Tópicos | comunidade indígena

Após denúncia do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) ao Ministério Público Federal (MPF), nativos da comunidade indígena Atikum Brígida, em Orocó, no Sertão de Pernambuco, vão ser vacinados. Diante do atraso na campanha local, uma liminar foi expedida para garantir a imunização aos 180 integrantes da etnia que faz parte do grupo prioritário.

A ação civil pública determinou que o Ministério da Saúde envie as doses em até 48 horas e que o Governo de Pernambuco as repasse ao Distrito Sanitário Indígena de Pernambuco (Dsei/PE) em até 24h após o recebimento. A decisão judicial ressalta a garantia das segundas doses em tempo hábil sob multa diária de R$ 50 mil a cada uma das entidades envolvidas.

##RECOMENDA##

Conforme o MPF, a justificativa do Dsei/PE e da Prefeitura de Orocó para não providenciar as doses foi a não conclusão do processo de demarcação da terra pelas autoridades competentes. No último dia 21, o órgão já havia recomendado o início das aplicações às instituições e à Secretaria Estadual de Saúde (SES), mas as doses não foram providenciadas.

Na decisão, o procurador da República Rodolfo Soares Ribeiro Lopes lembra que tanto os indígenas isolados, quanto os que vivem em áreas urbanas e fora de reservas têm prioridade, bem como os quilombolas. Ele também citou a posição do Supremo Tribunal Federal (STF), que também conferiu prioridade aos povos originários fora dos territórios homologados.

“Embora a terra ocupada pelos indígenas da Comunidade Atikum Brígida não seja, oficialmente, terra indígena ou área de reserva, a comunidade existe e vive de modo tradicional, como exige a Constituição Federal”, apontou Ribeiro Lopes.

Apesar do impasse, o MPF lembra que a Comunidade no Sertão pernambucano é reconhecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e consta no site da fundação como habitantes de uma das “Terras indígenas do Baixo São Francisco”.

Uma das comunidades indígenas do Equador teme ser exterminada agora que as infecções de coronavírus estão aumentando em seu território. O aumento levou dezenas de integrantes a fugirem para a floresta tropical amazônica para se proteger da pandemia, que já matou quase 1.600 pessoas no país.

A nação siekopai, que fica na fronteira entre o Equador e o Peru e é formada por 744 integrantes, tem 15 casos confirmados do vírus, e dois líderes idosos morreram nas últimas duas semanas depois de apresentar sintomas da covid-19.

##RECOMENDA##

Um grande número de siekopais apresentou sintomas da doença, mas quando procurou ajuda de um centro de saúde do governo na cidade vizinha de Tarapoa. médicos disseram que eles estavam apenas com uma "gripe forte", disse o presidente da comunidade, Justino Piaguaje.

Quando o primeiro dos idosos morreu, em meados de abril, líderes siekopais pediram ao governo do Equador que isolasse a comunidade e examinasse os habitantes, mas não tiveram resposta, afirmou o líder.

"Nós mal chegamos a 700. Fomos vítimas desse tipo de doença no passado, e hoje não queremos que a história se repita", afirmou Piaguaje em reunião realizada por meio de uma rede social na segunda-feira (4).

"Não queremos nosso povo dizendo que havia 700 de nós e agora há 100. Que escândalo seria para o governo equatoriano nos deixar com uma história tão triste em pleno século 21", acrescentou.

Com medo do coronavírus, dezenas de crianças e idosos siekopais fugiram de canoa para Lagartococha, um dos maiores pântanos do país, no coração da floresta, para evitar a infecção.

Os siekopais que permaneceram em seu território, na província de Sucumbios, estão recorrendo a remédios homeopáticos para lidar com problemas respiratórios, disse Piaguaje.

Outras nações indígenas da Amazônia equatoriana também têm casos confirmados de coronavírus, de acordo com a organização indígena Confeniae. O Equador já relatou mais de 30 mil casos.

No vizinho Peru, grupos indígenas apresentaram queixa formal à Organização das Nações Unidas (ONU) no fim de abril, de que o governo os deixou por conta própria na luta contra o coronavírus, criando o risco de etnocídio por falta de ação.

Organizações de direitos humanos que trabalham nas regiões amazônicas do Equador dizem que o Ministério da Saúde está negligenciando comunidades como os siekopai, que ainda não receberam exames ou suprimentos médicos, apesar de sua vulnerabilidade.

*Agência britânica de notícias

O vírus da aids (HIV) se propaga "rapidamente" em uma comunidade afastada do leste da Venezuela, especialmente por falta de tratamento, revelaram cientistas nesta segunda-feira (13).

"Observa-se uma prevalência de 10%, ou seja, 10 em cada 100 indivíduos estão infectados. O HIV progride muito rapidamente", disse Flor Pujol, durante um fórum em Caracas, organizado pela Anistia Internacional para abordar a crise sanitária no país.

Trata-se da etnia warao, assentada no estado Delta Amacuro, destacou a especialista do laboratório de Virologia Molecular do Instituto Venezuelano de Investigações Científicas (IVIC, estatal).

Segundo o censo de 2011, os warao tinham então 50.000 integrantes, o que os transformaria na segunda tribo mais numerosa da Venezuela depois dos wayuu, que habitam a Guajira colombo-venezuelana.

A situação "está tendo consequências devastadoras", afirmou a virologista, que destacou que os pacientes diagnosticados se complicaram devido à falta de anti-retrovirais.

A Venezuela enfrenta uma escassez de alimentos, que atinge 95% em pacientes crônicos, segundo a Federação Farmacêutica, em meio a uma profunda crise econômica.

Na avaliação da pesquisadora, o HIV na comunidade aborígine está "em um nível comparado ao da África no início da epidemia". O continente chegou a concentrar 70% das mortes pela pandemia.

A tuberculose, outros dos males que afeta a etnia, favorece a agressividade da cepa do HIV ali detectada, acrescentou.

"Os warao têm a maior incidência de tuberculose na Venezuela e esta mistura é particularmente nociva e daninha e faz com que a aids progrida mais rapidamente", advertiu.

Nesta população, a aids se desenvolve de cinco a sete anos depois do contágio. "A cada nove meses dobra o número de infectados", alertou Pujol, que falou em nome da equipe de cientistas.

Os primeiros casos entre os warao foram detectados em 2007 pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Em 2011 havia 37 diagnosticados, 21 faleceram, e o restante nunca foi encontrado por pessoal médico, segundo Pujol.

Os especialistas do IVIC avaliam que o HIV foi introduzido no começo deste século nesta comunidade, que vive às margens do rio Orinoco, um dos mais caudalosos da América do Sul.

Uma mulher matou com uma pistola quatro pessoas e feriu gravemente outras duas em uma comunidade indígena do norte da Califórnia, oeste dos Estados Unidos, informou a imprensa local.

Sherie Rhoades, de 44 anos, foi detida como suspeita de assassinato e tentativa de homicídio depois do tiroteio na zona tribal de Cedarville Rancheria, de acordo com a cadeia NBC News, que citou o chefe da polícia local Ken Barnes.

##RECOMENDA##

O tiroteio ocorreu durante o suposto despejo de Rhoades e seu filho de Cedarville Rancheria. Os mortos são quatro homens, de 19, 30, 45 e 50 anos. Os feridos são duas mulheres que se encontram em estado crítico.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando