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A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro denunciou o prefeito e candidato à reeleição Marcelo Crivella e sua candidata a vice-prefeita Andréa Firmo por difamação eleitoral e propaganda falsa em campanha. A campanha do candidato diz que, mesmo ainda não tendo sido notificada pelo MPE, as denúncias tratam-se de lamentáveis 'empreitadas que visam cercear a liberdade de expressão e mascarar a verdade'.

A peça enviada ao Tribunal Regional Eleitoral aborda declarações públicas e materiais de campanha, 'com procedência confirmada', em que Crivella e Andréa atribuem ao adversário da chapa no segundo turno, Eduardo Paes (DEM), fatos ofensivos à sua reputação (difamação eleitoral) e fatos que sabem inverídicos para influenciar o eleitorado (propaganda falsa).

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"O primeiro denunciado, eventualmente com auxílio da segunda denunciada, praticou, na propaganda da campanha eleitoral de 2020, uma sequência de atos de desinformação, divulgando fatos inverídicos e imputando fatos ofensivos à reputação de candidatos e partidos adversários, com a finalidade de ofender sua honra objetiva e influir na formação da vontade do eleitorado e, assim tentar angariar votos, em plena violação à regularidade e legitimidade do processo eleitoral", registra a denúncia assinada a procuradora regional eleitoral Silvana Batini e a procuradora regional eleitoral substituta Neide Cardoso de Oliveira.

A peça foi ajuizada nesta quinta, 26, às vésperas do segundo turno, mas não tem impacto direto no pleito. A denúncia não tem pedido liminar e, caso seja aceita, os possíveis réus terão 15 dias para apresentar suas defesas preliminares.

A acusação foi apresentada no âmbito de um procedimento inicialmente aberto para apurar se Crivella cometeu crime contra a honra contra a candidata Renata Souza (PSOL) durante debate no primeiro turno. Segundo a PRE, Crivella frisou que as falas do atual prefeito sobre 'kit gay' e 'liberação de drogas' são fake news.

No entanto, a investigação acabou abrangendo ainda novas declarações de Crivella, essas proferidas em uma 'live' realizada pelo candidato à reeleição no dia 19 de novembro com o deputado federal Otoni de Paula.

"Neste evento, veiculado por meio dos canais oficiais do Parlamentar, no Instagram e ao Facebook, o Prefeito Marcelo Crivella, mais uma vez divulgou desinformação eleitoral ofensiva, ao referir-se a uma suposta aliança que estaria sendo formada entre o PSOL e seu adversário no segundo turno, Eduardo Paes, a qual teria como consequência a "pedofilia" nas escolas municipais", explicou a Procuradoria Eleitoral na denúncia.

Além disso, a PRE aponta que no final de semana dos dias 21 e 22 de novembro de 2020, Eduardo Paes e o deputado federal Marcelo Freixo foram alvos de desinformação eleitoral, através de panfletos de publicidade distribuídos por cabos eleitorais de Crivella e de Andréa. O material teve tiragem de 1,5 milhão de cópias e associava Paes e Freixo à 'defesa do inverídico kit gay'.

As procuradoras apontam ainda que entre os apoiadores que entregavam os panfletos nos arredores da Igreja Universal do Reino de Deus no Jardim Guanabara, Ilha do Governador estava Marcio Gligio Pimenta, ocupante do cargo em comissão de Administrador da Ilha do Governador, nomeado pelo Prefeito.

Em razão de tais eventos, a PRE imputa a Crivella e Andréa os crimes de difamação eleitoral, que tem pena entre três meses e dois anos de prisão e multa, e de propaganda falsa, que tem pena de dois meses até um ano de prisão, podendo ser elevada quando sua prática envolver o uso da imprensa, rádio ou televisão.

A Procuradoria diz ainda que os crimes foram praticados com dolo, pois foram divulgados fatos em eventos de campanha que depois o prefeito veio a reconhecer em entrevista que não correspondiam à verdade.

Em cota apresentada junto com a denúncia, as procuradoras apontaram ainda: "A denúncia relata emprego de grave e reiterada desinformação (fake news) levada a efeito por Marcelo Crivella, no pleito de 2020, conduta esta que vem sendo apontada pela comunidade acadêmica e pelas instituições, como atividade extremamente nociva ao processo democrático, apta a radicalizar de forma desleal o debate político e influenciar de forma deletéria o pleito"

"Os efeitos da desinformação e sua veiculação massiva, especialmente por meio da internet, é fenômeno que vem desafiando a reação precisa e rigorosa do sistema de justiça eleitoral."

COM A PALAVRA, MARCELO CRIVELLA

A campanha de Marcelo Crivella não foi notificada sobre qualquer denúncia do MPE. Caso existente, desmentirá e desqualificará supostas ilações no prazo e na forma legal.

Lamentáveis as empreitadas que visam cercear a liberdade de expressão e mascarar a verdade, seja por candidato adversário seja por representante de órgão fiscalizador da ordem pública, que levantam suas bandeiras político-partidárias, que não atingirão a campanha e os valores que defendemos da família e do povo. Sobre isso, denúncias já foram encaminhadas e seguem em apuração junto à Corregedoria Nacional do Ministério Público Federal.

A campanha aproveita para informar que apresentou notícia-crime em Zona Eleitoral Criminal Especializada contra Eduardo Paes, seu vice, Nilton Caldeira, a empresa Rio2020 Publicidade e outros, por suposto uso indevido de dinheiro público, no montante de aproximadamente R$ 5 milhões pagos pela campanha de Eduardo Paes à empresa que foi criada em 5/10/20, mas somente em 17/10/20 obteve seu alvará de funcionamento, e mais, em tese, seu endereço não confere com o informado à Justiça Eleitoral e ao que consta da Receita Federal do Brasil.

