da Coronavac pendente ou marcada para os próximos dias deve tomá-la?

Sim. Os Estados e municípios já foram orientados a não aplicar lotes suspensos, portanto é totalmente seguro receber a segunda ou a primeira dose da Coronavac.

Essas doses serão perdidas?

As doses ficarão suspensas por 90 dias, período no qual a Anvisa irá avaliar as condições de Boas Práticas de Fabricação da planta fabril onde as doses foram envasadas. A agência disse que também vai considerar o potencial impacto dessa alteração de local nos requisitos de qualidade, a segurança e a eficácia das vacinas e o eventual impacto para as pessoas que foram vacinadas com esses lotes.

Depois dessas análises, a agência vai decidir se libera ou não os lotes para uso. A Anvisa informou ainda que vai trabalhar com o Instituto Butantan para regularizar esse novo local de envase da Coronavac.

Como saber se tomei um dos lotes que foi interditado?

No cartão de vacinação há um campo informando o lote da vacina. Caso o cartão tenha sido perdido ou a informação esteja confusa, o lote pode ser consultado na plataforma ConectSUS, do Governo Federal.

O que o Instituto Butantan diz sobre o assunto?

Em nota, o Butantan diz que a medida da Anvisa "não deve causar alarmismo". "Foi o próprio instituto que, por compromisso com a transparência e por extrema precaução, comunicou o fato à agência, após atestar a qualidade das doses recebidas. Isso garante que os imunizantes são seguros para a população", diz trecho da nota.

Segundo o instituto, houve uma mudança em uma das etapas do processo de formulação da vacina na fábrica da Sinovac. "Reafirmamos, no entanto, que todas as doses da CoronaVac estão atestadas pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan", afirma o Butantan.

Quais Estados aplicaram doses dos lotes suspensos?

Questionado, o Ministério da Saúde ainda não informou quais Estados receberam doses dos lotes vencidos. A reportagem identificou a aplicação dessas doses em pelo menos 20 Estados, na maioria em pequenas quantidades, mas aguarda posicionamento dos governos locais para esclarecer se houve alguma discrepância entre os registros e a aplicação.

Até o momento, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Paraná e Goiás confirmaram que receberam parte destes lotes. Os Estados não souberam informar quantas doses já foram aplicadas.

Após o anúncio de que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para uma vacina contra a covid-19, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o Instituto Butantã não vai produzir a vacina registrada nesta terça-feira, 11, pelo governo da Rússia.

Segundo Doria, o Estado já tem uma parceria com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac e 'não há motivo' para trabalhar com uma segunda alternativa.

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"A (vacina) russa não (será produzida). Não sou capaz de avaliar se é boa ou não é, se tem o aval da Organização Mundial de Saúde. Não quero fazer pré-avaliação. Mas pelo Butantã, não. Houve uma procura, mas foi respondido que já temos uma associação com o laboratório chinês Sinovac para a produção da CoronaVac. Não faria sentido algum ter uma segunda alternativa no mesmo Butantã , cujo objetivo é o mesmo", afirmou Doria, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Por nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo disse que acompanha ao lado da comunidade científica o desenvolvimento da vacina pelo Governo russo e que atualmente o Instituto Butantã está participando da pesquisa da CoronaVac, da farmacêutica Sinovac Biotech. "O Butantã está realizando testes clínicos de fase 3 da Coronavac em voluntários no Brasil, com o objetivo de demonstrar sua eficácia e segurança."

Rússia aprova regulamentação da primeira vacina contra covid-19

O presidente Vladimir Putin disse, nesta terça-feira, 11, que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação para uma vacina contra a covid-19, após menos de dois meses de testes em humanos. A aprovação abre caminho para a imunização em massa da população russa, ainda que o estágio final de ensaios clínicos para testar a segurança e eficácia não tenha sido concluído.

A velocidade com que a Rússia está se movimentando para lançar sua vacina destaca a determinação em vencer a corrida global por um produto eficaz, mas despertou preocupações de que pode estar colocando o prestígio nacional acima da ciência e segurança sólidas. Moscou, no entanto, afirmou que a aprovação é sinônimo da sua "proeza científica".

Paraná vai assinar acordo com a Rússia

O governo do Paraná vai anunciar nesta quarta-feira, 12, um acordo com o Ministério de Saúde da Rússia para a produção de uma vacina contra o coronavírus. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina após a validação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vai analisar os resultados das pesquisas russas. Nesta terça-feira, 11, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a aprovar a regulamentação da vacina.

