No início da manhã deste sábado, o presídio Professor Aníbal Bruno, localizado no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, foi palco de muita confusão e desespero. Segundo informações do superintende de segurança penitenciária, Coronel Fernando Melo (foto à esquerda), 13 presos foram socorridos com ferimentos, e dois deles morreram. De acordo com Melo, o atrito ocorreu no pavilhão I do presídio. O que causou o problema foi uma briga entre presos do próprio pavilhão, onde celas e detentos foram queimados e até tiros foram disparados. “Nós estamos identificando os responsáveis pela confusão e pelas mortes”, disse o coronel.
Já o promotor de execuções penais, Marcelo Ugiette (foto à direita), relatou que 30 detentos ficaram feridos, principalmente por causa das queimaduras. Eles foram socorridos para os hospitais Otávio de Freitas e da Restauração. O promotor também afirmou que três presos morreram, e não dois como informou o Coronel Fernando Melo. Entretanto, o coronel justificou a informação. “O que podemos confirmar é que mortos até agora foram dois, possa ser que tenha um terceiro, mas, não tomei conhecimento. Os nomes dos mortos ainda não temos e agentes de saúde estão fazendo um levantamento nos hospitais para identificá-los”, informou o superintendente.
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Incerteza e apreensão
Do lado de fora do presídio, familiares e amigos de detentos estão reunidos para saberem notícias. Muitos estão desesperados pela falta de informações dos mortos. Outros familiares, que não quiseram se identificar, afirmaram que a confusão não aconteceu por brigas entre os presos, mas sim, por problemas de gestão. Já a assessoria de comunicação da Secretaria de Ressocialização confirmou que a confusão foi entre os próprios detentos, por busca de poder entre eles.
Iracema Maria dos Santos (foto à direita), que é mãe do detento Onivaldo Tavares de Oliveira, soube que o filho levou um tiro no rosto, mas está angustiada sem saber da situação dele. “Não sei se ele morreu ou está vivo. Estou muito preocupada. Não tem informação nenhuma, eu quero saber do meu filho", falou aflita.
Quem está aguardando informações dos presos, tentam informações com funcionários do presídio. Mas, o que se sabe, é que as investigações estão sendo feitas. Os morots durante a confusão foram Jandinei Emiliano do Nascimento, José Carlos de Moura Vieira e Ricardo Manoel Palmeira dos Santos.