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A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) no Rio de Janeiro denunciou o prefeito e candidato à reeleição Marcelo Crivella e sua candidata a vice-prefeita Andréa Firmo por difamação eleitoral e propaganda falsa em campanha. A peça enviada ao Tribunal Regional Eleitoral aborda declarações públicas e materiais de campanha, 'com procedência confirmada', em que Crivella e Andréa atribuem ao adversário da chapa no segundo turno, Eduardo Paes (DEM), fatos ofensivos à sua reputação (difamação eleitoral) e fatos que sabem inverídicos para influenciar o eleitorado (propaganda falsa).

"O primeiro denunciado, eventualmente com auxílio da segunda denunciada, praticou, na propaganda da campanha eleitoral de 2020, uma sequência de atos de desinformação, divulgando fatos inverídicos e imputando fatos ofensivos à reputação de candidatos e partidos adversários, com a finalidade de ofender sua honra objetiva e influir na formação da vontade do eleitorado e, assim tentar angariar votos, em plena violação à regularidade e legitimidade do processo eleitoral", registra a denúncia assinada a procuradora regional eleitoral Silvana Batini e a procuradora regional eleitoral substituta Neide Cardoso de Oliveira.

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A peça foi ajuizada nesta quinta (26), às vésperas do segundo turno, mas não tem impacto direto no pleito. A denúncia não tem pedido liminar e, caso seja aceita, os possíveis réus terão 15 dias para apresentar suas defesas preliminares.

A acusação foi apresentada no âmbito de um procedimento inicialmente aberto para apurar se Crivella cometeu crime contra a honra contra a candidata Renata Souza (PSOL) durante debate no primeiro turno. Segundo a PRE, Crivella frisou que as falas do atual prefeito sobre 'kit gay' e 'liberação de drogas' são fake news.

No entanto, a investigação acabou abrangendo ainda novas declarações de Crivella, essas proferidas em uma 'live' realizada pelo candidato à reeleição no dia 19 de novembro com o deputado federal Otoni de Paula.

"Neste evento, veiculado por meio dos canais oficiais do Parlamentar, no Instagram e ao Facebook, o Prefeito Marcelo Crivella, mais uma vez divulgou desinformação eleitoral ofensiva, ao referir-se a uma suposta aliança que estaria sendo formada entre o PSOL e seu adversário no segundo turno, Eduardo Paes, a qual teria como consequência a "pedofilia" nas escolas municipais", explicou a Procuradoria Eleitoral na denúncia.

Além disso, a PRE aponta que no final de semana dos dias 21 e 22 de novembro de 2020, Eduardo Paes e o deputado federal Marcelo Freixo foram alvos de desinformação eleitoral, através de panfletos de publicidade distribuídos por cabos eleitorais de Crivella e de Andréa. O material teve tiragem de 1,5 milhão de cópias e associava Paes e Freixo à 'defesa do inverídico kit gay'.

As procuradoras apontam ainda que entre os apoiadores que entregavam os panfletos nos arredores da Igreja Universal do Reino de Deus no Jardim Guanabara, Ilha do Governador estava Marcio Gligio Pimenta, ocupante do cargo em comissão de Administrador da Ilha do Governador, nomeado pelo Prefeito.

Em razão de tais eventos, a PRE imputa a Crivella e Andréa os crimes de difamação eleitoral, que tem pena entre três meses e dois anos de prisão e multa, e de propaganda falsa, que tem pena de dois meses até um ano de prisão, podendo ser elevada quando sua prática envolver o uso da imprensa, rádio ou televisão.

A Procuradoria diz ainda que os crimes foram praticados com dolo, pois foram divulgados fatos em eventos de campanha que depois o prefeito veio a reconhecer em entrevista que não correspondiam à verdade.

Em cota apresentada junto com a denúncia, as procuradoras apontaram ainda: "A denúncia relata emprego de grave e reiterada desinformação (fake news) levada a efeito por Marcelo Crivella, no pleito de 2020, conduta esta que vem sendo apontada pela comunidade acadêmica e pelas instituições, como atividade extremamente nociva ao processo democrático, apta a radicalizar de forma desleal o debate político e influenciar de forma deletéria o pleito"

"Os efeitos da desinformação e sua veiculação massiva, especialmente por meio da internet, é fenômeno que vem desafiando a reação precisa e rigorosa do sistema de justiça eleitoral."

COM A PALAVRA, MARCELO CRIVELLA

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com o prefeito candidato à reeleição, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), chamou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de "veado" e "vagabundo" durante discurso a apoiadores, na noite dessa quarta-feira (18), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A fala teria sido dada após uma mulher que acompanhava a reunião criticar as Organizações Sociais (OS) que atuam na área da saúde no Rio.

"Eu entrei na Justiça contra esses vagabundos. Tinha dinheiro pra pagar os funcionários, eles pegaram e pagaram fornecedor, que tinha que pagar dia 10 de dezembro. E faltou dinheiro", bradou Crivella. "Sabe de quem é essa OS? É OS de São Paulo, é do Doria, veado, vagabundo", continuou o prefeito, usando termo homofóbico. O discurso foi gravado por um dos presentes e acabou nas redes sociais. Crivella aparece gritando ao microfone, mas alguns trechos são inaudíveis.

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Após a repercussão, o prefeito, que tenta a reeleição, se posicionou e pediu desculpas. "A fala foi um momento de revolta pela OS reter o salário de médicos e enfermeiros, mesmo tendo recebido da Prefeitura. Em tempos de pandemia, isso pode custar vidas. Marcelo Crivella pede desculpas pelos excessos, e ao governador João Doria", afirmou o prefeito do Rio.

