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Em meio à expectativa pelo resultado das eleições nos Estados Unidos da América, o nome de um político brasileiro foi parar nos Trending Topics. O deputado federal Eduardo Bolsonaro virou alvo da ‘memelândia’ pois o nome de sua filha, Geórgia, é o mesmo do estado americano no qual Joe Biden, rival de Donald Trump, assumiu a liderança. 

A pequena Geórgia, primeira filha de Eduardo Bolsonaro com a esposa, Heloísa, tem cerca de um mês. O nome da menina é o mesmo do estado americano  majoritariamente republciano que ajudou a eleger Donald Trump, em 2016, mas que nessas eleições pode contribuir com sua eventual derrota, ajudando a eleger Biden.

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A coincidência acendeu o alerta dos mais atentos, na internet, e os memes e comentários engraçados pipocaram.”Decepcionado com a virada de Joe Biden no estado da Geórgia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro mudou o nome de sua filha para Texas”; “Se não tá fácil pra gente, imagina pro Eduardo Bolsonaro que colocou o nome na filha de Geórgia em homenagem ao estado americano conservador, mas que deu uma guinada progressista e ajudou a eleger o Biden”; “Obrigada Georgia por me proporcionar o momento mais feliz desse ano: ver Eduardo Bolsonaro triste”; “O Eduardo Bolsonaro hoje na porta do cartório pra mudar o nome da filha dele Geórgia”. 

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi reeleito para um segundo mandato e governará os EUA até 2017. Obama, 44º presidente dos EUA, facilmente superou os 270 votos necessários para ser eleito presidente no Colégio Eleitoral. Com 97% dos votos populares apurados nesta quarta-feira, Obama tinha 303 votos no Colégio Eleitoral, enquanto seu rival republicano Mitt Romney tinha 206. Romney reconheceu a derrota e desejou um bom governo a Obama. Os democratas conseguiram manter também sua vantagem no Senado, de 53 cadeiras, mas os republicanos ficaram com o controle da Câmara dos Representantes (deputados federais) e tinham, segundo contagem parcial nesta quarta-feira, 227 das 435 cadeiras, com a chance de conquistar mais nove. Os democratas conquistaram 178 cadeiras, mas ainda podem ter eleito 19 deputados. Atualmente, os republicanos controlam a Câmara com 240 cadeiras e os democratas têm 190, enquanto cinco estão vagas.

Os resultados nesta quarta-feira mostram que Obama enfrentará o mesmo Congresso dividido em 2013. Os republicanos tiveram uma derrota no Senado, no qual poderiam retomar o controle dos democratas, que tinham mais cadeiras a defender. Os democratas conseguiram manter a maioria de 53 das 100 cadeiras. Candidatos republicanos no Missouri e Indiana - ambos Estados onde Romney venceu as eleições - foram derrotados após terem feito comentários desastrosos sobre estupro e aborto. Os republicanos conseguiram conquistar apenas uma cadeira no Senado que era dos democratas, a do Estado do Nebraska. Os democratas reelegeram senadores do Wisconsin, Virginia, Connecticut, Missouri, Ohio, Pensilvânia, Novo México e Flórida.

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A disputa para o Senado ainda estava pendente nesta quarta-feira em apenas dois Estados conservadores do oeste, Montana e Dakota do Norte, onde Romney venceu. Em Montana, o senador Jon Tester levava uma ligeira vantagem na contagem dos votos sobre o representante democrata Denny Rehberg. Já em Dakota do Norte, a democrata Heidi Heitkamp tinha pequena vantagem sobre o congressista republicano Rick Berg.

No Wisconsin, os democratas conseguir reeleger senadora Tammy Baldwin, primeira senadora abertamente homossexual. Baldwin, contudo, não se elegeu com uma plataforma de defesa dos direitos gays, mas ao prometer lutar pela classe média do Wisconsin.

Mais de US$ 2 bilhões foram gastos na campanha eleitoral para o Congresso em 2012. Na Câmara, todas as 435 cadeiras foram renovadas e os republicanos mantiveram o controle, embora os democratas tenham obtido alguns ganhos.

O líder da Câmara, o republicano John Boehner, que conseguiu manter seu emprego, se ofereceu para trabalhar com qualquer vencedor, democrata ou republicano. "O povo americano quer soluções e nesta noite, ele respondeu ao renovar a nossa maioria" disse Boehner. Mas o republicano também afirmou que não existe nenhuma margem de manobra para aumento de impostos. Obama propôs o aumento de impostos para pessoas que ganham mais de US$ 250 mil por ano.

