Tópicos | Copa de 2018

Grande nome do futebol peruano nos últimos tempos, Paolo Guerrero foi o herói da seleção nacional na última terça-feira e manteve vivo o sonho de recolocar o país na Copa do Mundo depois de 36 anos. Foi ele o responsável pelo gol do empate por 1 a 1 diante da Colômbia, em Lima, que colocou o Peru na repescagem.

O lance do gol, porém, foi bastante inusitado. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci sinalizou falta em dois lances a favor do Peru. Guerrero foi para a cobrança e arriscou direto. O gol seria anulado, se não fosse a reação do goleiro Ospina de ir para a bola e desviá-la para a própria meta.

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"Não havia visto a sinalização do árbitro de que a falta era indireta. Eu só bati a falta para o gol", explicou o atacante nesta quarta-feira. "A única coisa que passou pela minha cabeça era colocar a bola onde eu queria, não escutei o árbitro. Decidi bater onde estou acostumado e graças a deus tocou no Ospina e foi para o gol."

Os colombianos chegaram a reclamar do lance, mas o gol foi confirmado e o Peru terminou as Eliminatórias Sul-Americanas na quinta colocação. O resultado deu ao país a chance de disputar a vaga na Copa do ano que vem, na Rússia, com a Nova Zelândia, vencedora das Eliminatórias da Oceania. E apesar deste último obstáculo, Guerrero mostrou confiança na classificação.

"Ainda temos que esperar para comemorar, agora esperamos o próximo adversário e teremos duas partidas decisivas. Assim, para ficar com a vaga, teremos que esperar um pouco. Mas nos preparamos bem e sou bastante otimista. Eu acredito que vamos estar no Mundial", afirmou Guerrero.

O Peru entra como favorito na disputa, mas a vaga na repescagem só veio graças a uma arrancada na reta final das Eliminatórias. Tido praticamente como eliminada no fim do ano passado, a seleção não perdeu em 2017. Na competição, emendou uma sequência de três vitórias e três empates para subir na tabela.

Para Guerrero, os méritos desta ascensão são do técnico argentino Ricardo Gareca. "O professor Gareca é muito positivo e isso é o que ele passa para nós, os jogadores. A vibração, a energia que nos passa, é de sermos vencedores. E esta equipe, hoje, é vencedora, não dá nada por perdido e nunca abaixa a guarda."

A emoção tomou conta da seleção argentina após o apito final e a certeza de que a equipe de Jorge Sampaoli está garantida na Rússia. Emocionado, o treinador comemorou a classificação, ao fim da vitória por 3 a 1 sobre o Equador, em Quito. O triunfo, com os três gols de Lionel Messi, assegurou os argentinos na Copa do Mundo do próximo ano.

"Me sinto feliz por ter compartilhado esse momento com o povo argentino. O mais importante é que os atletas decidiram o jogo e o mérito da classificação é totalmente deles", disse o treinador.

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Para Sampaoli, a vitória foi conquistada sem qualquer contestação. "A Argentina mostrou capacidade e autoridade alta. Fomos praticamente invencíveis. Lidamos bem com a atitude, gramado e mesmo com o gol sofrido logo no início, mostramos força."

Contestado desde que assumiu a seleção, Sampaoli evitou falar do futuro. "É cedo para fazer autocrítica. Estou feliz pela classificação e temos uma série de coisas pela frente."

O meia Enzo Pérez destacou a pressão que estava sobre os atletas. "Foi difícil. Sofremos de verdade. Só temos palavras de agradecimento para as nossas famílias, amigos e todos que torceram por nós. Pegamos a energia de todo e agora é comemorar."

AGRADECIMENTOS A MESSI - "Messi não deve um Mundial à Argentina. É o futebol que deve um Mundial à Messi", disse Sampaoli ao agradecer a atuação de Messi, que alcançou uma espécie de redenção nesta noite.

Criticado ao longo de boa parte de sua passagem de 12 anos pela seleção, ele obteve um milagre particular em Quito. Não foi um título, não teve taça. Depois do choro convulsivo na decisão da Copa América do ano passado, na derrota por pênaltis para o Chile, quando amargou o terceiro vice-campeonato seguido, Messi saiu sorrindo do estádio de Quito. Não teve taça, mas foi quase um título.

A história de Messi na seleção é sofrida e merecia um capítulo feliz. Nas Copas do Mundo, ele perdeu em 2006, 2010 e 2014. Na Copa América, foram quatro decepções: 2007, 2011, 2015 e 2016. Os argentinos estavam ressabiados nesta temporada. Em 17 jogos das Eliminatórias, o time havia feito apenas 16 gols, o segundo pior ataque do torneio, à frente apenas da Bolívia.

Messi reescreveu toda a descrença e tirou todo o peso do país de seus ombros. Além disso, acabou com a sina de que ia mal na altitude - em cinco jogos, havia perdido três e empatado dois. Ainda não havia feito um gol como visitante nas Eliminatórias. Ele já havia jogada bem na partida contra o Peru, em casa, mas não marcou. Na noite desta terça-feira, encerrou o jejum atuando bem, armando e finalizando, exatamente como faz pelo seu clube, o Barcelona.

Maior artilheiro da seleção argentina, posto que alcançou na Copa América, ao marcar seu 55º gol, La Pulga mantém viva uma ambição pessoal: ganhar uma Copa do Mundo, brilhar com a camisa do seu país para alcançar o status de Maradona. Após a péssima fase, ele deu o primeiro passo nesta terça.

Gabriel Jesus teve uma volta inesquecível ao estádio Allianz Parque, em São Paulo, nesta terça-feira. Jogou um bom futebol e foi recompensado com dois gols, os dois últimos nos 3 a 0 da seleção brasileira sobre o Chile. Teve o nome gritado diversas vezes, a começar quando entrou em campo para fazer aquecimento e acabou como artilheiro do Brasil nas Eliminatórias, com sete gols.

A volta à casa em grande estilo e artilharia fez o atacante abrir ainda mais o costumeiro sorriso. Mas ele frisou que não fez nada sozinho. "Ser o artilheiro representa para mim muita felicidade. Não falou individualmente, mas pelo Brasil, pela campanha que fez e por tudo o que passou (nas Eliminatórias)", disse o ex-palmeirense. "Conseguimos terminar em primeiro lugar com vitória diante de uma equipe que se mostrou muito forte".

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Gabriel Jesus foi, ao lado de Neymar, o responsável pelas principais jogadas ofensivas da seleção na morna etapa inicial. Na etapa final, principalmente depois de Paulinho marcar o primeiro gol, teve mais espaço e não desperdiçou. Seus dois gols foram marcados sem goleiro.

No primeiro, recebeu a bola de Neymar na saída de Bravo, seu companheiro no Manchester City inglês, e só teve o trabalho de tocar para a rede. Na comemoração, fez a menção de estar telefonando para a sua mãe, dona Vera, como faz normalmente, e foi "imitado" no gesto por Neymar, a quem correu para abraçar.

No segundo gol, já nos acréscimos e quando o Chile buscava desesperadamente o gol que poderia representar vaga na Copa, foi lançado por Willian, penetrou sem marcação - Bravo tinha ido à área brasileira tentar o gol - e, como diz a letra de Jorge Benjor, só não entrou com bola e tudo porque teve humildade. "Como eu disse antes da partida, a gente entrou focado em vencer o jogo", disse Gabriel Jesus.

