Tópicos | desabrigados

Cerca de 300 pessoas continuam acampadas sob chuva em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, região central da cidade. Elas esperam uma promessa de moradia. Na manhã desta segunda-feira (14), uma comissão formada pelos desabrigados entrou no prédio para uma reunião com representantes da Prefeitura na tentativa de chegar a um acordo. O grupo estava no prédio da empresa de telefonia Oi, no Engenho Novo, zona norte do Rio, ocupado desde o dia 31 de março e que foi desocupado pela PM na última sexta-feira (11).

Também nesta manhã, segundo os desabrigados, uma tentativa de fechar a Avenida Presidente Vargas, uma das principais da cidade, em frente à Prefeitura foi coibida com gás lacrimogêneo pela Guarda Municipal e pela Polícia Militar. "Jogaram gás na direção da passarela (da concessionária MetrôRio, onde mães com crianças se abrigavam da chuva), mesmo vendo um monte de bebês. Minha filha tem 1 ano e 9 meses e ficou chorando e tossindo", disse a dona de casa Ana Claudia dos Santos, de 30 anos.

##RECOMENDA##

Ela está no acampamento desde sexta e prefere ficar ao relento a morar de favor na casa da tia na favela do Jacarezinho, nos arredores do terreno da Oi. "Tenho quatro filhos e minha tia tem mais quatro. Não cabe todo mundo (na casa)". A Prefeitura alega que não tem casas disponíveis para todos. Por outro lado, os desabrigados sustentam que só sairão da frente do prédio municipal quando surgir uma solução imediata.

Uma hipótese foi levantada por moradores como possível causa do incêndio que atingiu a comunidade Beira-Rio, no bairro da Campina do Barreto, Zona Norte do Recife. Segundo familiares de Vanessa Gomes Barbosa, uma das vítimas encaminhadas para o Hospital da Restauração, um antigo namorado dela, Marcelo José dos Santos, 55, teria ateado fogo no barraco por vingança. No entanto, ele nega a culpa pelo ocorrido.

Segundo a família, Marcelo dos Santos namorou Vanessa Barbosa, mas a família não aprovava e o relacionamento acabou no fim do ano passado. Moradores, porém, afirmam que o homem dormia na hora do incidente e que teriam visto o momento em que ele saía de casa, quando as chamas já estavam consumindo os barracos. O suspeito chegou a ser abordado pela polícia, mas foi liberado. "Eu não queimei casa alguma", disse ele.

##RECOMENDA##

O incêndio 25 barracos. O fogo teria começado por volta das 3h e em menos de meia hora já havia se alastrado por diversas residência. Mesmo com a ajuda de populares, o incêndio só foi controlado após a chegada dos Bombeiros.  Além de Vanessa Barbosa, seu namorado, Carlos Alberto Pinheiro, 42, também foi socorrido para a Policlínica Amaury Coutinho e, em seguida, encaminhado para o Hospital da Restauração (HR).

De acordo com a assessoria do Hospital da Restauração, a mulher teve queimaduras em 15% do corpo, com braço e torso atingidos, mas o quadro é estável. Já Carlos Alberto teve queimaduras de segundo e terceiro graus nos membros superiores, tórax e face, inspirando cuidados. Ambos socorridos estão na unidade de tratamento de queimados do HR sem previsão de alta. 

O morador Antônio Alves Cunha, 54, era vizinho do primeiro barraco incendiado e perdeu tudo. “O fogo pegou muito rápido, subia pelas paredes. Só estou com a roupa do corpo”, afirmou. Outro prejudicado foi o cunhado dele, Jobson Alves Moreira. “Eu sempre saía com medo, porque eu sabia que essas casas eram fracas”, disse.

Já o pintor Carlos Antônio da Silva Filho, 32, ainda conseguiu salvar documentos e alguns eletrodomésticos. “Você trabalha para construir e depois tem que ver tudo se acabando.”, lamentou.

A Defesa Civil e a Secretaria de Desenvolvimento Social estiveram no local cadastrando as famílias e verificando o local da ocorrência. Os atingidos serão encaminhados para casa de parentes ou abrigos da Prefeitura. Um caso semelhante havia prejudicado duas famílias no ano passado na mesma localidade.