O controle do Senado, contudo, deverá manter para Obama uma barreira contra as tentativas dos republicanos de derrubarem seu maior feito - a reforma do sistema de saúde, o chamado "Obamacare", que obriga cada cidadão a ter cobertura de um seguro de saúde. Mais de 40 milhões de norte-americanos não têm e a reforma, já aprovada no Congresso, embora contestada pelos republicanos na Suprema Corte, deverá ser totalmente implementada até 2014.

"Abismo fiscal" - O primeiro teste para Obama no Congresso deverá começar na próxima semana, quando os representantes e senadores voltarem do recesso para lidar com o urgente "abismo fiscal", um aumento de impostos de US$ 400 bilhões e cortes de U$ 100 bilhões nos gastos militares e domésticos. Os cortes de US$ 500 bilhões entrarão em efeito imediato em janeiro, a não ser que a Casa Branca e o Congresso encontrem uma alternativa no restante de novembro e em dezembro. Economistas alertam que o "abismo fiscal" poderá levar os EUA rapidamente a uma nova recessão. Uma alternativa para Obama pode ser negociar o aumento do teto de endividamento do governo americano - atualmente, a dívida pública federal já supera US$ 16 trilhões.

Tea Party - Alguns representantes da facção republicana ultraconservadora Tea Party se saíram bem nas eleições. O republicano Ted Cruz venceu a disputa para o Senado pelo Texas, enquanto no Nebraska Deb Fischer conquistou a cadeira do ex-senador democrata Bob Kerrey.

No Arizona, o representante Jeff Flake derrotou o médico Richard Carmona. Em Nevada, o senador republicano Dean Heller consegui derrotar a representante democrata Shelley Berkley.

Já a representante Michelle Bachmann conseguiu se reeleger para a Câmara pelo Estado de Minnesota, em uma disputa muito acirrada contra o democrata Jim Graves. Bachmann, que chegou a ser pré-candidata republicana à presidência nas primárias (ela foi uma das primeiras a ser derrotada por seus colegas republicanos menos radicais), obteve 50,5% dos votos para a vaga, enquanto Graves ficou com 49,5%, já contadas 98% das seções eleitorais de Minnesota.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O presidente dos Estados unidos, Barack Obama, se disse "cautelosamente otimista" de que vencerá as eleições presidenciais desta terça-feira, se um número suficiente de eleitores norte-americanos forem às urnas. O voto não é obrigatório. Obama passa o dia das eleições no seu colégio eleitoral e onde viveu grande parte da vida adulta, em Chicago. Já o candidato republicano Mitt Romney votou mais cedo com sua esposa Ann em Massachusetts e depois foi fazer campanha no Estado de Ohio. A maioria das pesquisas de intenção de voto indica os dois em empate técnico, embora os conselheiros de cada candidato afirmem que a vitória será democrata ou republicana, conforme o interesse.

É uma incógnita quantos eleitores comparecerão às urnas. Nas eleições de 2008, quando Obama derrotou o republicano John McCain, 131 milhões dos 146 milhões de eleitores registrados votaram, cinco milhões a mais do que nas eleições de 2004, quando o presidente republicano George W. Bush derrotou o senador democrata John Kerry, segundo informações do Censo dos Estados Unidos. Os eleitores elegem hoje os 538 delegados que votarão no Colégio Eleitoral. Para ser eleito presidente, um candidato precisa dos votos de 270 delegados.

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Obama se disse "cautelosamente otimista" porque até as pessoas saírem para votar e efetivamente depositarem os votos nas urnas, o "todo o resto é especulação".

Já o republicano adotou nesta terça-feira um tom mais triunfal. Romney, em entrevista ao rádio na manhã de hoje, disse que o "caminho para a vitória" está no Estado da Virginia. Romney acredita que pode vencer na Virgínia, Ohio, Pensilvânia, Wisconsin, Michigan e Minnesota. A Pensilvânia e o Michigan, por exemplo, costumam votar nos democratas, apesar do atual governador do Michigan ser republicano.

"Eu acredito que vou vencer, mas não posso dizer qual será o Estado que me levará ao topo", disse Romney à rádio WMAL de Washington. Segundo ele, é importante que os eleitores se perguntem hoje: "vocês querem mais quatro anos iguais aos seus últimos quatro anos ou querem uma mudança verdadeira?" questionou o candidato.

Não é só a presidência dos EUA que está em jogo nas urnas nesta terça-feira: todas as 435 cadeiras da Câmara dos Representantes (deputados federais), um terço do Senado de 100 cadeiras e 11 cargos de governadores estaduais. Além disso, vários Estados decidirão em referendo a respeito de questões mais prosaicas e locais, como se o consumo da maconha e o "casamento gay" devem ser legalizados. No total, quatro Estados, Maine, Maryland, Washington e Minnesota votam questões sobre o "casamento gay". Os três primeiros votam sobre a legalização ou não do casamento entre homossexuais; o quarto, Minnesota, vota justamente para a população decidir se proibirá ou não os deputados estaduais de fazerem um referendo sobre a questão.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Em um debate sobre política externa que envolveu a discussão dos gastos militares e ataques às práticas comerciais da China, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney fecharam o terceiro e último confronto televisionado na noite da segunda-feira, na Universidade Lynn em Boca Ratón (Flórida), antes das eleições de 6 de novembro. Obama foi mais agressivo, enquanto Romney parecia se conter, mas definiu a política do presidente para o Oriente Médio como um fracasso. Romney indicou que poderá aumentar os gastos militares, embora tenha descartado novas guerras. A América Latina foi pouco citada e apenas como uma "oportunidade econômica" por Romney. Obama lembrou o que chamou de "sucesso" na política externa da sua administração: a morte de Osama bin Laden, a chamada "Primavera Árabe" e a retirada das tropas norte-americanas do Iraque. Romney tentou trazer questões da economia, como o desemprego, para o debate.

Obama partiu para o ataque a Romney na primeira questão, que era sobre a Líbia e a morte do embaixador Christopher Stevens em 11 de setembro. O presidente disse que os EUA caçarão os responsáveis pelo assassinato do diplomata. Mas após Romney ter dito que a rede terrorista Al-Qaeda ainda era uma ameaça, Obama disse que estava "feliz" que Romney tenha reconhecido que a Al-Qaeda, e não a Rússia, é a maior ameaça atualmente aos EUA.

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"Fico feliz que o senhor reconheça, governador Romney, que a maior ameaça hoje à América seja a Al-Qaeda. Há alguns meses, o senhor disse que a maior ameaça era a Rússia", disse Obama. "Você está não apenas errado, mas também confuso", disse Obama.

Segundo ele, se dependesse de Romney, os EUA ainda teriam soldados no Iraque. Obama defendeu a retirada das tropas americanas do Iraque, que ele completou. Romney respondeu dizendo que se referia à Rússia como um "rival geopolítico" e não como um inimigo.

Romney começou dizendo que não quer repetir "outro Iraque ou Afeganistão", tentando rechaçar a visão de que os republicanos gostariam de outra guerra. Ele disse que sua estratégia será incentivar os muçulmanos a "rejeitarem o extremismo por conta própria." O republicano afirmou que, após a "Primavera Árabe", a situação está se deteriorando rapidamente no Oriente Médio e que parte disso é culpa da administração Obama. "Nação após nação, presenciamos uma série de eventos perturbadores", afirmou ele, citando a guerra civil na Síria, o perigo do Irã obter uma arma atômica e a morte de Stevens na Líbia. "Minha estratégia é ir atrás dos caras maus. Mas minha estratégia é também mais ampla", disse o republicano. Ele afirmou que a política de Obama se restringe a matar os líderes terroristas e não promove a democracia no mundo.

Romney afirmou que, sob sua liderança, o envolvimento dos EUA na guerra civil síria seria provendo armas e apoio aos rebeldes que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar Assad. "Nosso objetivo é tirar Assad e colocar um governo aliado - que tenha as armas necessárias para se defender", disse Romney. Obama defendeu a postura atual do governo dos EUA, de sanções econômicas ao governo sírio.

Os dois disseram que irão retirar as tropas dos EUA do Afeganistão até 2014. Nesse ponto, Romney, que fez fortes críticas ao Paquistão, foi questionado pelo mediador Bob Schieffer, da CBS, se iria "se divorciar" do governo paquistanês, como ameaçou.

Romney disse que não e lembrou que o Paquistão tem um arsenal nuclear e não pode ser abandonado. "Se o Paquistão virar um Estado falido, precisamos lembrar: existem armas nucleares. Mas as relações com o Paquistão estão estremecidas", disse Romney, que defendeu o apoio ao governo paquistanês.