Embora tenha sido registrado, o imunizante ainda será submetido a ensaios clínicos para testar sua segurança e eficácia. O chefe do fundo soberano da Rússia, Kirill Dmitriev, afirmou que a vacina deveria ser produzida no Brasil após aprovação regulatória.

O Instituto Butantã anunciou nesta sexta-feira (23) em São Paulo, na festa de 117 anos, a construção de uma fábrica para a produção de seis medicamentos contra o câncer e duas vacinas (hepatite A e tríplice acelular, que protege contra difteria, tétano e coqueluche).

A previsão do governo estadual é de concluir a obra em 2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Dezembro de 2016. A sala da juíza Tatiane Moreira Lima, na Vara de Violência Doméstica do Butantã, na zona oeste, se transforma em uma pequena brinquedoteca, com direito a bexigas penduradas no teto e outros apetrechos. No colo da magistrada está M. J., de 10 anos, que tem no corpo as marcas das inúmeras agressões que sofreu. Por quatro anos seguidos, foi espancada e torturada pela própria mãe e pelo padrasto. Os castigos impostos a ela "por não deixar a casa limpinha" foram classificados pela juíza como brutais e incluíam, entre outras atrocidades, cortar a língua da menina e outras partes do corpo, inclusive o órgão genital, com alicate.

Na semana passada, a juíza condenou os acusados a penas rigorosas e incomuns no Judiciário paulista. A mãe da menina, Vanessa de Jesus Nascimento, pegou 48 anos de prisão, enquanto o padrasto, Adriano dos Santos, foi condenado a 33 anos, por crimes de redução à condição análoga à escravidão, lesão corporal gravíssima e tortura. A título de comparação, o casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, pai e madrasta da menina Isabela, que morreu em 2008 após ser jogada do sexto andar de um prédio, foram condenados, respectivamente, a 31 e 26 anos de prisão. Vanessa e Santos vão cumprir a sentença em regime fechado.

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O casal está preso desde agosto do ano passado, quando o caso foi descoberto. Na ocasião, a menina fugiu de casa e o Conselho Tutelar da Lapa, na zona oeste, apresentou denúncia à Polícia Civil. O Estado acompanha as investigações desde o início e esteve na audiência de M. J.

A magistrada precisou de pouco mais de cinco minutos para conquistar a confiança da menina e fazer com que ela contasse detalhes do que passou. "A tia vai te dizer uma coisa: esta é a última vez que você vai falar sobre isso com alguém. Nunca mais você vai precisar relembrar essas coisas ruins que passou. Só se você quiser, tudo bem?", disse Tatiane. Após M. J. balançar a cabeça positivamente e dar um pequeno sorriso, o interrogatório começou.

Ela respondeu às perguntas da juíza com riqueza de detalhes. Segundo M. J., as agressões começaram aos 6 anos e pioraram nos últimos dois. O motivo era sempre o mesmo: desaprovação em relação ao trabalho doméstico. A mãe trabalhava à noite como recepcionista de boate e dormia durante o dia, e o padrasto era jardineiro em horário comercial. A garota era, conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), "a encarregada" de limpar a casa, preparar comida e vestir os irmãos menores para a escola. E apanhava quando o casal não ficava satisfeito.

"Você apanhava muitas vezes por semana?", perguntou a juíza. "Apanhava todo dia, tia", respondeu a menina. Ela narrou que era obrigada a dormir em pé quando "a louça não ficava limpa". A mãe, disse a menina, amarrava os seus braços e suas pernas de modo que ela não conseguia se mexer. Outra vezes, dormia no chão e até fora de casa, onde chegou a presenciar ratos passando ao redor. Por várias vezes, ficou sem refeição.

O depoimento de M. J. à juíza durou pouco mais de uma hora. Quase no final, a garota contou que Vanessa não gostava que ela a chamasse de mãe. E que apanhava quando isso acontecia. "A minha mãe me batia porque eu chamava (ela) de mãe. Mas eu não sabia chamar de outra coisa. Ia chamar do que, tia?", afirmou M.J. O fato emocionou todos os presentes na audiência.

A menina contou que num certo dia não conseguiu colocar a capa no sofá e foi segurada pelo padrasto enquanto a mãe lhe arrancava três unhas da mão com um alicate de jardineiro. Na sequência, Vanessa furou a sola do pé da filha com a ferramenta. E a tortura continuou. Segundo depoimento, a mãe a amarrou com um fio e apertou com o alicate sua barriga várias vezes, causando ferimentos. Por último, os dois - segundo o MPE - se revezaram apertando o alicate na vagina de M.J.