“Onde existem aglomerados urbanos, barracos de madeiras que ficam juntos, acabam ocorrendo situações deste tipo”, afirmou a gerente geral de atenção social da Defesa Civil, Keila Ferreira. 

Funcionários da Diretoria de Controle Urbano (Dircon) e da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) participaram da demolição de restos de estruturas e de retirada de materiais.

Quatro anos depois da tragédia que deixou 220 mil mortos e 2,3 milhões de desabrigados, 171.974 pessoas ainda vivem em campos de desabrigados no Haiti, segundo a Anistia Internacional (AI). Em relatório, a entidade informa que a grande maioria dos acampados continua em péssimas condições sanitárias. O terremoto arrasou o país, que teve prédios públicos, hospitais, escolas e casas destruídos.

A tragédia ocorreu em 12 de janeiro de 2010, quando um terremoto de 7,3 graus na escala Richter e duas réplicas de menor magnitude atingiram o país mais pobre das Américas, gerando comoção mundial e reações por parte de organizações estrangeiras, de entidades civis e da comunidade internacional. Entre os mortos estão a médica Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, e 18 militares brasileiros, além do vice-representante especial do secretário-geral da ONU, Luiz Carlos da Costa.

##RECOMENDA##

O Brasil passou a ser um dos principais colaboradores dos trabalhos coordenado pela Organização das Nações Unidas no processo de reconstrução e capacitação profissional do Haiti e para redução da tragédia humanitária no país. A reorganização do Haiti ainda está em andamento e conta com o apoio de uma ação coordenada pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional.

Além de ajudar na reconstrução do país, o Brasil é o maior fornecedor de tropas para a Missão de Paz das Nações Unidas (Minustah), que está no Haiti desde 2004. As tropas têm o objetivo de garantir a estabilidade e segurança do país. Os militares brasileiros trabalham também no desenvolvimento urbano com projetos de engenharia, como pavimentação de ruas e iluminação pública, além de projetos sociais.

O governo brasileiro investe ainda em projetos de cooperação técnica, especialmente na área de saúde, com a construção de três hospitais, dois laboratórios regionais, um centro de reabilitação, além da formação profissional de 2 mil agentes de saúde, no valor de US$ 70 milhões. O Brasil assinou ainda um acordo para a construção de uma usina hidroelétrica projetada pelo Exército Brasileiro, que fornecerá eletricidade para mais de 1 milhão de famílias. A usina fica a 60 quilômetros da capital, Porto Príncipe.

De acordo com a Anistia Internacional, existem 306 acampamentos que alojam desabrigados no país. Desse total, apenas 8% têm fornecimento de água; e 4%, gestão de resíduos. Apenas 54% (166) acampamentos têm banheiros, o que representa um vaso sanitário para cada 114 pessoas.

Essas condições, informa a AI, expõem os desabrigados a numerosas doenças. Desde o surto de cólera de outubro de 2010, houve 8.531 mortes provocadas pela doença. Para 2014, o Ministério da Saúde haitiano prevê 45 mil novos casos.

Além de lidarem com a precariedade sanitária, os acampados convivem com a ameaça de remoção dos acampamentos. De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 11% dos campos de desabrigados haviam sido fechados à força até setembro de 2013, enquanto 45% da população nessas áreas estavam sob risco de despejo.

Segundo a OIM, 113.595 famílias de desabrigados foram realocadas em abrigos temporários, enquanto mais de 54.758 conseguiram se cadastrar em programas de subsídios de aluguéis, recebendo cerca de US$ 500 para alugar uma moradia durante um ano e US$ 125 para iniciar atividades geradoras de renda.

A Anistia Internacional, no entanto, questiona a capacidade de os beneficiários desses programas conseguirem se manter no longo prazo. De acordo com a entidade, uma avaliação de doadores internacionais constatou que 60% das famílias que recebem complementação para o aluguel acreditavam que não teriam recursos para manter a qualidade de acomodação após o fim dos subsídios. Além disso, 75% das pessoas que se mudaram após o fim dos contratos estavam morando em condições piores.

Com o auxílio de aviões militares americanos, autoridades filipinas tentavam nesta segunda-feira (11) levar ajuda aos sobreviventes da passagem do tufão Haiyan, que deixou pelo menos 10 mil mortos no arquipélago e avançou para Vietnã e China.