Tão festejado quanto ele ontem na arena do Palmeiras, e talvez na mesma proporção de Neymar, foi o técnico Tite. Nervoso em boa parte do jogo, exigindo concentração e posicionamento correto dos jogadores, e demonstrando irritação a cada "erro bobo", parecia estar disputando a vaga na Copa. Vibrou bastante no gol de Paulinho e teve o nome gritado por todo o estádio. Por palmeirenses - ele treinou o time no já distante 2006 sem muito brilho -, corintianos, são-paulinos, santistas...

Tite manteve com a vitória de ontem sus invencibilidade nas Eliminatórias, em 12 partidas. E com a vitória sobre o Chile, para quem havia perdido na primeira rodada, o Brasil, pela primeira vez na história, venceu todos os adversários no torneio classificatório a uma Copa.

O duelo desta terça-feira entre Brasil e Chile, pela rodada final das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, entrou para a história pela presença da torcida e por sua arrecadação. O jogo registrou a maior renda da história do futebol brasileiro - R$ 15.118.391,02 - e também o maior público do Allianz Parque: 41.008.

O recorde de renda uma partida no futebol brasileiro, não levando em consideração os jogos da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014, era da final da Copa Libertadores de 2013, quando o Atlético Mineiro superou o paraguaio Olimpia na disputa de pênaltis após triunfar por 2 a 0 para se sagrar campeão, com arrecadação de R$ 14.176.146. Como o estádio recebeu 56.557 pagantes, o ingresso médio foi de R$ 250,65 naquela oportunidade. Agora, então, o preço médio de cada entrada correspondeu a R$ 368,77.

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Inaugurado em novembro de 2014, o novo estádio do Palmeiras também viu o seu recorde de público ser quebrado no duelo desta terça entre as seleções do Brasil do Chile. Os 41.008 torcedores foram apenas 22 a mais do que os que assistiram ao time da casa vencer a Chapecoense por 1 a 0 em novembro de 2016, o que lhe garantiu o título do Campeonato Brasileiro do ano passado.

Embora com recorde de renda, o jogo com o Chile não foi o de maior público do Brasil nestas Eliminatórias. Em novembro de 2016, 53.490 pessoas foram ao Mineirão e assistiram a vitória por 3 a 0 sobre a Argentina.

O técnico Tite avaliou com bastante elogios o encerramento da campanha da seleção brasileira nestas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, campanha encerrada com a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, nesta terça-feira, no Allianz Parque. Na opinião do treinador, o resultado e a atuação mostraram a capacidade da equipe mesclar efetividade com futebol vistoso.

Sob o comando de Tite, a seleção ganhou dez partidas e empatou duas na competição. "A forma como a equipe está se apresentando me deixa feliz. A equipe resgata o que eu sei de futebol, porque mistura a efetividade em ganhar jogos com a beleza. Dá para jogar bonito e ganhar. Tenho que reconhecer que o grupo de atletas está apresentando esse bom futebol", disse em entrevista coletiva.

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O Brasil fechou as Eliminatórias com a sua melhor campanha na história e venceu todos os adversários ao menos uma vez, feito inédito. "Tenho legado do Dunga e do Luiz Felipe (Scolari). Alguns jogadores são da geração da Copa de 2014, como o Fernandinho e o Daniel Alves. Quando não se tem muito tempo como técnico, você se serve desse legado", afirmou o treinador, ao dividir os méritos com os antecessores.

O treinador fez questão de elogiar o trabalho da comissão técnica e contou que o bom ambiente vivido entre os jogadores da seleção também ajudam os resultados a chegarem. "Os jogadores gostam do convívio, tem amizade. É legal quando isso acontece, porque aí a vaidade fica de lado. Acabamos por cooperar um com o outro. Todos esses recordes são de uma equipe, não sou só eu quem estou atingido", comentou.

Tite revelou ter ficado irritado com o zagueiro chileno Gary Medel durante a partida. Segundo o brasileiro, o adversário lhe xingou no primeiro tempo e ele acabou por perder o controle. Para acalmar os ânimos, o técnico falou com o defensor no começo da segunda etapa e avisou que o mal-estar havia acabado.

Com o término das Eliminatórias, todo o planejamento da comissão técnica da seleção brasileira a partir de agora passa a ser voltado exclusivamente para a Copa. Já está definido que os jogadores convocados por Tite (23) vão se apresentar no fim de maio na Granja Comary, em Teresópolis, onde o grupo permanecerá entre dois e cinco dias para a realização de testes físicos e exames médicos.

A segunda parte da preparação para o Mundial será feita na Europa, possivelmente na Inglaterra, onde o coordenador de seleções da CBF, Edu Gaspar, e o supervisor da seleção, Luis Vagner Vivian, já avaliaram centros de treinamento que tenham condições de receber o Brasil. A última parte dos treinamentos antes da competição será já em território russo. A CBF ainda não anunciou oficialmente o local, mas está acertado que a base da equipe nacional será montada em Sochi, cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Inverno e banhada pelo Mar Negro.

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A comissão técnica do Brasil planeja ter entre 18 e 23 dias de preparação antes do Mundial. A variação de datas depende do jogo de estreia na Copa - o sorteio dos grupos será realizado no dia 1.º de dezembro, no Kremlin, em Moscou. A Copa do Mundo começa dia 14 de junho. A Rússia faz a abertura.

Daqui para frente, os integrantes da comissão técnica de Tite vão intensificar os contatos com os clubes onde jogam os atletas que estão no radar do chefe. O objetivo é estreitar a ligação com os departamentos médicos para ter informações detalhadas dos jogadores e mapear dados como número de lesões e carga de treinamentos.

Como os atletas que atuam na Europa não terão férias até a Copa do Mundo, durante os meses de junho e julho deste ano o preparador físico da seleção, Fábio Mahseredijan, ligou para todos os jogadores que vinham sendo convocados por Tite e provavelmente estarão na Rússia no próximo ano para pedir que eles se dedicassem com mais afinco aos exercícios físicos durante a pré-temporada já visando o Mundial de 2018.

AMISTOSOS - Até a Copa, a seleção já confirmou três amistosos. No dia 10 de novembro, o rival será o Japão, em Lille, na França. O jogo contará com a tecnologia do árbitro de vídeo.

No dia 14 do mesmo mês, o Brasil jogará com a Inglaterra, no lendário estádio de Wembley, em Londres. Depois, no dia 27 de março de 2018, no estádio Olímpico de Berlim, a seleção enfrentará a Alemanha. Será o primeiro jogo entre as duas equipes desde o 7 a 1 da semifinal da Copa do Mundo de 2014.

Duelos com seleções da Europa são um pedido de Tite aos organizadores dos amistosos da seleção. Desde que assumiu o time, o treinador enfrentou apenas equipes da América do Sul e um confronto com a Austrália.

Também está nos planos da comissão técnica da seleção um amistoso contra a Rússia, no próximo ano. A partida faz parte da lista de itens de preparação estabelecidos por Tite a serem cumpridos antes da convocação final para o Mundial.

O objetivo do treinador é que os jogadores tenham o primeiro contato com o clima, o público e o idioma do país anfitrião. Os integrantes da comissão técnica brasileira estão tendo aulas de russo.

A seleção brasileira encerrou nesta terça-feira (11), com a vitória por 3 a 0 sobre o Chile, a disputa das Eliminatórias, mas a corrida dos jogadores por um lugar na caravana que irá à Rússia continua. O técnico Tite já tem um time-base, mas tem reiterado que o grupo de 23 atletas não está fechado e, portanto, que "há vagas".

A convocação final para a Copa do Mundo será em maio do próximo ano e antes disso a equipe vai fazer quatro amistosos que servirão para preencher os lugares disponíveis.