O governador de São Paulo lamentou o episódio e disse que Crivella, segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno, está deixando a Prefeitura do Rio de maneira "melancólica". "Lamento que o prefeito do Rio de Janeiro, um pastor que deveria ser um exemplo, faça ataques, use palavrões e o preconceito para se referir a um governador. O prefeito Crivella se apequena e lamentavelmente encerra seu ciclo de forma melancólica", escreveu Doria nas redes sociais.

Segundo colocado no primeiro turno, com 21,9% dos votos, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), fez críticas aos institutos de pesquisa, nesta segunda-feira (16), e sugeriu que a juíza Regina Chuquer, responsável pela 23ª zona eleitoral do Rio e pela 6ª Vara da Fazenda Pública, o persegue - e também sua administração. Ele declarou ainda que irá atrás de apoio de candidatos "conservadores, de direita e evangélicos".

As declarações dominaram os mais de 50 minutos de discurso do político aos jornalistas. O atual prefeito passou a maior parte do tempo criticando as gestões de Eduardo Paes - as quais classificou como "a mais corrupta da história do Rio de Janeiro. Crivella ainda afirmou que os donos dos institutos de pesquisa "têm preferências".

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"As pesquisas estavam tendenciosas. Eu sempre com 10%, 12%, mas aí na hora da eleição dá 20%. Margem de erro de 10%! Margem de erro de 10%, caramba!", ironizou. "Pelo amor de Deus, isso aí é um escândalo." A margem, na verdade, seria de 10 pontos porcentuais.

Na sequência, citou a juíza eleitoral. "A nossa querida juíza eu já conheço. Sou prefeito, eu perdi 18 vezes com ela na (concessionária) Lamsa", declarou Crivella, citando decisões de Regina Chuquer contra a encampação da Linha Amarela, que era administrada pela concessionária. "As cinco horas da manhã ela me deu uma multa, que eu tinha que pagar R$ 50 mil por dia!"

Crivella também agradeceu ao apoio do presidente Jair Bolsonaro, que apesar de votar no Rio na manhã de domingo não se encontrou com ele. O atual prefeito disse que gostaria de contar novamente com o apoio no segundo turno. "Bolsonaro engrandece, enobrece, dignifica nossa campanha", sustentou.

Sobre alianças, Marcelo Crivella afirmou que irá buscá-las "entre os conservadores, de direita e evangélicos". Ele espera contar com declaração de voto de Luiz Lima (PSL), que somou 7% no primeiro turno, e levar pelo menos parte dos votos de Martha Rocha, em especial do eleitorado evangélico. "A mensagem que passarei a eles é: não roubarás", afirmou o prefeito, que é bispo licenciado da Igreja Universal.

A reportagem pediu posicionamento ao Tribunal de Justiça do Rio sobre as declarações de Crivella contra a juíza Regina Chuquer e aguarda retorno.

Minutos depois de chegar ao seu comitê de campanha e conceder uma rápida entrevista, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), voltou ao microfone para anunciar que, em função da lentidão na apuração dos votos para prefeito do Rio, só vai se manifestar sobre o resultado na manhã da segunda-feira, 16, quando a apuração estiver concluída.

"Estamos todos cansados após um dia de muito trabalho", concluiu. Antes de ir embora, ele fez mais críticas à corrupção: "Tem político com pena mais longa que o Maníaco do Parque", afirmou, sem citar nomes, mas numa provável comparação entre o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), aliado de Paes nas gestões passadas, e um criminoso que estuprava e matava suas vítimas em São Paulo nos anos 1990.

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Pouco antes, Crivella afirmou que vai reverter a alta rejeição que tem entre os eleitores. "Tenho certeza de que os números que temos vão mudar. Minha rejeição é de gestão, não é pessoal. Quando os eleitores souberem tudo o que fizemos, isso pode ser revertido", afirmou.

A Justiça Eleitoral proibiu na terça-feira, 10, a veiculação de uma peça de propaganda do prefeito do Rio de Janeiro e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), em que o presidente Jair Bolsonaro aparece por mais tempo do que a lei permite.

A legislação eleitoral autoriza a participação de apoiadores do candidato em no máximo 25% do tempo total de cada peça de propaganda. Essa peça tem um minuto, e a fala do presidente ocupa 40 segundos (66,6% do total, portanto). A campanha da candidata Martha Rocha (PDT) levou o caso à Justiça Eleitoral, apresentando uma Notícia de Irregularidade em Propaganda.

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O caso foi submetido à juíza Luciana Mocco Moreira Lima, da 4ª Zona Eleitoral do Rio, que encontrou duas irregularidades: além do tempo ocupado por Bolsonaro, a ausência de identificação do candidato. "Após analisar o vídeo em questão, é notória a irregularidade da propaganda acostada com a petição inicial, já que, além de dedicar a maior parte do tempo destinado ao presidente Jair Bolsonaro, ainda não traz o nome do candidato a prefeito e tampouco de seu vice. Assim, notifique-se o candidato Marcelo Bezerra Crivella e a coligação para se abster de veicular a propaganda irregular no horário da propaganda eleitoral gratuita e em qualquer meio de comunicação".

A campanha de Crivella informou que ainda não foi notificada sobre a decisão, mas que vai recorrer dela.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), que tenta a reeleição, foi multado pela Justiça Eleitoral em cerca de R$ 5 mil por instalar placas de propaganda de uma obra da prefeitura na Barra da Tijuca (zona oeste). Durante o período de três meses imediatamente anterior à eleição (portanto, de 15 de agosto a 15 de novembro), a lei proíbe propaganda institucional.

A denúncia à Justiça Eleitoral foi feita pela campanha do candidato Eduardo Paes (DEM), que constatou, entre 20 e 27 de setembro, a existência de placas de propaganda da prefeitura em um trecho da avenida Lúcio Costa.