Três dias depois do supertufão ter destruído cidades inteiras na região central das Filipinas, deixando áreas repletas de cadáveres, os sobreviventes estão sem comida, água e medicamentos. Ao mesmo tempo, as autoridades tentam evitar os saques.

Enquanto o país ainda faz o balanço da tragédia, outra tempestade se aproxima do arquipélago e ameaça provocar fortes chuvas na província de Leyte e em outras áreas devastadas pelo tufão Haiyan.

"Queremos que uma brigada organizada e coordenada retire os cadáveres, traga comida e acabe com os saques", disse Joan Lumbre-Wilson em um dos centros de desabrigados montados na cidade de Tacloban, a mais afetada.

"Já se passaram quatro dias. Queremos água e comida. Queremos que alguém nos ajude. Estamos física e emocionalmente esgotados. Há bebês e crianças que precisam de atenção", completou.

Apenas na província de Leyte, que tem Tacloban como capital, as autoridades mencionam 10 mil mortos. O balanço pode ser mais grave, pois muitas áreas ficaram isoladas e ainda não receberam ajuda humanitária, já que o tufão destruiu aeroportos, estradas e pontes.

Em Varsóvia, onde começou nesta segunda-feira a XIX conferência sobre o clima das Nações Unidas, a secretária-executiva para o clima da ONU, Christiana Figueres, disse que o tufão "é uma realidade que convida a refletir" sobre a mudança climática.

Marines chegam às Filipinas

Aviões militares americanos C-130 chegaram nesta segunda-feira a Tacloban com ajuda humanitária. Vários governos prometeram ajuda ante a devastação provocada por um dos tufões mais potentes já registrados.

A Austrália vai doar quase 10 milhões de dólares e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as agências humanitárias da organização "responderão rapidamente para ajudar os necessitados". O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo sobre a urgência de levar ajuda às zonas de desastre, onde podem morar até quatro milhões de crianças.

"Estamos tentando levar urgentemente ajuda às crianças que estão sofrendo os efeitos desta crise", disse o representante do Unicef nas Filipinas, Tomoo Hozumi. "É muito difícil chegar às áreas mais afetadas. Mas estamos trabalhando contra o tempo", completou.

O trabalho de ajuda aos desabrigados pode ser prejudicado pela nova tempestade formada no Oceano Pacífico e que deve atingir na terça-feira a ilha meridional de Mindanao, para em seguida avançar na direção das ilhas centrais de Bohol, Cebu, Negros e Panay, todas já afetadas pelo Haiyan, afirmou o meteorologista Connie Dadivas.

Segundo o cientista, as áreas citadas, assim como a ilha de Leyte, começarão a sofrer com as chuvas ainda nesta segunda-feira.

Luta contra os saques

Em Tacloban, centenas de policiais e soldados filipinos foram mobilizados para evitar os saques, depois que grupos armados assaltaram um comboio da Cruz Vermelha no domingo. Além disso, homens roubaram aparelhos de televisão na cidade.

"Enviamos muitas unidades e, em caso de necessidade, enviaremos mais, não apenas a polícia, mas também o exército", disse ao canal ABS-CBN o porta-voz da Defesa Civil, Reynaldo Balido.

Após a passagem pelas Filipinas, o tufão Haiyan avançou para o Vietnã, onde deixou três desaparecidos. Cinco pessoas morreram durante os preparativos para a passagem do tufão, segundo a imprensa oficial.

Mais de 650 mil pessoas foram retiradas de suas casas de forma preventiva durante o fim de semana, mas já retornaram para casa, segundo o governo.

O tufão também atingiu o sul da China, com um balanço oficial de seis mortos. Segundo o ministério chinês de Assuntos Civis, 600 casas sofreram danos e 39 mil pessoas foram retiradas da ilha de Hainan.

A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife, Ana Suassuna, visitou nesta terça-feira (6) os moradores dos barracos atingidos por um incêndio na comunidade dos Coelhos. Pela manhã os desabrigados bloquearam as vias de acesso ao bairro para protestar pela falta de apoio da Prefeitura do Recife (PCR).