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Tite chamou 45 jogadores diferentes nos 12 jogos em que comandou a seleção nas Eliminatórias -- estreou na sétima rodada, na vitória por 3 a 0 sobre o Equador, em 1.º de setembro de 2015. A rigor, desde aquele jogo ele tem os titulares definidos. Dos que começaram aquela partida, apenas Willian perdeu o lugar. Foi preterido por Philippe Coutinho, que entrou no segundo tempo em Quito. Mas ainda não chegou a todos os 23 e garante estar de olho em todos os convocáveis.

"São mais de oito meses até a Copa. Está aberto. Tem mais de 35 atletas sendo monitorados, tem em torno de 50", disse o treinador em sua mais recente intervenção sobre o assunto.

Embora não diretamente, Tite dá algumas pistas sobre vagas que ainda não têm dono. No gol, com Alisson definido, Ederson está na frente pela condição de primeiro reserva e vários goleiros, entre Cássio e o ainda não testado Vanderlei brigam hoje pelo terceiro posto. O treinador também não tem o reserva da lateral-direita e há um lugar não preenchido na zaga.

Um volante com características mais defensivas e dois meias também permanecem indefinidos. Também pode ter duas vagas no ataque, embora Roberto Firmino agrade bastante ao treinador e por isso tem amplas possibilidades de ir à Rússia. Ainda assim, atacantes de área ainda têm chance, bem como bons jogadores que atuem pelos lados no setor ofensivo.

Um jogador que deverá ter oportunidade com Tite, desde que recupere o bom futebol, é Douglas Costa. O treinador gosta muito do atacante que está na Juventus, mas contusões e má fase o fizeram perder espaço. Porém, ainda tem chance.

Tite não vai abrir mão de manter a base da equipe, para não descaracterizá-la. Mas dará novas "oportunidades", como prefere dizer e isso já ocorrerá nos amistosos de novembro.

A última rodada das Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2018 reservou surpresas e momentos históricos, na noite desta terça-feira. Geralmente favorito na disputa, os Estados Unidos foram surpreendidos por Trinidad e Tobago e estão fora da Copa. Já o Panamá disputará um Mundial pela primeira vez. A seleção de Honduras vai disputar a repescagem.

O Panamá ficou com a terceira vaga da Concacaf ao vencer a Costa Rica, já classificada, por 2 a 1, em casa. Gabriel Torres e Roman Torres marcaram os gols da virada dos panamenhos. O gol de Roman saiu somente aos 42 minutos do segundo tempo. Johan Venegas abrira o placar para a Costa Rica.

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Com a vitória, o Panamá chegou aos 13 pontos, atrás somente da Costa Rica, com 16, e do México, com 21. Os dois primeiros colocados entraram em campo nesta noite já classificados para o Mundial de 2018. A seleção do Panamá disputará uma Copa pela primeira vez.

A classificação só foi possível por causa da inesperada derrota dos Estados Unidos para a modesta equipe de Trinidad e Tobago, sexta e última colocada da tabela. Jogando em casa, na cidade de Couva, a seleção de Trinidad abriu o placar com gol contra de Omar Gonzalez, aos 17 minutos de jogo. Alvin Jones anotou o segundo, aos 37.

No começo do segundo tempo, Christian Pulisic descontou para a equipe norte-americana, aos 3 minutos. Mas a reação dos visitantes parou por aí, apesar da forte pressão nos minutos finais. A vitória deixou o time da casa com seis pontos, totalmente fora da disputa já desde as últimas rodadas, e impediu a classificação norte-americana.

O time dos EUA estacionou nos 12 pontos e ficou em quinto lugar, fora da zona de classificação - a seleção não ficava fora de uma Mundial desde 1986. Ficou atrás até de Honduras, que surpreendeu e obteve o quarto lugar (13 pontos), que dá vaga na repescagem, ao vencer o México por 3 a 2. Alberth Elis, Guillermo Ochoa, contra, e Romell Quioto marcaram os gols dos anfitriões. Oribe Peralta e Carlos Vela anotaram para o time mexicano.

Na repescagem, a seleção de Honduras vai disputar a vaga na Copa contra a Austrália, que eliminou a Síria em outra disputa de repescagem, nesta terça. Os confrontos de ida e volta serão disputados em novembro.

A seleção brasileira termina sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas como os brasileiros gostariam que terminasse a Copa do Mundo da Rússia, em primeiro lugar, sobrando em campo, com Neymar fazendo fila na marcação adversária e liderando uma equipe forte, talentosa e solidária. O Brasil parte para a Rússia cheio de gás e favorito, após a vitória sobre o Chile por 3 a 0, na noite desta terça-feira, no Allianz Parque, em São Paulo.

Se Tite conseguiu nessas 15 partidas à frente do time mudar tudo e fazer da terra arrasada um terreno fértil e favorável para mais uma conquista mundial, a sexta, diga-se, também teve de se render ao talento, ginga e modo de ser de pelo menos meia dúzia de garotos abusados e de muita personalidade.

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Aprenderam juntos e juntos mudaram a seleção. É dessa forma que vão desembarcar na Rússia em junho do ano que vem. A vitória por 3 a 0 sobre o Chile, nesta noite, no Allianz Parque, com público recorde do estádio do Palmeiras, 41.008, e renda de R$ 15 milhões, recorde na história do futebol brasileiro. O resultado coroou campanha de tirar o chapéu. A torcida fez festa, tirou fotos e aplaudiu. Também pegou no pé de alguns chilenos, como Valdivia. Mas não houve nenhuma manifestação homofóbica, como vinha acontecendo em jogos no Brasil.

Uma das maiores manifestações ocorreu quando o locutor do estádio anunciou gol do Equador diante da Argentina. Ele não se deu conta de que Messi estava em campo lá em Quito.

Brasil e Chile fizeram um primeiro tempo correto, sem grandes jogadas, de marcação forte no meio-campo e com Neymar atuando mais fixo pela esquerda. Tudo mudou na etapa final, quando os gols brasileiros saíram. Neymar assumiu sua função de maestro pelo meio antes de voltar para a beirada do gramado. Foi suficiente para tirar o zero do placar e conduzir a seleção à sua 12ª vitória nas Eliminatórias Sul-Americanas.

Os gols foram marcados por Paulinho e Gabriel Jesus (dois), aos 9, 11 e 47 minutos respectivamente. O primeiro deles de rebote do goleiro Bravo. O segundo em combinação perfeita de Neymar e Jesus. E o terceiro sem goleiro, que estava na área do Brasil tentando o gol.

Fora da Copa, o Chile desandou a dar pontapés e a provocar. Mas até isso Tite conseguiu mudar no elenco. Apesar de um empurrão de Gabriel Jesus, ninguém caiu na armadilha. E a seleção foi aplaudida em seu último jogo no País antes da Copa.

 

FICHA TÉCNICA:

BRASIL 3 x 0 CHILE

BRASIL - Ederson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Alex Sandro; Casemiro; Philippe Coutinho (Firmino), Paulinho, Renato Augusto (Fernandinho) e Neymar (Willian); Gabriel Jesus. Técnico: Tite

CHILE - Bravo; Isla, Medel, Jara e Beausejour; Hernández, Aránguiz (Pulgar), Fuenzalida (Puch) e Valdivia; Vargas e Sánchez. Técnico: Juan Antonio Pizzi.

GOLS - Paulinho, aos 9, e Gabriel Jesus, aos 11 e aos 47 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Philippe Coutinho, Neymar, Sánchez e Isla.

ÁRBITRO - Roddy Zambrano (Equador).

RENDA - R$ 15.118.391,02.

PÚBLICO - 41.008 pagantes.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo (SP).

Liderada por James Rodríguez e Falcao Garcia, a seleção da Colômbia conquistou na noite desta terça-feira a sua vaga na Copa do Mundo de 2018. A classificação veio com o empate por 1 a 1 com o Peru, no estádio Nacional, em Lima. O time da casa, que chegou a estar eliminado ao longo da partida, em razão dos demais resultados da rodada das Eliminatórias, vai disputar a repescagem.

O time colombiano encerrou sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas na quarta colocação, com 27 pontos. Ficou atrás do Brasil (41), única seleção que entrou em campo já classificada nesta noite, do Uruguai (31) e da Argentina (28). O Peru, com os mesmos 26 pontos do Chile, mas com melhor saldo de gols, ficou em quinto lugar, que lhe deu a vaga na repescagem. Seu adversário será a Nova Zelândia, em novembro.

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Apesar de exibir situação mais complicada que a Colômbia na tabela antes do início da partida, e mesmo jogando em casa, o Peru viu o rival assumir a iniciativa da partida nos primeiros 20 minutos. James Rodríguez e Zapata buscaram o ataque, sem maior sucesso, diante da apatia peruana.

O time da casa só acordou aos 21, quando Guerrero tentou de cabeça e quase surpreendeu Ospina. Daí em diante, a seleção peruana cresceu em campo e passou a levar perigo à defesa colombiana. Aos 28, Édison Flores fez boa jogada individual na intermediária e bateu da entrada da área.

A Colômbia só respondeu aos 32, após cruzamento na área e cabeçada de Zapata. O goleiro Gallese fez a defesa com certa facilidade, enquanto o time anfitrião dominava e a torcida começava a se empolgar nas arquibancadas em Lima.

O segundo tempo começou com boa notícia para o Peru. Mesmo sem fazer a sua parte, o time entrou na zona de classificação quando o Brasil abriu 2 a 0 sobre o Chile. As arquibancadas vibraram com a notícia dos gols. Mas a alegria durou pouco.

Na sequência, a Colômbia abriu o placar no estádio Nacional, aos 10 minutos. Falcao Garcia recebeu lançamento na área e, na disputa de bola, a sobra ficou com James Rodríguez, que bateu forte e rasteiro no canto. Novamente o Peru ficava fora da Copa.

Cinco minutos depois, o mesmo James quase anotou o segundo. Gallese, desta vez, defendeu. Mais apagado em campo, Cuadrado também perdeu boa chance, aos 22, em cobrança de falta por cima do travessão.

Se Cuadrado não aproveitou sua chance, Guerrero não desperdiçou a sua. O atacante do Flamengo bateu direto falta, que deveria ser lance indireto, segundo marcação do árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci. A bola contornou a barreira e venceu o goleiro Ospina, aos 30. O juiz validou o gol porque Ospina chegou a encostar na bola antes de as redes balançarem.

O empate esquentou a partida, diante da forte expectativa da torcida. O Peru partiu para o ataque, em busca do segundo gol, que lhe colocaria diretamente na Copa, dispensando a repescagem. Mas a Colômbia se segurou como pôde, se concentrando na retranca. Nos minutos finais, o técnico José Pekerman sacou os atacantes Falcao Garcia e James Rodríguez e colocou mais marcadores em campo, assegurando o empate e a vaga no Mundial da Rússia.

 

FICHA TÉCNICA:

PERU 1 x 1 COLÔMBIA

PERU - Gallese; Corzo, Christian Ramos, Alberto Rodríguez (Miguel Araujo), Trauco; Yotún (Ruidíaz), Tapia, Carrillo (Reyna), Cueva; Paolo Guerrero e Édison Flores. Técnico: Ricardo Gareca.

COLÔMBIA - Ospina; Santiago Arias, Davinson Sánchez, Óscar Murillo, Fabra; Carlos Sánchez, Aguilar, James Rodríguez (Yimmi Chará), Cuadrado; Duván Zapata (Wilmar Barrios) e Falcao García (Giovanni Moreno). Técnico: José Pekerman.

GOLS - James Rodríguez, aos 10, e Guerrero, aos 30 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Carillo.

ÁRBITRO - Sandro Meira Ricci (Brasil).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Nacional, em Lima (Peru).

Messi pode não ser na Argentina o mesmo do Barcelona, mas, ao menos nesta terça-feira, mostrou com a camisa azul e branca por que é considerado um dos melhores da história. Sob a pressão de poder protagonizar um dos maiores vexames do futebol do país, chamou a responsabilidade mesmo depois do surpreendente gol relâmpago do Equador e comandou a vitória por 3 a 1, em Quito, ao marcar os três gols salvadores que garantiram o passaporte argentino para a Copa do Mundo.

O craque evitou que o drama com o gol de Romario Ibarra logo no início da partida se transformasse em tragédia. Mesmo com uma Argentina novamente apática e sofrendo com as escolhas erradas do técnico Jorge Sampaoli, assumiu o papel de líder. Jogou praticamente sozinho, mas com tanta qualidade técnica, era o suficiente para superar um Equador em frangalhos.

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Os três gols de Messi e a vitória na altitude de Quito levaram a Argentina a 28 pontos, ficando com a terceira vaga direta da América do Sul para a Copa da Rússia. Para o craque, o desempenho pode ter significado ainda a afirmação total com a camisa argentina, após tantas críticas e questionamentos de seus compatriotas.

Além da Argentina, já estão garantidos na Copa: o Brasil, o Uruguai e a Colômbia na América do Sul; a Nigéria e o Egito, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra, França, Islândia, Portugal, Sérvia e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Só que bem ao estilo argentino, a vaga não veio sem drama. Não bastasse a péssima campanha nas Eliminatórias, no último episódio desta trajetória, precisando do triunfo para não cair precocemente, a seleção foi surpreendida segundos após a bola rolar. Mascherano não conseguiu afastar o perigo, Mercado cochilou e o ataque equatoriano aproveitou. Romario Ibarra tabelou de cabeça com Ordoñez e tocou na saída de Romero para abrir o placar.

O golpe deixou a Argentina atônita, quase entregue. Se tivesse forçado, o Equador poderia ter até feito o segundo, tamanha a confusão no sistema defensivo adversário, que proporcionou outra ótima chance perdida por Ordoñez logo aos cinco minutos. Desta vez, o ataque equatoriano desperdiçou.

Só que antes que a tragédia fosse estabelecida, Messi tratou de resolver. Aos 11 minutos, ele arrancou pela esquerda, tabelou com Di María e apareceu sozinho dentro da área. Com a calma que lhe é peculiar, finalizou por baixo do goleiro para empatar.

O ataque da Argentina começava a encontrar muito espaço pela esquerda, e nos pés de Messi, isso seria fatal. Aos 15, ele recebeu com liberdade e bateu em cima de Banguera. Mas aos 19, aproveitou cochilo de Aimar na saída, roubou a bola e encheu o pé da entrada da área, no ângulo do goleiro, que nada pôde fazer.

Os gols de Messi davam à Argentina o resultado necessário, mas não cessaram os erros defensivos. Mascherano, em dia irreconhecível, Otamendi e Mercado acumulavam trapalhadas no setor e assustavam o já desesperado torcedor visitante. No início da segunda etapa, Mercado chegou a escorregar a metros do gol de Romero, mas Romario Ibara foi travado na hora de bater.

Foi então que a genialidade de Messi voltou a resolver. Aos 17 minutos, o craque recebeu com liberdade na intermediária, arriscou bem a seu estilo, cortou o zagueiro e chutou colocado da entrada da área, por cobertura. Um golaço para tranquilizar todo o país e dar ao craque do Barcelona a chance de brigar pelo inédito título da Copa.

