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A nova presidente do Peru, Dina Boluarte, cedeu às exigências dos manifestantes no início desta segunda-feira (12) ao anunciar em cadeia nacional de televisão que enviará ao Congresso uma proposta para adiantar eleições. A decisão ocorre após milhares de manifestantes irem às ruas novamente no domingo (11), para exigir a renúncia dela e a marcação de eleições para a escolha de um novo presidente e de um novo Congresso.

Ao menos duas mortes foram registradas nos protestos em uma comunidade remota nos Andes, segundo autoridades. Boluarte disse que proporá eleições gerais para abril de 2024. Antes, ela dizia que pretendia cumprir o mandato do antecessor, seguindo no posto por mais três anos e meio.

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Na atual crise política, muitos manifestantes exigem a libertação do presidente Pedro Castillo, tirado do posto por legisladores após ter tentado dissolver o Congresso antes de uma votação de um impeachment. Os protestos são mais fortes em zonas rurais do país, onde Castillo tem mais força, mas centenas de pessoas protestaram também na capital, Lima.

Boluarte, em seu discurso, declarou estado de emergência em áreas fora de Lima nas quais os protestos foram particularmente violentos. O Peru teve seis presidentes nos últimos seis anos. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente peruano Pedro Castillo oficializou nesta quinta-feira (8) o pedido de asilo no México ao embaixador do país no Peru, Pablo Monroy. O governo mexicano está em contato com a equipe da nova presidente, Dina Boluarte, para conceder o asilo, segundo informou o ministro das Relações Exteriores do país, Marcelo Ebrard.

O mexicano anunciou o pedido no Twitter junto com a carta escrita pelos advogados de Castillo endereçada ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. Nela, a defesa do ex-presidente diz que ele é vítima de uma perseguição de caráter político por parte da Justiça peruana. "Estes órgãos criaram um clima de extrema indefensabilidade e perseguição puramente política de qualquer pessoa que pense de forma diferente do grupo oligárquico que reina sobre todas as instituições do país", diz a carta.

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Segundo Ebrard, o embaixador Pablo Monroy se encontrou com Castillo na prisão em que está custodiado e informou que ele está bem fisicamente e na companhia de advogado. Na carta, a defesa do ex-presidente afirma que ele corre "um grave risco".

Os advogados também afirmam no pedido de asilo que os órgãos de Justiça pretendem processar o ex-presidente "por simples declarações de vontade ou intenção que não configuram nenhum ilícito penal, criando um clima de perseguição contra todos aqueles que pensam de forma diferente do grupo oligárquico".

Mais cedo, López Obrador havia dito que seu governo está disposto a conceder o asilo e que Castillo já o havia pedido nesta quarta-feira, 7, por telefone. O mexicano declarou que o peruano foi vítima de "um golpe brando", do qual participaram, segundo ele, veículos de comunicação e "as elites econômica e política" do país.

Obrador acrescentou que o México considera "adequado esperar alguns dias" antes de reconhecer formalmente Dina Boluarte como presidente do Peru. "Não é nosso propósito intervir em assuntos internos. Lamentamos muito, isso sim, que essas coisas aconteçam, porque o povo sofre", acrescentou.

O presidente mexicano foi um dos maiores defensores de Castillo e considera que ele é vítima de perseguição, racismo e de uma tentativa de golpe.

Prisão

Pedro Castillo está preso desde esta quarta-feira, após tentar dissolver o Parlamento e instaurar um "governo de emergência" no Peru. Na quinta, a Justiça determinou em audiência de custódia a prisão preventiva por uma semana contra ele, atendendo ao pedido do Ministério Público. De acordo com a acusação, a prisão preventiva é necessária para garantir a investigação e identificar outros atores da conspiração e para evitar que ele fuja.

O ex-presidente vai ser investigado por rebelião e conspiração com base nos artigos 346º e 349º do Código Penal do país, com penas previstas de 10 a 20 anos de prisão.