Em outra ocasião, por achar que a filha havia deixado "areia na cama", Vanessa cortou a língua da menina com alicate e costurou com uma agulha. Em seguida, M.J. foi obrigada a limpar o sangue que espirrara na parede.

'Desumanização'. Em um dos trechos da sentença de 20 páginas, a magistrada afirmou que "casos como o presente mostram a verdadeira desumanização de dois seres, que se despem dos papéis de guardiões para encarnar os papéis de déspotas e tiranos, senhores da vida e da morte, da dor e do pavor de uma pobre criança indefesa. Diante do exposto, a condenação se mostra medida inafastável".

Segundo a promotora Ana Paola Ferrari Ambra, além dos depoimentos, os laudos periciais atestam a veracidade dos fatos contados por M.J. "Em 15 anos de Promotoria nunca havia acompanhado um caso tão cruel como este. O que mais machucou foi o fato de a filha apanhar porque chamava a mãe de mãe". Ana Paola não vai recorrer da sentença.

No processo, Vanessa e Santos negaram as acusações e afirmaram ser inocentes. Porém, um responsabilizou o outro de agredir a menina enquanto um deles estava trabalhando. Os advogados de defesa, Luis Cláudio Okono e Carolina Fernandes Ramos, vão recorrer da pena.

Seis policiais militares serão julgados a partir desta segunda-feira (13) em São Paulo, pela execução de duas pessoas em 2015, suspeitas de roubo. As vítimas já estavam rendidas e desarmadas quando foram executadas na região do Butantã, na zona oeste da capital.

Paulo Henrique Porto de Oliveira, 18 anos, e Fernando Henrique da Silva, 23 anos, foram mortos no dia 7 de setembro de 2015. Eles teriam sido mortos depois de praticar um roubo de moto e tentar fugir dos policiais. Imagens feitas pelo celular de uma testemunha mostraram um policial jogando Fernando de um telhado.

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Imagens de câmeras de segurança também mostraram Paulo se entregando e levantando a camisa para mostrar que não estava armado. Em seguida, ele é colocado contra um muro, fora do alcance da câmera, momento em que teria sido morto. O vídeo mostra ainda um dos policiais pegando uma arma na viatura.

Júri popular

O processo foi dividido em dois. Hoje serão julgados os policiais Tyson Oliveira Bastiane, Silvano Clayton dos Reis e Silvio André Conceição pela morte de Paulo. Todos eles estão presos atualmente.

No dia 27 de março, os policiais Flavio Lapiana de Lima, Fabio Gambale da Silva e Samuel Paes, também presos, serão julgados pela morte de Fernando.

Os julgamentos começam às 10h, no Fórum Criminal da Barra Funda.

As mortes por gripe H1N1 no Estado de São Paulo chegaram a 55, considerando os dados até o dia 29 de março. O número é cinco vezes maior do que o registrado em todo o ano passado, quando dez pessoas morreram. Em meio ao surto antecipado da doença, o Instituto Butantã, responsável por produzir as vacinas contra a gripe oferecidas na rede pública, passou a adotar turnos extras de trabalho, com jornadas até de madrugada, para conseguir antecipar a entrega de parte das doses.

O boletim divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde revela que, além do total de óbitos, foram registrados 372 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pelo H1N1 no Estado, ante 33 em 2015. No balanço divulgado na segunda-feira, eram 260 casos e 38 mortes.

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O surto fora de época fez a secretaria antecipar o início da vacinação para o dia 11 na capital e na Grande São Paulo - no restante do Estado, assim como em todo o País, a campanha ocorrerá a partir do dia 30, conforme o agendamento original do Ministério da Saúde. Fazem parte do público-alvo da campanha idosos, crianças entre 6 meses e 5 anos, gestantes, profissionais de saúde, puérperas, doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas, detentos e funcionários do sistema prisional. Serão imunizados a partir do dia 11 deste mês somente os três primeiros grupos.

As primeiras doses antecipadas foram entregues pelo Butantã anteontem, de acordo com Jorge Kalil, diretor do instituto. Por contrato, o laboratório deve enviar ao ministério neste ano cerca de 49 milhões de doses entre abril e maio. Com a produção acelerada, o instituto já finalizou e entregou 16 milhões delas. Em condições normais, esse volume ficaria pronto duas semanas depois. "No começo de março, quando começamos a perceber o aumento de casos de H1N1, passamos a trabalhar em turno extra na área de envasamento", disse Kalil ontem ao Estado.

O setor, que tem 200 funcionários e trabalhava em dois turnos, passou a funcionar em três turnos, 24 horas. Com a mudança, o Butantã dobrou a capacidade de envasamento das vacinas - de 500 mil para 1 milhão por dia.