 

FICHA TÉCNICA:

EQUADOR 1 X 3 ARGENTINA

EQUADOR - Banguera; Velasco, Aimar, Arboleda e Cristian Ramírez; Orejuela, Cevallos (Enner Valencia), Intriago (Uchuari) e Alex Ibarra; Ordoñez (Estrada) e Romario Ibarra. Técnico: Patricio Lara (auxiliar).

ARGENTINA - Sergio Romero; Mercado, Mascherano e Otamendi; Salvio (Fazio), Enzo Pérez, Biglia e Acuña; Di María (Paredes), Messi e Benedetto (Icardi). Técnico: Jorge Sampaoli.

GOLS - Romario Ibarra, aos 39 segundos, e Messi, aos 11 e 19 minutos do primeiro tempo. Messi, aos 17 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Anderson Daronco (Fifa/Brasil).

CARTÕES AMARELOS - Cevallos (Equador); Acuña, Biglia, Mascherano (Argentina).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Olímpico Atahualpa, em Quito (Equador).

Pela sétima vez na história, Portugal estará na Copa do Mundo. Nesta terça-feira, a seleção de Cristiano Ronaldo recebeu a Suíça na luta direta pela primeira colocação do Grupo B das Eliminatórias Europeias e confirmou o passaporte para a Rússia, no ano que vem, ao bater o rival por 2 a 0.

O resultado foi suficiente para colocar Portugal no Mundial pela sétima vez, sendo a quinta consecutiva. Mas ao contrário de 2014, no Brasil, quando precisou da repescagem para garantir-se na competição, o país desta vez foi o melhor de sua chave nas Eliminatórias.

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O Grupo B, aliás, era um dos mais fáceis das Eliminatórias, o que permitiu que Suíça e Portugal vencessem todos os jogos com os outros países da chave. A vaga, então, seria definida no confronto direto. Em casa, os suíços venceram o primeiro jogo por 2 a 0, mas em Lisboa, os portugueses responderam na mesma moeda.

Com isso, ambos os países terminaram as Eliminatórias com 27 pontos em 10 partidas. Só que o saldo de gol português foi muito superior ao suíço - 28 a 16 - e deu a vaga aos comandados de Fernando Santos. À Suíça restou a consolação de disputar a repescagem para tentar ir à 11.ª Copa de sua história, que seria a quarta seguida.

Além dos portugueses, já estão garantidos na Copa: o Brasil, na América do Sul; a Nigéria e o Egito, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra, França, Islândia, Sérvia e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Para confirmar a vaga nesta terça, Portugal precisou superar a retranca suíça e o dia pouco inspirado de seu maior craque. Cristiano Ronaldo passou quase imperceptível pela partida. Chegou a arriscar bom chute no segundo tempo, mas só apareceu de fato quando ficou de frente para o goleiro Sommer com todo o tempo possível, mas se embananou ao tentar driblá-lo e perdeu a bola.

Com Ronaldo apagado e diante de uma das defesas mais competentes da Europa, Portugal suou no primeiro tempo. O time da casa mantinha a posse de bola, tocava no campo de ataque, mas pouco criava. Somente aos 32, aconteceu a primeira chance. Bernardo Silva recebeu pela esquerda, invadiu a área e encheu o pé, parando em grande defesa de Sommer.

Mas um lance fortuito ajudou os donos da casa e lhes deu a tranquilidade necessária para administrar o confronto. Aos 40 minutos, Eliseu avançou pela esquerda e cruzou. Sommer saiu aos pés de João Mario e tentou afastar o perigo de soco, mas acertou a bola nas pernas de Djourou. Mansamente, ela tomou o caminho das redes suíças.

O gol mudou completamente o panorama do duelo, e Portugal voltou muito melhor para a etapa final. Aos nove, Ronaldo tentou de fora da área, com certo perigo. Mas foi aos 11 que saiu o segundo. Bernardo Silva tabelou com João Moutinho pela direita e tocou no meio da área. A bola passou por todo mundo, menos por André Silva, que ainda teve calma para dominar e finalizar para a rede.

A partir daí, Portugal diminuiu o ritmo e passou a esperar a Suíça, que esbarrava na própria qualidade técnica na hora de criar. Na base da pressão, ainda assustou aos 21, quando Shaqiri bateu de fora da área e Seferovic desviou rente à trave. Mas a última grande chance ainda seria portuguesa, a de Ronaldo, que terminou nos braços de Sommer.

OUTROS RESULTADOS - Nas outras partidas entre os eliminados do Grupo B, a Hungria recebeu Ilhas Faroe, venceu por 1 a 0 e terminou como terceira colocada da chave, com 13 pontos, quatro à frente do adversário. Já a Letônia recebeu Andorra e goleou por 4 a 0, indo a sete pontos. Os andorranos ficaram com quatro.

Sem o sonhado "milagre", a Holanda se despediu das Eliminatórias sem a vaga na Copa do Mundo de 2018. O time holandês, liderado por Arjen Robben, não viajará para a Rússia no próximo ano porque não conseguiu a goleada sobre a Suécia, nesta terça-feira. Venceu por 2 a 0, em Amsterdã, mas precisava de um improvável placar de 7 a 0. Pelo mesmo Grupo A, a França selou sua classificação ao vencer a Bielo-Rússia por 2 a 1, também nesta terça.

Diante de sua torcida, no estádio do Ajax, a equipe holandesa sonhava com a goleada, que se tornou necessária para a classificação porque a Suécia aplicara nada menos que 8 a 0 em Luxemburgo, no sábado. Na disputa com a Holanda pela segunda colocação da chave, o time sueco abrira vantagem incrível no saldo de gols, primeiro critério de desempate nos grupos das Eliminatórias Europeias.

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Por isso, os holandeses precisaram vencer por uma diferença de sete gols em Amsterdã. Principal nome do time, Robben até fez a sua parte e deu esperanças à torcida ao balançar as redes aos 16 minutos, em cobrança de pênalti, e aos 40, em bela finalização de canhota, da entrada da área.

Mas o placar não foi além do 2 a 0 antes do intervalo. E, na volta para o segundo tempo, a situação não mudou, trazendo ainda mais pressão sobre os anfitriões. As dificuldades no meio-campo e a falta de criatividade pesaram novamente sobre o time holandês, que já vinha aos trancos e barrancos desde o início desta edição das Eliminatórias.

Não por acaso sofreu derrotas para times mais limitados, como a Bulgária, perdeu duas vezes para a França, com direito a uma goleada de 4 a 0, em agosto. Com uma campanha de seis vitórias, três derrotas e um empate, a Holanda encerrou sua campanha na terceira colocação, com os mesmos 19 pontos da Suécia, vice-líder, mas com desvantagem no saldo de gols.

A tradicional equipe holandesa, três vezes vice-campeã mundial, não ficava fora de uma Copa do Mundo desde 2002. Os holandeses também perderam a Eurocopa de 2016, sem passarem das Eliminatórias.

Em segundo lugar na chave, a Suécia terá que disputar a repescagem das Eliminatórias Europeias. A primeira posição coube à França. Campeã mundial em 1998, a equipe francesa chegou aos 23 pontos no grupo ao bater a Bielo-Rússia por 2 a 1, no Stade de France.

Os atacantes Antoine Griezmann e Olivier Giroud decidiram o jogo praticamente no primeiro tempo. Aos 27, o primeiro recebeu pela esquerda e bateu rasteiro, de fora da área. Seis minutos depois, o mesmo atacante aproveitou vacilo na saída de bola do rival, roubou a bola e deu passe para Giroud bater prensado rumo ao fundo do gol. Antes do intervalo, aos 44, os bielo-russos descontaram, com gol de Anton Saroka. E não ofereceram maior perigo aos franceses no segundo tempo.

Cumprindo tabela no grupo, Luxemburgo e Bulgária fecharam a rodada com o empate por 1 a 1. No jogo disputado na Cidade de Luxemburgo, Olivier Thill abriu o placar para os anfitriões, aos 3 minutos. E Ivailo Chochev buscou o empate, aos 23 da segunda etapa. O time búlgaro terminou sua campanha na quarta colocação da chave, com 13 pontos. E Luxemburgo ficou em quinto, com apenas seis.

Há pouco mais de um ano à frente da seleção brasileira, o técnico Tite tem o rodízio de capitães como uma das suas marcas neste período. Ao apontar Marquinhos como capitão da equipe para o último compromisso nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, no duelo desta terça-feira contra o Chile, em São Paulo, ele permitiu que o zagueiro do Paris Saint-Germain se torne o 13.º jogador a carregar essa honraria sob o seu comando.

A situação é bem diferente da vivenciada em outras seleções ou em clubes, especialmente os do futebol europeu, que inclusive formam a base da equipe de Tite. Mas o treinador tem no seu discurso uma razão clara para esse revezamento: a divisão de responsabilidades. "Se o conjunto não estiver harmonioso, não adianta colocar a responsabilidade para um decidir. Não é o Neymar, daqui a pouco vai aparecer o (Philippe)Coutinho, daqui a pouco vai aparecer Casemiro. Eu já vi muito, quando o jogo é ruim, botarem a culpa no capitão. Mas são 11", afirmou.

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Antes de Marquinhos, o zagueiro Miranda e o lateral-direito Daniel Alves, duas vezes cada um, o zagueiro Thiago Silva, os laterais-esquerdo Marcelo e Filipe Luís, os volantes Fernandinho, Paulinho e Casemiro, os meias Renato Augusto e Philippe Coutinho e o atacante Neymar, além de Robinho, no amistoso contra a Colômbia que só contou com jogadores em atividade no futebol nacional, também utilizaram a braçadeira de capitão da seleção. E Tite revelou o que enxergou em algum deles para a entrega dessa responsabilidade.

"Casemiro, capacidade de competir em altíssimo nível e leal. Marcelo, qualidade técnica, um jogador com estofo de dez anos de Real Madrid. Miranda, nível de concentração alto, competitivo, sério, com ele não tem sorriso. Renato, capacidade de entender o jogo na sua dimensão geral, com quem você pode até trocar uma ideia tática, juntamente com o Dani. Thiago, jogador onde a percepção tática sobra. Coutinho, talento, mágico, como falam. Neymar, diferente, liderança técnica extraordinária", comentou.

Marquinhos tem apenas 23 anos, mas já está em sua 36.ª convocação para a seleção brasileira, tendo entrado em campo em 22 oportunidades. O longo currículo para um jovem, com quem, inclusive, trabalhou no Corinthians, levou o treinador a entregar a braçadeira a ele para um jogo que carrega o simbolismo de ser o último do Brasil na vitoriosa campanha das Eliminatórias Sul-Americanas.

"Tem uma ideia por trás da mudança de capitão. Cada atleta tem uma virtude. Ele foi campeão da Libertadores (pelo Corinthians) com a camisa 10, lançado conosco. Ele tem um nível de concentração muito alto, um foco enorme. O aprendizado que eu trouxe de outras seleções, por exemplo, o marco histórico de 1970, em termos de organização tática era Carlos Alberto e Gerson, com outros em manifestação pública", disse.

Capitão do Brasil no duelo desta terça-feira contra o Chile, Marquinhos apontou o estilo que vai adotar para liderar a equipe no jogo marcado para o estádio Allianz Parque, em São Paulo, e avisou que não dará broncas nos companheiros.

"Cada pessoa tem sua característica, o professor vem dizendo que cada um tem sua forma de liderar, uns dentro do campo, outros falando fora de campo. Em jogadores assim não é preciso dar puxão de orelha, são de alto nível. Eu vou procurar ajudar a minha seleção da melhor forma, buscando sempre a tranquilidade e a serenidade", comentou.

A seleção brasileira encerra nesta terça-feira contra o Chile, às 20h30, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, uma caminhada que começou preocupante e tumultuada, mas que termina de maneira positiva. Com a equipe classificada há algum tempo para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, exibindo um futebol consistente e de qualidade e de bem com a torcida. Por isso, o jogo também será de agradecimento ao torcedor, com um mosaico expressando o reconhecimento e um show do cantor Thiaguinho, entre outras atividades.

Em campo, a seleção terá a oportunidade de devolver a única derrota sofrida nestas Eliminatórias Sul-Americanas, justamente para o próprio Chile (2 a 0), em Santiago, na estreia. E poderá deixar o adversário fora da Copa, se mantiver o histórico de sempre vencê-lo em casa em jogos classificatórios ao Mundial (sete vitórias em sete confrontos até hoje) e resultados desfavoráveis aos chilenos, atuais terceiros colocados com 26 pontos, ocorrerem.

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O técnico Tite mantém a base da equipe. Vai experimentar Ederson no gol e Alex Sandro permanece na lateral esquerda. Marquinhos estará na zaga e vai ser o capitão. "Não posso desestruturar a equipe demais. Se mexer demais, você perde a organização e a preparação", justificou o comandante. "Não se pode atrapalhar o senso de equipe. Por isso que tomei o cuidado de não mexer excessivamente. Porque aí você vira Professor Pardal".

O treinador lamentou o fato de o Chile correr risco de não ir à Rússia. "Em termos de equipes e de individualidades, são duas seleções que apresentam o melhor futebol da América do Sul", analisou. Nem por isso o Brasil será "complacente" e diz que a seleção está preparada para neutralizar o jogo de triangulações, jogadas curtas e em profundidade que, espera, o adversário apresentará.

Escolhido capitão por seu alto nível de concentração, o paulistano Marquinhos, que será o 13.º jogador a vestir a braçadeira com Tite, disse ser uma ocasião especial, pois a sua família estará no estádio Allianz Parque. Ele espera um Chile forte ofensivamente. "O jogo deles é muito agressivo, tem peças muito fortes no ataque, que buscam o jogo de pressão" .

Juan Antonio Pizzi, argentino que dirige o Chile, sabe que a alternativa de sua seleção é conseguir um bom resultado e, por isso, tenta se ater ao presente e deixar de lado o retrospecto negativo contra o Brasil. "O histórico não tem incidência no jogo. As estatísticas são só estatísticas. Cada jogo e cada situação são diferentes", afirmou.

Depois de fazer a menor quantidade de pontos de sua história nas Eliminatórias Sul-Americanas, ser dirigida por três treinadores diferentes e utilizar cerca de 40 jogadores, a Argentina joga nesta terça-feira por um milagre - provavelmente de Lionel Messi - para conseguir ir à Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia, na última rodada.

Para não ficar fora do Mundial pela primeira vez desde 1970, a Argentina só depende de si, mas a tarefa é difícil. Precisa vencer o Equador, já eliminado, na altitude de 2.850 metros de Quito. Se fizer isso, garante pelo menos uma vaga na repescagem contra a Nova Zelândia.

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Existem chances de conseguir a vaga diretamente. Se Peru e Colômbia empatarem em Lima, a Argentina se classifica com uma vitória simples. Se os peruanos vencerem, os argentinos devem ganhar por um gol a mais para ir direto. Também entrará com uma derrota do Chile contra o Brasil, em São Paulo.

O clima, em Buenos Aires, é de desconfiança. Embora a seleção tenha conquistado dois títulos e dois vices desde 1970, os torcedores estão escaldados com a campanha sofrível nesta edição. O time não vence há quatro jogos e fez apenas um gol - contra, por sinal. Na última partida, empatou com o Peru por 0 a 0 em casa. Em 17 jogos, a Argentina anotou 16 gols - é o segundo pior ataque. Foram três técnicos na competição: Gerardo Martino (seis partidas), Edgardo Bauza (oito) e Jorge Sampaoli (três).

A crise na seleção é um desdobramento da falência do Campeonato Argentino. Os jogadores até fizeram greve na última temporada por falta de salários, uma consequência direta do fim do programa estatal "Futebol para todos", que comprava e redistribuía os direitos de transmissão do futebol.

Todas as fichas estão obviamente em Messi. Considerado o melhor jogador pelos argentinos embora o prêmio atual pertença ao português Cristiano Ronaldo, o jogador do Barcelona é a referência absoluta da equipe. Em oito jogos sem ele, a Argentina conquistou apenas sete pontos e perdeu em casa para Equador e Paraguai.

Di María virou dúvida na equipe e pode dar lugar a Papu Gómez ou Dybala. "Ele (Messi) é o único que ainda pode nos salvar", disse o ex-técnico César Luis Menotti, campeão em 1978, ao canal TyC Sports. "Hoje o futebol argentino é o ‘faz-me rir’ do mundo", criticou.

O único confiante é o técnico Jorge Sampaoli. "O time está bravo, mas pensando que, se vencer o Equador, pode se classificar. Há uma convicção. Vamos continuar lutando", garantiu.

OUTROS JOGOS - Depois do Brasil, que já está classificado, o Uruguai é a equipe com a situação mais confortável para ir ao Mundial. O time de Luis Suárez e Cavani só precisa de um empate diante da Bolívia, em Montevidéu, para garantir a vaga. Por ter saldo de 10 gols, é possível comemorar até com uma derrota, já que Peru e Argentina (quinto e sexto colocados, com 25 pontos) têm saldo de gols baixo.

As últimas passagens diretas e o bilhete de repescagem serão disputadas por Chile, Colômbia, Peru, Argentina e Paraguai. Apenas Equador, Bolívia e Venezuela estão eliminados. Todos os jogos, portanto, terão emoção.

Em Lima, o Peru quer voltar ao Mundial depois de 36 anos e encara a Colômbia. Para isso, garante a vaga se vencer e o Chile não ganhar do Brasil. A Colômbia avança se vencer ou mesmo se empatar. Para isso, conta com derrota de Chile ou Argentina e que o Paraguai não goleie a Venezuela por mais de sete gols.

O Paraguai só volta ao Mundial de maneira direta se vencer a Venezuela, em Assunção, o Chile perder e a Argentina não vencer em Quito. Para repescagem, precisa de apenas um destes resultados.

O técnico Tite acrescentou ainda mais peso ao jogo desta terça-feira (10) entre Brasil e Chile pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, no Allianz Parque, em São Paulo. Além de a partida encerrar a competição e valer à equipe adversária a vaga na Copa, para o treinador significa o encontro entre as duas melhores seleções do continente nos últimos anos.

"Em termos de equipes e de individualidades, são duas equipes que apresentam o melhor futebol da América do Sul, mas oscilando agora e o Brasil está retomando um padrão. A expectativa é de nível técnico muito alto", disse o treinador em entrevista coletiva no estádio do Palmeiras. Ele relembrou os dois títulos da Copa América conquistados pelo Chile em 2015 e 2016 e disse ter se impressionado ao ver presencialmente a seleção adversária em campo.

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Tite acompanhou partidas do Chile quando esteve na Copa das Confederações, na Rússia, e afirmou que pela dificuldade da partida, a seleção brasileira vai tratar o jogo como se fosse de Copa do Mundo. "O Mundial começou para a gente no momento em que nos classificamos. Coloquei para o grupo que o Mundial tinha começado. Eu trato assim porque tenho pouco tempo para me preparar. É um longo tempo, mas convivemos com os jogadores por curtos períodos", disse.

O Brasil trata a partida com a mesma atenção de quem precisa da vitória para se classificar, como é o caso do Chile. Por isso, o técnico vai evitar mexer na formação e promover oportunidades para quem não tem atuado. A mudança principal é a entrada do goleiro Ederson na vaga de Alisson. Outra alteração em comparação ao jogo com a Bolívia é o retorno do zagueiro Marquinhos na vaga do machucado Thiago Silva.

"Não posso desestruturar a equipe demais. Se mexer demais, você perde a organização e a preparação para o Mundial. Se você dá uma oportunidade a um, ela pode se perder em função da falta de uma estrutura que a equipe está tomando só agora. Não se pode atrapalhar o senso de equipe", afirmou o treinador. A formação titular terá: Ederson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro; Philipe Coutinho, Paulinho, Renato Augusto e Neymar; Gabriel Jesus.

A Itália venceu a Albânia por 1 a 0 nesta segunda-feira, em Escodra, no encerramento do Grupo G das Eliminatórias Europeias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. O placar apenas confirmou a seleção italiana na vice-liderança da chave, vencida pela Espanha, que bateu Israel, também fora de casa, pelo placar mínimo.

Os italianos chegaram aos 23 pontos, cinco a menos que a pontuação obtida pelos espanhóis. Já os albaneses ficaram em terceiro lugar com 13, enquanto que os israelenses terminaram o qualificatório em quarto, com 12. Macedônia e Liechtenstein, que duelaram nesta segunda-feira com goleada dos macedônios por 4 a 0 - foram os dois últimos colocados da chave.

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Em um jogo que serviu apenas para que os dois selecionados cumprissem tabela, os italianos tiveram muitas dificuldades diante da Albânia desde o início. O duelo teve poucos lances de gol, especialmente no primeiro tempo. O primeiro lance de perigo foi protagonizado pelo atacante Ciro Imobille, atualmente na Lazio, aos 20 minutos. O jogador recebeu na área, mas se atrapalhou na tentativa de dominar e ficou sem ângulo. Mesmo assim, conseguiu chutar para a defesa do goleiro Berisha.

Os italianos levariam perigo novamente aos 45 minutos, quando Imobille recebeu lançamento do zagueiro Bonucci, dominou dentro da área e disparou para o gol. Mas o atacante errou o alvo. Foi a última jogada da primeira etapa.

No segundo tempo, o panorama da partida não se alterou. Os dois times pareciam não ter muita gana em busca da vitória. Mas foi a Albânia quem teve a primeira chance de abrir o placar. Aos 18 minutos, o atacante Grezda recebeu a bola, puxou para o meio e chutou com muito efeito. Mas o goleiro Buffon, atento, conseguiu espalmar e a zaga tirou o perigo colocando a bola pela linha de fundo.

O time italiano, apesar de parecer descompromissado, seguiu avançando e conseguiu abrir o marcador aos 27 minutos com o meia Candreva, que joga na Internazionale. O meio-campista se aproveitou de um cruzamento da esquerda que passou pela defesa, ficou frente a frente com Berisha e chutou forte, de perna direita, para fazer o gol.

A Albânia ainda tentou assustar Buffon e até teve uma oportunidade no lance seguinte ao gol da seleção visitante, mas foi só. A partida se encaminhou para o fim sem que ambos as equipes proporcionassem outros lances emocionantes.