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"Nos três meses que antecedem o pleito, ou seja, a partir de 15 de agosto, fica expressamente vedado autorizar a realização da publicidade institucional, devendo todas as placas de obras públicas que contenham marcas e slogans da prefeitura serem retiradas", defendeu o Ministério Público Eleitoral. "A propaganda institucional foi feita numa via de grande movimento na Barra da Tijuca, havendo o logotipo da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, o que comprova a propaganda institucional", registrou o juiz Flávio Silveira Quaresma, da 230ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro.

Segundo ele, Crivella afirmou que desconhecia o fato, mas "Crivella é Chefe do Poder Executivo Municipal e tem o dever jurídico de conhecer todas as obras da sua administração, ainda mais no bairro em que reside".

Consultado pela reportagem por meio de sua assessoria, o prefeito não se manifestou sobre a decisão judicial até a publicação desta reportagem.

Neste domingo (8), Crivella participou de carreata por bairros da zona oeste do Rio.

Paes

Neste domingo, Paes fez campanha nas zonas norte e oeste - um dos compromissos foi na Feira de São Cristóvão, no bairro de São Cristóvão (zona norte do Rio).

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), defendeu a retomada da economia carioca, já que, segundo ele, na capital fluminense, não aconteceram "as mortes previstas pelos especialistas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)". A fala do prefeito encerrou uma apresentação ao vivo em sua página no Facebook na qual, pela primeira vez, apareceu ao lado do presidente Jair Bolsonaro, recebendo apoio à sua candidatura à reeleição.

Crivella disse que apresentará medidas de retomada nesta terça-feira (3), "depois de todo faseamento (divisão de tarefas) com comitês científicos". Segundo o prefeito, com as medidas tomadas e equipamentos comprados para enfrentar a pandemia no Rio, o número de mortes por contaminação pelo novo coronavírus ficou abaixo da projeção de 3% da população feita pela Fiocruz. Crivella calculou o número de óbitos em cerca de 10 mil, segundo ele, quase 20 vezes menos do que previram os especialistas. "Agora precisamos retomar a economia, já que as curvas todas, há meses, estão descendentes", disse.

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A peça de dois minutos ao lado de Bolsonaro, que será incluída na campanha de televisão, foi gravada antecipadamente em Brasília e finalizou a transmissão ao vivo no Facebook. No vídeo, presidente e prefeito enfatizam que compartilham valores morais e políticos, de defesa da família e resistência a movimentos considerados de esquerda.

Bolsonaro iniciou sua fala com um apelo para que os cariocas que pensam em não votar nesta eleição à Prefeitura do Rio mudem de ideia e optem por Crivella. O presidente também classificou o prefeito como um conservador, assim como ele, e disse que, na América do Sul, alguns países estão voltando a ser "pintados de vermelho". "Nós não queremos isso em nosso País", disse Bolsonaro.

Depois de anunciar na quinta-feira (29), o seu apoio à reeleição de Marcelo Crivella (Republicanos) no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o prefeito e candidato para um café da manhã no Palácio da Alvorada, na manhã desta sexta-feira (30). O prefeito estava acompanhado da esposa, Sylvia Jane.

Em transmissão ao vivo ontem, Bolsonaro declarou apoio a Crivella, a quem se referiu como "um nome que dá polêmica". A assessoria do prefeito informou que Crivella ouviu conselhos do presidente e os dois gravaram programa oficial para a campanha eleitoral.

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Com o apoio de Bolsonaro, Crivella espera virar o jogo na disputa eleitoral, onde está ficando para atrás nas intenções de voto. De acordo com último levantamento do Datafolha, Crivella tem 13% das intenções de voto, empatado numericamente com Martha Rocha (PDT). Na liderança com folga está o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), com 28%.

Na noite de ontem, Bolsonaro declarou seu apoio a alguns candidatos a vereadores e prefeitos. O chefe do Executivo pediu, por exemplo, votos para seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), candidato a vereador, e reforçou sua defesa por Celso Russomanno (Republicanos), que disputa e prefeitura de São Paulo.

Apesar da propaganda de candidatos, o presidente destacou que terá uma participação "muito discreta" no pleito. Antes, Bolsonaro havia negado, em mais de uma ocasião, que se envolveria na campanha eleitoral.

O presidente Jair Bolsonaro usou a transmissão ao vivo pelas redes sociais, dessa quinta-feira (29), para pedir votos para candidatos nas eleições municipais em algumas capitais, entre eles o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos), que disputa e Prefeitura de São Paulo, e o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), que busca a reeleição no Rio de Janeiro.

Último a ser citado pelo presidente, o mandatário carioca foi definido como um "nome que dá polêmica". Bolsonaro afirmou que Crivella foi deputado federal e senador antes de assumir o Rio. O histórico militar de Crivella e Russomanno não passou em branco pelo presidente, que lembrou que o primeiro foi tenente do Exército e o segundo, tenente da Aeronáutica.

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Antes de exibir papéis com fotos e números dos candidatos para quem pediu votos, Bolsonaro alegou que sua participação na campanha eleitoral deste ano seria "muito discreta".

Em seguida, usou a transmissão para fazer propaganda para os candidatos a vereador Deilson Bolsonaro (Republicanos), de Boa Vista; seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos), no Rio; e Sonaira Fernandes (Republicanos) e Clau de Luca (PRTB), em São Paulo. Ao lado do presidente na "live", a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM), citou a candidata a vereadora em Campo Grande Subtenente Edilaine (DEM).