Romney tentou passar uma imagem mais diplomática, mas foi ironizado por Obama. "Fico feliz que você agora apoie a diplomacia - não é o que fazia há alguns anos", disse Obama, que defendeu a atuação dos fuzileiros navais na morte de Osama bin Laden no Paquistão em 2011. "Em 2008, o sr. questionou: devemos percorrer a Terra atrás de um homem?" disse Obama a Romney.

Romney defendeu a modernização da Marinha e da Força Aérea e sugeriu que gastará mais nas armas. Ele disse que cortará o orçamento do governo em 5% mas evitou responder em quais setores fará as reduções, mesmo pressionado pelo mediador. Ele só disse que não cortará nenhum gasto na Defesa. Obama ironizou Romney em um certo momento, ao dizer que a questão é de estratégia e não um joguinho de "batalha naval". Obama descartou um corte de US$ 500 bilhões no orçamento militar, mas afirmou que "nem os militares" pedem um aumento nos gastos da Defesa.

China e América Latina - Romney comparou a China com a América Latina, ao dizer que a região tem uma economia "do tamanho da China" e representa "oportunidades enormes" para os EUA. O republicano não foi exato. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) da China foi de US$ 7,3 trilhões, enquanto o da América Latina foi de US$ 5,6 trilhões. Obama falou pouco sobre a região, e disse apenas que continuará com as atuais políticas para a América Latina, que é secundária para a política exterior dos EUA.

Os dois discutiram mais sobre a China. Romney disse que os chineses são manipulares da moeda para ganhar vantagens no comércio exterior. Obama acusou Romney de "exportar empregos" para a China, ao investir em empresas com fábricas na Ásia.

Romney chamou a China de "manipulador de câmbio" e afirmou que não se preocuparia em iniciar uma guerra comercial porque os dois países já possuem um enorme desequilíbrio comercial em favor dos chineses. O republicano afirmou que fará Pequim entender que "tem que seguir as regras do jogo". Ele disse que ao segurar artificialmente o preço de sua moeda, a China prejudica os trabalhadores norte-americanos.

Em seguida, Obama atacou o histórico do republicano como empresário, afirmando que ele investiu em empresas que transferiram vagas de trabalho para a China. Obama também disse que a China precisa jogar pelas mesmas regras que os outros países e lembrou de reclamações que os EUA fizeram na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra práticas comerciais de setores chineses, como na siderurgia.

No final, Obama disse que Romney quer trazer de volta tanto na política externa quanto na política econômica as práticas que fracassaram na era Bush. Obama prometeu uma "liderança forte" para os EUA. "Vou garantir que os empregos voltem para o nosso país", disse Obama. Romney disse que levará os EUA de volta à liderança mundial e adotou um tom messiânico: "Esta nação é a esperança da Terra".

Em um debate centrado na economia e nos problemas internos dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama e seu rival republicano, Mitt Romney, fizeram o segundo debate presidencial na noite da terça-feira (16). Ao contrário do primeiro debate, quando se mostrou apático, Obama partiu para o ataque a Romney em algumas ocasiões - ele criticou a rejeição do republicano ao resgate da indústria automobilística, disse que Romney investiu em empresas que exportam empregos para a China e acusou seu rival de fazer "politicagem" na questão do ataque ao Consulado norte-americano na Líbia no mês passado. Mas Romney também atacou Obama pelo fraco desempenho da economia nos últimos quatro anos, disse que o presidente não completou nenhum projeto que começou e repetiu que criará 12 milhões de empregos e que a classe média americana "foi esmagada" durante o mandato do democrata.

Nesse debate, os eleitores indecisos do condado de Nassau, Estado de Nova York, foram à Universidade Hofstra fazer as perguntas aos dois. E a preocupação que pareceu emergir do eleitorado foram os empregos e a economia.

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A primeira pergunta foi justamente de um universitário, que perguntou como arrumará trabalho após graduado. Romney afirmou que a pergunta era um exemplo de como a classe média norte-americana foi "esmagada" nos últimos quatro anos. Ele prometeu criar 12 milhões de empregos se for eleito. Para ele, um exemplo dos problemas da população é que metade dos jovens que estão terminando a universidade neste ano não têm emprego garantido. O republicano afirmou que ajudará os estudantes a pagar por seus estudos superiores, mas que o principal é criar empregos para os recém-formados. Já Obama afirma que seu governo criou 5 milhões de empregos e criará "muito mais". Em seguida, acusou o republicano de ter sido contra o resgate da indústria automobilística norte-americana, que segundo ele salvou em 2009 pelo menos 1 milhão de empregos diretos.