Na audiência de custódia, Castillo não respondeu às acusações no seu direito de defesa e delegou a tarefa aos advogados - dentre eles, o ex-ministro da Justiça e chefe de gabinete do seu governo, Aníbal Torres. "Os crimes de rebelião e conspiração não estão configurados porque não se realizaram", disse a defesa.

Entenda a crise

A dissolução do Congresso peruano não é uma prática incomum no país nas últimas décadas, já que a Constituição elaborada durante o governo de Alberto Fujimori (1990-2000) permite ao presidente dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.

Em 2019, o então presidente do país, Martín Vizcarra, por exemplo, adotou uma medida similar para ampliar seu capital político, mas não instaurou um governo de emergência, nem falou em alterar a Carta Magna, ambas medidas anunciadas por Castillo nesta tarde.

Segundo analistas, estas duas últimas medidas principalmente avançam o sinal e constituem uma ruptura institucional. "O que ocorreu no Peru foi um golpe de Estado com todas as letras", disse ao Estadão Fernando Tuesta, professor da PUC Peru. "Se Castillo tinha baixa legitimidade, agora perdeu sua legalidade. Está usurpando o poder e ninguém deve obediência a ele. "

Para o analista político Carlos Meléndez, Castillo não seguiu as regras da Constituição. "Tanto a dissolução do Congresso feita por Martín Vizcarra quanto por Castillo foram arbitrárias, mas Vizcarra seguiu certa interpretação da Constituição. Castillo agiu fora de qualquer interpretação", afirmou ao jornal.

"Castillo é um amador radical e essa é a pior combinação possível para ser presidente de um país. Ele sempre agiu de maneira extrema, mas não na questão ideológica. Ele quis enfrentar o establishment, no caso o Congresso, que soube se defender", acrescentou.

A tentativa de golpe de Castillo ocorreu poucas horas antes de o Congresso, no qual o presidente não tem maioria, debater uma moção de censura que poderia retirá-lo do cargo. Castillo foi eleito em 2021 por uma pequena margem contra a conservadora Keiko Fujimori com uma plataforma de esquerda e com forte apoio das zonas rurais do país.

Desde então, a oposição já tentou em outras duas oportunidades tirá-lo do cargo por meio de um impeachment, ainda que sem sucesso.

Para analistas, o grande desafio da nova presidente, que, assim como Castillo, não tem experiência prévia em cargos públicos, será construir uma coalizão para governar com certa estabilidade. "Se quiser ficar no poder até 2026, ela precisa construir uma coalizão, algo complicado atualmente porque continuam existindo as bancadas mais populares, anti-establishment, que atuaram com Castillo. Dina Boluarte foi expulsa do partido Peru Livre depois de romper com Castillo", explicou Melendez. (Com agências internacionais).

Meios de comunicação peruanos condenaram a tentativa do ex-presidente de romper com a ordem constitucional e classificaram líder esquerdista como 'golpista', 'destituído' e 'preso'

A tentativa de golpe de Estado e a prisão do ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, monopolizou a cobertura da imprensa peruana nesta quinta-feira, 8. O principais jornais do país destacaram nas capas de suas edições impressas a queda de Castillo após o anúncio de fechamento do Congresso e a condução da vice-presidente Dina Boluarte ao cargo máximo da política nacional.

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O Diario Perú21 foi um dos mais incisivos em destacar as repentinas viradas de mesa políticas. "Amanheceu presidente e foi dormir presidiário", estampou o jornal na manchete, chamando a sucessão de eventos de "tragicômico sucesso político".

A publicação também destacou a transferência de Castillo, na noite de quarta, à Direção de Operações Especiais da Polícia (Diroes), na zona leste de Lima. "Pedro Castillo acompanha agora a [Alberto] Fujimori na Diroes por tentar impor uma ditadura", acrescentou.

Em outro texto destacado na capa, o jornal afirma que "A democracia e as instituições no Peru são mais sólidas do que [nós] os peruanos imaginávamos".

O jornal El Comercio, um dos mais tradicionais e de maior circulação no país, destacou em sua manchete a condução de Dina Boluarte à Presidência do país, mas também reservou uma chamada de capa para a prisão do ex-presidente, referindo-se a ele como golpista. "Detêm ao golpista Castillo por rebelião e pode pegar até 20 anos de prisão".