Outra mudança adotada pelo instituto, por causa do surto antecipado em São Paulo, foi enviar as doses voltadas para o público paulista diretamente para a Secretaria Estadual da Saúde e não para o Ministério da Saúde, como ocorre em todos os anos. "Foi feito um acordo para que, neste ano, a gente não precisasse encaminhar as vacinas para Brasília para depois voltar para São Paulo", disse Kalil.

A fábrica da vacina já funciona 24 horas e não pode ter o trabalho acelerado porque depende do processo natural de crescimento dos vírus. "No processo de produção em si já estamos trabalhando na capacidade máxima. O que conseguimos acelerar foi o envasamento e o controle de qualidade", afirmou.

Coordenador de Controle de Doenças da Secretaria Estadual da Saúde, Marcos Boulos afirmou que a entrega antecipada das vacinas vai possibilitar que os profissionais de saúde - os primeiros a serem vacinados por lidarem com doentes - já possam ser imunizados a partir de segunda-feira. A previsão inicial da pasta era de que isso ocorresse somente a partir do dia 8. "Para o restante da população a gente não consegue antecipar mais porque precisamos preparar a estrutura toda, fazer compra de seringas, agulhas. Na semana que vem, vamos finalizar, para iniciar a vacinação no dia 11." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um teste feito pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês) revelou que a vacina contra a dengue desenvolvida em parceria com o Instituto Butantã oferece proteção completa contra o vírus.

A terceira e última fase dos ensaios clínicos da vacina começou em fevereiro e está sendo feita no Brasil pelo instituto. Os testes incluem a imunização de 17 mil voluntários humanos, que serão acompanhados ao longo de alguns anos.

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Em artigo científico publicado ontem na revista Science Translational Medicine, no entanto, os pesquisadores americanos apresentam os resultados de um teste clínico mais rápido e radical, ainda que realizado em pequena escala.

Nesse modelo de testes, conhecido como "desafio em humanos", os voluntários são imunizados e depois recebem uma forma amenizada do vírus para avaliar a eficácia da vacina.

O estudo, feito por pesquisadores do NIH e da Universidade Johns Hopkins, também nos Estados Unidos, teve a participação de 41 voluntários que nunca tiveram dengue. A vacina foi aplicada em 21 voluntários e outros 20 receberam placebo. Seis meses depois, todos eles foram infectados com uma variante atenuada do sorotipo 2 do vírus - aquele cuja prevenção por vacinas é considerada a mais difícil entre os quatro sorotipos.

Os voluntários que receberam placebo tiveram sintomas moderados da doença. Entre os que receberam a vacina, 100% ficaram completamente protegidos da infecção e não apresentaram qualquer sintoma.

Segundo o diretor do Butantã, Jorge Kalil, o teste é bem-vindo e corrobora os resultados obtidos na fase 2 dos testes clínicos, feita pelo instituto. "É um estudo interessante e importante porque dificilmente as autoridades sanitárias brasileiras permitiriam que fizéssemos um teste do tipo desafio, usando o vírus vivo", disse Kalil ao Estado. "O teste de desafio em humanos mostrou que todo mundo ficou protegido. Já conhecíamos esses resultados e eles nos deixaram muito animados."

De acordo com Stephen Whitehead, do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas do NIH e um dos autores do artigo, os dados obtidos no novo estudo já haviam sido considerados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quando o órgão aprovou a realização da terceira fase dos testes clínicos. "Esses resultados subsidiaram a recente decisão das autoridades brasileiras para que o Instituto Butantã levasse adiante a terceira fase dos testes clínicos", disse Whitehead.

Zika

A autora principal do estudo, Anna Durbin, da Universidade Johns Hopkins, afirma que o vírus amenizado, produzido pelos americanos, é capaz de infectar uma alta porcentagem dos voluntários sem causar sintomas mais graves da doença. Em geral, os pacientes apresentam apenas manchas na pele, mas não chegam a ter febre.

"Ficamos agradavelmente surpresos ao verificar que essa vacina fornece proteção completa às pessoas imunizadas", disse Anna. Segundo ela, com o sucesso do experimento, o grupo espera desenvolver o modelo de desafio em humanos para outros vírus, incluindo o zika. "Acreditamos que um teste-desafio em humanos pode ser desenvolvido para zika. Ele seria uma ferramenta para acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra essa doença."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Instituto Butantã, Jorge Kalil, afirmou que a instituição está pedindo financiamento de agências dos Estados Unidos e da Europa para o desenvolvimento de uma vacina e para pesquisas sobre o vírus da zika. E disse que o Brasil corre o risco de ter de importar uma solução para o surto, se não agir de forma mais rápida para garantir o financiamento das atividades no País.