"Romney não tem um plano com cinco pontos. Ele tem um plano com apenas um ponto", disse Obama. "Nós levamos quatro anos para sair dessa confusão". Obama lembrou que Romney foi contra o resgate à General Motors e à Chrysler em 2009. Obama disse que se dependesse de Romney a General Motors e a Chrysler teriam fechado. Ele também lembrou que Romney fechou fábricas que usavam energias consideradas obsoletas, como termelétricas a carvão. "Quando você foi governador de Massachusetts, se uma fábrica era movida a carvão, você dizia: 'vamos fechá-la'", disse Obama.

"Não é verdade", afirmou Romney. "Eu vou lutar pelo petróleo, gás e carvão. Eu vou lutar para criar energia nesse país", rebateu Romney. O republicano disse defender a exploração de petróleo no Alasca, inclusive offshore (na costa marítima).

Em seguida, o debate rumou para a questão fiscal. Romney, que foi um empresário durante 25 anos, afirmou que sua experiência o ajudará a criar empregos e reerguer a classe média, que teria sido "esmagada" nos últimos quatro anos. Obama afirmou que seu objetivo é aumentar os impostos dos mais ricos para equilibrar o orçamento e que a "matemática" de Romney "não faz sentido".

Em resposta, o republicano criticou o déficit orçamentário que os Estados Unidos enfrentam atualmente. Ele afirmou que tem experiência em ajustar orçamentos, coisa que fez quando foi governador, quando organizou as Olimpíadas de Inverno de Salt Lake City e durante sua vida de empresário. "Esse é um presidente que prometeu cortar pela metade o déficit e o déficit dobrou nos últimos quatro anos", atacou Romney.

Em seguida, a herança da era Bush foi lembrada por uma eleitora, que questionou os dois sobre o que fariam diferente do ex-presidente George W. Bush, que governou entre 2001 e 2009. Romney se atrapalhou. Após certa hesitação, ele admitiu que Bush aumentou demais o déficit no orçamento do país, mas acrescentou que a administração Obama fez ainda pior. Em outro exemplo de coisas que faria diferente, Romney afirmou que será mais firme com a China do que Bush. Obama atacou, dizendo que a política econômica de Romney é idêntica à de Bush e que, se aplicada, pode levar os Estados Unidos a uma nova crise econômica.

Depois surgiu uma questão sobre a imigração. Obama aproveitou para atacar Romney, que tem uma proposta polêmica para a questão. "A estratégia dele é: vamos deportar essas pessoas. Ele elogiou a lei do Arizona, disse que ela é um modelo para os EUA", disse o presidente. Obama defende que os imigrantes jovens que trabalham no país sejam legalizados, o que tenta fazer através do "Dream Act" um conjunto de leis sobre a imigração feito pelo governo no começo desse ano. Obama disse que os republicanos travaram a discussão mais ampla sobre imigração no Congresso.

"Não elogiei a lei do Arizona. Ele (Obama) não respondeu porque não aprovou uma legislação sobre a imigração", disse Romney. O candidato republicano voltou a defender o que chama de "auto-deportação", ou seja, que imigrantes que desejam partir recebam passagens do governo para ir embora. "Vamos deixar esses 12 milhões de ilegais terem uma escolha, se quiserem partir", disse Romney.

Política externa - A única pergunta sobre política externa foi sobre a Líbia. Um eleitor questionou se o governo não teria dado atenção a pedidos por mais segurança feitos por diplomatas na Líbia, antes da destruição do Consulado dos EUA em Benghazi na noite de 11 de setembro. Obama ficou na defensiva, enquanto Romney atacou a política inteira de Obama para o Oriente Médio. No ataque foram mortos quatro norte-americanos mortos, entre eles o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens.

Obama disse que a sugestão de que qualquer "um da minha equipe possa ter feito politicagem ou ter se enganado quando perdemos quatro dos nossos (diplomatas) é ofensiva".

"No dia seguinte, eu estava no Jardim das Rosas e disse a todo mundo que descobriríamos o que aconteceu, que foi um ataque terrorista. Não se enganem, a Justiça será feita", disse Obama, lembrando o dia 12. Romney imediatamente cortou o presidente e afirmou que a administração demorou duas semanas para perceber que o ataque em Benghazi foi um ato terrorista, não um protesto contra um filme anti-islâmico feito nos EUA, "A Inocência dos Muçulmanos". Obama ficou nervoso. Romney disse que Obama não afirmou que foi um ataque terrorista. Mas a mediadora do debate, Candy Crowley, confirmou que Obama disse na ocasião ter sido um atentado.

"Levou um grande tempo para essa administração perceber que aquilo foi um ataque terrorista", reafirmou Romney. "as políticas do presidente (Obama) para o Oriente Médio começaram com uma desculpa. E hoje o Irã está mais próximo de construir uma bomba atômica", disse Romney.

As últimas perguntas foram sobre o controle da venda de armas de assalto, a competição da economia chinesa e as mulheres no mercado de trabalho. Na pergunta final, "Qual é a percepção errônea que as pessoas têm de você como homem e presidente?" Romney afirmou que é uma "pessoa que se importa 100% com os norte-americanos", ao contrário do que diz a campanha de Obama.

Obama disse que acredita na iniciativa privada e alfinetou o rival, lembrando da polêmica declaração de Romney que vazou na internet, na qual o candidato disse que 47% dos americanos "acham que são vítimas" e não assumem responsabilidade por suas vidas. Obama disse que as pessoas que vivem da previdência também são parte da população que faz a "América avançar".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney já chegaram a Hempstead, em Nova York, onde farão às 22h de hoje (hora de Brasília) na Universidade Hofstra o segundo debate presidencial das eleições norte-americanas de 2012. Questionado como se sentia quando saiu de Williamsburg, na Virgínia, para ir a Nova York, Obama respondeu: "eu me sinto fabuloso. Olhe que dia bonito". Romney chegou mais cedo, no final da manhã, a Hempstead. O republicano desceu do avião e parecia tranquilo, acenando para os fotógrafos.

O conselheiro de Obama, Robert Gibbs, prevê que o presidente terá um desempenho muito bom nesta terça-feira. Obama foi acusado de apatia no primeiro debate de 3 de outubro, claramente vencido por Romney. Já o debate entre os candidatos a vice-presidente, no dia 10, terminou em empate.

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"Vocês verão um desempenho extraordinariamente forte do presidente no debate desta noite", disse Gibbs. "Ele estará passional, ele estará com energia", afirmou o conselheiro democrata. Gibbs disse que Obama voltará a apresentar planos para melhorar a economia e ajudar a classe média americana.

A equipe de Romney também está confiante. Segundo assessores dos republicanos, ele ensaiou durante seis horas na segunda-feira em Massachusetts. "Ele foi ótimo", disse Gail Gitcho, diretor de comunicações do candidato republicano. No debate desta terça-feira, Obama e Romney também responderão a perguntas de eleitores indecisos na Universidade Hofstra.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

Os candidatos a vice-presidente dos Estados Unidos, o congressista e republicano Paul Ryan e o atual vice-presidente Joe Biden, fizeram na noite da quinta-feira em Danville, no Estado do Kentucky, um debate mais agressivo que o primeiro realizado entre o presidente Barack Obama e o republicano Mitt Romney em 3 de outubro. O debate foi mediado pela jornalista Martha Raddatz, da emissora ABC News. Ryan, de 42 anos, pareceu seguro em temas como política externa, que foi bastante discutida, e atacou bastante o presidente Obama.

O experiente Biden, de 70 anos, parecia um pouco mais nervoso e várias vezes interrompeu o interlocutor. Biden não se intimidou e não pareceu apático como Obama no primeiro debate com Romney, rebatendo várias críticas do republicano. Ele lembrou pelo menos três vezes o comentário feito por Romney, de que 47% dos norte-americanos não conduzem as próprias vidas e dependem do governo.

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O debate começou com temas pesados como a destruição do consulado norte-americano em Benghazi, no leste da Líbia, o programa nuclear do Irã e o Oriente Médio. Os dois depois discutiram o programa de saúde Medicare do governo americano, a previdência, a situação da economia e a geração de empregos.

A jornalista Martha Raddatz começou perguntando se a destruição do consulado dos EUA no leste da Líbia, na noite de 11 de setembro, e as mortes dos diplomatas foram um fracasso da inteligência dos EUA. Ryan disse que sim e desfechou um ataque forte à política externa de Obama. Biden disse que os EUA "encontrarão e levarão os homens que fizeram aquilo na Líbia à Justiça. Vamos caçar vocês até as portas do inferno", disse.

Ryan criticou a postura do governo na reação à morte do embaixador norte-americano Christopher Stevens, assassinado em Benghazi. "Demorou duas semanas para o presidente Obama perceber que aquilo foi um ataque terrorista. Infelizmente, o que aconteceu em Benghazi faz parte de um problema maior, o fracasso de Obama na política externa", disse Ryan. Segundo ele, os "cortes na defesa" feitos por Obama foram "devastadores".

Biden respondeu e disse a Ryan que ele cortou "US$ 300 milhões para a segurança nas embaixadas", quando era dirigente do Comitê do Orçamento na Câmara dos Representantes.

Ryan insistiu que a administração de Obama fracassou no evento, quando acreditou que foi o filme "A Inocência dos Muçulmanos" que provocou a fúria da multidão no leste da Líbia. "O dia era o aniversário do 11 de setembro. Estamos falando da Líbia, onde existem células da Al-Qaeda".

Logo depois, os dois falaram sobre o Irã. Ryan disse que o governo Obama foi leniente e atrasou a adoção de sanções e embargos econômicos contra o Irã. Ele disse que um Irã como armas nucleares seria pior que outra guerra no Oriente Médio. Segundo ele, a administração Obama "não tem credibilidade" na questão iraniana. Já a de Romney "terá credibilidade". "As sanções contra o Irã são as mais esmagadoras já feitas", rebateu Biden. "Você quer ir à guerra?" questionou o vice-presidente. "Eu quero evitar uma guerra", afirmou Ryan.

Medicare e empregos - Logo depois, Raddatz direcionou o debate para a previdência e a economia. Biden criticou o plano dos republicanos para o Medicare e também o projeto para a previdência social. Biden disse que os republicanos planejam privatizar a previdência. Biden também defendeu a reforma de saúde parcialmente executada pelo presidente Barack Obama desde 2009. "Nós salvamos US$ 700 bilhões do Medicare" evitando fraudes e desperdícios com seguradoras de saúde, afirmou o vice-presidente "Ele sabe disso, que cada paciente custava milhares de dólares a mais para o governo", disse Biden, falando para Ryan. O vice-presidente acusou Ryan e Romney de planejarem a privatização da seguridade social americana.

"Nós não vamos privatizar a seguridade social", disse Biden. Questionado sobre se iria privatizar a previdência, Ryan disse que o plano, na era do presidente George W. Bush, era privatizar a previdência "só para os jovens. Eles teriam a escolha", disse Ryan. O congressista republicano retirou o projeto do Congresso em 2011. "Não é verdade" que os jovens teriam escolha, disse Biden. Já Ryan criticou várias vezes a reforma da saúde, a qual chamou ironicamente de "Obamacare". Ryan disse que Obama e Biden planejam aumentar os impostos para a classe média e para as pequenas empresas.

Biden defendeu a Casa Branca na primeira pergunta sobre economia no debate. Ele e Ryan foram questionados sobre quanto tempo levará para o governo reduzir a taxa de desemprego para menos de 6% da força de trabalho (atualmente está ao redor de 8,5%).

Biden disse que não sabe quanto tempo levará, mas então atacou os comentários feitos por Romney, colega de chapa de Ryan e candidato a presidente. Ele mencionou o comentário de que 47% dos norte-americanos vivem dos benefícios do governo.

Ryan, parecendo mais calmo, disse que a recuperação da economia tem sido inadequada. "Isso não se parece com uma recuperação verdadeira", afirmou, sobre a política econômica de Obama e a situação atual dos EUA. Os dois candidatos evitaram uma resposta direta à pergunta de Martha Raddatz, de quanto tempo levará para baixar o desemprego para menos de 6% da força de trabalho. Ryan atacou o plano de cinco pontos de Obama e dos democratas para a recuperação econômica.

Segundo ele, o plano de Romney e dos republicanos criará 3 milhões de empregos no setor de energia, mas nas refinarias e nos investimentos em petróleo e gás natural, não em energias alternativas. Ryan atacou particularmente os projetos dos democratas de criarem milhões de empregos na indústria de energia renovável. "Onde estão os milhões de empregos verdes?" que Obama prometeu criar em 2008, questionou Ryan.

Nos comentários finais, os candidatos voltaram a trocar ataques. Enquanto Biden pediu o voto dos eleitores e lembrou o desastrado comentário feito por Romney sobre os 47% dos norte-americanos, Ryan defendeu Romney e disse que o presidente Barack Obama fracassou na economia e mergulhou os EUA na pobreza e no endividamento.

"Meu amigo aqui diz que 30% dos americanos não têm a responsabilidade pelas suas vidas, enquanto Romney diz que são 47%. Meus pais não eram assim, a maioria dos americanos não é assim", disse Biden.

