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Garrafas, caixas de papelão, sacos plásticos, embalagens de leite. Muitos desses objetos são corriqueiros e fazem parte do dia a dia de milhares de pessoas. Quando fazemos feira no supermercado, compramos um lanche rápido na rua, ou até mesmo quando precisamos armazenas utensílios temporariamente em um local. Muitos materiais são úteis no nosso cotidiano, mas os problemas surgem quando não precisamos mais de determinada embalagem pois sua utilidade já acabou. Onde vão parar os materiais que descartamos? O que é feito com todas as embalagens de produtos que usamos no dia a dia depois que eles acabam? 

Segundo Daniel Saboya, diretor da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), órgão responsável pela coleta de resíduos e de materiais recicláveis na capital pernambucana, o desafio maior é atender às demandas da população no período de chuvas intensas na cidade. “Equipes de operações especiais e remoção de resíduos volumosos são acionadas de imediato no caso de possibilidades de arraste de materiais para rios, canais, galerias e que também possam vir a interditar vias, diz o diretor. 

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Em entrevista ao LeiaJá, ele afirmou que algumas medidas são tomadas, uma delas é alertar a população de colocar os resíduos em frente às residências no turno e horário mais próximo da coleta pela equipe de garis e caminhões de coleta. “Pedimos sempre à população para estar atenta aos dias e turnos corriqueiros de coleta dos resíduos para que o material não fique muito tempo em frente às residências, pois se esses materiais ficarem muito tempo expostos podem gerar incômodos, dificultar a circulação, atrair vetores ou ainda serem arrastados no caso de chuvas torrenciais”, informou Saboya. 

Dificuldades na hora da coleta 

Ainda de acordo com Daniel Saboya, existem algumas situações menos favoráveis para a coleta no período de chuvas, que pode causar danos aos materiais recicláveis e aos dejetos não reutilizáveis, além de aumentar os riscos de infecções na população. 

“A disposição dos resíduos em frente às residências e guardas temporários em sacos e recipientes inapropriados, que facilitam a dispersão de materiais; a disposição dos resíduos em locais e horários inadequados; o acúmulo de materiais nos canais, galerias e sistema de drenagem da cidade, provocado pelo descarte irregular de resíduos sólidos; o aumento do trânsito e a dificuldade de acesso em alguns locais pelo elevado índice de chuvas”, listou o diretor. 

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Triagem em cooperativas 

Uma das ações da autarquia é a manutenção de parcerias com organizações que trabalham com a separação e venda de materiais recicláveis (como os citados no início da matéria), para empresas que reutilizam em seus produtos. Uma dessas organizações é a Cooperativa Reciclando Vidas, localizada no bairro de São José, região central do Recife. 

Funcionando há três anos, o espaço se dedica aos processos de triagem e compactação dos materiais. Segundo o presidente Esmeraldo Emilho, o trabalho é diário, mas faz a diferença. O caminhão da prefeitura chega carregado de material recolhido nos bairros da cidade, e que é distribuído nas mesas de triagem. Os trabalhadores, então, começam a abrir as sacolas e a separar os materiais por tipo: garrafa de óleo, garrafa PET, frascos de água sanitária, caixas de papelão, latas, entre outros. 

Depois de encherem grandes sacos, trabalho que pode levar cerca de uma semana, os materiais, devidamente separados, são levados para uma prensa, onde são montados os fardos que são vendidos para empresas que trabalham com reutilização de materiais. A precificação é feita por quilo, e varia de material para material. Um fardo de garrafa PET, por exemplo, é cotado a R$ 3,10 por quilo, e o peso vendido pode chegar de 80 a 100 kg, por semana.  O faturamento é dividido entre todos os cooperados, que atualmente são 16 pessoas, incluindo Seu Esmeraldo. 

Funcionando desde 2021, a Reciclando Vidas apresenta bons números de triagem e venda de materiais. Em 2022 foram vendidos o total de 240 mil quilos de materiais para empresas. Este ano, até o mês de julho, já foram repassados 167 mil quilos, tendo uma média de 20 mil a 30 mil quilos por mês. 