Bolsonaro também pediu votos para os candidatos a prefeito Ivan Sartori (PSD), que é ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), em Santos (SP); o ex-superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) Coronel Menezes (Patriota), na capital amazonense; e o deputado estadual Bruno Engler (PRTB), em Belo Horizonte.

Além dos pedidos, o presidente fez ainda propaganda negativa contra o PCdoB. Primeiro, lembrou sua viagem nesta quinta ao Maranhão, para dizer que o governo estadual de Flávio Dino (PCdoB) estaria ajudando a "deteriorar" indicadores que Bolsonaro não especificou. "Podemos pensar, em 2022, em uma candidatura que afaste o atual governador do PCdoB", disse.

Ele também fez referência indireta à candidata a prefeita de Porto Alegre Manuela D’Ávila (PCdoB), alegando que votar em uma candidata da sigla seria "o fim da picada". Bolsonaro, contudo, não pediu voto para nenhum adversário da candidata a vice-presidente em 2018 na chapa de Fernando Haddad (PT).

O prefeito do Rio e candidato à reeleição, Marcelo Crivella (Republicanos), conseguiu liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspende sua inelegibilidade. Em decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, o mandatário havia sido condenado a ficar inelegível por oito anos. O efeito suspensivo foi concedido pelo ministro Mauro Campbell Marques.

Ainda não há data para o recurso de Crivella ser julgado pelo plenário do tribunal. O advogado do prefeito nessa causa é o ex-ministro do TSE Admar Gonzaga, que também é secretário-geral do Aliança Pelo Brasil, partido que a família de Jair Bolsonaro tenta criar. O presidente não declarou apoio público a Crivella, mas fez acenos à tentativa dele de se reeleger - e o prefeito, às voltas com uma rejeição de cerca de 60%, tem usado imagens de Bolsonaro na campanha.

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A condenação de Crivella foi dada por causa de comício eleitoral do filho dele quando tentou ser deputado federal, em 2018. O evento ocorreu na quadra da escola de samba Estácio de Sá, no Centro, e contou com a presença de funcionários da empresa municipal de limpeza do Rio, a Comlurb. O ministro que concedeu a liminar nesta segunda-feira, 12, viu "fragilidade" nos argumentos que ligam o prefeito ao suposto abuso de poder político.

Na esteira da decisão do TRE, o Ministério Público Eleitoral havia pedido a impugnação da candidatura do mandatário, já que estaria descumprindo decisão de ordem colegiado. Agora, com a liminar do tribunal superior, a campanha volta a se enquadrar nos requisitos legais.

Apesar da vitória na Justiça Eleitoral, o prefeito tem tido dificuldades para embalar sua tentativa de reeleição. Ele aparece com menos da metade das intenções de voto do líder das pesquisas, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), sempre empatado tecnicamente com Martha Rocha (PDT) e Benedita da Silva (PT).

Em compromisso nesta manhã, Crivella comemorou a decisão liminar e disse que o TRE quis usá-lo como meio de passar um recado aos demais candidatos.

"No fundo eu senti que o TRE resolveu pegar o prefeito como exemplo. ‘Não pode ter bagunça’. Há dois anos eu fui a uma reunião do meu filho, com 50 pessoas, que já foi investigada pela CPI da Câmara, e fui inocentado, mas tinha me dado uma inelegibilidade. Uma medida pesada, dura, duríssima, só por ir a uma reunião", alegou. "Meu filho perdeu a eleição. Qual o abuso de poder político se o candidato perdeu? Então não prova, não tem gravidade, não tem escala."

Candidato à reeleição neste ano, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos) esteve, na quarta-feira (7), no Ministério da Economia em busca do apoio do ministro Paulo Guedes a uma operação de antecipação de receitas com royalties de petróleo a ser feita pelos municípios. A expectativa do prefeito é colocar R$ 1 bilhão no caixa da capital fluminense ainda em 2020.

Segundo Crivella, a Advocacia-Geral da União (AGU) deu parecer favorável à operação, que está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação movida pelo PDT, relatada pelo ministro Gilmar Mendes. O prefeito garantiu a jornalistas que Guedes também sinalizou apoio à antecipação. "O ministro concorda com a AGU. A AGU diz que é constitucional", informou.

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Crivella disse que o dinheiro ajudaria a prefeitura a fechar as contas este ano e negou qualquer relação com a corrida eleitoral. Ele é candidato à reeleição pelo Republicanos, mesmo partido de dois filhos do presidente Jair Bolsonaro (o senador Flávio Bolsonaro e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro), e espera o apoio do presidente à sua campanha.

O atual prefeito aparece empatado com outros dois candidatos em segundo lugar na pesquisa Ibope contratada pela TV Globo e publicada em 2 de outubro. Na liderança estava o ex-prefeito Eduardo Paes, com 27% das intenções de voto. Crivella tem 12%, segundo o levantamento.

"Há uma legislação do Senado em que você pode adiantar 20% dos royalties futuros, e isso nesse momento de pandemia é muito importante. Mas houve uma ação do PDT questionando a constitucionalidade", disse Crivella. "Se pudermos adiantar receitas para vencer a crise, é válido, é importante."

O prefeito reconheceu que a medida pode desfalcar o caixa de sucessores, mas defendeu a adoção da iniciativa mesmo assim. Segundo ele, vários Estados e municípios já fizeram transações desse tipo. "Vai comprometer a receita do próximo gestor? Sim, mas é uma necessidade, é uma pandemia, é o que a gente tem que fazer agora", afirmou.

Crivella ainda se defendeu sobre o momento da realização da antecipação, no meio da corrida eleitoral, dizendo que o dinheiro não será gasto com propaganda do governo ou realização de obras. Segundo ele, o recurso será revertido para saúde e educação. O prefeito negou que fará uso eleitoral da medida para conseguir votos.

