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 Nesta quinta-feira (3), alunos da Escola Técnica Estadual (ETE) Nelson Barbalho, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, realizaram um protesto para denunciar um caso de assédio sexual ocorrido na unidade de ensino. A Secretaria de Educação e Esportes do Estado disse que irá apurar os fatos para tomar as medidas necessárias.

Durante o ato, que aconteceu na frente da escola, os estudantes afirmaram que uma colega foi assediada por outros dois alunos na fila do almoço. Ela teria levado o caso até a diretoria, sem que nenhuma medida fosse tomada pela instituição.

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Por meio de nota, a pasta de Educação informou que convocou uma reunião com os envolvidos no caso, que ocorreu na última sexta-feira (3). Com o objetivo de apurar os fatos, o encontro contará com a presença de membros da diretoria da Gerência Regional de Educação (GRE) Agreste Centro Norte, do Núcleo de Direitos Humanos da GRE e da Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional. Leia a nota na íntegra:

"A Secretaria de Educação e Esportes do Estado informa que convocou uma reunião, nesta quinta-feira (3), com os envolvidos e responsáveis no suposto caso de assédio que ocorreu na última sexta-feira (25), na Escola Técnica Estadual (ETE) Nelson Barbalho, em Caruaru. O órgão comunica ainda que irão participar da reunião membros da diretoria da Gerência Regional de Educação (GRE) Agreste Centro Norte, do Núcleo de Direitos Humanos da GRE e da Secretaria Executiva de Educação Integral e Profissional, a fim de ouvir, apurar, esclarecer e resolver o fato. A SEE-PE reitera que a escola realiza ações e projetos de prevenção a conflitos, enfrentamento à violência, bom relacionamento, respeito mútuo e paz".

“Copa do mundo foi linda, todo mundo amou, as pessoas ficaram felizes em conhecer nosso trabalho, porém aquele oba oba todo acabou. O que tem rolado depois de toda essa passagem? Bagunça, falta de apoio de alguns clubes com as atletas, falta de logística e brasileiro sub 18 jogando de dois em dois dias”. Assim começa o desabafo publicado por Cristiane Rozeira, atacante da Seleção Brasileira de Futebol e do São Paulo, em seu Instagram, nesta quarta (17). No texto, a atleta reivindica “uma reciclagem nas pessoas que colocamos para trabalhar com a modalidade no país” e esclarece que seu “puxão de orelha é pra geral: Confederação, Federações, Clubes e nós atletas em certas situações”.

Algumas horas depois, a meia Andressa Alves, colega de Seleção de Cristiane e recém-contratada pelo Roma, da Itália, engrossou o coro e cobrou que as jogadoras que atuam no país sejam tratadas com mais profissionalismo. “Somos tratadas de qualquer forma isso é revoltante gostaria de saber porque tanto descaso com a modalidade, o Brasil realmente precisa evoluir Confederação, Federações, Clubes. Nos tratem como profissionais, somos atletas mais antes somos pessoas e temos famílias que precisam da gente. Então porque não podemos falar? Porque temos que aceitar tanta falta de profissionais no comando da modalidade, tanta falta de respeito com o próximo? Queremos apenas que nos dê condições de trabalho adequadas, vocês cobram tanto a modalidade pra vencer uma Copa do mundo ou Olimpíadas, e vocês estão certos em cobrar é um esporte de alto nível, representamos nosso país sabemos disso, mas acredite ninguém quer vencer mais do que a gente”, escreveu Andressa Alves.

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Para a atleta, a razão que separa a seleção brasileira de um título de mundial é o descaso com a estrutura do esporte. “O que pedimos é que façam acontecer o crescimento no nosso país, as pessoas amam futebol independente do gênero, que não seja um apoio de 4 em 4 anos só em grandes competições”, concluiu a meia.