Já Ryan disse que Obama "fracassou em criar os empregos. Pelo menos 15% dos americanos estão na pobreza. Mitt Romney quer criar empregos. Obama apenas emprestou e gastou mais dinheiro. Nós tomaremos a responsabilidade. A escolha está com vocês", disse o republicano.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seu rival republicano Mitt Romney, voltaram nesta quarta-feira ao Estado de Ohio, considerado crucial para uma vitória nas eleições presidenciais de 6 de novembro. Romney, particularmente, precisa intensificar seus esforços de campanha, uma vez que as pesquisas mais recentes mostram que Obama está na frente, uma semana antes de começar a votação antecipada e antes do primeiro debate.

Um dia após discursar na sede da Organização das Nações unidas (ONU), Obama falou em duas universidades de Ohio, esperando despertar o entusiasmo entre os jovens que caracterizou sua eleição em 2008. Romney viajou em seu ônibus de campanha, visitou três cidades e atacou o desempenho de Obama na economia, uma preocupação central do eleitorado.

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Os dois candidatos também se preparam para o primeiro debate eleitoral da campanha de 2012 - marcado para ocorrer em 3 de outubro, na próxima semana. As pesquisas indicam que Obama lidera a intenção de voto em Ohio, Estado que visita pela 13ª vez neste ano. Já Romney esteve hoje em Ohio pela 10ª vez em 2012.

Romney, além de atacar Obama, criticou hoje a China, outro tema querido a parte do eleitorado. "Quando alguém trapaceia, isso assassina os empregos. A China trapaceou. Eu não vou deixar isso continuar", afirmou o republicano em um comício.

As informações são da Associated Press.

Se pudessem, os franceses reelegeriam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. Isso reflete a enorme popularidade que Obama tem na França, onde é mais bem avaliado que em qualquer outro país do mundo. O chanceler não disse em quem votaria se pudesse, no democrata ou no seu rival republicano. Os comentários de Fabius são apoiados pelos dados. De acordo com uma pesquisa do Pew Research Center, 92% dos franceses gostariam que Obama fosse reeleito. Mas a popularidade de Obama na França poderia não ser bem-vista pelos norte-americanos. O rival de Obama, Mitt Romney, fala francês fluente e tem sido criticado pelos próprios republicanos de ser muito francófono.

As informações são da Dow Jones.

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O grupo conservador Tea Party do Partido Republicano mostrou sua força entre os eleitores dos Estados Unidos nas primárias realizadas na terça-feira, rechaçando dar mais uma possibilidade de mandato para uma das figuras republicanas mais proeminentes na política externa americana, o senador Richard Lugar, e também fortalecendo a rejeição ao casamento gay. Romney venceu facilmente as três primárias realizadas ontem na Carolina do Norte, Indiana e Virgínia Ocidental. Romney agora tem 919 delegados e está perto para alcançar os 1.144 necessários para ser oficialmente nomeado candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA.

Na Carolina do Norte, os eleitores republicanos aprovaram uma iniciativa que reforça a proibição ao casamento homossexual, com o apoio do reverendo Billy Graham, um tele evangelista famoso. Já nas primárias no Estado de Indiana, os eleitores aprovaram a mensagem do Tea Party contra o senador Richard Lugar, negando ao político veterano a possibilidade de representá-los por mais um mandato no Senado. Lugar, de 80 anos, disputaria um sétimo mandato como senador, mas foi barrado pelos eleitores, que escolheram o pré-candidato Richard Mourdock, ex-tesoureiro estadual e membro do Tea Party.

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O grupo conservador atacou justamente as qualidades de Lugar: sua longa experiência em Washington, visão moderada e equilibrada da política externa e capacidade de chegar a um acordo com os democratas em votações difíceis. Após perder a disputa para Mourdoch, visto pelos republicanos moderados de Indiana como um político tacanho, Lugar disse: "nossa sociedade está experimentando uma profunda divisão política. Essa divisão paralisou nosso progresso em áreas críticas".

Lugar é um senador respeitado até pelos adversários democratas. Durante décadas, ele foi influente na política externa dos EUA e em 1991 ajudou a aprovar o tratado de Redução dos Arsenais, o qual destinou dinheiro para o desmantelamento de parte dos arsenais nucleares montados pelos EUA e pela União Soviética durante a Guerra Fria. Em comunicado, o presidente dos EUA, Barack Obama, elogiou o ex-colega no Senado como alguém "capaz de frequentemente deixar de lado as diferenças partidárias para fazer as coisas".

As informações são da Associated Press.

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