Tópicos | CNS

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) reprovou o Relatório Anual de Gestão (RAG), do Ministério da Saúde (MS), do ano 2021. A análise do documento ocorreu durante a 334ª Reunião Ordinária do CNS, realizada nessa quarta (14), na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Essa é a primeira vez que as contas do Ministério da Saúde são reprovadas por unanimidade pelo colegiado. A apreciação do relatório seguiu todos os ritos formais, com a participação de conselheiros e conselheiras nacionais de saúde de forma presencial e de representantes do Ministério da Saúde, de maneira remota.

##RECOMENDA##

“A reprovação unânime por todos os participantes do plenário neste dia é histórica. Demos de maneira equânime, a todos os atores do controle social, o direito de participar e de se posicionar. Isso é de grande impacto, porque enxergamos que em 2021 tivemos inúmeras situações muito críticas que afetaram gravemente toda nossa população e foram tratadas de maneira irresponsável pelo governo federal”, afirma André Luiz de Oliveira, coordenador da Comissão de Orçamento e Financiamento (Cofin) do CNS.

Na ocasião, o colegiado ressaltou que no ano de 2021 o Brasil se tornou o segundo país do mundo com o maior número de óbitos provocados pela Covid-19, ficando atrás somente dos Estados Unidos, totalizando mais de 420 mil mortes. Os conselheiros também destacaram que em 2021 houve uma diminuição de repasses aos estados e municípios, quando comparado a 2020, e que em termos per capita os valores empenhados no ano foram similares aos do início da década, em 2010.

A Cofin é a comissão responsável pela tarefa de analisar anualmente o RAG, para subsidiar o processo de avaliação e deliberação dos conselheiros nacionais de saúde. A análise da execução orçamentária e financeira do MS foi realizada com base nas planilhas encaminhadas mensalmente para a Cofin pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO/MS).

Também foi realizada uma avaliação complementar do RAG, feita pelas demais comissões intersetoriais e câmaras técnicas do CNS, com base nos objetivos e metas do Plano Nacional de Saúde (PNS).

“Reprovamos o RAG porque o Ministério da Saúde e o governo federal seguem insistindo em não aplicar o orçamento previsto, dificultando a vida dos brasileiros e brasileiras, causando morte e tristeza. Não poderíamos, de maneira nenhuma, aprovar algo que não atendia nem o orçamento que estava previsto, que já era insuficiente. Continuaremos tendo essa posição enquanto não for feita a aplicação de recursos de forma eficiente e correspondendo aquilo que está previsto no orçamento”, completa o presidente do CNS, Fernando Pigatto.

RAG é um instrumento básico de planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS), que apresenta elementos fundamentais para o acompanhamento e avaliação das iniciativas quadrienais amplamente indicadas pelo Plano Nacional de Saúde (PNS) e anualmente operacionalizadas pela Programação Anual de Saúde (PAS), sob responsabilidade do MS. O CNS vem reprovando o relatório desde 2017. 

Da ascom da CNS

Na última segunda-feira (18), a 22ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal decidiu que o Ministério da Educação deve consultar o Conselho Nacional de Saúde (CNS) para autorizar e reconhecer cursos em medicina. 

Segundo a ação, o MEC dispensou a manifestação do conselho na autorização de cursos de graduação em medicina de instituições de ensino privadas no âmbito do programa Mais Médicos.

##RECOMENDA##

De acordo com o Ministério Público Federal, "simplificaram o processo de autorização e credenciamento de cursos de medicina abrangidos pelo programa". O MPF entendeu afirma que o conselho deve avaliar os cursos que já estão em andamento. O juiz à frente da decisão, Ed Lyra Lea, considerou ainda que o conselho é "um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo, integrante da estrutura regimental do Ministério da Saúde".

O magistrado citou um trecho da resolução do CNS que estabelece que o órgão deve "articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais".

O Brasil e o mundo estão vivendo uma grave crise sanitária com a pandemia da Covid-19. O desfinanciamento constante do Sistema Único de Saúde (SUS), a negligência e o negacionismo do Estado diante das ações de enfrentamento ao coronavírus ainda são barreiras que impedem a ampliação das vacinas para todos e todas no Brasil. É por isso que o Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta sexta (29), às 19h, vai realizar a atividade “Abraçar a vacina é amar: a vida, a ciência e o SUS” no Fórum Social Mundial 2021. O evento será virtual, com acesso livre no Facebook e Youtube do Conselho.

