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Em menos de 15 dias, três ciclistas morreram na Região Metropolitana do Recife (RMR) com acidentes envolvendo bicicletas e ônibus. O último foi na madrugada desta segunda-feira (9), na avenida João de Barros, no cruzamento com a rua Augusto Batista, no Espinheiro. A polícia investiga os três casos.

Nesta tarde, às 15h, serão ouvidos o tenente e guardas da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) que realizaram o bafômetro no PM, o tenente José Ricardo Dias da Silva que atropelou a colega, Liliane da Silva Pereira Leite, de 28 anos, no final do mês passado.

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Os outros dois crimes estão sendo investigados pela Delegacia de Delito de Trânsito. Em relação ao último acidente, o delegado Nelson Mota espera que chegue ainda hoje o Boletim de Ocorrência registrado pelo plantão no último domingo (8) e então serão tomadas as primeiras providência sobre o acidente que ocasionou a morte de Raulan Gadelha, 24.

Já o acidente que levou a morte de Roberto Márcio da Silva, 32, o delegado afirma que há contradição nos fatos. “A versão apresentada pelo condutor do ônibus é que o ciclista vinha no contrafluxo, mas testemunhas dizem que a vítima vinha andando, conduzindo o veículo com a mão, e ia subir a calçada quando o motorista do ônibus ultrapassou outro e acertou o ciclista,” esclareceu. O delegado ainda está aguardando a chegada da perícia do Instituto de Criminalística (IC), e vídeos das câmeras da CTTU e da Polícia para confrontar as informações. 

De acordo com Francisco Irineu, gerente de educação para o trânsito da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), muitas vezes a imprudência do ciclista pode levar a isso. 

Outros fatores como a falta de regulamentação do uso da bike em espaços públicos, ineficiência dos Centros de Formação de Condutores (CFC) e a ausência do uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) por parte dos ciclistas são causadores dos acidentes. “O ciclista precisa entender que a regra para veículos motorizados e não motorizados é a mesma, mas ao mesmo tempo temos esse conflito. O princípio geral é o maior cuidar do menor,” esclareceu o gerente.

Apesar das três mortes, o número de acidentes envolvendo ônibus e bicicletas vêm caindo de acordo com a CTTU. Veja no quadro abaixo. 

Uma dica para os ciclistas é seguir a orientação de fluxo, andar na contramão para ver os veículos é um equívoco, segundo Irineu. Além das faixas luminosas, a bicicleta deve ter buzina e retrovisores. O ciclista deve estar de capacete e sapato fechado, além de ter muita atenção no deslocamento.

Em menos de 48 horas, mais um ciclista é morto e outro fica ferido no trânsito do Recife. No último domingo (30), uma ciclista, policial militar, morreu e dois outros ficaram feridos. O acidente de hoje (2), pela manhã, que causou a morte de um operário e deixou outro ferido, tiveram o envolvimento de ônibus.

O primeiro acidente ocorreu por volta das 7h desta terça-feira, no cruzamento das Ruas Cidade Monteiro e Avenida Beberibe, em Cajueiro. Segundo informações, um ônibus teria tentado desviar de outros dois coletivos e acabou subindo à calçada e atingindo o ciclista, que morreu na hora.

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O outro ciclista foi atropelado próximo a Delegacia do Espinheiro. A vítima, de nome não divulgado, foi socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Avenida Caxangá. O estado de saúde dela ainda não foi informado. 

Pesquisa - O Portal LeiaJá tem feito coberturas do tema com afinco e, no último dia 26, publicou uma série de três matérias especiais com dados de uma pesquisa inédita sobre o tema, produzida pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau. O levantamento aponta os gargalos dos ciclistas, área de maior fluxo na cidade, perfil e outros itens estratégicos.



Após o atropelamento de três ciclistas neste último domingo (30), que resultou na morte de Liliane da Silva Pereira Leite, de 28 anos, mais uma Bicicletada Extraordinária será realizada em forma de luto. O evento acontecerá na próxima sexta-feira (5), às 18h, na Praça do Derby, área central do Recife, tendo como percurso as imediações do acidente, próximo ao Forte do Brum, no bairro do Recife.

Homenagens marcarão todo o evento, entre elas a fixação de uma "Ghost Bike" simbolizando um memorial pela morte e acidentes causados. Segundo os organizadores, que criaram um evento na rede social Facaebook, a Bicicletada tem o objetivo de pedir mais respeito e prioridade nas políticas públicas de mobilidade. 