Na segunda-feira, em entrevista à reportagem, Kalil afirmou que não havia ainda recebido dinheiro prometido do governo federal, nem para a vacina de zika nem para completar a fase 3 de testes para o imunizante da dengue - um cheque de R$ 100 milhões assinado no dia 22 pela presidente Dilma Rousseff.

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Na quarta-feira, 9, falando em Genebra para jornalistas estrangeiros, o brasileiro reconheceu que "o governo colocou alta prioridade na luta contra dengue e zika" e "se comprometeu" a manter as operações contra o surto. Mas alertou que "o Brasil tem muitos problemas de recursos". "Somos um País burocrático e isso pode ser contrário a nós. Isso diminui nossa competitividade. É frustrante."

Para completar os recursos que precisa, porém, ele confirmou que está em contato com a Comissão Europeia e com programas americanos dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) para avaliar um pacote vindo do exterior.

"Estamos tentando conseguir dinheiro de onde vier. É muito importante conseguir o dinheiro necessário", explicou, ressaltando que "tem muita gente interessada no que estamos fazendo no Brasil". O cientista diz que precisa de R$ 30 milhões para pesquisas sobre zika. Até agora, o governo autorizou R$ 8,5 milhões. Na fase 3 de testes para a vacina da dengue, indicou que precisa de R$ 300 milhões.

Ministério

Reagindo aos comentários de Kalil emitidos ainda na segunda-feira, o Ministério da Saúde publicou uma nota indicando que "considera contraditórias as falas, uma vez que o laboratório não entregou documento obrigatório para a liberação de recursos".

"Mesmo estando dentro dos prazos previstos para início das transferências (até 30 dias após sua assinatura), o Ministério da Saúde fica impedido de destinar os valores diante desta pendência", explicou. Sobre os R$ 100 milhões para a fase 3 da vacina contra a dengue, a pasta ainda esclareceu que "os documentos exigidos para a liberação de recursos" foram entregues pelo Butantã na terça-feira, 8.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Butantã acusou o governo federal de não ter liberado "um só tostão" para o programa de pesquisas da entidade para desenvolver uma vacina contra o vírus zika e de não ter repassado recursos para a vacina contra a dengue. O instituto informou que o "Brasil corre o risco de ter de importar" a solução para o surto que afeta o País.

Em Genebra, o presidente do Instituto Butantã, Jorge Kalil, não mediu críticas. "É importante que o Brasil consiga trabalhar. Será uma vergonha se chegarmos até a OMS e tudo for resolvido pelos de fora. Mas continua a burocracia enorme para a liberação de verbas", disse. "Pedimos R$ 30 milhões para fazer o programa contra o zika. O Ministério da Saúde autorizou R$ 8,5 milhões. Mas, desse total, não chegou nada", acrescentou.

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O Ministério da Saúde informou que, pelo contrato firmado no dia 22 de fevereiro, ficou acordado que 30% dos valores prometidos estarão disponíveis em até 30 dias, prazo que ainda não venceu. O ministério disse que investirá R$ 100 milhões na terceira fase do imunizante contra a dengue nos próximos dois anos, além de R$ 200 milhões, que serão repassados por outros órgãos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora tenha colocado como prioridade o desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus, o Ministério da Saúde ainda não repassou verbas para esse fim ao Instituto Butantã, um dos três centros de pesquisa brasileiros engajados na criação de um imunizante contra a doença. A afirmação é de Jorge Kalil, diretor do instituto, que em 15 de janeiro se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para estabelecer detalhes da parceria. Na ocasião, ficou acordado que a pasta repassaria R$ 30 milhões para as primeiras ações da pesquisa, o que ainda não aconteceu. A demora foi revelada ontem pela BBC Brasil.

"O ministro não deu prazo, mas disse que faria o mais rápido possível. O ministério está dando apoio às questões do zika, mas o sistema é burocrático, tem milhares de papéis, milhares de comprovantes que são absolutamente ridículos. A gente perde agilidade e estamos em uma urgência", diz Kalil. Ele também afirmou que aguarda o repasse federal de R$ 300 milhões para a realização da fase 3 da pesquisa da vacina contra a dengue.