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Dificuldades na triagem 

Durante o trabalho de triagem dos materiais, todos os trabalhadores utilizam equipamentos de proteção individual, sendo os principais deles luvas e máscaras. Muitas vezes um material é retirado de um saco com rejeito orgânico, fato que ocorre quando, em uma casa, existe apenas um recipiente para colocar todo o lixo doméstico. O que não é aproveitado, é encaminhado, como rejeito, para aterros sanitários. 

Uma das dificuldades encontradas “o material que vem do caminhão, no tempo de inverno, ele não chega muito molhado porque molha mais a parte de cima, a o caminhão tem uma lona que protege. O que chega a molhar mais é papelão, mas o próprio espaço da cooperativa ajuda a proteger da chuva também (...) O que vem pra gente aqui, o material já é um material limpo, já dá pra ser usado”, explicou Seu Esmeraldo. 

O presidente da cooperativa disse, no entanto, que o problema maior na triagem é a falta de conscientização da população na hora de separar os dejetos, seja em casa ou na rua, nos lixeiros de coleta seletiva, dos coloridos, que são comuns em vias públicas. “Tem alguns que vêm de praças, tem muita gente que usa certo, mas tem gente que usa de má fé, bota todo tipo de coisa no lixeiro”, disse o cooperado. 

“Se a turma botasse a mente pra trabalhar, pensar, separar os materiais recicláveis do que é rejeito. Resto de comida, que não deve ser mandado para nenhuma cooperativa, coco, por exemplo. Se o pessoal de casa tivesse bom senso, dava para separar o rejeito dos materiais [recicláveis]: plástico, PET, lata. Só é pegar um balde em casa e fazer, mas tem muitas pessoas que não fazem assim, principalmente nos bairros”, compartilhou. 

Dicas para fazer o descarte correto de lixo doméstico 

- Dispor os resíduos nos horários mais próximos à coleta;  

- Acondicionar preferencialmente em sacos de 100L ou recipientes convenientemente fechados, sem líquido e com vidros embalados corretamente em seu interior; 

- Sob nenhuma hipótese, colocar os resíduos nas linhas d’água e próximos ao sistema de drenagem. 

- Os principais resíduos recicláveis são papel, papelão, plásticos em geral, isopor, tetrapak, vidros, metais e eletrônicos.  Eles devem estar acondicionados no mesmo saco ou recipiente e devem estar previamente limpos e secos.  Em hipótese alguma podem estar misturados com resíduos orgânicos ou materiais não recicláveis como resíduos de alimentos, fraldas, resíduos de banheiros e outros. 

 

A data 14 de agosto é marcada como o Dia Nacional de Controle da Poluição Industrial. Com o aumento de indústrias no Brasil, a estimativa de a poluição e a forma de administração reciclável no meio ambiente afetarem o país é maior. Mas, para isso, existem ações relacionadas à sustentabilidade industrial e ambiental que podem ser colocadas em prática para melhorar o meio ambiente e garantir o crescimento econômico do negócio. Confira a seguir, cinco maneiras de diminuir a poluição com as indústrias: 

Reutilizar e reciclar os resíduos: De acordo com a indústria de plástico Infinity, localizada em São Paulo, eles mesmos reutilizam e reciclam o plástico produzido para as lojas de materiais de construção. O diretor da empresa, Lenilson Maciel, afirma que a empresa faz parcerias com os catadores de materiais recicláveis e que possui uma organização em separar os grãos antes da transformação do plástico e na abordagem após o ciclo estar completo. 

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Optar por transportes coletivos: A companhia Neoenergia promoveu, em maio, uma série de ações  para a necessidade de repensar sobre o descarte de resíduos recicláveis de forma responsável em Pernambuco. Para isso, distribuidora utilizou o caminhão 100% elétrico do Projeto Vale Luz, que começou a andar nos pontos de arrecadação do projeto. O veículo elétrico concede descontos na conta de energia em troca de material reciclável. A intenção é receber resíduos possíveis dos clientes residenciais inscritos no projeto. A Neoenergia possui uma lista com os nomes das entidades cadastradas que entregam os resíduos e que doam valores para as instituições beneficentes. 

Fazer a coleta seletiva: Uma ação foi realizada de forma diferente em Guarulhos, São Paulo, em outubro de 2022, quando as cooperativas e indústrias receberam consultorias para aperfeiçoarem o serviço, de acordo com o site oficial da Prefeitura de Guarulhos. Seis cooperativas de reciclagem receberam certificação de uma consultoria com foco no crescimento institucional das entidades, oferecidas pela Prefeitura. Algumas das cooperativas locais participam do programa Coleta Seletiva Solidária, que recolhe e destina corretamente os resíduos recicláveis separados pela população a fim de gerar trabalho e renda.  

Segundo a Jaqueline Luiza Conceição, que está à frente dos projetos socioambientais de Guarulhos, como o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), explica mais sobre a atuaçaõ do poder público: "O poder público tem uma parte da indústria que vai reprocessar, então, todos eles são responsáveis por essa embalagem”, enfatiza.   

Pesquisas 

A pesquisa sobre o acumulado histórico de emissões de gás carbônico põe o Brasil entre os maiores poluidores do mundo. No estudo, que leva em consideração pela primeira vez o desmatamento ao contabilizar a liberação de CO2, o país aparece em quarto lugar no ranking de emissões desde 1850. O levantamento foi feito pelo think tank internacional Carbon Brief e leva em conta dados de emissões de queima de combustível fóssil, mudanças no uso do solo, produção de cimento e desmatamento de 1850 a 2021. 

Já os dados do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb) indicam que 13,5% de 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos são plásticos produzidos no país. Estudos apontam que aproximadamente 45% dos resíduos em Guarulhos são recicláveis, ou seja, são resíduos que podem ser separados e transformados em novos produtos, diminuindo a retirada de matéria prima da natureza.

A Secretaria de Obras e Serviços Públicos do Paulista lança, nesta segunda-feira (8), às 8h30, a campanha de coleta seletiva Ecopaulista. O evento será realizado na Escola Carlos Wilson, na Rua Paudalho, no Janga. A iniciativa, que tem como mote "Agora, a coleta seletiva vai até você!", irá estimular os estudantes da Rede Municipal a atuar como multiplicadores de informações.

As pessoas interessadas, principalmente síndicos de condomínios e proprietários de supermercados, em aderir ao programa, precisam acessar o WhatsApp (81) 9.8965.7738. O trabalho contará com o engajamento da Secretaria de Educação.

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O material recolhido pela Prefeitura será direcionado para a Associação de Catadores União e Força (ASCUF) e a Cooperativa de Catadores de Material Reciclável João Paulino (COORJOPA). Para isso, a Gestão contará com dois caminhões do tipo baú para realização do transporte de papel, plástico, vidro e metal. A I9 Paulista Gestão de Resíduos também vai se engajar no movimento.

As 500 primeiras pessoas que fizerem o cadastramento, que é feito, exclusivamente, via WhatsApp, ganharão uma ecobag. A campanha também fará a distribuição de duas mil cartilhas e três mil ímãs de geladeiras.

"O trabalho tem dois aspectos importantes. Os catadores terão a oportunidade de ampliar a renda e a cidade ficará mais limpa, evitando a formação de pontos críticos e o lançamento do lixo em canais, galerias e canaletas ", enfatizou o secretário de Obras e Serviços Públicos, engenheiro George Freitas. 

Os catadores envolvidos na campanha serão contemplados com EPIs e terão, também, a missão de trabalhar como agentes multiplicadores de informações.

*Da assessoria 

A Valor Investimentos abre processo seletivo com 20 vagas para o seu programa de trainee. As oportunidades são para atuação nas cidades de Vitória (8), São Paulo (4), Brasília (4), Belo Horizonte (2) e Rio de Janeiro (2). As inscrições são feitas, até 26 de setembro, de forma on-line.

Podem participar da seletiva candidatos com formação em qualquer curso de graduação com finalização a partir de 2016 até dezembro de 2023. Além disso, os aprovados necessitam realizar a certificação Associação Nacional das Corretoras de Valores (Ancord), que habilita e regulariza a atuação na área. 

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O processo seletivo conta com cinco etapas: testes, vídeo-case, entrevista com o time de Gente e Cultura, entrevista com líderes e Ancord. 

A Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura de Guarulhos ampliou hoje (3) o circuito de coleta seletiva de lixo doméstico. O serviço contará com caminhão coletor de maior capacidade para os bairros: Haroldo Veloso, Cidade Seródio, Parque Continental I, Inocoop, Flamengo, Jardim Palmira, Vila Carmela e Presidente Dutra.

A equipe da prefeitura está distribuindo panfletos informativos nos bairros beneficiados. Para a coleta seletiva, o cidadão poderá separar plástico, isopor, papel, vidro (que deve ser identificado com etiquetas) e objetos de metal.

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Atualmente, 30 mil famílias já dispõem do serviço de coleta seletiva na cidade. Todo o material coletado é encaminhado às cooperativas de catadores de recicláveis, apoiadas pela Prefeitura de Guarulhos. Os dias de coleta do lixo comum permanecem os mesmos e são diferentes dos dias da coleta seletiva.

Dias de coleta seletiva

Vila Carmela / Inocoop: Segunda-feira

Flamengo: Terça-feira

Jd. Presidente Dutra: Quarta-feira

Jd. Palmira: Quinta-feira

Haroldo Veloso / Cidade Seródio: Sexta-feira

Parque Continental I: Sábado

Mais informações estão disponíveis no portal da Prefeitura de Guarulhos: www.guarulhos.sp.gov.br

 

A Secretaria de Serviços Públicos de Guarulhos começou a interromper a coleta de lixo de empresas consideradas “grandes geradoras”. Neste quadro encaixam-se shoppings, hipermercados, supermercados, hotéis etc. A ação faz parte da implementação da lei federal conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos, que transfere ao produtor dos detritos a responsabilidade pelo destino dos dejetos.

Na prática, a lei 12.305 de 2010 passa a exigir que as empresas adotem a responsabilidade ambiental de promoção da coleta seletiva, e, através de empresa que terá de ser contratada, criem o hábito de reciclar e reaproveitar materiais. Órgãos públicos também terão de se adequar a esse círculo virtuoso. Só serão encaminhados aos aterros sanitários os materiais que não possam ser reutilizados de nenhuma forma, e o transporte desse material também ficará a cargo do gerador.

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São considerados grandes geradoras as indústrias, comércios e prestadores de serviços que produzem mais de 200 litros de resíduos sólidos por dia, e condomínios, sejam residenciais ou comerciais, com volume maior que 1000 litros por dia. De acordo com a norma, os que se enquadram nesses parâmetros não podem destinar sequer parte dos detritos à coleta pública.

A Prefeitura encaminha um oficio a essas denominadas “fontes geradoras” informando sobre as condições e aguarda um mês para que seja apresentado o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, que deverá ser contratado de acordo com a necessidade. Com isso, será implantado o PGIRS (Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), que fiscalizará o cumprimento da lei.

 

A quantidade de lixo reciclado na cidade de São Paulo mais do que dobrou nos últimos três anos, mas a gestão Fernando Haddad (PT) vai terminar o atual mandato sem cumprir a meta de reaproveitar 10% de todo o material produzido na capital. Passado mais de um ano da lei das sacolinhas de supermercados, nenhuma multa foi aplicada até agora por seu uso incorreto. O item, agora comprado nos caixas dos estabelecimentos, são vistos como material de educação ambiental pela Prefeitura.

A capital fechou o ano passado com 85 mil toneladas processadas de lixo nas usinas de triagem ou nas cooperativas de catadores. Em 2013, primeiro da gestão petista, eram 40 mil toneladas. O aumento de 112%, no entanto, fará com que a cidade recicle apenas 2,5% das 3,4 milhões de toneladas geradas anualmente pelos paulistanos.

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"A meta existe para ser perseguida. Desde o ano passado e no primeiro semestre deste ano, toda a infraestrutura para que ela seja alcançada foi desenvolvida", diz o diretor de Planejamento e Desenvolvimento da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), Samuel Oliveira.

As sacolinhas, lançadas para incentivar a reciclagem, tinham como propósito facilitar a separação do lixo nas residências. Nas de cor verde, o paulistano deveria colocar o material reciclável e, na de cor cinza, o lixo comum e também orgânico, a ser levado para o aterro sanitário. Pela lei, estabelecimentos comerciais que descumprem a regra podem receber multa de R$ 500 a R$ 2 milhões - para os moradores da capital, a punição varia de R$ 50 a R$ 500.

Oliveira reconhece que os itens impostos pela lei não são responsáveis pelo aumento da reciclagem. "Ela (a sacolinha) é um diferencial para chamar a atenção, assim como os jingles que tocam nos caminhões de coleta", diz o diretor da Amlurb.

Uma explicação para a evolução da reciclagem é a expansão do número de ruas atendidas por caminhões de coleta seletiva. "Chegamos a 89 dos 96 distritos da cidade com coleta porta em porta. Em 40, a coleta é universalizada (realizada em todas as ruas). Até 2012, eram 14", conta Oliveira.

Justificativa

O resultado aquém do esperado é justificado pela "lei da oferta e procura". "Estamos oferecendo uma estrutura adequada à demanda existente hoje. Conforme a população passe a separar mais o lixo, já temos as bases para que consigamos processar mais material", diz Oliveira. O argumento é para justificar o fato de que caminhões de recicláveis passem tão poucas vezes pelas ruas - em geral, é apenas um dia da semana, contra seis do lixo comum. "Vamos passando uma vez. Quando vemos que a quantidade é insuficiente, porque a demanda cresceu, podemos aumentar a oferta", afirma.

Da forma como a coleta foi organizada na cidade, os caminhões podem ser operados pelas 32 cooperativas ou pelas duas concessionárias do serviço de lixo. Por não compactar o material coletado nas ruas, os caminhões transportam carga máxima de 3 toneladas de resíduos ante às 11 toneladas que podem levar os caminhões de lixo comum.

Atitude

Há na cidade moradores que têm de brigar para ter o lixo separado coletado em sua casa. Um deles é Claudio Spinola, diretor de uma empresa que fornece composteiras para processar lixo doméstico.

Desde 2009, ele pede caminhões de coleta seletiva em sua rua, no Butantã, na zona oeste da capital. Spinola chegou a procurar diretamente a cooperativa que atende a sua região para buscar ajuda. "Disseram que a quantidade que eu produzia não valia a pena. Então, organizei toda a vizinhança, a rua de cima e a rua de baixo, e montei um ponto de entrega voluntária em casa. Aí, sim, passaram a retirar", conta.

Animais

Montar um ponto de entrega de material reciclável, no entanto, causou uma série de transtornos. "Tivemos de tampar os latões, colocar cadeado, limpar tudo duas vezes por dia", diz. Diante das reclamações dos vizinhos, Spinola desistiu da ideia e a coleta parou de ser feita em sua rua. "Agora, estamos esperando pela empresa e pela Prefeitura", diz.

O conteúdo das sacolas que chegam às unidades de reaproveitamento de lixo precisa melhorar. Em apenas uma tarde na Central Mecanizada de Triagem de Santo Amaro, na zona sul da capital, é possível ver de tudo passar pelas esteiras de processamento. São chuveiros, guarda-chuvas, torneiras plásticas, fitas K7. Até corpos de animais chegam aos centros.

"É comum a gente achar sapatos, ratos, gatos e já achamos até cães", conta um funcionário. Esse material vai para os contêineres de rejeitos, que são levados para o aterro sanitário.

Nos primeiros meses de operação da usina, segundo a administração, 70% dos itens eram de rejeitos sem utilidade. Atualmente, o porcentual é de 40%.

"Um mito que existe é que não adianta separar porque todo o lixo vai para o mesmo lugar. Não é verdade. Precisamos que as pessoas separem o lixo e coloquem para a coleta no dia certo", diz Samuel Oliveira, diretor de Planejamento da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb). O horário da coleta pode ser consultado em www.capital.sp.gov.br.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A partir desta quinta-feira (18) o Porto Digital promove a IV edição do Seminário Internacional sobre Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (Siree). O evento vai acontecer até a sexta-feira (19), no Auditório do Banco do Brasil, Bairro do Recife, e terá como tema central "Gestão de Resíduos Eletroeletrônicos: Uma nova cadeia de valor".

A novidade deste ano é que, paralelamente a esta edição do Siree, será realizada a I Feira sobre Iniciativas para Logística Reversa de Eletroeletrônicos (I Firee), que tem o objetivo de dar maior visibilidade às instituições que de alguma forma atuam em logística reversa e reciclagem de produtos eletroeletrônicos, de forma que possibilite oportunidades para troca de informações e formação de parcerias.

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O Siree é voltado para especialistas, gestores, professores e estudantes, além de profissionais da iniciativa privada; centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, órgãos governamentais e instituições do terceiro setor. O evento deve interessar ainda a outros profissionais que buscam conhecer a realidade de outros países no que diz respeito à temática ambiental para produtos eletroeletrônicos.

Programação do Siree em siree.org.

Para organizar melhor a coleta seletiva de São Paulo, a Prefeitura está desenvolvendo um novo tipo de saco de lixo, específico para abrigar os resíduos secos que devem ser reutilizáveis. "Estamos fazendo os testes com tipos de material, mas ainda vamos definir a cor", disse o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.

Os sacos devem ser produzidos com plástico processado pelas quatro usinas que a cidade deve ter até 2016. "Esses recipientes devem trazer as instruções de como separar os resíduos", diz o secretário - em uma proposta já aplicada em outras cidades do mundo.

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Os sacos são apenas uma das utilidades do material processado nas usinas. Orçada em R$ 36 milhões, a central aberta hoje tem previsão de render R$ 1,6 milhão por mês com a venda do material reciclado. Parte do dinheiro servirá para manter a usina, cujos gastos de custeio mensal são da ordem de R$ 300 mil, segundo Simão Pedro. Outra parte servirá para incrementar a renda dos trabalhadores das cooperativas. Mas o dinheiro também será destinado a um fundo criado para estimular a coleta seletiva.

Esse fundo ainda vai receber recursos de empresas que têm de fazer a chamada "logística reversa" - cumprem a obrigação legal de reaproveitar os resíduos sólidos na cadeia produtiva. A Prefeitura já fechou convênios, homologados pelo Ministério do Meio Ambiente, com os setores de embalagens e de lâmpadas. Os recursos devem viabilizar a construção de mais usinas ou estimular usinas de compostagem domésticas, reduzindo também os detritos orgânicos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As prefeituras de Riacho das Almas, Bezerros e Cumaru estão elaborando uma parceria na construção de um aterro sanitário, que deverá ficar pronto até outubro do próximo ano. De acordo com os municípios, o consórcio é a maneira mais prática de estar de acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a implantação de aterros sanitários até 2 agosto de 2014, e conseguir arcar com os custos altos de um aterro sanitário, especialmente para cidade de pequeno potencial econômico.

O aterro será desenvolvido em uma área de 12,66 hectares na zona rural do município de Cumaru, em um terreno que fica distante 15 km de Riacho das Almas. O local foi escolhido por não haver povoamento e ser próximo dos três municípios.

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Reaproveitamento – A Prefeitura de Riacho das Almas já estuda um projeto de reciclagem dos resíduos sólidos a ser desenvolvido quando o aterro estiver funcionando, para dar maior sobrevida ao local e gerar renda. O município produz, aproximadamente, 20 toneladas de lixo por dia.

Nesta segunda-feira (10), o projeto da Prefeitura de Olinda para conscientizar a população em relação a coleta seletiva será levado à praia da cidade. Ao longo de toda a orla serão instalados 35 contentores para lixo reciclável. A ideia é incentivar os moradores a separarem os resíduos que podem ser reutilizados e fortalecer o processo de reciclagem na cidade patrimônio.

Os contentores têm capacidade para 250 litros e neles a população deve depositar apenas papel, plástico, vidro e metal. Uma vez a cada dois dias a Diretoria de Limpeza Urbana fará o recolhimento destes resíduos e os encaminhará para uma associação de recicladores no bairro de Jardim Atlântico. Lá, o material será separado de acordo com a sua categoria e segue para reciclagem.

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A prefeitura já implantou os equipamentos para lixo reciclável em Bairro Novo que podem ser encontrados nas ruas Manoel Barros de Lima, Cleto Campelo, Carlos de Lima Cavalcanti (na Praça do Saci), Otaviano Pessoa de Melo e Pereira Simões. 

Com informações da assessoria.

Em comemoração à Semana do Meio Ambiente, o Plaza Shopping - em parceria com a Lixiki - a partir desta quarta-feira (05) realizará a ação educativa “Ganhe um abraço do Planeta”. A ação que visa conscientizar a população a prática da coleta seletiva, funcionará sempre das 13h às 19h e acontecerá até este domingo (09).