Agora, a Itália aguardará o sorteio que será realizado pela Fifa no próximo dia 17 para conhecer o seu adversário na repescagem das Eliminatórias. Serão quatro mata-matas com os oito melhores segundos colocados da fase de grupos. Os jogos serão disputados no mês de novembro.

Já a Espanha, campeã da chave e que havia garantido a classificação na rodada anterior, também jogou sem grandes expectativas diante da seleção israelense e venceu por 1 a 0. O gol espanhol foi marcado pelo meio-campista Illarramendi. Aos 30 minutos do segundo tempo, o jogador da Real Sociedad aproveitou uma rebatida da defesa israelense após cobrança de escanteio e soltou uma bomba de fora da área, com muito efeito, que venceu o goleiro Harush.

A Espanha ainda teve um gol anulado aos 43 minutos. O meia Isco - em grande fase no Real Madrid - deu belo passe para o atacante Callejón (do Napoli) na direita. O atacante, ao invés de bater para o gol, preferiu tocar para o meia Asensio, que, em melhor condição, tocou para as redes. Mas o jogador estava impedido e o gol foi anulado.

A Islândia disputará no ano que vem, na Rússia, a primeira Copa do Mundo de sua história. Nesta segunda-feira (9), o pequeno país garantiu o direito de ir ao torneio ao confirmar o favoritismo e derrotar Kosovo por 2 a 0, em casa, para delírio da fanática torcida que lotou o Estádio Laugardalsvöllur, em Reykjavik.

Com o resultado, os islandeses chegaram a 22 pontos ganhos em 10 rodadas e confirmaram a primeira colocação do Grupo I das Eliminatórias Europeias. Com uma campanha de sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, com 16 gols a favor e sete contra, o país deixou para trás seleções de mais tradição, como Croácia, Ucrânia e Turquia, para confirmar a vaga.

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Curiosamente, em 2013 a Islândia ficou à beira de garantir vaga na Copa do Mundo do ano seguinte, no Brasil, mas foi eliminada na repescagem pela Croácia. Desta vez, porém, o país superou justamente os croatas, que terminaram na segunda posição da chave e terão que disputar a repescagem novamente.

Assim, a Islândia será o menor país da história a disputar a Copa do Mundo. Com pouco mais de 100km² e somente 332 mil habitantes, a nação tem apenas centenas de jogadores registrados como profissional e despontou para o mundo do futebol na Eurocopa de 2016, quando eliminou a favorita Inglaterra nas oitavas de final e só caiu nas quartas para a França.

Além da Islândia, já estão classificados para a Copa o Brasil, na América do Sul; a Nigéria e o Egito, na África; Irã, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita, na Ásia; Bélgica, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Sérvia e Polônia, na Europa; e México e Costa Rica, na Concacaf. País-sede, a Rússia também está garantida.

Para confirmar a vaga no Mundial, a Islândia contou com o apoio da torcida da casa nesta segunda. Mesmo diante da frágil equipe kosovar, a seleção ia passando em branco até os 39 minutos, quando um de seus principais jogadores apareceu para abrir o placar. Sigurdsson, do Everton, recebeu na meia-lua, cortou seu marcador e finalizou na saída do goleiro.

Para impedir qualquer zebra, os islandeses trataram de seguir atacando na etapa final e foram premiados com o gol que garantiu a classificação. Aos 22 minutos, o mesmo Sigurdsson recebeu na área pela esquerda, cortou seu marcador e tocou no meio para Gudmundsson, que empurrou para a rede e deu início à festa das arquibancadas.

CROÁCIA - Com a Islândia garantida no Mundial, Ucrânia e Croácia se enfrentaram em um confronto direto na briga pela vaga na repescagem. E mesmo atuando em Kiev, os visitantes croatas levaram a melhor e venceram por 2 a 0, mantendo vivo, assim, o sonho de ir à Copa do ano que vem.

O resultado levou a Croácia a 20 pontos, três à frente justamente da Ucrânia, que está fora do Mundial. A Turquia, que empatou em 2 a 2 com a Finlândia fora de casa, parou nos 15 pontos e também está eliminada, assim como os próprios finlandeses e Kosovo.

A vitória da Croácia teve Kramaric como herói. O atacante do Hoffenheim marcou os dois gols da partida, sendo que no primeiro recebeu cruzamento perfeito de Modric para finalizar para a rede, aos 16 minutos do segundo tempo. Apenas oito minutos depois, Rakitic recebeu lançamento longo e tocou de primeira, com muito estilo, para o mesmo Kramaric selar o resultado.

No equilibrado Grupo D das Eliminatórias Europeias, a seleção da Sérvia conseguiu nesta segunda-feira (9) a classificação à Copa do Mundo de 2018, que será na Rússia. Pela 10.ª e última rodada do qualificatório, os sérvios fizeram o suficiente em campo para derrotarem a Geórgia por 1 a 0, em Belgrado, e assegurarem a primeira colocação da chave, com 21 pontos.

A segunda colocação do grupo, que valeu um lugar na repescagem europeia em novembro, também foi definida de forma dramática. Mesmo em Cardiff, como visitante, a Irlanda ganhou do País de Gales por 1 a 0 e fechou as Eliminatórias com 19 pontos, dois a mais que os galeses, que não puderam contar em campo com o seu maior astro: o atacante Gareth Bale, do Real Madrid, machucado.

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Para obter a vaga em uma Copa do Mundo pela segunda vez na história como somente Sérvia - a outra foi em 2010, na África do Sul, sendo que quatro anos antes jogou no Mundial da Alemanha como Sérvia e Montenegro -, os sérvios sofreram com o nervosismo e a falta de pontaria do ataque. Somente aos 29 minutos do segundo tempo saiu o gol da classificação com o atacante Aleksandar Prijovic, que havia entrado na partida poucos minutos antes.

Em Cardiff, as coisas não foram diferentes. O jogo entre País de Gales e Irlanda começou bem morno, com pouca ação nos setores ofensivos. Somente no segundo tempo é que a partida esquentou por causa da vitória parcial da Croácia sobre a Ucrânia. O resultado em Kiev obrigava galeses e irlandeses a buscar o triunfo, pois o empate eliminaria dos dois.

Assim, os goleiros passaram a ter um pouco mais de trabalho e quem se deu melhor foi a Irlanda. Aos 12 minutos do segundo tempo, após boa jogada individual do ala direito Cyrus Christie, o centroavante James McClean aproveitou um belo corta-luz de Daryl Murphy e acertou um forte chute no canto esquerdo do arqueiro galês Wayne Hennessey.

Em vantagem no placar, os irlandeses começaram a fazer o que mais sabem. Foram eficientes na marcação e pouco sofreram na defesa, já que o nervosismo dos galeses era enorme em campo. Assim, conseguiram segurar o 1 a 0 e avançaram à repescagem, que será disputada em novembro. Os duelos serão sorteados pela Fifa no próximo dia 17, em Zurique, na Suíça.

Quem também não ficou contente com os resultados desta segunda-feira foi a Eslováquia. Segunda colocada do Grupo F, que teve a Inglaterra classificada à Copa, a seleção eslovaca torcia por derrota ou empate da Sérvia contra a Geórgia ou empate entre País de Gales e Irlanda, neste grupo, ou empate no duelo entre Ucrânia e Croácia, no Grupo I.

Como nada disso aconteceu, a última esperança da Eslováquia é uma derrota ou empate da Grécia contra Gibraltar, em Atenas, nesta terça-feira, pelo Grupo H.

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