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Vereadores da base de Marcelo Crivella (Republicanos), pré-candidato à reeleição, pretendem não marcar presença na sessão marcada para hoje na Câmara Municipal do Rio para discutir pedido de abertura de processo de impeachment do prefeito. Diferentemente do ano passado, quando os governistas derrotaram a oposição por 35 votos a 13 na votação do pedido de afastamento, não há segurança de que o resultado se repita agora. A imagem do prefeito ficou desgastada pela revelação da atuação dos "Guardiões do Crivella" - servidores da prefeitura escalados para atrapalhar e impedir o trabalho da imprensa.

Dois pedidos de impedimento foram protocolados na terça-feira (1º), um dia depois de reportagem da TV Globo revelar a ação dos funcionários comissionados do município em frente a hospitais municipais. No mesmo dia, Polícia Civil abriu inquérito para investigar indícios de crimes como peculato, constrangimento ilegal e associação criminosa. Nessa quarta (2), a Procuradoria Regional Eleitoral do Rio pediu à Promotoria que investigue se o prefeito cometeu crime eleitoral. Oficialmente, a prefeitura afirmou que os "Guardiões do Crivella", como são chamados em grupos de WhatsApp, tentavam apenas divulgar informações corretas.

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O requerimento está na pauta desta quinta-feira (3). Se for a votação, a chance de Crivella enfrentar um processo de impeachment é grande. O episódio envolvendo os comissionados tem levado vereadores "indecisos" a migrar para a oposição. Entre eles há candidatos, e o temor é que o eventual apoio a Crivella impacte negativamente na votação.

O Regimento da Casa exige presença mínima de 26 dos 51 vereadores para abrir a sessão, e aprovação por maioria simples (metade mais um) dos presentes para o pedido ser acatado. Um processo de impeachment durante a campanha eleitoral agravaria sensivelmente a situação de Crivella. Apesar disso, o possível andamento não deverá ser capaz de afastar o prefeito do cargo antes do segundo turno, em 29 de novembro.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) do Rio pediu à Promotoria que investigue se o prefeito e pré-candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos) cometeu crime eleitoral ao manter esquema para impedir a atividade jornalística relacionada à cobertura do atendimento de hospitais municipais. Em ofício enviado à Coordenadoria Eleitoral do Ministério Público Estadual, a procuradora regional Eleitoral Silvana Batini solicitou que se apure eventual cometimento de abuso de poder político e conduta vedada no caso.

No documento, a PRE encaminhou reportagem da TV Globo que revelou o esquema chamado "Guardiões do Crivella", no qual funcionários comissionados da Prefeitura são pagos para fazer "plantões" nas portas de hospitais e impedir o trabalho de equipes de televisão. O Ministério Público do Rio já abriu investigações no âmbito criminal e civil sobre o caso, mas a Procuradoria Eleitoral defende que é preciso avaliar se houve ou não crime eleitoral devido ao impacto potencial que os fatos têm nas próximas eleições.

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"A Procuradoria Regional Eleitoral pediu que a Promotoria Eleitoral avalie se ficou configurado abuso de poder político e/ou conduta vedada, tendo em vista o potencial impacto no processo eleitoral próximo. O Ministério Público Estadual teve uma atuação rápida na área de combate ao crime, mas entendemos conveniente analisar a questão também sob a ótica eleitoral", afirmou Silvana Batini.

Nesta terça-feira (1º), a Polícia Civil do Rio cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra funcionários da prefeitura suspeitos de participar do esquema de "Guardiões". Na casa de um dos servidores públicos, a polícia afirmou ter apreendido R$ 10 mil em dinheiro.

Além das investigações da Promotoria, Crivella também é alvo de questionamentos por parte dos parlamentares fluminenses. Na Câmara, dois pedidos de impeachment foram protocolados, um deles apresentado pela deputada estadual e pré-candidata a prefeita do Rio Renata Souza (PSOL) e outro pelo vereador Átila Nunes (DEM).

Defesa

A reportagem entrou em contato, por e-mail, com a prefeitura do Rio. O espaço está aberto para manifestações.

O presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), anunciou que vai levar o pedido de impeachment contra o prefeito, Marcelo Crivella (Republicanos), ao plenário na quinta-feira (3).

O pedido de impeachment contra o prefeito foi protocolado pelo PSOL e tem como base a reportagem publicada pela TV Globo sobre o grupo chamado "Guardiões do Crivella".

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A denúncia mostra um suposto esquema montado com funcionários da prefeitura para fazer plantão na porta dos hospitais municipais do Rio, para atrapalhar reportagens e impedir que a população fale e denuncie problemas na área da Saúde.

O presidente da Câmara poderia rejeitar o pedido monocraticamente ou levá-lo ao plenário. Segundo Jorge Felippe, o pedido de abertura do processo de impeachment teve aval da Secretaria Geral da Mesa e da Procuradoria da Câmara

Para a abertura do processo de impeachment, são necessários 26 votos.

Da Sputnik Brasil

Após a TV Globo revelar que o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), mantém um esquema de cerceamento ao trabalho da imprensa pago com dinheiro público, o Ministério Público (MP) do Rio anunciou que abriu investigação contra o mandatário. Além da Promotoria, parlamentares de oposição já anunciaram que vão pedir a abertura de um processo de impeachment e de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os fatos.

A reportagem mostrou, na segunda-feira (31), que a Prefeitura do Rio paga funcionários para fazer "plantões" nas portas de hospitais e impedir o trabalho de equipes de televisão. Quando os repórteres começam a gravar entrevistas com pessoas que reclamam das condições da saúde municipal, os "guardiões do Crivella", como é denominado o grupo desses servidores no WhatsApp, interrompem as gravações com gritos de "Globo lixo" ou de referência ao bolsonarismo, por exemplo.

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A bancada do PSOL na Câmara Municipal vai apresentar na tarde desta terça-feira (1º), um pedido de impeachment, conforme anunciou o vereador Tarcísio Motta. O partido vê crime de responsabilidade no ato do prefeito, que participava do grupo e dava incentivo aos servidores.

Já Teresa Bergher, do Cidadania, vai pedir a abertura de uma CPI e a exoneração do servidor Marcos Paulo de Oliveira Luciano, espécie de operador dos "Guardiões". Ele ganha mais de R$ 10 mil por mês dos cofres públicos para gerenciar o esquema de ataques à imprensa.

"O prefeito, que vive alegando falta de dinheiro para gerir a cidade, que está abandonada, utiliza recursos públicos para pagar uma milícia de defensores de sua péssima gestão. Paga mais de R$ 3 mil para jagunços ameaçarem jornalistas e constrangerem pacientes que vão buscar atendimento nos hospitais do município", diz a vereadora. "O funcionário que está por trás dessa milícia tem quer exonerado imediatamente, junto com todo o grupo. É caso de prisão de toda esta milícia. O prefeito deveria gastar este dinheiro com profissionais de Saúde. Uma vergonha. O Rio não merece isso."

Os pedidos de medidas contra Crivella, que vai tentar a reeleição em novembro, não se limitam à Câmara Municipal. Deputado federal e ex-adversário do prefeito na eleição de 2016, quando ficou em terceiro lugar, Pedro Paulo (DEM-RJ) afirmou que vai entrar com ação popular para apuração dos gastos com os servidores, além de apresentar os indícios de irregularidades nos âmbitos administrativo e criminal ao MP.

"O prefeito está usando dinheiro público, pagando salários e contratando militantes e cabos eleitorais para constranger os cidadãos e impedir o trabalho dos jornalistas. Além de ser uma atitude antidemocrática, é uma tentativa de escamotear a realidade. Um exemplo de truculência, em vez dar explicações e melhorar os serviços. Isso é gravíssimo", aponta o parlamentar, que é um dos principais aliados do ex-prefeito Eduardo Paes, o líder nas pesquisas para a eleição deste ano.

No MP, a investigação foi aberta pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Criminais e de Direitos Humanos, com apoio do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim).

Procurada pela TV Globo, a Prefeitura do Rio não negou a existência dos "Guardiões". Disse que a iniciativa era uma forma de combater o que considera "fake news" sobre as condições da saúde no município.

A Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro apresentou alegações finais em dois processos contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, e candidatos a deputado federal ou estadual, defendendo a inelegibilidade dos políticos por oito anos em razão de supostos abusos de poder - político e religioso - e 'condutas vedadas' - uso de bens e recursos municipais com fins eleitorais. As ações em questão foram apresentadas em 2018 e tem relação com dois eventos - uma reunião chamada 'Café da comunhão', em 4 de julho no Palácio da Cidade e um encontro com equipes da Comlurb na escola de samba Estácio de Sá em 13 de setembro.

Os processos chegaram à fase final de tramitação no Tribunal Regional Eleitoral e aguardam julgamento conjunto ser pautado. Eles foram movidos pela PRE e pela coligação PSOL/PCB e tem como réus, além do prefeito do Rio, o suplente de deputado federal Rubens Teixeira (nos dois processos), Marcelo Hodge Crivella, Raphael Leandro e Alessandro Costa (na ação da coligação).

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As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Federal na 2ª Região.

As penas reivindicadas para os políticos variam da inelegibilidade por oito anos e multa (Crivella e Teixeira, por abuso de poder, ficando o suplente sujeito à anulação dos votos) a multa de até 100 mil UFIR (R$355 mil) para os políticos Marcelo Hodge Crivella e Alessandro Costa (conduta vedada), indica a Procuradoria.

Ação da PRE

No processo contra Crivella e Teixeira, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio argumentou que 'não há dúvidas de que os dois são responsáveis pelos ilícitos eleitorais cometidos no Café da comunhão, usado para lançar o nome de Teixeira como pré-candidato a deputado federal'. O MP eleitoral cita transcrições do discurso do prefeito, que prometeu aos religiosos presentes e seu grupo uma série de facilidades de acesso a serviços públicos de saúde, obras e supostas isenções de impostos.

"Tratava-se de um encontro para alimentar base eleitoreira composta de líderes religiosos, notoriamente alinhados com o prefeito, a quem ele oferecia facilidades na administração pública em nome de uma pretensa predestinação divina. Fosse somente esse o contexto, e já estaria configurada a ilegalidade, eis que a nenhum gestor é dado usar a máquina pública em benefício de grupo politico específico, menos ainda quando fatores religiosos se infiltram na gestão", afirmou a procuradora regional eleitoral Silvana Batini ao TRE.

"Mas houve mais. O encontro foi realizado nas dependências da Prefeitura, em período pré-eleitoral e contou com o pré-candidato. Sua presença foi destacada no discurso do prefeito, e suas supostas qualidades pessoais enfatizadas por ele, no mesmo contexto em que pregava a necessidade de direcionar os serviços públicos municipais para o fortalecimento de seu grupo político-religioso."

