Não aconteceu nesta sexta-feira (6) a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) de definição de reajuste de tarifa. Uma convocação nesta tarde incitou manifestantes a irem ao local. Estes chegaram a pedir a prisão do secretário de Cidades, Francisco Papaléo. Marcada para ocorrer nesta manhã, a reunião foi suspensa por uma liminar.
Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, a convocação foi para discutir outros pontos e não o reajuste, por conta da decisão judicial. Segundo os conselheiros que compõem o CSTM, estava havendo apenas o detalhamento da planilha de custos e conversas informais.
##RECOMENDA##Os conselheiros aproveitaram a ocasião para entregar a proposta deles de reajuste. O grupo pede a extinção das tarifas B, D e G, virando uma tarifa única, e o aumento de 7%, alcançando o valor de R$ 3. Assinam a proposta os conselheiros representantes dos usuários, das pessoas com deficiência, dos estudantes e dos idosos.
"Tem gente pedindo que a tarifa volte para R$ 2,15 por causa da proposta de governo de Paulo Câmara, mas a gente entende que isso é irreal", comentou Nael Vicente, representante dos usuários de ônibus comum. O valor de reajuste é baseado apenas no IPCA e eles argumentam também que, em 2017, houve o menor aumento do salário mínimo dos últimos 13 anos.
Segundo Nael, uma fonte lhe informou que a proposta do governo será de 14%. Ele, entretanto, suspeita que possa chegar aos 15%, porque durante a reunião já se comentava o aumento do diesel.
No documento entregue, eles destacam não é função dos conselheiros apresentar proposta, mas estão cansados do modelo em que os empresários tem apresentado (acima dos 30%, o governo apresenta uma mais baixa e consequentemente ganha). "Pelo menos a população vai saber que existia uma proposta mais baixa", disse o conselheiro.
Liminar - De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) o governo pediu a derrubada da liminar. O pedido estava sob análise.
Manifestantes seguem no local da reunião, no Centro de Convenções, em Olinda, porque ainda temem que o governo e os empresários estejam aguardando a liminar cair para haver a votação de última hora.
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