Eles invadiram a Escola Municipal dos Coelhos afirmando que até às 10h não teriam recebido alimentação e os colchões prometidos pela gestão municipal na noite da segunda-feira (5). Mas de acordo com a secretária o que houve foi um problema de trânsito no momento da entrega. 

##RECOMENDA##

“O carro que estava transportando o café da manhã acabou chegando no bairro do Coque e não nos Coelhos. Já os colchões nós acordamos ontem de entregar hoje pela manhã. Fizemos um acordo e não cabia fazer nenhum protesto, pois os moradores sabiam do que havia sido combinado”, justificou.

De acordo com Suassuna, a ideia inicial era acomodar os desabrigados em dois abrigos, para não paralisar as aulas da escola e da creche do bairro. Segundo ela, 101 pessoas foram cadastradas, das quais 67 afirmaram que passariam a noite na casa de parentes e outras 34 iriam para os abrigos.

As famílias cobraram da prefeitura um posicionamento dos dois habitacionais que estão sendo construídos na Travessa Gusmão e na Praça Sérgio Loreto. “As obras estavam paralisadas, mas já retomamos e o prazo de entrega é janeiro de 2014. São 384 apartamento que não vão resolver o problema do bairro dos Coelhos. O déficit de moradia no Recife, de 80 mil habitações, é histórico e não vamos conseguir resolver isso em sete meses de gestão”.

A secretária adiantou que os moradores que ainda não recebem benefícios como auxílio moradia e aluguel social estão sendo cadastradas. “Muitas pessoas perderam documentos e dependemos disso para realizar as inscrições. Mas estamos dando um apoio e vamos ajudar nessa tirada de novos documentos”, concluiu. Uma comissão de moradores participou de uma reunião com os secretários Sileno Guedes e Eduardo Granja. 

A prefeitura do Recife enviou nota à imprensa afirmando que "O prefeito Geraldo Julio cancelou todos os compromissos desta terça-feira (6) para coordenar pessoalmente o trabalho de atendimento às famílias atingidas pelo incêndio ocorrido ontem na comunidade do Campinho, nos Coelhos". 

Ainda de acordo com a PCR, mais de 80 profissionais atuam para minimizar os transtornos ocasionados pela tragédia. O suporte inclui refeições, cestas básicas e colchões. Será montado um ponto para emissão de documentos na comunidade. O novo relatório aponta que 178 famílias foram atingidas.

Moradores dos barracos atingidos pelo incêndio que ocorreu o bairro dos Coelhos no fim da tarde dessa segunda-feira (5) estão realizando um protesto nas ruas que circundam o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Todas as vias estão bloqueadas com barricadas e uma escola foi invadida.

A Guarda Municipal foi acionada para impedir que os desabrigados causassem tumulto na Escola Municipal dos Coelhos, que estava em aula. Segundo testemunhas, um grupo forçou a porta e invadiu a instituição. Eles estariam indignados com as condições oferecidas para que os prejudicados pelo incêndio passassem a noite.

##RECOMENDA##

Segundo um dos desabrigados, o líder comunitário Rinaldo José, 42 anos, as pessoas dormiram no entorno da creche Vovô Arthur e também em um campinho. "É um protesto pacífico, mas vamos ficar aqui até a prefeitura se pronunciar sobre o nosso caso. Eles não deram nenhuma assistência. Só comemos porque pessoas aqui do entorno fizeram doações", afirmou.

Alguns dos manifestantes ameaçam jogar pedras na escola e gritam "Queremos casa".

Durante toda manhã tem chegado pessoas com donativos para os desabrigados. Os aposentados Gabriel de Almeida e Maragarida Gomes vieram de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, na RMR, para trazer roupas, vasilhas e alimentos. "Trouxemos tudo o que podemos e dividimos a comida tínhamos em casa. Vamos fazer um mutirão com nossa família para conseguir mais coisas", disse Gabriel, que afirmou ter tido dificuldade para acessar a comunidade devido às barricadas.

Poder público - Segundo a Prefeitura do Recife, até o final dessa segunda-feira (5), foram cadastradas 101 famílias que perderam suas casas. Desse total, 67 famílias passariam a noite na casa de parentes, enquanto que outras 34 seriam encaminhadas para um abrigo na Travessa do Gusmão, próximo à Praça Sérgio Loretto, bairro de São José.

Ainda segundo a PCR, todas as famílias iriam receber colchões, cestas básicas e kits de higiene pessoal, além de alimentação no próprio abrigo.

A Secretaria de Habitação garante que está sendo construído, no bairro de São José, um conjunto habitacional para abrigar 384 famílias cadastradas que ocupam hoje trecho das margens do Rio Capibaribe, nos Coelhos, região central da cidade.

Dividido em dois lotes, esse conjunto tem prazo de conclusão para dezembro deste ano. A Prefeitura diz que fará um cruzamento dos dados das famílias já cadastradas previamente com as vítimas do incêndio. Para os demais desabrigados, a PCR estuda a possibilidade de conceder o benefício eventual, o auxílio moradia, que pode chegar ao valor de R$ 150.

Com informações de Damares Romão. Mais detalhes em instantes

Edifícios que estão sendo construídos com recursos do Programa Minha Casa, Minha Vida para desabrigados da chuva de abril de 2010 em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, já apresentam rachaduras e ameaçam desabar. Entre os futuros beneficiados, estão ex-moradores do Morro do Bumba, onde 47 pessoas morreram após um deslizamento que devastou diversas casas. Desde então, os desabrigados vivem amontoados e em condições precárias em três blocos do 3º Batalhão de Infantaria do Exército, há anos desativado, no município vizinho de São Gonçalo. O início da entrega dos apartamentos, previsto para abril, está adiado por tempo indeterminado.

Os condomínios Zilda Arns 1 e 2 estão sendo construídos pela Imperial Serviços Ltda., no bairro do Fonseca, ao custo de R$ 26,6 milhões. Placas com logotipo do governo federal e da Prefeitura de Niterói afixadas no local informam que 458 famílias serão beneficiadas. As rachaduras surgiram em dois prédios do Zilda Arns 2, conforme noticiou na quarta-feira (20) o RJTV, da TV Globo. Em volta de um deles, o terreno cedeu e surgiu uma cratera. Cada prédio tem cinco andares (incluindo o térreo), com 40 apartamentos cada.

##RECOMENDA##

Uma equipe da Defesa Civil Municipal, com engenheiros, arquitetos e geólogos, esteve nesta quinta-feira no terreno e vistoriou os prédios rachados. "Vamos fazer um relatório relatando o que vimos, apontar as possíveis causas do problema e fazer recomendações para saná-lo. O documento vai dizer se os prédios precisarão ser demolidos ou se é possível a realização de obras de reforço estrutural", explicou Bianca Neves, diretora operacional da Defesa Civil.

Waldemar Neto, engenheiro da Imperial Serviços responsável pela obra, acompanhou a vistoria. Ele não quis falar com a reportagem nesta quinta. À TV Globo, ele disse que as fortes chuvas recentes provocaram acumulação de água no terreno. Isto teria carregado o solo e causou as trincas nos prédios.

Outro lado

Em nota, a Caixa Econômica Federal, gestora do Minha Casa, Minha Vida, informou que o novo prazo para entrega dos apartamentos ainda não está definido. Segundo o banco, como a obra não está concluída, caberá à construtora bancar a reforma ou reconstrução dos prédios trincados. "A retomada da obra será precedida de avaliação técnica na Caixa. Todas as liberações financeiras sempre ocorrem após vistoria da Caixa. Os profissionais da Caixa apontaram o problema tão logo houve a ocorrência", diz a nota. Já a Prefeitura de Niterói informou que é responsável apenas pelo cadastramento das famílias que receberão os imóveis.

Ao menos mil moradores permaneciam desabrigados ou desalojados, ou foram indiretamente afetados pelas chuvas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, que atingem a região desde este domingo (17), de acordo com a Defesa Civil da prefeitura. A maioria deixou suas casas e está abrigada com parentes e amigos. Em Camburi, na Vila Lobo Guará, 114 famílias estavam totalmente ilhadas, pois a única rua que dá acesso ao bairro estava totalmente alagada. Até a noite desta segunda-feira, três famílias permaneciam no ginásio de esportes de Boiçucanga, um dos bairros atingidos.