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Segundo o ministério, a proposta de desenvolvimento de uma vacina contra o zika ainda está em elaboração. A pasta afirmou "que o pré-projeto somente foi enviado pelo laboratório após a reunião realizada no dia 15 de janeiro" Disse ainda que o documento vai prever recursos para a fase 3 da vacina contra a dengue.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Existem dúvidas sobre como a aprovação da vacina contra a dengue desenvolvida pela Sanofi Aventis afetará o desenvolvimento da vacina contra a doença do Instituto Butantã. O problema é que o desenho aprovado em São Paulo previa que um grupo dos voluntários nos testes usaria placebo, uma substância inócua. Tal estratégia é praxe quando não há alternativas mais eficazes para prevenção.

A dúvida, no entanto, é se tal desenho é ético quando há outros produtos com eficácia comprovada no mercado. Além disso, a expectativa é de que ficará mais difícil para recrutar voluntários interessados em fazer a pesquisa. Questionado, o Butantã afirmou que não haverá nenhuma mudança no planejamento.

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A vacina paulista, já na última fase de testes clínicos, deverá levar pelo menos mais um ano para ser aprovada, de acordo com o diretor substituto do instituto, Marcelo De Franco. "Nosso protocolo para realização dos testes clínicos é de cinco anos. Mas o registro pode sair bem antes, dependendo da comprovação de eficácia. Com base na nossa experiência em epidemias, é bem provável que tenhamos esses resultados dentro de um ano ou um ano e meio", disse.

Segundo Franco, a fase 3 dos testes clínicos já começou e o instituto está montando a estrutura dos centros que farão a captação de 17 mil voluntários em cinco cidades. Todas as doses que serão usadas estão preparadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Instituto Butantã está se preparando para desenvolver um soro contra o vírus Ebola, em parceria com o Instituto Nacional da Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

Segundo o diretor do instituto paulista, Jorge Kalil, os últimos trâmites estão sendo feitos para a assinatura do contrato com o NIH e, se as autoridades brasileiras liberarem a pesquisa, o novo soro estará disponível dentro de nove meses para aplicação em humanos.

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Kalil explicou que o soro é diferente de uma vacina. Na aplicação de vacinas, ocorre a chamada "indução de imunidade ativa": o organismo é induzido a produzir os próprios anticorpos. Já na aplicação de soros o que ocorre é a "indução de imunidade passiva". "Nesse caso, pegamos os anticorpos já produzidos por outra pessoa, ou por outro animal."

Raiva

O novo soro deverá ser desenvolvido com base na imunização de cavalos com o vírus da raiva, em versão modificada com a proteína do Ebola. Assim que o contrato for assinado, segundo Kalil, o NIH enviará o material biológico necessário para a imunização. "Acreditamos que a chance de dar certo é muito grande, porque a proteína do Ebola que nos interessa para produzir o soro está na estrutura do vírus da raiva. Nós temos uma experiência muito grande na produção do soro contra o vírus da raiva. Muito provavelmente vamos conseguir um soro neutralizante contra o Ebola semelhante ao soro da raiva", disse Kalil.

O tratamento que mostrou mais eficácia até agora contra o Ebola foi o coquetel Zmapp: uma mistura de três anticorpos que se prendem às proteínas do vírus do Ebola, ativando o sistema imunológico para que ele seja destruído. "Se o Zmapp funciona, imaginei que o soro tradicional feito com base na imunização de cavalos também poderia funcionar. Entrei em contato com o NIH, fui para os Estados Unidos apresentar a ideia e assinaremos os contratos de propriedade intelectual e confidencialidade. A colaboração terá início em breve", afirma.

Uma vez que os cavalos forem imunizados, os cientistas verificarão se o organismo dos animais foi induzido a produzir, em grande quantidade, anticorpos neutralizantes. Depois de uma série de testes de toxicidade no Brasil, os americanos farão testes de inibição do soro com modelos de macacos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil e Rússia assinaram acordo de cooperação tecnológica para desenvolvimento de vacinas e soros. O documento, firmado durante o encontro entre o presidente russo Vladimir Putin e Dilma Rousseff, abre espaço para que o Instituto Butantã, de São Paulo, venda a vacina tríplice bacteriana (contra difteria, tétano e coqueluche) e soros para neutralizar efeitos de picadas de cobras, escorpiões e aranhas para o Instituto São Petersburgo. Em troca, o instituto russo repassará tecnologia para produção de vacina contra hepatite C e pneumococos.

"Não falamos em valores ou em prazos. Esse foi o primeiro passo", afirmou o diretor substituto do Instituto Butantã, Marcelo de Franco, que foi a Brasília para assinar o protocolo. Ele conta que o principal interesse do instituto é incorporar tecnologia usada para o preparo da vacina contra hepatite C.

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"O imunizante é feito a partir de partículas sintéticas do vírus da hepatite, uma vacina que ainda não é produzida no País e que tem baixa toxicidade", afirma. As técnicas usadas na produção da vacina de pneumococo também despertam a atenção dos integrantes do Butantã.

Além do instituto brasileiro e do russo, faz parte também do acordo a empresa pública russa Microgem. "Na primeira fase, vamos fazer visitas técnicas para identificar outras tecnologias que interessam aos institutos. Feito o diagnóstico, partimos para o intercâmbio de informações", disse Franco. A lista com produtos candidatos, afirmou, tem cerca de 15 itens.

Segundo Franco, acordos internacionais firmados têm como principal objetivo parcerias para produção e desenvolvimento de produtos. Entre eles, estão o feito com o National Health Institute (NIH) dos Estados Unidos, para produção da vacina da dengue e de rotavírus. Para que o fornecimento da vacina para a Rússia seja possível, o instituto terá de obter uma précertificação na Organização Mundial da Saúde.

A juíza Lizandra Maria Lapenna aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra Mary Vieira Knorr, de 53 anos, acusada de assassinar as duas filhas, Giovanna Knorr Victorazzo, de 14 anos, e Paola Knorr Victorazzo, de 13. Mary, assim, se tornou ré e responderá pelo crime.

De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o delegado do 14° DP (Pinheiros) e coordenador das investigações, Gilmar Contrera, também pediu ao MP a instauração de incidente de insanidade mental para avaliar se Mary teria agido conscientemente ao supostamente matar as filhas. O MP negou o pedido e a juíza Lizandra, do 5° Tribunal do Júri, concordou com o órgão. Dessa forma, Mary poderá ser responsabilizada criminalmente pelas mortes.

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Mary foi transferida, na terça-feira (1), do Hospital Universitário da USP, onde estava internada desde o dia 14 de setembro, ao Hospital Psiquiátrico Pinel. Como a transferência não constava no inquérito até a noite de quarta-feira, a juíza ainda não pôde decidir se mantém Mary no local. Ela continua presa preventivamente, ou seja, deve ser escoltada por policiais e encaminhada a um presídio assim que sair do hospital.

Entenda o caso

As duas adolescentes foram encontradas mortas em casa no Butantã, zona oeste de São Paulo, no dia 14 de setembro. Elas tinham sinais de asfixia. O cachorro da família também foi achado morto, no banheiro, com um saco plástico na cabeça. Mary estava no chão da sala e, na ocasião, afirmou que havia matado as filhas e que queria morrer, segundo a polícia.

De acordo com as investigações, Paola e Giovanna foram vistas pela última vez na quarta-feira, dia 11. Já a mãe foi a uma festa de aniversário no dia seguinte e ainda apareceu passeando com o cachorro na sexta-feira, 13, segundo vizinhos, um dia depois da data provável do crime, segundo a Polícia Civil.

Mary Vieira Knorr, de 53 anos, acusada de matar as duas filhas adolescentes em casa, no Butantã, zona oeste de São Paulo, foi transferida nesta quarta-feira (02, para o Hospital Psiquiátrico Pinel. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário, onde a mãe das garotas se encontrava desde o dia 14 de setembro, quando os corpos foram encontrados.

Após 19 dias internada, Mary teve alta médica nesta quarta-feira. De acordo com a nota do hospital, Mary Knorr deu entrada no dia 14 de setembro, às 16h e permaneceu internada na Clínica Médica até a manhã desta quarta. "No momento da alta médica, o quadro clínico da paciente permanecia estável, com todas as funções vitais preservadas", informa o boletim.

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Também nesta quarta-feira, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Mary Vieira Knorr à Justiça pelo assassinato de Giovanna Knorr Victorazzo, de 14 anos, e Paola Knorr Victorazzo, de 13. Elas foram encontradas mortas com sinais de asfixia. O cachorro da família também foi achado morto, no banheiro, com um saco plástico na cabeça.

Se a juíza Lizandra Maria Lapenna acatar a denúncia do MP, Mary se tornará ré e responderá pelo crimes de homicídio duplamente qualificado - por meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

Entenda o caso

As duas adolescentes foram encontradas mortas em casa no sábado, 14 de setembro. Mary foi encontrada no chão da sala e, na ocasião, afirmou que havia matado as filhas e que queria morrer, segundo a polícia.

De acordo com as investigações, Paola e Giovanna foram vistas pela última vez na quarta-feira, dia 11. Já a mãe foi a uma festa de aniversário no dia seguinte e ainda apareceu passeando com o cachorro na sexta-feira, 13 de setembro, segundo vizinhos, um dia depois da data provável do crime, segundo a Polícia Civil.

A Polícia Civil de São Paulo encaminhou nesta segunda-feira, 23, à Justiça o relatório com a conclusão das investigações que apontam que Mary Vieira Knorr, de 53 anos, matou as duas filhas, Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14 anos, no Butantã.

De acordo com informações da corporação, a equipe policial foi três vezes ao Hospital Universitário (HU), onde Mary está internada para questioná-la sobre o caso. Nas duas primeiras, o corpo médico alegou que a suspeita não estava em condições de falar. Na última ocasião, segundo o delegado Gilmar Contrera, titular do 14º Distrito Policial (DP), de Pinheiros, ela preferiu ficar calada.

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Na sexta-feira, 20, a polícia concluiu a investigação sobre o caso. Na ocasião, Contrera afirmou que, "durante as investigações, não se apurou que (o crime) poderia ter sido (cometido por) outra pessoa (senão a mãe das meninas)". Mary continua internada e está presa preventivamente, sob escolta da Polícia Militar (PM).

O caso

As duas adolescentes foram encontradas mortas em casa no dia 14, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. Havia ainda um cachorro morto com um saco plástico amarrado na cabeça. A mãe das vítimas foi encontrada no chão da sala e afirmou que havia matado as filhas e que queria morrer, segundo a polícia. De acordo com as investigações, Paola e Giovanna foram vistas pela última vez no dia 11.

A Polícia Civil compareceu, na tarde desta quarta-feira (18), no Hospital Universitário, em São Paulo, para conversar com a corretora de imóveis Mary Vieira Knorr, de 53 anos, acusada de ter assassinado as duas filhas adolescentes. A delegada Lethicia Faria Fadel não quis, no entanto, dar detalhes do encontro, que durou cerca de uma hora. "Ela (Mary) não disse nada", respondeu simplesmente a delegada ao ser indagada sobre o teor da depoimento.

O advogado da corretora, Lindenberg Pessoa de Assis, disse achar difícil que a delegada tenha conseguido conversar com a sua cliente. "Ela (Mary) estava sedada pela manhã. Não está em condições de responder nada." Segundo o advogado, Mary passará por uma nova avaliação psiquiátrica na quinta-feira (19). Na última sexta-feira, ela foi vista passeando com um cachorro depois de ter cometido o crime.

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Assis disse que Mary perguntou pelas filhas no hospital, onde está internada desde sábado, dia do crime. "Como estão as meninas?", questionou ao advogado. Ele ainda disse que não pode afirmar sobre a culpabilidade de sua cliente. "Esse é um caso que não tem testemunhas presenciais. Só posso dar um parecer a partir do momento em que ela estiver lúcida, o que ainda não aconteceu", explicou.

Os corpos de Paola Knorr Victorazzo, de 13 anos, e Giovanna Knorr Victorazzo, de 14, foram encontrados na sábado em casa, no Butantã, zona oeste de São Paulo. A corretora de imóveis Mary Vieira Knorr estava na sala e confessou ao policiais que havia matado as filhas. A suspeita é que elas tenham sido asfixiadas, mas ainda não se sabe o que motivou o crime.

A corretora de imóveis Mary Vieira Knorr, de 53 anos, acusada de ter assassinado as duas filhas em casa, no Butantã, na zona oeste de São Paulo, saiu para andar com o cachorro após o crime. Segundo o delegado Gilmar Contrera, titular do 14.º DP (Pinheiros), tudo indica que Paola e Giovanna, de 13 e 14 anos, tenham sido mortas na quinta-feira, 12, e a mãe foi vista passeando na sexta.

O delegado espera ouvir a acusada na quarta-feira, 18. Mary continua internada no Hospital Universitário, onde passou por exames nesta terça-feira, 17. "Acredito que o problema financeiro aliado a outras coisas fez ela surtar", disse Contrera. Ela é investigada por apropriação indébita e estelionato - quatro ocorrências foram registradas neste ano. Segundo o delegado, ela pode ter se apropriado indevidamente de cerca de R$ 215 mil dos seus clientes.

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Segundo o delegado, ela só não conseguiu se matar porque outra filha, do primeiro casamento, foi até a casa com o irmão, no sábado. Ao não ter resposta, pediu a uma vizinha para pular o muro. Eles viram a porta estava trancada e sentiram cheiro de gás. Ela ligou para os bombeiros, que entraram na casa e encontraram Mary na sala.

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