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Além da vítima fatal, outras duas vítimas ficaram feridas: Ismael Silva Leite e mais um estudante de 19 anos foram arremassados a uma distância de 10 metros, onde Liliane ficou presa entre o para-choque e uma palmeira, vindo a falecer na hora. Segundo testemunhas, o motorista do carro é um oficial da Polícia Militar, identificado como José Ricardo Dias Silva, que prestou soccoro no momento do acidente. O caso vai ser investigado pela Delegacia do Recife Antigo.

Confiram mais sobre o evento AQUI.

O incentivo ao ciclismo como alternativa para desafogar o trânsito no Recife se transformou em mote de campanha de muitos candidatos a prefeito da cidade. No entanto, ninguém fala ou demonstra conhecer bem o tema - o perfil do segmento na capital pernambucana, os “gargalos” do dia a dia e aspirações. Além das áreas de maior fluxo dos ciclistas na cidade e o grau de satisfação dos serviços de apoio público e privado.

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O Portal LeiaJá, numa iniciativa inédita, divulga nesta terça-feira (26) um "raio X" sobre o tema, encomendado ao Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN).  Foram entrevistadas 623 pessoas, representantes das seis Regiões Política Administrativa da Cidade (RPAs) - forma como a Prefeitura divide a cidade . O levantamento tem como base uma amostragem aleatória simples, com nível estimado de 95% de confiança e uma margem de erro de 4,0 pontos percentuais.

Num primeiro momento, a pesquisa revela que a maioria dos recifenses, 65,8%, não tem bicicleta -  questionados se pretendem adquirir, 65,2% responderam não. Segundo os participantes da levantamento, o trânsito é o maior impedimento para que o discurso de incentivo surta algum efeito na prática. O tema é destacado por 21,0% dos entrevistados. 

O principal fator desse impedimento demonstra total sintonia com outro item da pesquisa que questiona se, na opinião dos entrevistados, motoristas e motociclistas respeitam os ciclistas. A negativa é contundente, basta conferir no quadro à direita que o perecentual é de  99,1%.

Ao repercutir esse item do diagnóstico do IPMN, a reportagem do LeiaJà encontrou a empresária e professora de moda, Izabel Carvalho. Ela conta que ainda chegou a adquirir uma bicicleta no Recife, há 20 anos atrás, influenciada por um amigo inglês que dividia o apartamento com ela, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade. Dois anos depois desistiu por conta do trânsito e não pretende voltar atrás.

Ela critica ainda as condições físicas das ruas e avenidas do Recife. "Os estrangeiros em geral andam a pé ou de bicicleta, quando não usam o metrô .Lá, estacionamento é caro e construções antigas nem sempre tem garagem o que torna caro manter um veículo. A minha bike usei por uns dois anos até depois de tantos sustos dos carros tirando fino, principalmente na avenida Conselheiro Aguiar, cai, torci o pé e não pedalei mais. Os asfaltos ficam cada vez mais altos e forma uma vala funda próximo ao meio fio", conta.

 

A empresária ressalta que mesmo quando está dirigindo sente na pele as dificuldades do ciclista, o que a leva a crer, mais ainda, que não ter uma bike é mais seguro, apesar de todos os atropelos que um veículo de quatro rodas provoca - dificuldade para estacionar, engarrafamentos, poluição. "Até quando estou dirigindo, o que faço pouquíssimo hoje, apesar de manter um veículo que tem 12 anos, respeito a distancia do ciclista. Mas o carro atrás buzina enloquecidamente. Raríssimos respeitam", afirma. É bom lembrar que o Artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) define como infração média, com penalidade de multa, o motorista que não manter a distância de 1,5m do ciclista. 

Em outro momento os entrevistados responderam quanto a finalidade do uso da bicicleta, caso resolvessem comprar uma bike. Nesse quesito, a amostra registra que 28,1% aponta para o lazer, diferente de outras metrópoles no mundo, onde as "magrelas" são meios de transporte para se chegar ao trabalho, se locomover.

Na visão do coordenador da pesquisa, DJalma Guimarães, a opção pelo lazer explica o fato de o trânsito ser o carro chefe no ranking dos impedimentos que levam o recifense a adquirir uma bicicleta para usar como veículo de locomoção. 