O Brasil segue como um dos países mais afetados, vivendo uma aceleração tanto dos casos de Covid-19 quanto da perda de vidas decorrentes da doença, totalizando mais de 8 milhões e 600 mil casos confirmados e mais de 217 mil óbitos, até o dia 25 de janeiro de 2021. A atual situação da pandemia no país, inclusive com a vários episódios de colapso do sistema de saúde, demonstra que muitas pessoas ainda irão contrair a doença. Consequentemente, haverá um aumento ainda maior no número de internações seguido pelo aumento do número de vidas perdidas.

##RECOMENDA##

Vacinação e Equidade

Para além das condições clínicas e de comorbidades, os impactos da pandemia não são iguais para todas as pessoas e grupos sociais da sociedade brasileira. É preciso que o governo leve em consideração as populações que vivem mais vulnerabilidades no país, como grupos prioritários para a vacinação, que é totalmente segura para qualquer pessoa.

O objetivo da atividade é abordar a vacina contra a Covid-19 como um bem comum e universal, e discutir os desafios tanto para o seu acesso buscando a equidade, quanto para a luta de sua efetivação plena para a população brasileira. A atividade vai contar com a presença de profissionais da saúde, ativistas do SUS e acadêmicos em três painéis diferentes: O Papel da Ciência – Pesquisa e Produção – para o acesso universal às vacinas contra a Covid-19; O Papel da Ciência – Regulação Sanitária – para o acesso universal às vacinas contra a Covid-19; e O princípio da equidade para o acesso universal à vacinação.

O que é o Fórum Social Mundial?

O Fórum Social Mundial é um evento internacional que ocorre desde 2001, reunindo mais de cem países diferentes, organizado coletivamente por inúmeros ativistas, pesquisadores e trabalhadores de diferentes áreas, sempre em defesa dos Direitos Humanos e do desenvolvimento social entre as nações.

*Da assessoria 

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) publicou uma recomendação na sexta-feira, 22, em que pede a suspensão imediata das orientações do Ministério da Saúde para o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina no tratamento de casos leves do novo coronavírus. "Até o momento, não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica", justifica o documento.

Segundo a recomendação, o "momento excepcional" da pandemia da covid-19 "não pode significar que a racionalidade deva ser abandonada nem que a população deva ser exposta a condições de maior vulnerabilidade". Ela é assinada pelo presidente do conselho, Fernando Zasso Pigatto.

##RECOMENDA##

O documento também recomenda que não seja recomendada "qualquer medicamento" para prevenção da covid-19, "pela ausência de confirmações de uso seguro aos usuários", e que o ministério "desempenhe seu papel na defesa da ciência e a redução da dependência de equipamentos e insumos, construindo uma ampla e robusta produção nacional".

Além disso, pede que o Ministério Público Federal (MPF) "tome as devidas providências" para que as orientações para manuseio medicamentoso precoce de pacientes com diagnóstico da covid-19 sejam suspensas.

Na quarta-feira, 20, o Ministério da Saúde publicou um novo protocolo, que libera os dois medicamentos no tratamentos de todos os pacientes com sinais da doença. Para o conselho, contudo, a mudança "não se baseia em evidências científicas" e faz referências a estudos "criticados pela comunidade científica".

A recomendação do CNS ainda diz que o ministério descumpriu a legislação do Sistema Único de Saúde (SUS) por indicar os medicamento para um uso que não está registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, tampouco, teve análise e elaboração de diretrizes terapêuticas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

O conselho ainda chama a mudança de protocolo de uma "decisão política tomada por não especialistas em saúde".

Ele também cita artigos publicados em revistas científicas internacionais que apontam efeitos dos medicamentos no tratamento de pacientes do coronavírus, especialmente em relação a problemas cardíacos, além de diretrizes médicas publicadas por entidades brasileiras, como a Associação de Medicina Intensiva e a Sociedade Brasileira de Infectologia, dentre outras.

"Considerando que a necessidade de avaliação dos pacientes através de anamnese, exame físico e exames complementares nos equipamentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), trará um grande impacto à atenção primária e de média complexidade, ao qual o sistema não está adaptado para regular neste presente momento", aponta ainda o texto.

O CNS é uma instância colegiada do Sistema Único de Saúde (SUS), que tem o objetivo de fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde.

Ele tem 48 conselheiros, que são representantes dos segmentos de usuários, trabalhadores, gestores do SUS e prestadores de serviços em saúde, além de representantes de movimentos sociais, instituições governamentais e não governamentais, entidades de profissionais de saúde, comunidade científica, entidades de prestadores de serviço e entidades empresariais da área da saúde.