Ação da coligação PSOL/PCB

O processo movido pela coligação PSOL/PCB contesta não só condutas no Café da comunhão, mas também em encontro na Estácio de Sá. Além disso, envolve outros políticos além de Crivella e Teixeira: Marcelo Hodge Crivella, não eleito deputado federal, e Raphael Leandro e Alessandro Costa, não eleitos à Alerj.

No evento, para o qual foram convidados e transportados servidores e terceirizados da Comlurb em veículos da companhia, a PRE considerou haver provas suficientes para a condenação por conduta vedada, exceto de Raphael Leandro, cuja participação naqueles eventos políticos não pôde ser comprovada.

COM A PALAVRA, O PREFEITO DO RIO

As duas ações se referem à eleição de 2018, na qual o Prefeito Crivella sequer foi candidato. Tratam de duas reuniões que ocorreram estritamente na forma da Lei e que tanto a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro quanto o STF decidiram pela inexistência de qualquer irregularidade em ambas.

Nas defesas e integrais provas processuais constam as informações que afastam o irrazoável pedido de inelegibilidade, ou qualquer sanção, o que foi pautado em mera dedução e desproporcional presunção punitiva inaplicável ao caso.

COM A PALAVRA, OS DEMAIS RÉUS

A reportagem ainda busca contato com os demais citados. O espaço está aberto para manifestações

A permanência dos banhistas nas praias do Rio de Janeiro, proibida desde março, será liberada nos próximos dias, mas a pessoa deverá reservar por aplicativo um trecho da areia, para evitar aglomeração. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (10), pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos).

"As pessoas vão poder ocupar essas demarcações pelo horário que chegarem e também reservando no aplicativo", afirmou Crivella durante cerimônia de apresentação da equipe médica que será enviada a Beirute, capital do Líbano, onde na semana passada uma explosão deixou mais de 150 mortos e 300 mil desabrigados.

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O sistema de ocupação das areias deve ser detalhado nesta semana. "Esta semana nós vamos fazer a organização das praias para que as pessoas mantenham o afastamento na areia. A ideia é que assim a gente consiga organizar melhor o que hoje não está bom", afirmou Crivella.

"O que a gente pode fazer é o apelo que sempre fazemos: não podemos aglomerar. Peço que quem está indo à praia para tomar banho que não aglomere nas areias", pediu o prefeito, que não divulgou a partir de quanto a permanência nas areias será autorizada.

Embora proibida, tem sido comum a presença de muitos banhistas nas areias, principalmente aos finais de semana. A Guarda Municipal e a Polícia Militar, embora eventualmente apliquem multas, não têm conseguido evitar as ocupações.

O banho de mar foi autorizado a partir de 1º de agosto, e desde então o número de pessoas na areia tem aumentado. Neste último domingo, 9, as praias do Arpoador e do Leme foram as mais lotadas da zona sul, com muita gente praticando esportes (o que está proibido aos finais de semana) e vendedores ambulantes oferecendo bebidas alcoólicas e alimentos como queijo coalho, camarão e milho, produtos que também estão proibidos.

Em 9 de julho, Crivella chegou a anunciar que só permitiria a permanência nas areias das praias do Rio quando houvesse uma vacina de eficácia comprovada contra a covid-19. "A tendência é manter a proibição até que tenhamos uma vacina. Se a gente libera a praia e faz sol no fim de semana, a areia pode ficar lotada do Leme ao Pontal. Os índices de contaminação estão caindo e não podemos pôr isso em risco", afirmou, na ocasião.

O prefeito mudou de ideia e agora anuncia um plano de ocupação organizada das areias.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, liberou o banho de mar, desde que os banhistas não permaneçam nas areias. Ele também confirmou a autorização para as escolas particulares iniciarem as aulas de quatro séries de forma voluntária. Também foi autorizado o uso de piscinas em condomínios. As novas medidas fazem parte da Fase 5 de reabertura e valem a partir deste sábado (1º).

“Na quinta fase, nós estamos voltando com o banho de mar, o que atende a maioria das pessoas. Não se deve ficar aglomerado nas areias, mas pode ir tomar um banho de mar. Se encontrar um vendedor de biscoito ou mate, pode comprar, mas volta para o calçadão ou para casa”, explicou o prefeito.

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Os vendedores ambulantes foram autorizados a trabalhar nas praias, parques e praças, das 7h às 18h, mas sem aluguel de cadeiras e guarda-sóis nem comercialização de bebidas alcoólicas. Apenas a venda de produtos industrializados estará permitida. Até então, somente podiam frequentar as praias surfistas e nadadores, embora milhares de pessoas já estivessem permanecendo nas areias.

Quanto as escolas particulares, elas poderão reabrir se quiserem a partir de segunda-feira (3). A regulação do ensino básica não cabe à prefeitura, que tem posição apenas autorizativa quanto aos protocolos e ao cumprimento deles pela Vigilância Sanitária. A medida, no entanto, não é consenso entre proprietários de escolas, pais de alunos e professores. Crivella reforçou que não há data definida para retorno das aulas nas escolas municipais.

A prefeitura ampliou para até a 1h o horário de funcionamento para restaurantes, bares e lanchonetes, que até então tinham de fechar às 23h. Os shoppings voltam a funcionar no horário normal de antes da pandemia, das 10h às 22h.

Piscinas

Hotéis e hostels (albergues) podem reabrir as piscinas para o uso dos hospedes, bem como os condomínios, para uso dos moradores, embora com algumas restrições.

“As piscinas de condomínios estão liberadas, mas não para as aulas de hidroginástica. Estas normalmente atraem mulheres grávidas, o que neste momento não é bom, pois elas são grupo de risco. E trazem também idosos e pessoas com comorbidade. Não é bom eles ficarem aglomerados sem o uso de máscara, e a piscina não permite o uso”, disse Crivella.

O superintendente da Vigilância Sanitária, Flávio Graça, também reforçou os cuidados com o uso das áreas de piscinas em condomínios. “As piscinas estão liberadas para uso de lazer, respeitando as regras de ouro [uso de máscara, higiene das mãos, afastamento]. Pedimos o não compartilhamento de objetos [cadeiras, espreguiçadeiras]”, disse Graça.

Indicadores

De acordo com a prefeitura, as medidas foram tomadas após reunião com o conselho científico, formado por médicos e cientistas. As decisões são baseadas em indicadores como a velocidade da curva de contágio, ocupação de leitos e queda no número de óbitos. Segundo Crivella, houve uma queda em 150 mortes em julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado.

“Mesmo com o coronavírus, nós sepultamos no Rio de Janeiro 150 pessoas a menos, o que mostra que as medidas tomadas foram boas e deram resultado. A nossa convicção, neste momento, é que não teremos a segunda onda. Essa é a nossa esperança. Os números [de óbitos e de contágio] estão caindo”, disse o prefeito.

As medidas serão publicadas ainda nesta sexta-feira (31) em edição extra do Diário Oficial do Município.

A Prefeitura do Rio de Janeiro decidiu antecipar a retomada das feiras de adoção de animais a partir deste sábado, 25, justificando a medida pelo aumento do número de animais abandonados durante a pandemia de covid-19. A previsão é de que essas feiras fossem reabertas no próximo dia 31.

Para estimular a adoção, a Prefeitura lançou campanhas de adoção virtuais, com cães e gatos disponibilizados nas redes sociais da Subsecretaria de Bem Estar Animal e da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses. "Decidimos liberar as feiras porque a adoção é uma das importantes ações de políticas públicas. É uma causa muito nobre, que impacta diretamente na prevenção de riscos à saúde pública e diminui os números de abandonos, que é crime", explicou o prefeito Marcelo Crivella em nota.

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Para o funcionamento das feiras, os responsáveis deverão atender às restrições de distanciamento entre as pessoas e barracas, assim como as demais medidas de prevenção à covid-19 estabelecidas pelas Regras de Ouro, explicou.

Segundo a Prefeitura, a adoção faz parte das ações que minimizam questões de saúde pública provocadas por animais soltos nas ruas, como acidentes de trânsito, a reprodução indevida de cães e gatos, situações de maus-tratos, a proliferação de zoonoses (doenças transmitidas por animais aos homens) e até agressões a populares.

Escolas

A Prefeitura esclareceu ainda, que a decisão de permitir a volta das aulas em escolas particulares não obriga a reabertura dessas instituições. "O decreto municipal não obriga as escolas a reabrirem, mas apenas faculta essa possibilidade para aquelas instituições que decidirem por uma possível reabertura", afirmou em nota.

Sobre a volta das creches particulares e da rede pública, a Prefeitura informou que a data de retorno é apenas uma previsão, sendo os decretos sobre flexibilização somente "estimativas". "Essas datas podem ser alteradas, conforme observação dos dados de contágio da covid-19, parecer do comitê científico e avaliação dos setores interessados", informou.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou nesta quinta-feira (16) uma nova etapa do processo de reabertura gradual da cidade. A partir da sexta-feira (17), pontos turísticos do Rio poderão reabrir com 1/3 de sua capacidade e as praias da cidade poderão ser usadas para a prática de esportes coletivos em áreas próprias. O uso da areia para lazer e descanso de banhistas, contudo, segue vetado.

As novas determinações, em sua maioria, ampliam autorizações que já existiam. Lojas de shopping e estacionamento, além do comércio de rua, poderão passar a receber 2/3 de sua capacidade - até então era limitado a 1/3.

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Esportes coletivos na praia poderão ser realizados de segunda a sexta, nos espaços onde há quadras delimitadas. Clubes poderão reabrir suas piscinas, mas exclusivamente para a prática de natação.

As tradicionais feiras de artesanato também receberam autorização para funcionamento, e o estacionamento de veículos nas vias junto à orla passa novamente a ser permitido.

Com o retorno do Campeonato Carioca durante a pandemia do novo coronavírus, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, explicou nesta terça-feira (30) os planos para a volta do público aos estádio de futebol. Segundo o decreto oficial, a previsão é de liberar os torcedores a partir do dia 10 de julho com um terço da capacidade.

Mas, de acordo com Crivella, "o prefeito não é autorizado a fazer abertura antes da data autorizada pelo conselho científico. Eles analisam a parte médica e o prefeito vê a parte de transporte, segurança, política... Como a população recebe essas medidas".

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"O conselho diz: dia 10. Não quer dizer que é dia 10. A mesma coisa aconteceu quando dissemos que poderia abrir os shoppings. Teve shopping que não abriu. Não é obrigatório. O conselho aprovou. Agora vamos ver a questão do transporte, da segurança e política", complementou o prefeito, sem dar garantias de que o retorno acontecerá em julho.

A volta dos torcedores aos estádios ainda depende de algumas garantias. Crivella explica que está pedindo ajuda da Polícia Militar para verificar se pode garantir que os torcedores usem máscaras e não haja aglomerações no transporte público. "Temos que garantir que a cada passo a fiscalização vai conter excessos, loucuras, imprudências que poderão trazer uma segunda onda e fazer a gente recuar. Assim que a gente tiver garantias que poderemos voltar com um terço da torcida sem correr risco, nós avisamos".

Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, também comentou sobre a possível liberação dos torcedores. Ele explicou que a lotação máxima do Maracanã será de 15 mil pessoas. "Quando você fala em público de 22 mil está levando em consideração a capacidade máxima permitida pelos bombeiros. O gabinete científico colocou mais especificamente um terço da capacidade onde fica o público. Ou seja, em conversas com a administração do Maracanã, permitindo de 12 a 15 mil pessoas. É uma colocação de espaço aberto, as pessoas vão manter o afastamento. É hora de avaliar todas as outras condições, o impacto no transporte público, segurança, se o estádio vai ter controle de acesso só daquele público ou se terão muitos torcedores aglomerados fora. Tudo isso está sendo conversado para tomar uma decisão final".

Já a Federação de Futebol do Rio de Janeiro informou, por meio de uma nota oficial, que o retorno do público aos estádios deve acontecer apenas no Campeonato Brasileiro, já que restam poucas rodadas para o fim do Campeonato Carioca.

Menos de 24 horas após determinar, por meio de decreto, a suspensão de competições esportivas até 25 de junho, o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella declarou na manhã de hoje (21) que apenas os jogos do Botafogo e do Fluminense, marcados para amanhã (22), estão de fato suspensos. Em relação ao restante das partidas, programadas para serem realizadas até o próximo dia 25, tudo dependerá de uma reunião da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) e representantes da prefeitura do Rio, prevista para ocorrer a partir de amanhã (22). O encontro por videoconferência tem como objetivo conciliar os protocolos de segurança sanitária elaborados pela Ferj com aqueles formulados pela Prefeitura, motivo pelo qual foi publicado o decreto ontem (20). 

“Houve um novo protocolo sanitário apresentado pela Ferj, mas diferente do protocolo da Vigilância Sanitária da Prefeitura, que, então, pediu uma reunião com a Ferj, para compatibilizar as regras oficiais e a realização das partidas de futebol. É, portanto, o que vamos fazer na segunda, terça e quarta-feira. Porém, esperamos compatibilizar logo esses dois protocolos para, já na quarta-feira, 24/06, haverá jogos, explicou o prefeito durante entrevista após inauguração de uma obra no Pólo Comunitário de Campo Grande, Zona Oeste da cidade. 

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Ontem (20), Crivella surpreendeu ao determinar, por meio de decreto,a suspensão de competições esportivas com portões fechados até 25 de junho, deixando a sequência do Estadual indefinida. A íntegra do texto oficial, que faz parte do plano de retomada das atividades econômicas impactadas pela pandemia do coronavírus (covid-19), não citava especificamente quais jogos seriam realizados ou não. 

“Ficam suspensas as competições esportivas com portões fechados até o dia 25 de junho de 2020”, determina o artigo 23, do decreto 47539, publicado no Diário Oficial do município.

O período de tempo citado no decreto inclui os confrontos agendados entre Vasco x Macaé, na próxima quarta (24), e Madureira x Resende, na quinta (25), além dos jogos válidos pela quinta rodada do Carioca. O duelo entre Flamengo e Boavista também estava marcado para acontecer na próxima quarta (24), no Maracanã. Apesar da indefinição, o prefeito do Rio acredita que não haverá impedimento para os confrontos já marcados para quarta-feira (24).   

No entanto, a declaração de hoje (21) do prefeito Crivella, diverge do que ele disse ontem (20). Na ocasião , o prefeito do Rio afirmou que o decreto publicado no Diário Oficial interferiria apenas nos jogos envolvendo Botafogo e Fluminense, marcados para amanhã (21). Após repercussão que gerou dúvidas sobre a tabela de jogos divulgada pela Ferj na última quinta(17), o prefeito disse que os jogos marcados para este domingo (21) e que foram adiados, não estavam incluídos no decreto.  

“O decreto publicado hoje suspende os jogos de futebol até a próxima quinta-feira apenas para que os protocolos de vigilância sanitária apresentados pela federação se adaptem aos nossos da prefeitura, e haja uma fiscalização. Basicamente ficam suspensos os jogos do Botafogo e Fluminense, e a gente pede a compreensão de todos”.

Sendo assim, as partidas Botafogo x Cabofriense e Fluminense x Volta Redonda permanecem sem data definida pela Ferj. 

O decreto publicado em Diário Oficial do Município ainda estabelece uma inspeção pelas autoridades de saúde local, nos Centros de Treinamento (CTs)localizados na capital, até o dia 25 de junho. Já os clubes com estruturas físicas em qualquer outra parte do estado deverão apresentar relatório de inspeção sanitária do órgão municipal competente.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, determinou, neste sábado (20), a suspensão de competições esportivas em locais com portões fechados até 25 de junho. Com isso, o Campeonato Carioca, que havia retornado na última quinta-feira (18), deverá ser paralisado.

 No texto, o prefeito diz que a medida tem o objetivo de adequar "os protocolos sanitários apresentados pelas Federações esportivas ao protocolo sanitário municipal". Ele destaca que serão necessárias inspeções prévias nos centros de treinamento para verificar o cumprimento do protocolo sanitário municipal.

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 No caso do Campeonato Carioca, os clubes que possuem centro de treinamento fora da capital terão que apresentar relatório de inspeção sanitária de órgão municipal competente até 25 de junho. O decreto diz que, para o retorno das atividades esportivas, as entidades devem se submeter, por ofício, a entidades sanitárias da prefeitura.

 Atualmente, o Campeonato Carioca enfrenta uma quebra de braços. A Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), Flamengo, Vasco e clubes de menor investimento decidiram pela volta imediata do certamente, enquanto Botafogo e Fluminense se recusam a jogar em junho devido à pandemia da Covid-19.

Após reunião com os clubes na quarta-feira (17), Crivella liberou o retorno do futebol, pedindo que Botafogo e Fluminense não fossem punidos. A Ferj, entretanto, indicou que Botafogo e Fluminense sofreriam W.O. caso não jogassem em junho. 

 O campeonato foi retomado na quinta-feira com a partida entre Bangu e Flamengo, vencida pelos rubro-negros por 3 a 0. Na sexta (19), Portuguesa-RJ e Boavista empataram em 0 a 0.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou neste domingo, ,) que seguirá o próprio plano municipal de flexibilização do isolamento em função do combate ao coronavírus.

Na noite de sexta-feira, 5, o governo do Estado recomendou a reabertura imediata de shoppings centers, bares, restaurantes e pontos turísticos, entre outros estabelecimentos. Mas o município manterá tudo fechado por enquanto, seguindo o roteiro anunciado na semana passada, que prevê a reabertura em seis fases.

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A decisão foi tomada durante reunião do conselho científico do município, que reúne mais de 20 profissionais e foi criado para analisar a pandemia e aconselhar a prefeitura em relação a medidas adotadas pela administração. O município registrava, até o sábado, 6, 35.703 casos de covid-19 e 4.401 mortes.

Desde o dia 2 de junho estão autorizados a funcionar, no município do Rio, lojas de móveis e decoração e agências de automóveis. Exercícios nos calçadões também foram autorizados, assim como atividades físicas individuais no mar, como natação e surfe. Segue proibido ficar na areia. Atividades em templos religiosos foram autorizadas, mas houve recurso judicial e por enquanto elas estão suspensas por ordem da Justiça.

Segundo a previsão da prefeitura, os shoppings centers e centros comerciais poderão reabrir a partir do próximo dia 17. Bares e restaurantes poderão voltar a receber clientes a partir de 2 de julho - por enquanto eles estão autorizados a funcionar em sistema de entregas. Os pontos turísticos, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, devem ser autorizados a funcionar a partir do dia 17 de julho. O esporte de alto rendimento, como os jogos do Campeonato Carioca de futebol, poderá ser retomado em 17 de junho. Consultas e exames de rotina na rede municipal de saúde devem ser retomadas no próximo dia 18. Tudo depende, no entanto, da avaliação do conselho científico. Se os dados de incidência da covid-19 se agravarem, por exemplo, a retomada de qualquer dessas atividades poderá ser adiada.

Segundo o subsecretário municipal de Saúde, Jorge Darze, o decreto com as regras de flexibilização recomendadas pela prefeitura surpreendeu a prefeitura, porque não foi apresentado nenhum estudo capaz de justificar as medidas. "Por isso nós seguimos o planejamento municipal, baseado em estudos sobre o número de mortes e a capacidade dos hospitais", afirmou.

Segundo expôs Crivella, o número de óbitos no município do Rio se estabilizou a partir do final de maio. Ele usou um critério que consiste em somar as mortes registradas nos últimos sete dias e dividir pelas mortes registradas nos sete dias imediatamente anteriores. Se o resultado for menor que um, indica que o número de mortes está em queda. Os dados da prefeitura indicam que, em cada dia de junho, estão morrendo cerca de 55 pessoas a mais do que o registrado em junho de 2019. Embora ainda ruim, o número é bem menor do que em maio, quando o adicional diário de mortes foi de aproximadamente 160, em relação ao mesmo mês de 2019.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou que irá publicar um decreto nesta segunda-feira, 1º, flexibilizando as regras de isolamento social na capital fluminense, epicentro da pandemia do novo coronavírus no Estado. Dentre as medidas, está a liberação dos calçadões da cidade para a prática de exercícios.

Nas palavras do próprio Crivella, a reabertura será "lenta, gradual e com segurança". A flexibilização, segundo ele, está amparada em decisão unânime de seu gabinete científico, que considerou que um afastamento social prolongado "apresenta um número maior de mortes por outras doenças".

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O prefeito afirmou ainda que a cidade, que até domingo registrava 29.157 casos do novo coronavírus, com 3.578 mortes, não possui mais fila de espera por leitos de UTI.

As restrições no Rio serão abrandadas em seis fases, que deverão durar duas semanas cada. A primeira delas começará amanhã (2). Assim, uma reabertura total das atividades na cidade só deverá acontecer entre o final de julho e o início de agosto.

"As aulas poderão começar, se o plano todo der certo, em julho. Se todos os parâmetros forem seguidos, em agosto voltamos à vida normal, ao novo normal, usando máscaras e sem aglomerações", declarou Crivella.

O decreto que passará a valer nesta terça irá autorizar a prática de exercícios em centros de treinamento - o que permitirá o retorno das atividades para os clubes de futebol -, nos calçadões e no mar, mas apenas para atividades individuais. Ainda não será permitido utilizar a faixa de areia nas praias, bem como segue vedado o uso de piscinas e saunas.

Como já havia indicado na semana passada, Crivella também autorizou a reabertura de concessionárias de veículos, e de lojas de móveis e decoração. Bares e lanchonetes permanecem com as restrições, e só podem trabalhar no sistema de entrega ou retirada. Cultos religiosos - que o prefeito havia liberado na semana passada, mas foi contestado em decisão judicial - também poderão acontecer, mas seguindo protocolos de prevenção.

O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta quinta-feira (21), na transmissão de sua Live semanal, que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, libere o retorno do futebol carioca. O assunto, segundo Bolsonaro, foi discutido numa reunião com o próprio prefeito, nesta tarde. O tema divide os próprios clubes da cidade.

"Estive com o Crivella hoje conversando sobre a volta do futebol. No primeiro momento, muitos jogadores eram contra, e agora é um outro entendimento. Obviamente, sem torcida. Está nas mãos do Marcelo Crivella", comentou o presidente da República.

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"Os jogadores querem. O que interessa é isso: os jogadores querem voltar a jogar. E afinal de contas, não sabe até quando vai esta pandemia e todo mundo pede por isso aí. Espero que o Marcelo Crivella resolva autorizar a volta do campeonato Carioca. Espero que o mesmo aconteça nos demais Estados", reforçou Bolsonaro.

O presidente disse que o Ministério da Saúde poderá emitir parecer favorável aos jogos de futebol no Brasil. "No que depender do Ministério da Saúde, é favorável a dar um parecer nesse sentido, para que a gente possa assistir um futebolzinho no sábado, no domingo. Até ajuda a deixar o povo em casa, menos estressado."

O assunto coloca em campos opostos os quatro grandes do Rio. Vasco e Flamengo são favoráveis à retomada, enquanto Botafogo e Fluminense pedem maior cautela no momento. Os presidentes dos dois primeiros clubes, inclusive, almoçaram com Bolsonaro na terça-feira (19), em Brasília.

Na ocasião, discutiram o retorno do futebol brasileiro e também a possibilidade de ambos os times retomarem seus treinos no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Isso porque Crivella impediu o retorno das atividades no Rio. Mesmo assim, o Flamengo retomou os trabalhos na terça-feira, contrariando a decisão da prefeitura.

O Estado do Rio de Janeiro confirmou nesta quinta-feira mais 175 mortes por covid-19 e 1.717 novos casos da doença no período de 24 horas, segundo boletim divulgado pela secretaria estadual de Saúde. Agora o Estado soma 3.412 mortes e 32.089 casos desde o início da pandemia.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou nesta terça-feira (19) que irá prorrogar as medidas de confinamento na cidade. O decreto que limitava a atuação do comércio em todo o município e o acesso de veículos e pessoas em alguns bairros tinha validade até esta terça, e será prorrogado.

"Ontem, em reunião com a comunidade científica, a Bia Beatriz Busch, secretária municipal de Saúde foi a primeira a falar. Foi determinado e está sendo publicado no Diário Oficial Extraordinário que as medidas de contenção permanecem por mais sete dias", declarou o prefeito, durante evento de inauguração de um tomógrafo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, favela da zona oeste.

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As regras do novo decreto de isolamento social ainda não foram tornadas públicas. Caso decida simplesmente prorrogar o que fora determinado na semana passada, o Rio seguirá com a proibição do tráfego de pessoas e veículos em regiões centrais de alguns bairros das zonas norte e oeste, proibição de estacionamento junto à orla da zona sul e proibição de comércio nas favelas. Bares, lanchonetes e restaurantes da cidade só poderão funcionar em sistema de entrega, com as portas fechadas.

Funcionários do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, que é considerado referência para tratamendo da COVID-19 no município do Rio, afirmaram que pessoas morreram na UTI no último domingo (3) por falta de medicamentos.

A denúncia feita por médicos que realizaram plantão no último domingo (3) levou a Defensoria Pública e prefeitura a abrirem uma investigação.

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"Faltaram medicamentos como Midazolam, Nora [noradrenalina], Fentanil. E, por conta disso, pacientes foram a óbito", disse um enfermeiro do hospital, citado pela reportagem do Jornal Nacional.

"Não está tendo medicação. Midazolam, Fentanil, né. E aí a gente tem que ficar se virando, tem que ficar falando, tem que ficar pedindo", declarou outra enfermeira.

A morte de seis pessoas por falta destes medicamentos foi confirmada por quatro funcionários e um dos diretores do hospital que não quiseram se identificar à reportagem.

Já o membro do gabinete de crise da prefeitura, Alexandre Campos, disse que medicamentos do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla foram retirados para serem levados para o hospital de campanha da prefeitura no Riocentro, que foi inaugurado na sexta-feira (1º).

"Não faltou medicamento dentro do Hospital Ronaldo Gazolla, havia opções, como há hoje. Os estoques de medicamentos estão todos muito restritos e nós estamos fazendo sindicâncias que irão apurar exatamente as condições em que isso ocorreu. Se isso ocorreu. Assim que as sindicâncias concluírem algo, as responsabilidades vão ser tomadas", declarou Alexandre Campos.

Enquanto prefeitos e governadores têm criticado a postura do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia do coronavírus, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), acena cada vez mais ao mandatário. Com baixos índices de popularidade, ele tenta ganhar força para a disputa eleitoral com a filiação de filhos do presidente ao seu partido.

A ida para o Republicanos do vereador Carlos Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e da ex-mulher do presidente, Rogéria, envolveu negociações sobre candidaturas em 2020. Representantes do Aliança pelo Brasil, legenda que Bolsonaro pretende criar, usarão a sigla de Crivella como abrigo temporário enquanto o partido não sai do papel. Essa união eleitoral envolve, por exemplo, o apoio dos Bolsonaros a Crivella em troca de protagonismo de pessoas ligadas ao Aliança em outras cidades do Estado do Rio.

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Alguns deputados estaduais, como Dr. Serginho (Cabo Frio) e Alana Passos (Queimados), ambos do PSL, reivindicam encabeçar a chapa em seus municípios. O acordo também passa pela eleição de 2022, quando o prefeito e o bolsonarismo voltariam a estar juntos.

Com queda nos índices de popularidade, Crivella busca apoio para sua tentativa de reeleição. Na mais recente pesquisa Datafolha, publicada em dezembro, ele era rejeitado por 72% dos cariocas. Interlocutores do prefeito resistem a falar sobre a indicação do vice para a chapa, mas a tendência é de que a família Bolsonaro tenha poder para escolher o nome.

No início da semana, Crivella elogiou a condução da crise por Bolsonaro. "Nunca tivemos um presidente tão ciente de suas magnas responsabilidades", afirmou, na segunda-feira, durante transmissão ao vivo feita na sua página pessoal.

Entre os aliados de Crivella, há a convicção de que a chegada da família Bolsonaro ao Republicanos ajuda a legenda a acabar com o rótulo de "partido da Igreja Universal", sempre associada ao bispo Edir Macedo. Apoiador do presidente, ele é fundador e líder da igreja, além de tio do prefeito do Rio.

Redes

A máquina digital dos bolsonaristas também é um ativo com o qual Crivella pretende contar na eleição. Conhecido pela atuação nas mídias sociais da Presidência da República, mesmo sendo vereador, Carlos Bolsonaro teria um papel importante nesse ponto.

Sites conhecidos por publicar textos favoráveis ao presidente já começaram a citar positivamente o prefeito. Um deles, que chegou a ter um link sobre a hidroxicloroquina compartilhado por Bolsonaro, publicou no início da semana: "Enquanto Crivella anuncia que doará o próprio salário para combater a covid-19, a imprensa se cala".

A aproximação entre Crivella e o presidente não vem de hoje. Em outubro do ano passado, a prefeitura nomeou para a Secretaria de Ordem Pública o ex-árbitro de futebol Gutemberg Fonseca, ligado a Flávio Bolsonaro. Ele chegou a ser secretário de Governo na gestão de Wilson Witzel (PSC), ex-aliado e atualmente um dos adversários do presidente.

Em meio à pandemia do coronavírus, contudo, o prefeito se equilibra entre a aliança política com a família presidencial e o compromisso com as medidas restritivas para evitar a proliferação da doença. Chegou a ventilar uma reabertura do comércio, mas a ideia não foi colocada no papel. O mesmo ocorreu com as escolas municipais. Cinco secretários do prefeito, incluindo a responsável pela Saúde, receberam diagnóstico de covid-19. Crivella fez o teste rápido da doença, que deu negativo. 

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), decretou estado de calamidade pública no município na noite desta quarta-feira (8) em função da pandemia de coronavírus. O texto do decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial, informa que o combate à pandemia "impede o cumprimento das obrigações financeiras, orçamentárias e fiscais". A capital fluminense já contabiliza 73 mortes pela covid-19 e teve 1.449 casos da doença confirmados.

Entre as justificativas para a decretação do estado de calamidade pública, Crivella aponta para "a necessidade de implementação de medidas de natureza orçamentária, financeira e fiscal capazes de incrementar, em caráter excepcional, a proteção à saúde pública". O decreto lembra ainda que o governo federal e o Congresso Nacional reconheceram a situação de calamidade pública nos últimos dias em função da covid-19, enquanto que o Estado do Rio decretou calamidade em 20 de março.

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O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou em transmissão ao vivo em redes sociais neste domingo (5) que, após uma reunião com o comitê científico municipal, decidiu manter todas as medidas de afastamento social na capital fluminense.

Após analisar a curva de contaminação pelo novo coronavírus na cidade em uma reunião de mais de duas horas, o comitê formado por infectologistas, diretores de hospitais e médicos da rede pública decidiu por unanimidade que o isolamento tem que continuar.

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"Levando em conta rede privada, hospitais federais, militares e estaduais, além dos municipais, chegamos a um número preocupante de 42 óbitos na cidade do Rio de Janeiro", disse o prefeito. "Não pode ter aglomeração", pediu.

A cidade do Rio já contabiliza 1.068 casos confirmados de covid-19, em 106 bairros. De maneira isolada, a Barra da Tijuca, na zona oeste, tem o maior número de pacientes contaminados (115). Por região, a zona sul concentra mais pacientes diagnosticados com o vírus, num total de 424.

Somente em hospitais da rede municipal há 74 pessoas internadas com o novo coronavírus, um aumento de 13 em relação ao sábado. Nove óbitos foram confirmados nas unidades de saúde geridas pela administração municipal.

Crivella voltou a fazer um apelo para que idosos de comunidades do Rio aceitem a proposta da Prefeitura para que se isolem em hotéis da cidade para evitar a doença. "Temos mil vagas em excelentes hotéis, até com vista para o mar", disse.

Os acolhidos no programam são selecionados pelos médicos locais com base nas chances que têm de integrarem grupos de risco para o coronavírus. Hoje há 16 idosos e quatro acompanhantes hospedados nos hotéis, em que a diária de R$ 120 é bancada pela Prefeitura.

O prefeito anunciou ainda que a secretária municipal de Saúde do Rio, Beatriz Busch, internada com o novo coronavírus na segunda-feira, teve alta e já está em casa.

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