Repercussão

As publicações acontecem um dia depois que Emily Lima, técnica do Santos e ex-treinadora da seleção, denunciou, nas redes sociais, a falta de leitos no hotel onde as atletas do Peixe deveriam ter se hospedado. O time precisou dormir no saguão. “Essa é a organização do nosso futebol feminino no Brasil. Esse é o respeito que o povo tem ao futebol feminino no Brasil. Porque os EUA estão tão longe de nós?”, questiona Emily, que cita ainda a declaração de Sofia Sena, atacante do Sport. Após perder para o Santos pelo placar de 9x0 a rubro-negra denunciou que seu time só consegue treinar três vezes por semana, o que o torna pouco competitivo diante do Santos, que realiza os trabalhos preparatórios diariamente.

O acampamento com 33 famílias de sem-terra, montado próximo à área urbana de Tamboril (CE), teve dois pontos incendiados na noite desta terça-feira (30). As famílias afirmam ter sido intencional e criminoso. É o segundo ataque a acampamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em apenas quatro dias.

Segundo coordenadores do acampamento Comuna Irmã Dorothy - nome dado em homenagem à missionária católica norte-americana Dorothy Stang, assassinada em fevereiro de 2005 -, homens não identificados foram vistos deixando o local em ao menos duas motos, gritando palavras de ordens contra os sem-terra.

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De acordo com Mariana da Silva Santana, uma das coordenadoras do acampamento e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, de Tamboril, os acampados identificaram um primeiro foco de incêndio por volta das 18h30 e rapidamente o apagaram. Cerca de uma hora depois, constataram um novo foco de incêndio, desta vez mais próximo aos barracos onde vivem.

“Um fogaréu muito grande surgiu bem rápido, desta vez mais próximo das barracas. Como a água aqui é escassa e fica distante, não dava para levá-la até as chamas. Um grupo de acampados correu para tentar apagar o fogo com pás e abafadores improvisados e, quando chegaram perto, viram ao menos dois homens partindo em uma moto, gritando coisas como ‘agora vocês vão dormir!’”, disse Mariana à Agência Brasil.

Segundo a coordenadora, os sem-terra não conseguiram identificar os homens ou anotar as placas das motos, pois a iluminação no local é precária. “Já registramos um boletim de ocorrência e pedimos ao Ministério Pública que acompanhe a investigação do caso. Policiais militares estiveram na área e acionaram o Corpo de Bombeiros, mas o fogo foi controlado pelos próprios sem-terra no início da madrugada”.

Chamas

O trabalho para apagar as chamas que o vento ameaçava espalhar pela vegetação seca avançou noite adentro e só terminou no início da madrugada de hoje (31). Em um vídeo divulgado na internet, um sem-terra diz que “quem veio tocar fogo para nos amedrontar deixou as motos escondidas. Quando saímos para apagar o fogo, escutamos a zoada das motos e eles nos mandando ir dormir".

A descrição dos fatos narrados pelos sem-terra se assemelha aos testemunhos de um ataque ocorrido no último sábado (27), no Acampamento Sebastião Billar, em Dois Irmãos do Buriti (MS), onde barracos foram incendiados por um homem não identificado, que fugiu em um carro. Nos dois casos, ninguém ficou ferido.

Ainda segundo a coordenadora do acampamento de Tamboril, além das 33 famílias que já vivem na área de cerca de 92 hectares, da Fazenda Cacimbinha, há outras 120 famílias que participam do movimento e esperam receber um lote no local.

Entre as 96 pessoas que vivem em barracos improvisados com tábuas, papelão e toda a sorte de material altamente inflamável, 43 são crianças, informou Mariana. “As famílias que estão aqui não têm para onde ir. Tem gente desempregada vivendo do Bolsa-Família. Outros que sequer isso conseguiram. Há quatro anos decidimos ocupar esta área devido às necessidades dessas famílias, já que os preços de imóveis são muitos caros, seja para alugar, seja para compra”, acrescentou Mariana, assegurando que, no passado, o governo estadual chegou a endossar a proposta de adquirir a área da família proprietária e destiná-la a programas de reforma agrária e reassentamento.

A Secretaria do Trabalho e Assistência Social de Tamboril confirmou que parte dos sem-terra do acampamento Comuna Irmã Dorothy é beneficiária de ações sociais desenvolvidas nos equipamentos públicos mantidos pela pasta. A secretaria colocou os agentes do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) à disposição da comunidade.

A reportagem não conseguiu contato com as polícias Civil e Militar.

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