Um caso de uma suposta agressão dentro do restaurante El Chicano, localizado no bairro do Parnamirim, Zona Norte do Recife, recentemente ganhou uma grande repercussão nas redes sociais. Em entrevista ao Portal LeiaJá, uma das envolvidas na confusão, a professora Renata Palhano contou que na madrugada desta quarta-feira (13), por volta das 3h40, recebeu uma ligação de um número não identificado.
Renata explica que a ligação foi uma coisa muito estranha, já que aconteceu dias após o ocorrido. "Eu estava dormindo, mas sempre deixo celular ligado mesmo porque quando acordo preciso dele sempre urgente. Por volta das 3h40 recebi uma ligação, inclusive até demorei pra atender porque achei estranho uma ligação naquele horário e de numero bloqueado. Quando atendi era um homem com uma voz abafada, sabe quando as pessoas colocam algo na boca pra poder abafar a voz? Começou a falar exatamente assim: 'Você tá falando demais, tome cuidado quando sair de casa e não saia sozinha não' e desligou antes mesmo que eu pudesse responder qualquer coisa", desabafou a jovem.
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A diretoria do bar divulgou uma nota, afirmando que o grupo envolvido não aceitou as alternativas fornecidas pelo gerente e sócio do estabelecimento, Francisco Sousa, e desrespeitou os clientes, com xingamentos e cuspidas que não tiveram nada a ver com o caso. Confira a nota de esclarecimento na íntegra:
“A Diretoria do Bar El Chicano vem por meio de nota fazer os seguintes esclarecimentos:
Na noite sábado, 9/11/2013, um grupo de seis pessoas sentadas numa mesa situada no terraço esquerdo do Bar El Chicano e que lá permaneceram até por volta das 2h do domingo, pediram a conta, quando duas pessoas do grupo já haviam ido. Para surpresa da casa, depois da entrega da conta, os clientes remanescentes afirmaram que as duas pessoas que não permaneceram haviam pago parte da conta, mediante cartões de créditos, contudo os mesmos não dispunham dos necessários comprovantes. Extrapolando a competência do garçom, o mesmo, acertadamente, chamou o Sr. Francisco Sousa, gerente e sócio do estabelecimento, que – de imediato - tentou dar uma solução, sugerindo que os mesmos entrassem em contato com seus amigos, no sentido deles retornarem e demonstrarem o referido pagamento, ou, que a conta fosse integralmente paga, donde os valores que viessem a estar repetidos, seriam no dia seguinte devidamente devolvidos, quando da necessária comprovação do pagamento.
Os clientes, sem qualquer razão convincente, não aceitaram qualquer das alternativas (nem mesmo a de contatar os amigos!), um deles, de forma exaltada, passou a agredir verbalmente a casa, o gerente e até as tentativas de resolução, tudo isso, mediante vocabulário de baixo calão. Não bastando o tanto, o mencionado exaltado, tentou agredir fisicamente o Sr. Francisco Sousa que o imobilizou como legítima defesa e imediatamente depois se retirou da circunstância como forma de não aumentar o transtorno que estava instalado, pela não aceitação das alternativas de solução. Vale ressaltar que um dos membros do grupo quebrou, propositalmente, vários objetos que estavam em cima da mesa (dano). O garçom responsável pela praça deu andamento à resolução. Os clientes, finalmente, pagaram o valor total da conta.
Não apenas no auge da exaltação de relutância a pagar o que fora consumido, como na saída, quando o gerente e sócio, o Sr. Francisco Sousa, já se encontrava em outra mesa conversando com clientes outros, novos xingamentos, voltando o gerente a ser agredido, desta vez, com cuspidas que chegaram a atingir pessoas que nada tinham a ver com o caso.
A ordem da casa sempre foi primar pelo respeito, segurança e bem estar de seus clientes. Trazendo ainda em seu arcabouço funcional os princípios do Direito Consumerista e da boa e proba comunicação com seu público. Fato inegável e que viria a ser comprovado logo em seguida, pois cerca de vinte minutos depois do ocorrido acima citado, voltaram duas pessoas do mesmo grupo à procura de um aparelho celular, segundo eles, esquecido no local. Prontamente, nosso gerente foi conversar com os rapazes e afirmou que o objeto não havia sido encontrado. Salientamos que todo material esquecido no El Chicano é guardado para que seus donos possam resgatá-los. Um dos rapazes disse que havia falado com um policial e foi instruído a ligar para o 190, caso não encontrasse o aparelho telefônico. Francisco Sousa não hesitou em fazer o contato imediatamente, pedindo que o segurança da casa ligasse. Enquanto aguardavam a chegada da viatura ao local, eles simplesmente decidiram ir embora. O veículo da Polícia esteve no bar, mas não deu seguimento ao trabalho, pois os reclamantes não estavam presentes. O que prova mais uma vez o desinteresse do grupo em solucionar os problemas de forma correta e amigável.
A diretoria do El Chicano, ainda lutando pela melhor resolução possível com os envolvidos e demais clientes que queiram maiores esclarecimentos, disponibiliza o e-mail elchicanoresolucao@gmail.com para que qualquer dúvida seja plenamente dirimida. Colocando-se, outrossim, ao lado de sua assessoria de imprensa, publicitária e jurídica no sentido de resposta através do fornecido e-mail e coibição dos excessos, seja no âmbito do Direito Penal, seja no Direito da Comunicação.”
Entenda o caso - a confusão aconteceu na madrugada do sábado (9) para o domingo (10), durante a comemoração de um aniversário. Renata Palhano, que estava no local na hora do ocorrido, publicou em uma rede social contou que o gerente do estabelecimento agrediu fisicamente um de seus amigos após um desentendimento no momento de pagar a conta.
“Além do péssimo atendimento, no final da noite, quando fomos pagar a conta, percebemos um erro no valor total da nota. A parcial já havia sido paga por dois amigos que precisaram ir embora mais cedo e deixaram a segunda via do cartão comigo como comprovante. Porém eu perdi uma delas. Dissemos ao garçom o acontecido e ele disse que não poderia fazer nada porque a gente não tinha como ‘provar’ o pagamento. Nós dissemos que sim, pois todo mundo sabe que quando se paga com o cartão uma via fica com o estabelecimento e a outra com o cliente”, explicou a jovem.