"Não (será usado como bandeira eleitoral). É para cumprir despesas. A partir do momento em que tem queda de arrecadação, você justifica. A arrecadação caiu, nós temos compromissos para honrar, então a gente precisa antecipar receita. É isso", disse.

Sem o dinheiro, Crivella admitiu que a prefeitura terá "dificuldade enorme para fechar as contas". Ele afirmou ter "esperança" de que o ministro Gilmar Mendes siga o entendimento do parecer da AGU.

O Exército instaurou um processo administrativo para apurar a conduta da tenente-coronel André Firmo (Republicanos), que é candidata a vice-prefeita na chapa do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Firmo aparece usando sua farda camuflada com boina azul em um "santinho" divulgado pela campanha, ao lado das imagens de Crivella e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Estatuto dos Militares proíbe que integrantes das Forças Armadas usem "uniformes em manifestação de caráter político-partidária".

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A candidata a vice-prefeita está classificada como "agregada, a fim de concorrer a cargo eletivo", ou seja, ela está afastada para disputar as eleições de 2020.

Firmo disse ao G1 que desconhece qualquer processo administrativo investigativo do Exército e que não foi notificada. A tenente-coronel afirmou que a roupa usada "representa um marco para as mulheres". A boina azul faz referência às Organização das Nações Unidades (ONU). A candidata diz que foi a primeira mulher brasileira a liderar base militar de observadores internacionais em Missão de Paz no Saara.

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O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) formou maioria para proibir o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), de se candidatar a cargos públicos até 2026, em julgamento iniciado nesta segunda-feira (21), de duas ações em que o prefeito é acusado de abuso de poder e prática de conduta vedada.

Dos sete integrantes do Tribunal, seis votaram pela punição. Um integrante pediu vistas e deve emitir seu voto na sessão da próxima quinta-feira (24). Crivella já anunciou que vai recorrer da decisão, depois que o julgamento for concluído. Ele pode levar a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Crivella respondia às ações devido a dois eventos promovidos pela prefeitura às vésperas da eleição de 2018. As ações foram julgadas em conjunto.

Uma ação foi proposta pela Procuradoria Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (PRE-RJ) e se refere a um evento chamado Café da Comunhão, que reuniu líderes evangélicos em 4 de julho de 2018 no Palácio da Cidade (uma das sedes da prefeitura, em Botafogo, na zona sul do Rio).

Durante essa reunião, o prefeito orientou fiéis interessados em se submeter a cirurgias de cataratas e varizes a procurar a servidora municipal Márcia da Rosa Pereira Nunes, que faria o encaminhamento.

A frase "Fala com a Márcia" se tornou simbólica como referência a furar uma fila oficial (de espera por cirurgias, no caso original). Na mesma reunião o prefeito deu orientações específicas a pastores que tivessem problemas envolvendo o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em seus templos, e ainda exaltou o então pré-candidato a deputado federal pelo PRB (atual Republicanos) Rubens Teixeira, que foi eleito suplente. Nessa ação, Teixeira é réu junto com Crivella.

A segunda ação foi proposta pelo PSOL e trata tanto do Café da Comunhão como de um evento realizado em 13 de setembro de 2018 na sede da escola de samba Estácio de Sá, no centro do Rio. Servidores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) foram convidados e transportados para a reunião, que era aberta ao público e não tratava especificamente de assuntos da Comlurb. Na quadra estavam o prefeito, seu filho Marcelo Hodge Crivella, que tentou sem sucesso se eleger deputado federal, e Alessandro Costa, que não conseguiu se tornar deputado estadual. Segundo a denúncia, o evento, realizado com a estrutura da prefeitura, serviu para fazer campanha dos dois então candidatos.

O relator das ações foi o vice-presidente do TRE-RJ, desembargador Claudio Luis Braga Dell’Orto, que considerou improcedentes as acusações relativas ao primeiro evento, o Café da Comunhão. Em relação à reunião realizada na sede da escola de samba Estácio de Sá, o relator considerou culpados o prefeito, seu filho e o ex-candidato a deputado estadual Alessandro Costa. O voto de Dell’Orto foi pela inelegibilidade dos três por oito anos a partir de 2018, além de aplicação de multa de R$ 106 mil.

Cinco integrantes do TRE-RJ acompanharam o voto do relator: o desembargador federal Guilherme Couto de Castro, o jurista Gustavo Alves Pinto Teixeira, os juízes Paulo César Vieira de Carvalho Filho e Ricardo Alberto Pereira e o presidente do Tribunal, desembargador Cláudio Brandão de Oliveira. O sétimo integrante, Vitor Marcelo Rodrigues, que tomou posse no TRE-RJ há quatro dias, pediu vistas do processo e deve emitir seu voto na próxima quinta-feira. Até lá o julgamento está suspenso.

Em nota, o prefeitura afirmou que "após concluído (o julgamento) e publicada a decisão, no prazo legal, a defesa do prefeito Marcelo Crivella entrará com recurso. O prefeito poderá participar do pleito", referindo-se à eleição de novembro, quando Crivella será candidato à reeleição.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, fará um apelo para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) autorizar a presença de público na partida entre Flamengo e Athletico-PR, no dia 4 de outubro, no Maracanã. A ideia é que o estádio receba 20 mil torcedores, um terço de sua capacidade atual.

"As Regras de Ouro deverão ser seguidas. Temos duas semanas para que a federação, os administradores do estádio e a Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro se ajustem. E pronto. Maiores de 60 anos, por favor, fiquem em casa. E menores de 12 também", disse Crivella, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.

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Mais cedo, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) havia divulgado a possibilidade de o público poder voltar ao estádio, após reunião com "todos os órgãos com competentes". Segundo a entidade, uma nova reunião será realizada na próxima semana para discutir o assunto.

A prefeitura do Rio de Janeiro, por nota, já anunciou o retorno das torcidas aos estádios a partir de 4 de outubro. "A primeira partida com público será no Estádio do Maracanã, com lotação limitada a um terço da capacidade. Será obrigatório o uso da máscara de proteção e aferição de temperatura na entrada dos estádios. Para evitar aglomerações, a venda dos ingressos será pela internet".

Para Marcelo Crivella, a presença de torcedores no Maracanã vai diminuir o número de pessoas nas praias do Rio de Janeiro. O prefeito espera que o jogo seja realizado às 11h. A partida é válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro e está marcada para as 16h na tabela da CBF.

"Faremos um apelo à CBF no sentido de que possa nos ajudar para que o Maracanã seja uma alternativa à praia, que é hoje talvez o maior problema do Rio de Janeiro, com grandes aglomerações de pessoas sem máscara. Se o jogo puder ser às 11h, vai ser ótimo para nós", disse Crivella. "Estamos falando de 20 mil pessoas no Maracanã. Seriam 20 mil pessoas a menos nas praias do Rio de Janeiro", acrescentou.

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou nesta quinta-feira (17), por 24 votos a 20, a abertura de um processo de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) - o quinto apresentado e o quarto rejeitado desde o início da gestão. Crivella é candidato à reeleição.

O prefeito era acusado de desviar verbas públicas e praticar improbidade administrativa e crime de responsabilidade por suposto envolvimento em um esquema de corrupção investigado pela Operação Hades, promovida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) e cuja segunda etapa foi realizada em 10 de setembro.

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A investigação sobre um suposto "QG da propina" mostrou que o prefeito trocou quase 2 mil mensagens com o empresário Rafael Alves, que não tinha cargo na gestão mas, segundo o MP-RJ, exercia forte influência sobre o prefeito e facilitava contratações em troca de propina. Tanto Crivella como Alves negam as acusações.

O pedido de abertura do processo de impeachment foi apresentado na última terça-feira,15, pela bancada do PSOL na Câmara Municipal. Devido à pandemia de covid-19, a sessão foi semipresencial - alguns vereadores foram ao plenário e outros participaram virtualmente.

Para a aprovação do início do processo bastava maioria simples, não obtida pelos opositores do prefeito. Dos 51 vereadores, seis não participaram da sessão e o presidente da Câmara, Jorge Felippe (DEM), não votou por ser o condutor dos trabalhos. Com a rejeição, o pedido foi arquivado.

O único processo de impeachment aprovado contra Crivella ocorreu em 2019, quando o prefeito acabou mantido no cargo. Na ocasião, foi acusado de cometer irregularidades ao renovar um contrato de exploração de mobiliário urbano por empresas de publicidade.

A instalação da comissão processante foi apoiada por 35 vereadores - 14 foram contra, um vereador se absteve e outro se declarou impedido, em sessão realizada em 2 de abril. O relatório feito pelo vereador Luiz Carlos Ramos Filho (PMN) defendeu a absolvição de Crivella. Em sessão ocorrida em 25 de junho, 35 vereadores votaram contra o impeachment, 13 votaram a favor, 1 vereador se absteve e dois faltaram.

Há exatamente duas semanas, em 3 de agosto, o quarto pedido de impeachment foi recusado pela Câmara por diferença de apenas 2 votos - 25 a 23. Na ocasião, o prefeito era acusado de improbidade administrativa por conta dos "Guardiões do Crivella", grupo de servidores municipais que atuavam na porta de hospitais tentando impedir o trabalho de jornalistas e eventuais denúncias feitas por pacientes sobre problemas no atendimento.

O PSOL entrou, na manhã desta terça-feira (15), com novo pedido de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). O documento tem como foco o suposto QG da Propina na Prefeitura carioca. Na semana passada, Crivella foi alvo de busca e apreensão no âmbito da investigação. Segundo a desembargadora que autorizou a operação, ele seria quase um "subordinado" do homem apontado como operador do esquema, o empresário Rafael Alves.

O pedido foi entregue pelos vereadores da legenda ao presidente da Câmara Municipal, Jorge Felippe (DEM). Segundo o partido, Crivella desviou verbas públicas ao supostamente participar do esquema e cometeu improbidade administrativa e crime de responsabilidade. As investigações mostram que o prefeito trocou quase 2 mil mensagens com Rafael Alves, que não tinha cargo na gestão. O empresário atuaria para facilitar contratos de empresas por meio do pagamento de propina e teria forte influência sobre o mandatário. Ambos negam as acusações.

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Quando Rafael Alves foi alvo de buscas pela primeira vez, em março deste ano, Crivella ligou para ele sem saber que a operação já estava em curso. Quem atendeu o telefone - que havia sido escondido sob uma pilha de roupas - foi o delegado que cumpria o mandado.

Às vésperas da eleição, Crivella conseguiu barrar um outro pedido de impeachment, que tinha como escopo o escândalo conhecido como "Guardiões", revelado pela TV Globo. Servidores do município eram pagos para fazer plantões na porta de hospitais e impedir que a população denunciasse as más condições da Saúde em entrevistas para emissoras de televisão.

O prefeito tentará a reeleição em novembro, mesmo impopular e às voltas com os dois escândalos. A pré-campanha definiu ontem quem será a vice da chapa: a tenente-coronel Andréa Firmo.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar anular os efeitos dos mandados de busca e apreensão cumpridos nesta quinta-feira, 10, em seu gabinete no Palácio da Cidade, sede do Executivo municipal na zona sul carioca, no prédio administrativo da prefeitura, conhecido como 'Piranhão', na região central, e em sua casa.

A defesa de Crivella, que é pré-candidato à reeleição, alega que a operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual teve 'claro intuito de gerar verdadeira propaganda eleitoral negativa'.

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"A ilegalidade da medida se mostra patente. Não há como admitir que agentes públicos tentem influenciar no pleito eleitoral, levando de forma clara e com o intuito de prejudicar o Paciente", argumentam os advogados Alberto Sampaio Jr. e Michel Asseff.

O documento também sustenta que a ação foi ilegal por, segundo os advogados, ter desrespeitado o contraditório e o direito à ampla defesa. Os defensores do prefeito do Rio afirmam que não tiveram acesso aos autos do processo e não foram informados sobre os fundamentos que justificaram as buscas contra Crivella.

"Temos o chefe da municipalidade sendo violado em função do exercício de seu cargo, conferido honrosamente através de voto popular", diz um trecho do pedido.

Os mandados de busca contra o prefeito foram cumpridos no âmbito de uma investigação que apura suspeitas de corrupção e organização criminosa no Executivo carioca.

Quatro dias após conseguir escapar de um processo de impeachment por improbidade administrativa, rejeitado pelos vereadores por 25 votos a 23, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, oficializou nesta segunda-feira (7) sua candidatura à reeleição pelo Republicanos. Ainda não está definido quem será o candidato a vice. O vice eleito na chapa de Crivella para a atual gestão, Fernando Mac Dowell, morreu em 20 de maio de 2018, vítima de um enfarte após praticamente um ano e meio de mandato.

Por enquanto, sete partidos compõem a coligação "Com Deus, pela família e pelo Rio", que têm o atual prefeito como candidato: Patriota, Podemos, Progressistas, Solidariedade, PTC, PRTB e o próprio Republicanos. A oficialização ocorreu durante convenção do Republicanos, realizada na tarde desta segunda-feira em um centro de convenções em Del Castilho, na zona norte do Rio.

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Também foram oficializados os 77 candidatos a vereador que vão tentar se eleger pelo Republicanos, entre eles o atual vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e a mãe de Carlos e ex-mulher do presidente, Rogéria Nantes, que foi vereadora por dois mandatos (1993-1996 e 1997-2000). Além de Carlos, o senador Flávio Bolsonaro também integra o Republicanos.

Em discurso durante a convenção, Crivella criticou a imprensa e se comparou a Bolsonaro: "O presidente tomou uma facada. Outra pessoa diria: 'Minha vida em primeiro lugar'. Mas nosso líder colocou a vida do povo à frente. Nossa luta é para sermos como o presidente Bolsonaro e colocar até nossa vida em segundo plano", afirmou.

Crivella teve o processo de impeachment rejeitado pelo caso dos "guardiões", em que é acusado de cometer improbidade administrativa por manter servidores públicos ao redor de hospitais municipais com a missão de impedir o trabalho da imprensa e evitar reportagens sobre eventuais problemas nas unidades de saúde, mas é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ).

Outros candidatos

Nesta segunda-feira também foi oficializada a candidatura de Hugo Leal à prefeitura do Rio pelo PSD, partido cujo presidente nacional é Gilberto Kassab. Leal é deputado federal. Entre os candidatos a prefeito do Rio já oficializados em convenções estão o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM), a deputada estadual Roberta Souza (PSOL) e o empresário Fred Luz (Partido Novo).

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou nesta quinta-feira, 3, por 25 votos a 23 (dos 51 vereadores, três não votaram), a abertura de processo de impeachment do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), pré-candidato à reeleição. Ele era acusado de cometer improbidade administrativa por manter servidores públicos ao redor de hospitais municipais com a missão de impedir o trabalho da imprensa e evitar reportagens sobre eventuais problemas nas unidades de saúde. A denúncia foi exibida em reportagem da TV Globo na última segunda-feira, 31.

Para aprovação do início do processo bastava maioria simples, mas a proposta foi derrotada. A votação no painel terminou registrando 25 votos a 22, mas um último vereador se manifestou depois, aumentando para 23 o grupo derrotado. Com isso, o pedido de abertura de processo de impeachment foi arquivado.

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O pedido de impeachment foi apresentado pela deputada estadual e pré-candidata a prefeitura do Rio Renata Souza (PSOL), que protocolou o documento na última terça-feira, 1º. Devido à pandemia de covid-19, a sessão foi semipresencial - alguns vereadores foram ao plenário e a maioria participou virtualmente.

Veja os votos de cada vereador

Não para abrir o processo

Alexandre Isquierdo

Carlos Bolsonaro

Dr. Carlos Eduardo

Dr. Gilberto

Dr. Jairinho

Dr. João Ricardo

Dr. Jorge Manaia

Eliseu Kessler

Fátima da Solidariedade

Felipe Michel

Inaldo Silva

Jair da Mendes Gomes

João Mendes de Jesus

Leandro Lyra

Major Elitusalem

Marcelino D Almeida

Marcello Siciliano

Marcelo Arar

Professor Adalmir

Renato Moura

Rocal

Tânia Bastos

Vera Lins

Zico

Zico Bacana

Sim para abrir o processo

Átila A. Nunes

Babá

Carlo Caiado

Cesar Maia

Dr. Marcos Paulo

Fernando William

Italo Ciba

Jones Moura

Leonel Brizola

Luciana Novaes

Luiz Carlos Ramos Filho

Paulo Messina

Paulo Pinheiro

Prof.Célio Lupparelli

Rafael Aloisio Freitas

Reimont

Renato Cinco

Rosa Fernandes

Tarcísio Motta

Teresa Bergher

Veronica Costa

Welington Dias

Willian Coelho

Ausente

Junior da Lucinha

Thiago K. Ribeiro

Impedido por ser o presidente

Jorge Felippe

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