Ainda sobre a pesquisa você pode conferir "Os Gargalos dos ciclistas no Recife" e " Ciclistas homens são maioria no Recife.

Por Adriana Cavalcante

Recife é uma cidade de ciclistas masculinos, em sua maioria, segundo a pesquisado Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN). O registro é de que eles  representam 63,7% do segmento na "veneza brasileira". Sendo também a grande maioria classe social "C", solteiros e na faixa etária de 16 a 24 anos (31,5%), seguida de 25 a 34 anos e 35 a 44, respectivamente (26,3% e 20,7%).

Além disso, a maioria são empregados de carteira assinada, 33,3%. Depois o registro é de autônomos com 25,4% e empregado sem carteira assinada, 12,7%, seguido de outros.

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Para o coordenador da pesquisa Djalma Guimarães, os dados não causam muita supresa, especialmente quando o estudo registra o perfil classe "C" do segmento. "Além da bicicleta ser mais barata do que qualquer um dos outros veículos mais tradicionais, a classe C é maioria absoluta no País", ressalta. A cultura da bicicleta também é mais disseminada entre os jovens pelo espirito aventureiro que as magrelas passam ereferência de preparação física, ao menos Brasil.

O engenheiro eletricista, Wagner Costa, 23, se diz  ciclista desde a infância. Morador da RPA6 (Zona Sul), solteiro e jovem como a pesquisa aponta, mora na área onde a pesquisa aponta ser a segunda RPA onde ocorre o maior fluxo de ciclistas, ele diz que costuma pedalar uma média de 200 quilômetros por semana.

Mas apesar do "privilégio" da ciclovia na orla de Boa Viagem, onde mora, costuma enfrentar mesmo é o trânsito das ruas porque "a ciclovia além de perigosa, sendo cheia de curvas, não liga a outros bairros da cidade, como ao centro da cidade".

De acordo com recente reportagem especial do LeiaJá - denominada Agenda Recife - é quase unanimidade a demanda por ciclovias em toda a cidade.

Fluxo - O levantamento do IPMN revela, ainda, que o fluxo maior de ciclistas ocorre na Região Político Administrativa (RPA 4) quatro, que é como a Prefeitura divide a cidade geograficamente,onde se situam os bairros da Zona Norte da cidade - Ilha do Retiro, Madalena, Prado, Zumbi, Torre, Cordeiro, Torrões, Engenho do Meio, Cidade Universitária, Iputinga, Caxangá e Várzea.  Recife tem seis RPAs.

 "O maior fluxo ocorre, não por coincidência, onde há espaço para o ciclista na área, mais precisamente na avenida Caxangá, próximo a Sudene, e no Cordeiro, onde há ciclofaixas", ressalta o corrdenador da pesquisa, Djalma Guimarães.

Ainda sobre a pesquisa você pode conferir Pesquisa revela raio X do ciclismo no Recife e Gargalos dos ciclistas do  Recife

 Por Adriana Cavalcante

 

 

 

 

 

 

 

 

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A mobilidade no trânsito das grandes metrópoles geralmente é sofrida. No Recife, por exemplo, em quase todos os dias da semana acontecem engarrafamentos, atrapalhando o dia a dia de motoristas, usuários de transportes públicos, e até dos pedestres. Por isso, muitas pessoas apontam o uso de bicicletas como meio de transporte, uma vez que podem melhorar o trânsito e fazer com que as pessoas façam atividades físicas. E, neste domingo (23), algumas vias da capital pernambucana tiveram a presença de cerca de três mil pessoas pedalando. Elas participaram do primeiro passeio ciclístico Pedala PE, que é um programa do Governo de Pernambuco que visa a construção de 100 quilômetros de ciclovias estaduais, a partir do ano de 2014.

No início desta manhã, por volta das 7h, os participantes do evento se reuniram no Quartel da Polícia Militar de Pernambuco, no bairro do Derby. De lá, eles passaram por várias ruas em direção à Praça da República, área central da cidade. Durante o percurso, foi notável a presença de ciclistas de todas as idades, famílias reunidas, profissionais de diversas áreas, enfim, gente de todos os tipos com um único objetivo: mostrar que a bicicleta é um meio de transporte válido, sustentável e que ainda ajuda na manutenção da saúde.


“O Pedala PE foi muito bom e eu acho que deve ser realizado sempre. Eu tenho vontade de andar de bicicleta todos os dias, mas, o trânsito do Recife não deixa, porque tem motoristas que não respeitam os ciclistas”, disse o policial militar João Maurício de Lima. A estudante Tatiana Pontes contou que durante a semana ela não anda sobre as duas rodas, porém, esse hábito está mudando. “No meu dia a dia eu uso ônibus e carro, mas, já comecei a utilizar mais a minha bicicleta. É muito importante para a saúde e ajuda o trânsito a fluir melhor”, falou Tatiana.



Raoni Lima, que também foi um dos ciclistas que participou do Pedala PE, comentou que o passeio foi muito importante e que a bicicleta pode ser a solução para o fim dos engarrafamentos que atrapalham as grandes cidades. “Uma iniciativa como essa é muito importante. As pessoas precisam se conscientizar que a bicicleta é um transporte importante e se mais gente pedalar, tanto o trânsito, quanto a nossa vida ficará mais saudável”, destacou Lima, que é dentista.



Bikes para todos os gostos

Independentemente da qualidade das bicicletas, do preço ou da marca, o que valeu no Pedala PE foi pedalar. Umas tinham amortecedores, eram sofisticadas, e cheias de tecnologias que as deixavam com características de bikes profissionais. Já outras eram bem simples, com os acessórios básicos que uma bicicleta precisa, porém, todos os ciclistas se “equiparam” de um só sentimento: o de destacar a importância da bicicleta com meio de transporte.

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A irreverência também não ficou de fora do passeio. Tinha ciclista fantasiado, bicicletas com cartazes, e até uma bike meio estranha, que o ciclista praticamente pedalava deitado.

Entretanto, algo que chamou bastante atenção das pessoas foi “o transporte sobre rodas” do camelô Edgar Sandro de Albuquerque. Ele é cadeirante e fez questão de participar do Pedala PE. “Eu achei ótimo. Os ciclistas me respeitaram como cadeirante e me ajudaram a seguir todo o caminho. O Recife precisa de mais bicicletas na rua”, disse Edgar.


Para o secretário estadual das cidades, Danilo Cabral, o evento foi positivo. “Foi um sucesso. A cidade está exigindo uma reflexão sobre a mobilidade, e a bicicleta faz parte disso. É um meio importante do ponto de vista do meio ambiente e principalmente para o trânsito”, declarou Cabral, destacando também que o governo segue investindo para a construção das ciclovias.

Após a parada na Praça da República, o passeio seguiu de volta ao Quartel do Derby. O Programa Pedala PE foi lançado no mês de agosto deste ano.

Depois de várias reclamações, ciclistas, motoristas e usuários de ônibus, participaram da  audiência pública sobre o novo binário das Estradas do Arraial e do Encanamento, na noite desta quarta-feira (29), no Centro Comunitário Salesiano do Recife, situado na Estrada do Arraial, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. O evento que foi realizado pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) e o Grande Recife Consórcio de Transportes, que debateram ideias de modificações para as alterações que foram feitas no trânsito do Recife.

Teve muito tumulto e discussão na hora em que as pessoas estavam presentes para sugerir outras modificações para o problema. “Esse projeto deveria ser bem mais estudado, muitas pessoas que utilizam os coletivos foram prejudicadas por causa das mudanças nas paradas de ônibus”, afirmou o ciclista e funcionário público, Nilson Oliveira, de 30 anos. 

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A arquiteta também responsável pelo projeto, Gina Viegas, mostrou para a população que estava presente, algumas propostas que foram discutidas em reunião com os representantes da CTTU e o Grande Recife. Entre elas estão o giro à esquerda na Praça do Parnamirim, sentido Norte/Nordeste, a exclusão de uma das ciclofaixas que está situada na Estrada do Arraial, que segundo ela está incorreta porque os ciclistas estão indo de encontro com os carros, e a colocação de estacionamentos na Rua Flor de Santana, que foi umas das reivindicações da população. “A ciclovia é o futuro dessa cidade, por causa disso incorporamos a proposta do Binário”, enfatizou Gina.

O motorista Severino Ceabra, de 52 anos, também não gostou da situação e explica: "nós perdemos uma faixa, enfrentamos o trânsito que piorou com as mudanças. Quando houver esse tipo de alteração, é necessário que os motoristas sejam consultados, eu concordo na colocação de ciclovias, mas é preciso rever as interdições”.

As alterações aconteceram nas seguintes vias: A Rua Virgínia Loreto, que liga a Avenida 17 de Agosto à Rua João Tude Melo e virou mão única, no sentido da primeira para a segunda via. A retirada do sinal da Praça do Parnamirim, entre as ruas Padre Roma e Desembargador Góes Cavalcante. Os motoristas podiam seguir pela Estrada do Encanamento, hoje não é mais possível devido o desligamento do semáforo. 

“Nós estamos nos reunindo constantemente com a CTTU para viabilizar algumas ruas consideradas residenciais ou alternativas, para a se transformar em vias onde ônibus podem transitar”, conta o representante do Grande Recife Consórcio de Transportes, Klauber Teixeira. 

Como alguns ajustes já aconteceram e outros só entrarão em vigor no próximo sábado (1), muitos grupos contra o binário se formaram. Cezar Martins, de 35 anos, é servidor público e integrante do site cicloacao.org, ele esteve no local e enfatizou, “queremos soluções para o trânsito de pessoas”. 

Maria de Pompéia, presidente da CTTU, falou que todas as propostas apresentadas na audiência serão avaliadas para ver a viabilidade delas. “A gente tem até 30 dias para fazer todas as alterações, já neste próximo sábado a Rua Virgínia Loreto que hoje é mão dupla, torna-se mão única, ela será uma das várias obras que pretendemos fazer até o dia 28 de setembro. Nós ouvimos todas as propostas aqui, e vamos ver o que faremos para contornar e estudar uma ligação dos três pontos das principais ruas”.

Nesta quarta-feira (22) representantes de grupos ciclísticos da Região Metropolitana do Recife (RMR) entregam ao Governador do Estado, Eduardo Campos, um manifesto em apoio ao Programa de Incentivo ao uso da Bicicleta como meio de transporte, o PEDALA PE, lançado pelo Governo do Estado. 

A entrega do documento será feita às 11h30 no gabinete do próprio governador, na sede provisória do Governo do Estado, no Centro de Convenções de Pernambuco. O documento, divulgado pela internet, já conta com mais de 220 assinaturas e teve adesão de todos os 32 grupos que atuam na RMR.

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O Programa Pedala PE tem o objetivo de incentivar o uso da bicicleta, além de planejar medidas de segurança entre os diversos modais (ônibus, carro, metrô e bicicleta) e, consequentemente, a segurança dos ciclistas.

Em uma das principais vias, avenida Ayrton Senna, em Piedade,  no município de Jaboatão dos Guararapes, está sendo executado serviço de sinalização e substituição de luminárias, próximo a rua 4 de Outubro e a avenida Barreto de Menezes. 

A via do lado direito da avenida principal, que dá acesso ao Shopping Guararapes, está recebendo pintura para a circulação de ciclistas. Já no outro lado da via, as demarcações são na faixa exclusiva de ônibus. A conclusão dos serviços está prevista para a próxima semana. A readequação dos semáforos será outra intervenção a ser realizada. 

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O novo binário da Estrada do Arraial com a Estrada do Encanamento completa dez dias nesta segunda-feira (6). Nele foram implantadas ciclofaixas unilaterais e monodirecionais – no mesmo sentido das vias a que se interligam – visando garantir a integração do modal bicicleta para a população da área. Mas apesar dos mais de quatro quilômetros de extensão, a população parece não estar, ainda, preparada para esse tipo de intervenção nas vias.

A reportagem do LeiaJá esteve acompanhando o trânsito no local durante a primeira semana das novas mudanças e flagrou várias imprudências de motoristas que não estão acostumados a dividir a via com ciclistas. Apesar das ações educativas promovidas pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) para que os motoristas se adaptem às mudanças, carros continuam querendo ‘furar ‘ o trânsito passando por cima do espaço destinado aos ciclistas.

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Segundo os próprios agentes de trânsito e guardas municipais que fazem a fiscalização do local, o trabalho feito na primeira semana foi educativo. “Os motoristas infratores tiveram essa primeira semana da mudança para se adaptar. Não estamos notificando ninguém por enquanto, estamos orientando para que as ciclofaixas sejam respeitadas, mas a partir desta segunda-feira (6) vamos começar a multar quem insistir em não se adequar as novas regras”, afirma o guarda municipal, Jardel Barbosa. 

Além da falta de adaptação dos condutores, alguns ciclistas não aprovaram a nova via. Em carta à presidente da CTTU, Maria de Pompéia, um grupo de cicloativista – Cicloação – relatou algumas falhas nas novas instalações e sugerem mudanças para melhoria do binário para garantir a segurança das pessoas que trafegam de bicicleta, tais como reduzir a velocidade dos veículos no semáforo, instalar uma faixa de pedestres na Rua Desembargador Góes Cavalcante.

“A ciclofaixa não contemplou os anseios dos ciclistas locais, que acabam por ter sua mobilidade debilitada por terem que adaptar seu antigo percurso ao de um binário, aumentando as distâncias e os perigos para quem usa a própria perna para se locomover”, diz trecho da carta enviada a imprensa.

Uma petição foi feita para que as devidas mudanças, que irão garantir maior segurança e mobilidade para os ciclistas e pedestres, sejam colocadas em prática.

A Prefeitura do Recife lança nesta sexta-feira (27), um programa inédito no País voltado para a segurança no trânsito no Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho. O programa trata da prevenção de acidentes que envolvem trabalhadores ciclistas. O evento será realizado, nesta manhã, na Praça do Carmo, centro da Cidade.

Atualmente os acidentes de trânsito contribuem em 20% das ocorrências ligadas ao trabalho que chegam às emergências públicas do Recife. Para evitar casos como estes o programa foi elaborado pela Prefeitura do Recife com o apoio dos ministérios da Saúde e do Trabalho e Emprego de Pernambuco. 

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As ações que compreenderão o programa consistem na elaboração de um diagnóstico da situação dos acidentes de trânsito do Recife enfatizando as categorias que utilizam a bicicleta, o levantamento dos estabelecimentos regulados pela Vigilância Sanitária que utilizam a bicicleta como veiculo no transporte de alimentos e ou produtos, a capacitação dos inspetores da Vigilância Sanitária para monitorar, fiscalizar e sensibilizar os trabalhadores que utilizam bicicleta no cumprimento das normas estabelecidas.

O programa contemplará quatro eixos: diagnóstico da situação dos acidentes e das categorias que utilizam a bicicleta para o trabalho, regulamentação das empresas junto à Vigilância Sanitária nos cumprimentos das normas previstas para cada tipo de estabelecimento, articulação social, por meio da mobilização trimestral, via telefone, e-mail, dos ciclistas e dos representantes dos estabelecimentos cadastrados e contatados nos territórios de cada Distrito Sanitário do Recife, educacional no qual haverá a sensibilização com apresentação de vídeos educativos e distribuição de um Kit de segurança (colete noturno refletivo, cartilha educativa e fitas refletivas).

O ciclista Francisco Antônio de Carvalho, de 44 anos, morreu após ser atropelado no km 13 da Rodovia Castelo Branco, em Osasco, na Grande São Paulo, por volta das 13h30 de domingo, anteontem. E seu corpo ficou no local por cerca de sete horas, até que a Polícia Científica chegasse. Segundo testemunhas, peritos disseram que a Polícia Militar demorou para comunicar o caso. Em nota, a PM informou que vai apurar a responsabilidade pela demora na remoção do corpo.

Carvalho era cabeleireiro e morava em São Miguel Paulista, na zona leste. Ele estava em um grupo de dez ciclistas e, ao chegar ao acesso à Marginal do Pinheiros, teve de cruzar parte da rodovia. Parte do grupo já havia atravessado, enquanto ele e mais um ciclista esperavam na faixa zebrada.

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Quando foi atravessar, um Palio cinza o derrubou. O motorista fugiu. Um Toyota Hilux branco não conseguiu frear e passou por cima de Carvalho. O motorista do Toyota prestou socorro, mas a vítima morreu na hora. O caso foi registrado como homicídio culposo e fuga de local de acidente.

Também ciclista, o engenheiro eletrônico Valdson Cleto, de 38 anos, não conhecia a vítima, mas, quando soube do acidente, foi ao local acompanhar o trabalho da polícia. "Como a gente pedala, conhece muita gente desse meio. Ao saber de acidentes com ciclistas, nós já ficamos apreensivos. Fiquei até a hora que o corpo foi levado e estava aquela bagunça: não sabiam nem pra qual DP que ia." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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