Embora o governo negue a intenção de recriar a CPMF, o setor de serviços defende que a nova desoneração da folha de pagamentos seja compensada por um tributo que incida sobre as movimentações financeiras, nos moldes do antigo "imposto do cheque". Uma proposta da Confederação Nacional dos Serviços (CNS) foi entregue ao secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, que já disse que a redução dos encargos sobre a folha de salários será a prioridade do órgão.

A entidade propõe que a contribuição patronal ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) - cuja alíquota chega a até 20% sobre a remuneração dos empregados - seja zerada e substituída por uma Contribuição Previdenciária sobre Movimentação Financeira.

##RECOMENDA##

No entanto, o presidente da CNS, Luigi Nese, avalia que a sigla CPMF (que também se encaixaria no tributo proposto) seja alterada por um "nome fantasia" diferente.

"A batalha de comunicação é mostrar que a proposta traz um benefício para a sociedade. O nome da CPMF foi estigmatizado, mas desta vez seria um imposto diferente voltado exclusivamente para a Previdência", defende Nese. "Com a discussão sobre a reforma da Previdência na ordem do dia, esse é o momento de descaracterizar pressão sobre a CPMF com um nome melhor", acrescenta.

Alíquotas

Além de zerar a contribuição patronal de todas as empresas do País, a proposta prevê o corte em 2 pontos porcentuais das alíquotas pagas pelos trabalhadores com carteira assinada para o INSS. Ou seja, as alíquotas de 11%, 9% e 8% passariam a ser de 9%, 7% e 6%, respectivamente.

"É importante destacar que a proposta não pretende onerar os salários ou punir o trabalhador que precisa sacar o seu dinheiro. Com a redução das alíquotas do INSS, 50 milhões de trabalhadores não seriam onerados. Uma coisa compensaria a outra", explica Nese.

O estudo elaborado pela entidade mostra que a perda de arrecadação com o fim do imposto patronal e a redução das alíquotas do INSS seria da ordem de R$ 183,772 bilhões por ano.

Para repor esses valores, a alíquota estimada para a nova CPMF seria de no mínimo 0,78% sobre cada movimentação financeira. Em 2007, quando a CPMF deixou de existir, a alíquota era de 0,38%.

"A alíquota é bem pequena porque estamos falando de uma base maior em que todos pagariam. A própria Constituição prevê que a seguridade social deve ser financiada por toda a sociedade", completa o presidente da CNS. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Nacional de Saúde em Brasília (CNS) concedeu na manhã desta quinta-feira (27) um parecer favorável à abertura do curso de medicina para a Universidade Católica de Pernambuco - Unicap. 

O Ministério da Educação deve receber em breve o comunicado do CNS e proceder com a autorização definitiva para a implantação do curso na instituição de ensino superior. 

##RECOMENDA##

No final do ano passado, avaliadores do MEC estiveram na universidade e aprovaram a estrutura dos laboratórios e salas de aula. 

Para as atividades práticas, a universidade firmou parcerias com hospitais de alta complexidade administrados pelo Governo do Estado, além dos hospitais comunitários filantrópicos como Maria Lucinda e Santa Casa de Misericórdia. A Católica também firmou convênios com a Prefeitura de Olinda para atuar nas policlínicas e nas unidades de saúde da família da cidade. Há também uma parceria com a Prefeitura do Recife. No caso da capital pernambucana, o curso de Medicina da Unicap se utilizará de parte da estrutura da Maternidade Barros Lima.

A partir de 2012, todos os recifenses atendidos ou não pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisarão se cadastrar no sistema para obterem o registro e o Cartão Nacional de Saúde (CNS). Para obter a inscrição, o usuário deverá se dirigir à Unidade de Saúde da Família mais próxima (USF) para solicitar a inclusão no cadastro.

Conforme o Ministério da Saúde, o objetivo da medida é que todos os brasileiros tenham o cadastro e o CNS. Por meio desse cadastro, o sistema irá melhorar e modernizar o gerenciamento de informações, racionalizar os serviços de saúde, e acelerar os processos.

##RECOMENDA##

De acordo com a Secretaria de Saúde, será de responsabilidade das unidades cadastrar, prioritariamente, os usuários que procurarem atendimento. Para aqueles cuja demanda seja apenas a emissão do cartão, o atendimento irá variar de acordo com a capacidade de cada unidade de saúde, com regras definidas pelas próprias Equipes de Saúde da Família.

Planos de Saúde - Os cidadãos que são usuários de planos de saúde não devem se preocupar com o cadastramento no SUS, pois a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu do Ministério da Saúde o número do Cartão Nacional de Saúde dos 31 milhões de usuários de planos privados.

Já o cadastro dos usuários não identificados nesse processamento será efetuado, posteriormente, pelas operadoras.

 

 

 



 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando