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O Consulado Britânico divulgou uma vaga de estágio no seu setor administrativo, para a área de diplomacia comercial. São aceitas candidaturas de estudantes de áreas como licenciatura em relações internacionais, economia, administração de empresas, marketing e comércio internacional. O candidato selecionado receberá uma bolsa-auxílio no valor de R$ 1.697. 

Há ainda outros requisitos, como habilidades organizacionais, interpessoais e de comunicação, fluência em inglês falado e escrito e habilidades com informática. É desejável ter experiência de trabalho com instituições governamentais ou públicas, compreensão da economia doméstica e política brasileira estar pelo menos no 4° período da graduação. 

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As inscrições devem ser feitas até o dia 16 de fevereiro através do site do consulado e o estágio começa no dia 30 de março. 

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O alinhamento entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos é um avanço para as relações comerciais brasileiras e a expectativa da Câmara Americana de Comércio (Amcham) é que os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump evoluam nas conversas de negociação de um acordo de livre-comércio. "Os EUA são o maior consumidor do mundo. Não se pode ficar de malzinho, entre aspas, com eles", diz o presidente da Cargill no Brasil, Luiz Pretti. Confira uma entrevista com o executivo, que assume nesta quarta-feira, 10, a presidência do conselho de administração da Amcham, em cerimônia de comemoração dos 100 anos da entidade no Brasil.

Como o sr. vê a relação entre Brasil e EUA sob as administrações de Bolsonaro e Trump?

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A relação no governo anterior (de Dilma Rousseff) estava meio jogada de lado. Os EUA são o maior consumidor do mundo. Não se pode ficar de malzinho, entre aspas, com ele. As empresas americanas, em 2018, injetaram no Brasil US$ 3,2 bilhões, o que representa 25% do total de investimento estrangeiro direto. Elas geram 650 mil empregos diretos aqui. O Brasil é hoje o segundo maior gerador de empregos nos EUA entre os países emergentes. A gente vê com muito otimismo essa aproximação do novo governo. Claro, tem muita coisa para ser desenvolvida, que precisa ser debatida pela sociedade no Congresso, mas (a aproximação dos países) é um fator bastante produtivo. Nós fizemos um estudo, com a FGV, que mostra que, se Brasil e EUA assinassem um acordo de livre-comércio, o PIB brasileiro acumulado até 2030 cresceria 0,44% ao ano.

Quando o presidente Bolsonaro foi aos EUA, havia uma expectativa de que ele e o presidente Trump falassem que os países iriam caminhar em direção ao livre-comércio. Isso não ocorreu...

Mas somos otimistas nesse ponto. Com certeza, essa é a pretensão dos dois governos. Não é uma coisa mais de governo, mas de Estado. É como a reforma da Previdência, o Brasil precisa fazer, não o governo. Deixar o Brasil um pouco mais aberto e criar um ambiente melhor de negócios, isso com certeza está alinhado (entre os dois países).

O Brasil deve se abrir mesmo com Trump tendo uma postura protecionista?

O Brasil tem de se abrir, mas trabalhando um projeto de livre-comércio, acabando as barreiras protecionistas e burocráticas dos dois lados. O Brasil tem uma participação muito pequena no comércio internacional. Nossas trocas com o mundo equivalem a 1,2% do comércio global. Precisamos dar maior prioridade ao comércio exterior como plataforma de transformação econômica do País. Nos últimos 70 anos, todos os países que conseguiram mudar de patamar econômico tiveram entre 40% e 50% do seu PIB como resultado da soma de exportações e importações. Precisamos ser protagonistas dessas negociações internacionais, e não apenas espectadores. Nesse quesito, o mercado americano deve ser prioritário.

O momento em que o sr. assume o conselho da Amcham é, então, de caminho aberto entre os países?

Tenho muita sorte. Os dois governos estão sentados, conversando. A Amcham está fazendo cem anos e somos otimistas. A Câmara acredita que a reforma tributária vai ser aprovada, que o combate à corrupção vai ser intensificado, que governo vai propor queda da burocracia.

Há uma preocupação que o alinhamento entre Brasil e EUA possa se romper se um democrata vencer as eleições americanas no ano que vem. Caso isso ocorra, o fato de Bolsonaro ter dito que torce por Trump em 2020 pode prejudicar os empresários brasileiros?

A relação entre os maiores países da América tem de ser institucional, e o americano entende muito bem isso. Nossa relação não poderia estar tão afastada quanto já esteve. Independentemente do apoio a um ou a outro presidente, é importante que as relações sejam de longo prazo e institucionais. O americano é muito pragmático e acredito que vai continuar sendo se for o governo A ou B.

O alinhamento entre Brasil e EUA não pode acabar prejudicando o empresariado brasileiro, ao colocar a China em segundo plano?

Vou usar uma analogia super pobre: é como amor de mãe. O fato de o Brasil ter se reaproximado dos EUA não é excludente. A relação Brasil e China tem de continuar sendo construtiva. A China é o maior consumidor de produtos agrícolas. O fato de a gente se aproximar dos EUA não quer dizer que a gente precisa se afastar da China.

Surgiu uma preocupação porque o presidente já criticou a China e provocou os países árabes ao anunciar a transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, apesar de ter recuado.

O que pode ter acontecido é que o presidente entrou em campo e não estava totalmente aquecido. As coisas então sendo revistas. Esse negócio de Israel mesmo: o ministro Ernesto Araújo disse nessa terça-feira, 9, que tem uma aproximação forte com os países árabes também. Não dá para querer se isolar, estrategicamente é ruim para qualquer país.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo brasileiro vai apoiar a ideia de uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC), ameaçada pela guerra comercial entre EUA e China e pela pior crise do sistema internacional desde sua criação. No entanto, só deve aceitar mudanças nas regras internacionais se temas do interesse de países em desenvolvimento também forem atendidos, principalmente no que se refere ao combate de mais de 20 anos da diplomacia nacional pelo fim dos subsídios dos países ricos que distorcem o mercado agrícola.

A posição do Itamaraty será explicada aos demais governos quando um grupo de 13 países se reunir em Genebra hoje para começar a desenhar um plano para salvar a OMC. O encontro foi convocado pelo Canadá, como forma de preparar uma reunião ministerial no país em outubro.

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No centro do debate estará um projeto elaborado pela União Europeia para "refundar" o sistema comercial mundial e promover a maior reforma nas instituições em um quarto de século. O plano é criar uma "nova" OMC, com regras mais adaptadas ao século 21 e, assim, evitar que o governo americano abandone o sistema internacional. O problema, para os emergentes, é que os "velhos temas" das distorções agrícolas jamais foram solucionados e, agora, podem ser dados como encerrados.

Nos últimos meses, o presidente americano, Donald Trump, levou os tribunais da OMC à beira de uma paralisia e deixou claro que os EUA poderiam se retirar do acordo. Se por meses a direção da OMC acreditou que as ameaças não se concretizariam, o cenário começou a mudar quando a Casa Branca se retirou do acordo nuclear com o Irã, denunciou o acordo climático e reduziu seus compromissos com refugiados. Se não bastasse, a onda de retaliações comerciais foi um sinal claro de que o discurso de ameaça poderia se transformar em realidade.

Temas tabus

O governo brasileiro já deixou claro que está disposto a conversar e que não existem "temas tabus". Em outras palavras, o Itamaraty está pronto para debater qualquer assunto, incluindo o fim da divisão dos países da OMC entre "economias em desenvolvimento e economias desenvolvidas". Para os países mais pobres, as regras davam espaço para maior proteção em setores como o industrial, algo que americanos querem acabar.

No documento europeu, que servirá de base para a negociação, "o resultado (do atual sistema) é que o grupo de países em desenvolvimento agora inclui algumas das maiores nações comerciais do mundo, com diferenças significativas em comparação a outros membros do grupo e que, em alguns casos, têm níveis de desenvolvimento superiores a países que fazem parte do dito grupo de economias desenvolvidas".

Pelo projeto, portanto, países poderiam se "graduar" do status de emergente e, assim, competir sob as mesmas regras hoje que vigoraram para EUA e Europa. A China é o alvo dessas regras.

No esforço para modernizar a OMC, a UE sugere que acordos possam ser fechados apenas entre alguns governos e que não seja necessário contar com todos, como ocorre hoje. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Às vésperas do início de uma rodada decisiva das negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, na próxima semana, o vazamento da oferta que os europeus deverão fazer para o comércio de carnes e de etanol provocou forte reação do lado sul-americano. Ela ficou muito abaixo do esperado, o que indica que as conversas serão duras. Isso coloca em risco o objetivo assumido pelos dois lados de fechar um "acordo político" até dezembro.

Até a noite de ontem, o Itamaraty não havia recebido formalmente nenhuma comunicação dos europeus, que estão profundamente divididos e têm dificuldades de chegar a uma proposta consensual. Tudo indicava, porém, que eles trarão para a rodada de negociações os números que circularam informalmente na quinta-feira.

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A UE se propõe a importar, anualmente, até 70 mil toneladas de carne e 600 mil toneladas de etanol. A expectativa era que, no mínimo, viesse uma oferta igual à que estava sobre a mesa em 2004, quando as negociações pararam: 100 mil toneladas de carne e 1 milhão de toneladas de etanol.

"Não dá", reagiu o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli. "Os números não são palatáveis." O setor esperava ser autorizado a exportar até 390 mil toneladas por ano. Essa cota já está negociada e dividida entre os sócios do Mercosul.

Em 2004, a UE tinha 15 membros e se propunha a comprar 100 mil toneladas de carne do Mercosul. Agora, com 28 membros, a disposição de compra caiu para 70 mil toneladas. "É uma quantia que chega a ser ridícula quando comparada à preferência que os europeus vão obter no mercado consumidor do Brasil", disse Pedro de Camargo Neto, representante da Sociedade Rural Brasileira.

A reação foi semelhante no setor de açúcar e álcool. "Está muito abaixo do aceitável", disse o diretor executivo da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa.

A cota de 600 mil toneladas era o mínimo esperado para o álcool carburante. Além dessa, o setor esperava a liberação sem cotas para a venda de etanol para uso industrial. Além do etanol, o setor espera uma abertura para o mercado de açúcar. "Para nós, é fundamental que entre na oferta", disse Sousa.

Conversas

"Essa é a fase mais delicada, mais melindrosa das negociações", disse ao Estado o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. "Mas é hora de colocar a oferta na mesa para começar a negociar."

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se mostrou pouco impressionado com a suposta oferta inicial dos europeus. "Negociador trabalha assim mesmo", comentou. "Com certeza devemos continuar a insistir." Ele explicou que, na área agrícola, os europeus têm interesse de abrir mercados no Mercosul para produtos lácteos e vinho.

Se os sul-americanos acharam a oferta muito modesta, agricultores europeus prometeram organizar protestos na próxima quarta-feira. O bloco está dividido quanto ao acordo com o Mercosul. Alemanha, Itália, Espanha e Portugal e outros quatro países insistem em avançar para garantir acesso a um mercado avaliado em mais de ¤ 150 bilhões. Numa carta enviada à Comissão, esses governos pedem que o processo seja acelerado e que uma oferta seja apresentada.

Mas onze dos 28 governos do bloco rejeitam a abertura, principalmente em um momento de fortalecimento de partidos de extrema-direita pelo continente em busca justamente dos setores afetados pelo comércio. "Quero um acordo com o Mercosul. Mas quero ver nossos padrões protegidos e nossos fazendeiros protegidos", disse o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar.

"A Comissão está amplamente consciente das sensibilidades de alguns setores e já compartilhou isso com os negociadores do Mercosul", disse a Comissão Europeia, em nota ao Estado. "O futuro acordo com o Mercosul vai levar em conta a sensibilidade de alguns produtos para os fazendeiros europeus e estarão sujeitos a cotas."

Indústria

A abertura do mercado sul-americano para industrializados europeus deverá ocorrer de forma "gradual e responsável", disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. "Entramos na etapa decisiva das negociações, e o Mercosul está preparado para buscar acordo equilibrado, que nos amplie oportunidades."

Tachada no passado como principal foco de resistência ao acordo por temer a concorrência europeia, a indústria brasileira agora vê ganhos na conclusão da atual rodada. "Em uma lista de 1.000 produtos em que o Brasil tem chance de competir na Europa, 67% enfrentam tarifas", disse o gerente de Negociações Internacionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrizio Panzini.

Os aviões da Embraer, por exemplo, precisam pagar tarifa de 3% para entrar na Europa. Os calçados são taxados com até 20% e os produtos químicos, com 3% a 8%. Um acordo ajudaria a reduzir essas tarifas e a dar melhores condições de competição aos produtos brasileiros.

Há ganhos também em outras frentes, como por exemplo o acordo de compras governamentais. Ele vai garantir que, numa lista de produtos comprados pelas administrações públicas europeias, os fornecedores brasileiros tenham as mesmas condições dos fabricantes locais. E vice-versa. Trata-se de um mercado de US$ 1,6 trilhão.

O acordo contempla também regras para facilitar investimentos europeus no Mercosul e vice-versa. "O acordo traz oportunidade para aumentar o investimento europeu no Brasil e gera fluxo de comércio grande", disse Panzini.

A proposta apresentada pela indústria do Mercosul prevê a redução gradual de tarifas de importação cobradas sobre quase 90% dos produtos. A queda ocorrerá ao longo de 10 a 15 anos, mas em alguns produtos a abertura ocorrerá mais rápido, num prazo de dois a oito anos. Na via oposta, o Mercosul quer que os europeus "zerem" de imediato tarifas de importação que se propuseram a eliminar em prazos como quatro e oito anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Correios e o Alibaba Group assinaram nessa quinta-feira (17) um memorando de entendimento com o objetivo de facilitar o comércio internacional entre o Brasil e a China.

A ideia é ajudar empresas brasileiras, principalmente as micro, pequenas e médias, a ter acesso ao mercado chinês, por meio das plataformas do Alibaba Group, que inclui os sites Alibaba.com, AliExpress e Tmall.com, e do Alipay (serviço de pagamentos online), além de melhorar os procedimentos de logística entre os dois países.

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O mercado de comércio eletrônico entre o Brasil e a China vem crescendo nos últimos anos e, no fim de 2013, o Alibaba.com já tinha mais de dois milhões de membros registrados no Brasil. Por isso, o grupo pretende colaborar para que as pequenas empresas brasileiras expandam negócios no exterior por meio do comércio com a China. Os Correios são responsáveis pela entrega de 75% das encomendas internacionais no Brasil.

A cerimônia de oficialização do acordo ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, do presidente da China, Xi Jinping, do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, e do diretor da Alibaba,  Michael Lee.

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