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As secretarias de Saúde de todos os estados começaram a receber esta semana as doses extras da vacina tríplice viral, para garantir a imunização extra contra o sarampo em todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. De acordo com o Ministério da Saúde, 1,6 milhão de doses estão sendo distribuídas.

Desse total, 960 mil e 907 doses foram enviadas para os 13 estados que estão em situação de surto ativo de sarampo. O estado de São Paulo, que concentra 99% dos casos e registra uma morte pela doença este ano, recebeu o maior número de doses (56%).

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“A vítima foi um homem de 42 anos, que não tinha recebido nenhuma dose da vacina ao longo da vida, e tinha histórico de comorbidade, ou seja, com um quadro de várias doenças. Nessa faixa etária, a pessoa deve ter pelo menos uma dose da vacina”, informou o ministério.

O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, disse que o ministério trabalha para erradicar a doença e recuperar o certificado de eliminação do sarampo no Brasil. “Para isso, a pasta tem atuado de forma integrada com os estados e municípios, para intensificar as ações de cobertura vacinal na rotina, além das vacinações de reforço nas crianças, que é a faixa etária com maior risco para complicação em decorrência da doença, e de bloqueio”, disse.

A vacina tríplice viral está disponível nos mais de 36 mil postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. Ela previne também contra rubéola e caxumba.

O estado de São Paulo vai receber do Ministério da Saúde 1 milhão de doses extras da vacina contra a febre amarela. A intenção é garantir o abastecimento das unidades de saúde até o início de fevereiro, quanto terá início a campanha de vacinação em 53 municípios paulistas.

O acordo para o fornecimento das novas doses oi firmado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. No estado, a ação será concentrada entre os dias 3 e 24 de fevereiro, na campanha de vacinação, quando se pretende imunizar 6,3 milhões de pessoas – 1,4 milhões receberão a dose padrão e 4,9 milhões, a dose fracionada.

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Segundo a Secretaria da Saúde estadual, pessoas que moram em local em que não há circulação do vírus e não vão viajar para áreas consideradas de risco devem aguardar o início da campanha para tomar a vacina. Quem for viajar para áreas de risco, deve tomar a vacina 10 dias antes do deslocamento.

Na campanha da vacinação, em locais onde não há circulação do vírus, será ministrada preventivamente a vacina fracionada, que é feita com um quinto da dose padrão. Segundo o Ministério da Saúde, estudo recente realizado por Bio-Manguinhos/Fiocruz aponta a presença de anticorpos contra febre amarela, mesmo após oito anos da aplicação da dose fracionada, resultado semelhante ao observado com a dose padrão no mesmo período.

“Dessa forma, os resultados dão suporte ao uso de doses fracionadas da vacina de febre amarela. A estratégia já foi utilizada anteriormente no controle da epidemia na República Democrática do Congo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que utilizou um quinto da dose padrão da vacina de febre amarela de Bio-Manguinhos/Fiocruz”, destacou o Ministério da Saúde, em comunicado.

Capital paulista

A capital paulista também dará início a vacinação fracionada em 3 de fevereiro, em 15 distritos das zonas Leste e Sul. Farão parte da ação preventiva na zona Leste os distritos de Cidade Líder, Cidade Tiradentes, Guaianases, Iguatemi, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus e São Rafael. Na zona Sul serão vacinadas as pessoas de Capão Redondo, Cidade Dutra, Grajaú, Jardim São Luís, Pedreira, Socorro e Vila Andrade.

A prefeitura ressalta que não houve na capital, até o momento, nenhum caso humano de febre amarela silvestre ou urbana confirmado, adquirido no município de São Paulo.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de São Paulo iniciou a vacinação, com a dose padrão, em setembro do ano passado, no distrito Anhanguera, na zona Norte. Posteriormente, a medida foi estendida para 90 postos da região, onde já foram aplicadas 1.139.871 doses até 4 de janeiro.

A campanha de vacinação já acontece em 38 unidades da Zona Sul e três da zona Oeste, onde foram vacinadas 237.100 e 17.634 moradores respectivamente até a última terça-feira (9). As áreas foram determinadas levando em consideração a epizootia (doença ocasionalmente detectada em animais, com disseminação rápida) no município de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

A vacinação seguirá até que todo o público-alvo esteja imunizado. A dose não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e pessoas imunodeprimidas, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo). Em caso de dúvida, é importante consultar um médico.

Balanço

Desde janeiro do ano passado,  21 pessoas morreram em decorrência da febre amarela no estado de São Paulo. O último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado sexta-feira (12), indica também 40 casos confirmados da doença. O balanço anterior indicava 29 casos confirmados, com 13 mortes.

Quanto à morte e o adoecimento de primatas, como macacos e bugios, houve 2.491 casos desde julho de 2016, e a febre amarela foi confirmada em 617 animais. Mais de 61% desses registros ocorreram na região de Campinas.

As mortes ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense; Amparo; Atibaia; Batatais; Itatiba; Jarinu; Mairiporã; Monte Alegre do Sul; Nazaré Paulista; Santa Lucia e São João da Boa Vista. Os demais casos de infecção foram registrados em Águas da Prata; Américo Brasiliense; Amparo; Atibaia; Caieiras; Campinas; Itatiba; Jundiaí; Mairiporã; Mococa/Cássia dos Coqueiros; Santa Cruz do Rio Pardo e Tuiuti.

 

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