"Virou um rio", comparou o coletor de lixo Thiago dos Santos Ferrari, de 25 anos, que perdeu tudo no fim de semana. "Tudo o que havia sobrado da outra enchente, há 15 dias." Ferrari afirmou que não conseguiu salvar os móveis. "Faltou um metro para a água atingir o teto, não tinha como levantar os móveis que restaram da outra enchente", lamentou ele, que mora com a mulher e duas crianças. "Já enfrentei cinco enchentes nos últimos cinco anos e essa foi bem pior." Segundo a Defesa Civil, no domingo a água atingiu 2,47 metros no bairro. Era possível ver apenas o telhado de algumas casas, conforme moradores. Com a ponte que dá acesso ao bairro tomada pela água, Ferrari disse que conseguiu chegar até sua moradia pulando árvores. "Era o único jeito, pois a ponte ficou debaixo d'água."

##RECOMENDA##

O morador Pedro Augusto Lemes, de 49 anos, temia atravessar a rua. "Tem muita fiação elétrica exposta na água e cobras." Lemes aguardava um barco da Defesa Civil para chegar em casa. Das 17 horas de domingo até o fim da tarde desta segunda-feira, havia chovido 243 milímetros. "Praticamente a mesma quantidade prevista para um mês de março, que, naturalmente, é chuvoso", afirmou o o coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Carlos Eduardo dos Santos. O órgão enviou mantimentos e água mineral para os moradores, que também estão sem energia elétrica desde domingo.

A cidade ainda se recuperava de uma tromba-d'água que atingiu a mesma região sul de São Sebastião, há cerca de 15 dias, que resultou na morte de uma menina de 11 anos. À época, uma enxurrada vinda da Serra do Mar levou carros, postes, pontes, árvores e casas, deixando centenas de desabrigados.

* Com informações da repórter Rhayana Fernandes. 

O Clima de é comoção entre os ex-moradores da Vila Oliveira, no bairro do Pina, despejados no ultimo dia 6, na vigília organizada pelas freiras o Grupo Medianeiras da Paz na noite desta segunda-feira (12), na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, também localizada no Pina. A vigilia aconteceu para arrecadar donativos para os desabrigados. 

##RECOMENDA##

Os moradores saíram da Paróquia em direção ao local onde ficavam suas antigas casas, demolidas após a ordem de despejo. Numa atitude de fé, a população clama e pede  a Deus solução para o caso. 

Segundo um dos representantes da comunidade, José Cícero dos Santos, desde a ida do Arcebispo Dom Fernando Saburido no dia 8 deste mês ao local, as coisas estão melhorando. “Estamos recebendo muito apoio da população e, principalmente, da igreja”, disse José Cícero. 

O trânsito na Avenida Domingos Ferreira é intenso com a passagem da Vigília. Segundo policiais militares que fazem a escolta, cerca de 100 pessoas participaram da ação. 

 

A prefeitura de Teresópolis já iniciou o processo de cadastramento das mais de 400 pessoas que ainda continuam desalojadas na cidade, depois de terem sido retiradas de suas casas devido ao temporal que atingiu a região serrana do Estado, no fim da tarde desta sexta-feira.

De acordo com informações da Agência Brasil, o objetivo da prefeitura de Teresópolis é identificar as vítimas e levantar as necessidades de cada família, como o recebimento de cestas básicas, o abastecimento de água e o pagamento de aluguel social. A Agência Brasil informa ainda que, paralelamente, a Prefeitura está solicitando a doação de gêneros de primeira necessidade para atender à população afetada, principalmente água, colchonetes e cestas básicas.

##RECOMENDA##

Dados da prefeitura indicam que o forte temporal da Sexta-feira Santa registrou, em apenas quatro horas, 160 milímetros (mm), volume esperado para todo o mês de abril, matando cinco pessoas. Neste sábado, o sol predominou em praticamente toda a região serrana do Rio.

Em nota, o governador Sérgio Cabral disse lamentar profundamente as mortes ocorridas por causa das fortes chuvas em Teresópolis. Cinco pessoas morreram após deslizamentos de terra na cidade, devido ao temporal. "Colocamos toda a estrutura do governo à disposição do prefeito (de Teresópolis) Arley Rosa", disse Cabral, em comunicado enviado à imprensa.