Neste período, os clientes do mall receberão orientações sobre a importância de realizar a coleta seletiva em casa, como ela funciona, os males causados pelo descarte incorreto dos resíduos e o que pode ser feito com o lixo. O freguês que souber separar o lixo comum dos recicláveis vai receber um abraço do “planeta”, um gesto simbólico de agradecimento da “Terra”.

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O resultado do trabalho será exibido na Fanpage do Plaza Shopping através de fotos e do vídeo com depoimento dos clientes, que de alguma forma contribuíram com a ação educativa.

A empresa implementou a coleta seletiva – desde 2009 -, sinalizando as lixeiras para que os clientes descartassem corretamente os resíduos. No local, para cada tipo de material reciclável como, plástico, papel , metal, pilha, bateria e óleo de cozinha. Outras atividades como, palestras sobre sustentabilidade, foram oferecidas paras colaboradores, terceirizados e estudantes, agentes de saúde e moradores das comunidades do entorno do shopping.

Lixiki 

Durante todo o ano, o Plaza Shopping doa para Lixiki, lonas usadas nas campanhas publicitárias, que serão transformadas em bolsas, sacolas e porta-lápis.  Também houve a capacitação de 25 mulheres para o projeto Amo Natal, que conseguiu recolher mais de 9 mil garrafas PET das ruas e transformá-las em adereços para  decoração natalina da praça Francisco Pessoa de Queiroz.  Esse ano, estamos com o projeto Minha Casa, Minha Rua, Meu Planeta, oficina de reutilização de resíduos.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (10) que quer aumentar a proporção de lixo reciclado em São Paulo para 10%. Atualmente, a média de lixo que chega às centrais de triagem é de 1,2%. O bairro que mais recicla na cidade, a Vila Mariana, na zona sul, chega a 4,95%.

"Oito anos atrás, a administração de São Paulo adiou o investimento em coleta seletiva. Vamos retomar os investimentos para antecipar aquilo que já deveria ter sido feito", disse Haddad.

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De acordo com o prefeito, o assunto deve ser tratado em breve com as duas concessionárias que atuam no setor na cidade - a Ecourbis e a Logística Ambiental (Loga).

A coleta seletiva vem sofrendo atrasos desde dezembro, segundo concessionárias que realizam o serviço na cidade. As centrais de triagem, que recebem o material, estão lotadas e algumas delas ainda pararam para a folga de fim de ano. Segundo a Prefeitura, as cooperativas não estão conseguindo dar vazão ao material porque dependem das indústrias de reciclagem, que têm comprado pouco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Em 2011, apenas um terço (32,3%) das cidades do País tinha programa, projeto ou ação de coleta seletiva de lixo em atividade, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), intitulada Perfil dos Municípios Brasileiros, divulgada nesta terça-feira.

É a primeira vez que o tema saneamento é abordado nesta pesquisa, que levanta informações junto às prefeituras. No entanto, o cruzamento de dados com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), de 2008, indica que não houve avanço significativo no período em relação à coleta seletiva. A Região Sul tem a maior proporção de municípios com programas em atividade (55,8%), seguida pelo Sudeste, com 41,5%. Norte e Nordeste apresentaram as maiores proporções de municípios sem programas: 62,8% e 62,3%. Em Roraima, nenhum município tinha coleta seletiva em 2011.

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"Os municípios ainda não estão estruturados com ênfase na questão do saneamento. Em relação à PNSB 2008, os dados são semelhantes. Poderia ter havido um movimento melhor na questão da coleta seletiva", diz Daniela Santos Barreto, pesquisadora da coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

A pesquisa também mostra que a maioria (60,5%) dos municípios brasileiros não executa qualquer acompanhamento em relação ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e/ou drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. Também se verificou que em 47,8% dos municípios não há órgão responsável pela fiscalização da qualidade da água.

Também mostra que as políticas são fragmentadas e que poucos têm estrutura única de saneamento. Apesar de o plano nacional de saneamento básico prever que todos os municípios devem ter estrutura para cuidar desse serviço, apenas 28% possuem. "Em relação à lei de saneamento, ainda é preciso uma sensibilização dos municípios, para que cumpram suas responsabilidades de fiscalizar e normatizar a execução de serviços", acrescenta Daniela.

A tampa abre e o saco de lixo cai a 3 metros de profundidade. A sujeira some da calçada, sem deixar vestígio nem cheiro, e ainda reduz o número de viagens do caminhão da coleta. Em três endereços da capital, essa realidade faz parte do cotidiano de moradores e comerciantes e até dezembro deve chegar a outras 27 localidades. O sistema subterrâneo está em testes, mas já agrada.

Nas ruas, só dá para ver a lixeira. Instalada debaixo da calçada, a coleta é acionada por um cartão magnético. Basta aproximá-lo do sensor para ter acesso ao contêiner, com capacidade para até 20 toneladas. Totalmente velado, pode ser usado a qualquer hora do dia e da noite. Mas o acesso é restrito. Apenas usuários cadastrados como participantes do projeto têm autorização para abrir e "carregar" os contêineres. Os cartões são pessoais e intransferíveis e servem apenas para o recipiente cadastrado.

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Instalado de forma pioneira para atender 150 famílias de um conjunto habitacional em Parada de Taipas, na zona norte, o modelo está em uso também no Mercado Municipal e na Avenida Rebouças. Em outubro, será levado a uma comunidade carente do Jaguaré, na zona oeste. Depois, deve seguir para os Jardins, bairro da zona sul que já dispõe de contêineres de superfície para acondicionar o lixo.

O sistema de coleta mecanizada - seja ele subterrâneo ou de superfície - tende a crescer. Previsto em contrato, deverá ter capacidade para armazenar no mínimo 165 mil toneladas de lixo até o fim de 2019. Segundo a Loga, concessionária responsável pelos testes, os dois modelos têm capacidade para fazer a seleção de lixo orgânico e reciclável.

Por enquanto, os recipientes subterrâneos maiores, chamados de bigtainer, não oferecem a opção de separar o material reciclável. Os menores, classificados como sidetainer, já são fabricados para isso, com dois recipientes individuais. Em São Paulo, estão instalados na Avenida Rebouças (leia mais abaixo). Nas próximas etapas do projeto, haverá a possibilidade de ofertar recipientes específicos para papel, plástico, vidro e metal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores da Vila Mariana, na zona sul, são os mais engajados na coleta seletiva em São Paulo. No bairro, 4,95% dos resíduos coletados vão parar nas centrais de triagem da Prefeitura. O índice é mais de quatro vezes maior do que a média da capital, de 1,2%, considerada baixíssima por especialistas.

Embora 22% do lixo seja reciclável, o desempenho da Vila Mariana quase chega à meta do governo federal para o Brasil: reciclar 5% do lixo em 2014, como determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Logo atrás, vêm Santo Amaro (4%), Pinheiros (3,5%) e Lapa (2,4%).

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O resultado um pouco acima da média pode ser creditado a iniciativas individuais, como a da advogada Letícia Oliveira Cunha, de 33 anos, que já teve de correr atrás do caminhão do lixo para obter informações sobre reciclagem. "Um dia eu parei o caminhão da Ecourbis e perguntei quando eles passavam, porque ninguém informou nada", disse. Descobriu que o veículo passa às quartas-feiras.

O analista de Comunicação Cassius Guimarães, de 29 anos, se adaptou ao horário do catador de lixo que passa pela Vila Mariana, sempre entre as 18h e as 19h. "Já adquiri o hábito de levar o lixo para a rua nesse horário."

Demanda

Em São Paulo, o fato de um caminhão fazer a coleta do material reciclável não quer dizer que a reciclagem vai ocorrer. As centrais já não conseguem absorver a demanda. Faltam espaço, estrutura e mão de obra às cooperativas, que chegam a desprezar lixo separado.

Segundo as próprias concessionárias, cerca de 60% da coleta seletiva vai para o lixo comum. Além disso, por falta de informação, parte da população separa mal o lixo. Apenas 6,3% do coletado é passível de reciclagem.

O diretor da Coleta Seletiva da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), Valdecir Papazissis, afirmou que a Prefeitura pretende negociar com as concessionárias a expansão da coleta seletiva para toda a cidade. Também está prevista a criação de mais 11 centrais de triagem, ainda sem prazo de inauguração. Hoje, são 21. "Temos quatro em processo de licitação. E sete terrenos estão sendo desapropriados para mais sete", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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