O jornal peruano também resume da seguinte forma os acontecimentos de quarta-feira: "Logo ao anunciar a dissolução do Congresso e a instauração de um "governo de exceção", [Castillo] foi destituído por incapacidade moral com 101 votos no Parlamento e detido em flagrante por quebrar a ordem constitucional."

O tradicional Diario Correo também foi duro ao se referir a Castillo. "O final de um golspita", estampou o periódico com mais de meio século de circulação. E acrescentou: "Pedro Castillo fracassa em uma tentativa de perpetrar um golpe de Estado e é detido em flagrante."

O La República circulou em edição extraordinária destacando "A primeira mandatária mulher da história do Peru", e com uma chamada em forma de pedido. "Presidenta Boluarte, governe de frente para o país". A menção ao ex-presidente Castillo ficou restrita a dois destaques secundários.

"Em Barbadillo: onde terminam os golpistas", dizia um deles, em referência ao complexo prisional de Lima para onde o presidente foi inicialmente enviado. Imediatamente acima, em outro destaque, lê-se: "O fracassado asilo de Pedro Castillo no México", em referência a tentativa de fuga do presidente, antes de ser detido.

O La Razón também publicou uma edição especial sobre a tentativa de golpe. "Destituído e preso", escreveu o jornal, detalhando o caso da seguinte forma: "Tentou fugir e se asilar na Embaixada do México, mas equipe da Swat executou uma operação de captura."

No topo da edição, o jornal dá destaque à posse de Dina Boluarte: "Dina jura como presidente e chama à unidade", escreveu.

Entenda o caso

O presidente do Peru, Pedro Castillo, anunciou a dissolução do Congresso e a criação de um "governo de emergência" na quarta-feira, 7. O movimento foi uma última cartada do presidente para evitar que os parlamentares votassem seu impeachment, que seguiu mesmo assim e o destituiu do poder.

Em 16 meses no poder, a oposição majoritária no Congresso pressionou Castillo com três pedidos de impeachment, mas não havia conseguido o número de votos necessário para sua destituição nas duas primeiras tentativas.

Sem o respaldo de nenhuma esfera de poder - Legislativo, Judiciário, Forças Armadas, Polícia Nacional e nem do próprio gabinete -, Castillo foi preso horas depois de anunciar a dissolução do Parlamento, após deixar o Palácio Presidencial e tentar se refugiar na Embaixada do México.

Ainda na noite de quarta-feira, o ex-presidente foi transportado de helicóptero até a base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, onde deve ficar recluso por até 15 dias, sob investigação. Ele deve ser acusado pelo crime de sedição, por atentar contra a ordem democrática do país.

O ex-presidente do Peru Pedro Castillo, destituído do cargo após tentar fechar o Congresso e dar um golpe de Estado, foi levado para uma base policial no leste de Lima na noite de quarta-feira (7). Castillo foi preso na tarde de quarta, após anunciar um governo de emergência no país, horas antes de uma votação parlamentar sobre seu afastamento do cargo.

O ex-presidente foi transportado de helicóptero até a base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, onde deve ficar recluso por até 15 dias, sob investigação. Ele deve ser acusado pelo crime de sedição, por atentar contra a ordem democrática do país.

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A tentativa de Castillo de fechar o Congresso e estabelecer um governo de emergência teve reação imediata. Tanto oposição quanto aliados repudiaram a tentativa e o isolaram politicamente. Ele também não contava com apoio no Judiciário e nem das Forças Armadas.

Ainda na quarta-feira, as Forças Armadas peruanas e a Polícia Nacional emitiram uma nota afirmando que se manteriam fiéis à Constituição e não acatariam nenhuma ordem contrárias à Carta Magna do país. Duas horas após o anúncio público de Castillo, ele foi preso ao deixar o Palácio Presidencial com sua esposa.

Pressão e ameaça de impeachment

Castillo foi eleito em 2021 por uma pequena margem contra a conservadora Keiko Fujimori com uma plataforma de esquerda e com forte apoio das zonas rurais do país. Desde então, a oposição já tentou em outras duas oportunidades tirá-lo do cargo por meio de um impeachment, até então sem sucesso. O Ministério Público do Peru acusa Castillo de corrupção relacionada ao superfaturamento de obras públicas em ao menos seis investigações preliminares. Ele se diz inocente e alvo de perseguição judicial.

O Peru vive uma profunda instabilidade política desde a eleição de Pedro Pablo Kuczynski, em 2016, em meio aos impactos da operação Lava Jato no país. Desde então, ao menos quatro ex-presidentes do país foram presos acusados de corrupção: O próprio Kuczynski, Alejandro Toledo, que vive refugiado nos Estados Unidos, Ollanta Humala e Alan Garcia, que cometeu suicídio quando a polícia apareceu para prendê-lo em sua residência em 2019.

Entenda o caso

A dissolução do Congresso peruano não é uma prática incomum no país nas últimas décadas, já que a Constituição elaborada durante o governo de Alberto Fujimori (1990-2000) permite ao presidente dissolver o Parlamento e convocar novas eleições.

Em 2019, o então presidente do país, Martín Vizcarra, por exemplo adotou uma medida similar para ampliar seu capital político, mas não instaurou um governo de emergência, nem falou em alterar a Carta Magna, ambas medidas anunciadas por Castillo nesta tarde.

Segundo analistas, estas duas últimas medidas principalmente avançam o sinal e constituem uma ruptura institucional. "O que ocorreu no Peru foi um golpe de Estado com todas as letras", disse ao Estadão Fernando Tuesta, professor da PUC Peru. "Se Castillo tinha baixa legitimidade, agora perdeu sua legalidadde. Está usurpando o poder e ninguém deve obediência a ele."

Para o analista político Carlos Meléndez, Castillo não seguiu as regras da Constituição. "Tanto a dissolução do Congresso feita por Martín Vizcarra quanto por Castillo foram arbitrárias, mas Vizcarra seguiu certa interpretação da Constituição. Castillo agiu fora de qualquer interpretação", afirmou ao Estadão.

"Castillo é um amador radical e essa é a pior combinação possível para ser presidente de um país. Ele sempre agiu de maneira extrema, mas não na questão ideológica. Ele quis enfrentar o establishment, no caso o Congresso, que soube se defender", acrescentou

Para analistas, o grande desafio da nova presidente, Dina Boluarte, que, assim como Castillo não tem experiência prévia em cargos públicos, será construir uma coalizão para governar com certa estabilidade. "Se quiser ficar no poder até 2026, ela precisa construir uma coalizão, algo complicado atualmente porque continuam existindo as bancadas mais populares, anti-establishment, que atuaram com Castillo. Dina Boluarte foi expulsa do partido Peru Livre depois de romper com Castillo", explicou Meléndez.

Gestão marcada por instabilidade

O governo de Castillo foi marcado por escândalos de corrupção e investigações criminais, bem como pela instabilidade política, com trocas constantes de ministros. Os promotores o acusaram de liderar uma organização criminosa com legisladores e familiares para lucrar com contratos do governo e de repetidamente obstruir a Justiça.

No mês passado, o líder peruano ameaçou dissolver o Congresso usando uma manobra constitucional controversa, e meios de comunicação locais relataram recentemente que ele tentou entrevistar líderes militares sobre o apoio a tal medida.

Durante seu mandato, ele teve mais de 80 ministros e ocupou muitos cargos com aliados políticos sem experiência relevante, alguns dos quais enfrentaram investigações por corrupção, violência doméstica e assassinato.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 7, por meio de nota, que a destituição do presidente peruano, Pedro Castillo, após uma tentativa de golpe de Estado, seguiu os ritos da Constituição do país vizinho e lamentou que um presidente eleito democraticamente tenha tido esse destino.

Lula defendeu diálogo e tolerância como solução para a grave crise política peruana e desejou êxito à tentativa da presidente Dina Boluarte de reconciliar o país.

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"Acompanhei com muita preocupação os fatos que levaram à destituição constitucional do presidente do Peru, Pedro Castillo", afirmou Lula. "É sempre de se lamentar que um presidente eleito democraticamente tenha esse destino, mas entendo que tudo foi encaminhado no marco constitucional. "

Ainda de acordo com Lula, sua expectativa é a de que as forças políticas peruanas trabalhem juntas, dentro de uma convivência democrática construtiva. " Em meu governo, trabalharemos de forma incansável para reconstruir a integração regional, para o que a amizade entre o Brasil e o Peru é fundamental", conclui.

O Congresso do Peru destituiu do cargo o presidente de esquerda Pedro Castillo nesta quarta-feira, 7, horas depois de ele ter tentado dissolver o Parlamento e instaurar, sem sucesso, um golpe de Estado no país. Sem apoio e isolado politicamente, Castillo foi preso duas horas depois de declarar um "governo de emergência" no país. Ele será acusado de sedição.

A vice-presidente Dina Boluarte, também de esquerda, mas rompida com Castillo, assumiu o cargo depois de ter sido empossada no final da tarde. Pedro Castillo tinha sido convidado por Lula, para que comparecesse à cerimônia de posse. A reportagem questionou se, com a prisão de Castillo, a vice Dina Boluarte será convidada.

O ex-ministro e coordenador da transição do governo Lula, Aloizio Mercadante, disse que a tentativa de impor um golpe de Estado no Peru é um gesto inaceitável e que qualquer iniciativa que afronte a democracia deve ser barrada.

"Em relação ao Peru, não temos ainda todas as informações disponíveis, mas há uma missão fundamental e que precisa ser respeitada em toda a América Latina, que é a democracia e a soberania do voto", disse Mercadante, ao ser questionado sobre o assunto.

Mais cedo, o Itamaraty, também por meio de nota, disse acompanhar com "preocupação" a situação política no Peru. Em nota, o Itamaraty classificou os atos do ex-presidente de esquerda Pedro Castillo, que tentou dissolver a Assembleia Nacional e decretar estado de exceção nesta quarta-feira, 7, como "incompatíveis com o arcabouço normativo daquele país".

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou nesta quarta-feira, 7, que acompanha "com preocupação" a situação política interna do Peru, que levou à destituição constitucional do presidente Pedro Castillo pelo Congresso.

De acordo com o MRE, as medidas adotadas por Castillo são "incompatíveis com o arcabouço normativo constitucional daquele país" e "representavam violação à vigência da democracia e do Estado de Direito". "Espera-se que a decisão constitucional do Congresso peruano represente a garantia do pleno funcionamento do Estado democrático no Peru."

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"O governo brasileiro manifesta sua disposição de seguir mantendo as sólidas relações de amizade e cooperação que unem os dois países e deseja êxito à Presidente Dina Boluarte em sua missão como Chefe do Estado peruano", diz a nota.

O presidente peruano, Pedro Castillo, dissolveu o Congresso e instalou um governo de emergência nesta quarta-feira, enquanto os legisladores deveriam votar um novo pedido de impeachment. Em mensagem televisionada à nação, o presidente disse que serão convocadas eleições para um novo Congresso com poderes constituintes o mais breve possível, que deve elaborar uma nova carta magna no prazo de nove meses.

A partir dessa data, o país será regido por decreto-lei e haverá toque de recolher das 22h00 locais até as 4h00.

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O Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal Constitucional e o Conselho Nacional de Justiça também serão reorganizados. O anúncio foi feito quando Castillo enfrentava uma terceira tentativa de impeachment em um ano e meio de mandato promovida por um Parlamento desacreditado que iria debater sua possível destituição por "incapacidade moral permanente".

A Procuradoria investiga o presidente em seis casos preliminares, a maioria por suposta corrupção, e sua hipótese é que Castillo usou seu poder para lucrar em troca da concessão de obras públicas. O presidente negou as acusações. O primeiro presidente de origem rural em 200 anos de república, que chegou ao poder em 2021 sem nenhuma experiência política, já trocou cinco vezes de gabinete com mais de 60 trocas de secretários, o que tem causado a paralisação de diversas políticas governamentais.

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