O secretário estadual de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, e o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno Júnior, fizeram um sobrevoo de helicóptero para avaliar os danos causados pela chuva. Segundo Ícaro, os bairros de Pimentel, Rosário, Perpétua e Vale da Revolta foram os mais atingidos.

A Prefeitura do Rio enviou uma equipe de emergência para ajudar na operação de rescaldo e limpeza, que deve durar quatro dias. O Corpo de Bombeiros também enviou 30 homens que atuam na capital para reforçar a equipe em Teresópolis. Ao todo, 150 militares trabalham na operação de limpeza e ajuda às vítimas.

Sobe para 3 mil o número de pessoas desabrigadas por causa da chuva em Rio Branco (AC). O número total de afetados pelas chuvas no estado chega a 30 mil. A Defesa Civil alerta que o nível do Rio Acre deve chegar a 17 metros.

A previsão para a região é tempo encoberto com pancadas de chuva durante todo o fim de semana.

##RECOMENDA##

Ontem (17), o governo federal disponibilizou, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, R$ 1 milhão para apoio às vítimas das chuvas que atingem várias cidades do Acre. Os recursos serão usados na compra de alimentos, água potável, barracas, vestuário, material de primeiros socorros e produtos de higiene e limpeza.

O Ministério da Integração Nacional também informou que cerca de 100 barracas serão distribuídas aos desabrigados e 30 integrantes da Força Nacional foram mobilizados para reforçar os trabalhos de assistência e socorro. Técnicos do Grupo de Apoio a Desastres (Gade) também desembarcaram na região para compor as equipes da Defesa Civil municipal e estadual.

 

Chuvas fortes e constantes já afetaram 446.082 pessoas em Santa Catarina, de acordo com levantamento da Defesa Civil. Segundo o órgão, dez municípios do Estado estão em situação de emergência. Há 975 desabrigados (aqueles que perderam tudo e necessitam de abrigos públicos) e 17.510 desalojados (aqueles que podem contar com a ajuda de familiares e vizinhos).

Ainda de acordo com a Defesa Civil, 48 cidades foram afetadas. Uma das mais atingidas foi Blumenau, com 15 mil desalojados, seguida de Brusque, com 105 mil afetados. Os municípios de Angelina, Ituporanga, Leoberto Leal, Caçador, José Boiteux, Pouso Redondo, Rio das Antas, Rio dos Cedros, Tijucas e Witmarsum também estão em situação de emergência.

##RECOMENDA##

Por causa das chuvas, que provocaram deslizamentos de terra, várias rodovias estaduais e federais tiveram trechos totalmente interditados, entre elas a BR-470. No quilômetro 114 há risco iminente de queda de barreira, com precipitação atingindo o acostamento. Na BR-282, em vários pontos existem quedas de barreiras que estão atingindo parte do acostamento.

Já na BR-280, no km 91 e 93, o trânsito está totalmente interrompido devido à queda

de barreiras. Não há previsão de liberação. A BR-116, no km 99,5 (Monte Castelo), encontra-se com inundação, com cerca de 30 centímetros de lâmina de água sobre a pista numa extensão de aproximadamente 50 metros. O trânsito flui lentamente no local. Na BR-116, no km 304,8 (Serra do Pelotas), há risco iminente de queda de barreira, com precipitação já atingindo o acostamento.

As chuvas persistentes que começaram na primeira semana de junho varreram as zonas central e sul da China. Chen informou que mais de dez grandes rios estavam prestes a romper barreiras. O escritório nacional de meteorologia previa tempestades por mais três dias, e a temporada de tufões de verão está se aproximando. Em algumas áreas, mais de 200 milímetros de chuva caíram em pouco tempo, disse o ministro.

Mais de 1 milhão de pessoas em oito províncias, regiões e municípios deixaram suas casas, entre os dias 9 e 16, segundo o jornal Beijing News. Mais de 6 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas nas províncias de Hubei e Jiangxi, enquanto 2,65 milhões foram afetadas na província costeira de Zhejiang. As chuvas deixaram pelo menos 168 pessoas mortas ou desaparecidas na semana passada, afirmou o Ministério da Defesa Civil anteriormente. As informações são da Dow Jones.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando