Tópicos | Delações da Odebrecht

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (13), que não sabe o que acontecerá com ele daqui para frente, após as acusações expostas nas delações dos ex-executivos da Odebrecht, mas garantiu presença na disputa pela presidência da República em 2018. Sob a ótica do líder-mor petista, não existe solução para o país fora da política e, segundo ele, seu retorno ao comando do Palácio do Planalto faria o “país voltar a ser feliz”.  

"Podem ficar certos que eu vou brigar pra voltar, pra fazer muito mais, porque já fiz este País ser quase a quinta economia do mundo… Não existe solução fora da política. Temos brigado para que a contribuição eleitoral gere um fundo público. Estamos sendo governado lá de Curitiba, não tem sentido isso. Não tá correto paralisar o país por conta de uma investigação”, argumentou, em entrevista à Rádio Metrópole de Salvador, divulgada nas redes sociais. 

##RECOMENDA##

Sobre as delações da Odebrecht, que tiveram os sigilos quebrados nessa quarta-feira (12), Lula disse que nos últimos dois anos, todos os dias surgem “leviandades” sobre ele. “Eu desafio qualquer empresário a dizer que Lula pediu R$ 10. Não posso perder a cabeça com uma coisa dessas, estou tranquilo, vou me preparar para o meu depoimento no dia 3", declarou.

Especificamente sobre os detalhes revelados por Marcelo Odebrecht, herdeiro do grupo, Lula salientou que a delação pode ter sido efetuada a partir de um “conluio”. "Eu até compreendo que o Marcelo Odebrecht, que está preso há dois anos, comendo o pão que o diabo amassou, talvez esteja tentando criar condições para sair da cadeia. Mas são tão inverossímeis as acusações, que não vou rir nem chorar, vou analisá-las todas e cada página do processo para poder me preparar para, no dia 3 de maio, responder às pessoalmente às acusações", cravou.

Segundo ele, o principal alvo das acusações é a sua candidatura em 2018. "Eu acho que o que está por detrás de tudo isso é tentar encontrar uma pulga para evitar que Lula seja candidato em 2018. É isso que está em jogo", frisou. Apesar disso, ele garantiu que não vai desanimar. "Pode me bater. Quem nasceu em Garanhuns, como eu nasci, e não morreu de fome não tem medo de nenhuma adversidade. Enfrentarei cada uma delas de cabeça erguida. E meu maior legado é a minha honra, isso ninguém me tira", emendou.

[@#video#@]

O ex-presidente de Peru Ollanta Humala negou nessa quarta-feira (12) ter recebido o financiamento da empresa Odebrecht na campanha eleitoral que o levou a ganhar a Presidência do país em 2011, tal como afirmou o ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht à Justiça do Brasil. As informações são da agência de notícias EFE.

Humala declarou aos jornalistas, na porta de sua casa em Lima, que não tem ideia de qual é a motivação de Marcelo Odebrecht e do ex-diretor da empresa no Peru Jorge Barata para fazer essas afirmações, que, segundo o ex-presidente, "não estão certas".

##RECOMENDA##

"O que nós fizemos na campanha é que nos reunimos com todos os grupos empresariais, e nos reunimos em embaixadas, nas sedes institucionais, e vieram a nossas sedes, mas não houve financiamento nesse momento, senão o teríamos reportado", assegurou Humala.

O ex-presidente (2011-2016) acrescentou que não via "maior transcendência no tema, em que o empregador corrobora o que diz o empregado", visto que Jorge Barata também confessou essa suposta contribuição de US$ 3 milhões ao promotor peruano Hamilton Castro, como foi divulgado em fevereiro passado. "Estamos colaborando com as investigações e mostrando uma conduta nesse sentido no Ministério Público e no Congresso", disse o ex-presidente.

Segundo a delação que Odebrecht fez à Justiça e divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, ele admitiu que, perante um pedido do então ministro Antonio Palocci, teria entregado "via Setor de Operações Estruturadas, US$ 3 milhões ao candidato à Presidência do Peru Ollanta Humala" para a campanha presidencial de 2011.

Segundo as declarações de Jorge Barata divulgadas pela imprensa em fevereiro, as contribuições foram feitas a pedido do PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, e algumas foram entregues pessoalmente à Nadine Herédia, esposa de Humala.

O ex-presidente peruano informou que sua relação com o ex-presidente Lula foi de "identificação ideológica, mas não entraram em temas econômicos". Horas antes, Nadine declarou para a imprensa local que Marcelo Odebrecht e Jorge Barata não estão certos e que também não podem comprovar o que dizem.


A ex-primeira dama acrescentou que Odebrecht e Jorge Barata pertencem a uma mesma empresa, que "quer salvar suas operações no Peru" e que "tudo o que foi dito [por ambos] tem que ser corroborado" pelas autoridades peruanas. Nesse sentido, pediu que se quebre seu sigilo bancário e se faça uma verificação sobre a existência de alguma empresa offshore com a qual se possa confirmar as acusações da empresa brasileira.

A Promotoria peruana investiga Humala e Nadine, líderes do Partido Nacionalista Peruano (PNP), por lavagem de dinheiro ao supostamente terem gerenciado um financiamento ilegal de sua legenda política durante as campanhas para as eleições presidenciais de 2006 e 2011.

O presidente Michel Temer negou, em nota oficial divulgada na noite dessa quarta-feira (12), ter se reunido com o ex-presidente da Odebrecht Industrial, Márcio Faria, em 2010 para tratar de doações ao PMDB, como o executivo disse em delação premiada. Segundo Faria, o encontro ocorreu no escritório de Temer em São Paulo e o pagamento ao partido seria em troca de facilitar a participação da Odebrecht em projetos da Petrobras.

“O presidente Michel Temer jamais tratou de valores com o senhor Márcio Faria. A narrativa divulgada hoje [ontem] não corresponde aos fatos e está baseada em uma mentira absoluta. O que realmente ocorreu foi que, em 2010, na cidade de São Paulo, Faria foi levado ao presidente pelo então deputado Eduardo Cunha. A conversa, rápida e superficial, não versou sobre valores ou contratos na Petrobras. E isso já foi esclarecido anteriormente, quando da divulgação dessa suposta reunião”, disse a nota divulgada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

##RECOMENDA##

Em 2010, Temer era deputado federal e candidato a vice-presidente em chapa com Dilma Rousseff. Eduardo Cunha, também presente na reunião, tentava reeleição para deputado federal. O teor da delação de Márcio Faria foi divulgado por veículos de imprensa em dezembro. As acusações dele fazem parte de uma série de depoimentos prestados por executivos da empreiteira divulgados nessa quinta.

“O presidente contesta de forma categórica qualquer envolvimento de seu nome em negócios escusos. Nunca atuou em defesa de interesses particulares na Petrobras, nem defendeu pagamento de valores indevidos a terceiros”, conclui a nota divulgada pelo Palácio do Planalto. Por ser presidente da República, Michel Temer não pode ser investigado por atos anteriores ao mandato em exercício.

O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF),  anunciou nesta sexta-feira (31) que todas as decisões sobre os 320 pedidos feitos no último dia 15 pela Procuradoria-Geral da República (PGR), relacionados às delações premiadas de ex-executivos da empreiteira Odebrecht, serão de fato divulgadas no mês de abril.

O ministro, contudo, não quis especificar a se isso se daria antes ou depois do feriado da Páscoa.

##RECOMENDA##

A assessoria do STF já havia divulgado, no início desta semana, que as decisões serão tornadas públicas em conjunto e que, por isso, os trabalhos do gabinete de Fachin adentrariam o mês de abril. Nessa quarta-feira (29), o ministro afirmou que proferirá suas decisões impreterivelmente no mês que se inicia amanhã (1º).

Entre os pedidos que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF em 15 de março, estão 83 solicitações de abertura de inquérito contra políticos com foro privilegiado, incluindo parlamentares e ministros de Estado.

Janot também pediu a Fachin que retire o sigilo que vigora sobre boa parte dos 950 depoimentos dados pelos ex-executivos da Odebrecht, nos quais detalham o envolvimento de políticos e partidos no esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.

O presidente Michel Temer (PMDB) avaliou como "correta" a decisão da presidente do Supremo Tribunal federal (STF), ministra Carmén Lúcia, de homologar as delações premiadas de 77 executivos e ex-funcionários da empresa Odebrecht, investigada pela Lava Jato. Em entrevista à imprensa após inaugurações em Pernambuco, o peemedebista disse que a magistrada "fez o que deveria fazer”.

“A ministra Carmén Lúcia até tinha prenunciado que entre hoje e amanhã faria a homologação. Ela fez o que deveria fazer e, neste sentido, fez corretamente”, declarou Temer em Floresta, no Sertão pernambucano, depois de inaugurar a estação de bombeamento EBV-3 do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco.

##RECOMENDA##

As delações contam com mais de 800 depoimentos que agora tornam-se válidos juridicamente, ou seja, podem ser utilizados como prova nos processos da Lava Jato. Ainda não se sabe, entretanto, se a ministra Cármen Lúcia irá retirar o sigilo das delações, nas quais os ex-executivos citam dezenas de políticos com mandato em curso como envolvidos no pagamento de propinas. 

A homologação ocorre pouco mais de 10 dias após a morte do relator da Lava Jato no STF, ministro Teori Zavascki, na queda de um avião no litoral do Rio de Janeiro. 

A expectativa do país em torno das delações dos executivos da Odebrecht, que devem detalhar participações de políticos na Lava Jato, provocou o cantor Tom Zé a compor uma música pedindo urgência na homologação dos depoimentos. Com o título “Queremos as delações”, a composição foi divulgada pelo baiano na noite dessa sexta-feira (27).  

“Pessoal, esta canção fiz com Paulo Lepetit pra gente torcer pela publicação das delações, que há quem esteja interessado em esconder”, diz Tom Zé, na sua página oficial do Facebook. “Queremos as delações, queremos as delações. Sim as delações agora, luz, lucidade senhora... Estamos pagando por elas vintém a vintém, sofremos com elas do Rio de Janeiro a Belém. Logo, logo esse baralho, homologa esse cascalho”, diz a faixa. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O Supremo Tribunal Federal (STF) está na fase de oitiva dos executivos da Odebrecht para confirmar se os depoimentos ao Ministério Público Federal (MPF) foram feitos por livre e espontânea vontade. Nessa sexta, os juízes auxiliares do caso ouviram o ex-presidente da construtora, Marcelo Odebrecht. O acordo contempla um total de 77 delatores.  

O processo de homologação das delações estava sob os cuidados do ministro Teori Zavascki, morto após um acidente aéreo no último dia 19. A expectativa é de que a presidente do STF, ministra Carmén Lúcia, redistribua a relatoria da Lava Jato na próxima semana e com isso o acordo seja autorizado.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando