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Vários tipos de aminoácidos, os componentes básicos da vida na Terra, foram encontrados em amostras retiradas de um asteroide por uma sonda espacial japonesa em 2019, afirma um estudo publicado nesta sexta-feira.

Os aminoácidos e outras matérias orgânicas do asteroide Ryugu "podem fornecer pistas sobre a origem da vida na Terra", de acordo com o estudo da Universidade de Okayama (oeste do Japão).

"A descoberta de aminoácidos capazes de formar proteínas é importante porque o Ryugu não foi exposto à biosfera da Terra, ao contrário dos meteoritos”, destaca o estudo.

Por este motivo, "sua detecção demonstra que pelo menos alguns destes componentes básicos da vida na Terra podem ter se formado em ambientes espaciais", acrescenta.

Os cientistas identificaram 23 tipos diferentes de aminoácidos em 5,4 gramas de amostras de rocha e poeira coletadas no asteroide pela sonda japonesa Hayabusa-2, cuja cápsula retornou à Terra no fim de 2020 com sua carga após uma missão de seis anos.

O asteroide Ryugu ("Palácio do Dragão" em japonês), descoberto em 1999, está a mais de 300 milhões de quilômetros da Terra e tem menos de 900 metros de diâmetro.

Os cientistas acreditam que parte do material do asteroide foi criado há quase cinco milhões de anos, após o nascimento do sistema solar e não foi aquecido acima de 100 graus Celsius.

De acordo com outro estudo publicado na quinta-feira na revista americana "Science", o material coletado no Ryugu tem "uma composição química que se assemelha mais à fotosfera do Sol" que a dos meteoritos.

"Os cientistas têm questionado como a matéria orgânica - incluindo aminoácidos - foi criada ou de onde veio, e o fato de que aminoácidos foram descobertos na amostra oferece uma razão para pensar que os aminoácidos foram trazidos para a Terra a partir do espaço", declarou à AFP Kensei Kobayashi, especialista em astrobiologia e professor emérito da Universidade Nacional de Yokohama.

Outra teoria sobre a origem dos aminoácidos indica que foram criados na atmosfera primitiva da Terra por meio de relâmpagos, por exemplo.

A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) precisa, assim como qualquer outra, ser desenvolvida com atenção e cuidado, a fim de que o aluno possa obter o melhor desempenho. E para que isso seja possível, é preciso respeitar alguns critérios. Um deles é saber quais são os elementos que não podem ser deixados de fora da conclusão da redação do Enem.

Na prova de produção textual, o candidato deve elaborar um texto dissertativo-argumentativo, defendendo uma tese acerca do tema proposto – que deverá ser de cunho científico, cultural, social ou político. A tese, por exemplo, deve estar embasada em argumentos pertinentes. O candidato precisa, ainda, desenvolver uma proposta de intervenção social de forma que o problema mostrado no texto respeite as diretrizes dos direitos humanos.

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Já no que tange a proposta de intervenção, o professor de redação Diogo Xavier destaca que ela é um ponto importante no texto. “Para o Enem, o elemento básico obrigatório é a Proposta de Intervenção Social para o problema abordado no texto, resumido de forma simples como "solução". Não precisa, necessariamente, estar na conclusão, mas é a parte mais indicada, após a discussão do problema", explica. 

O docente ainda complementa: "Mas, considerando a estrutura lógica da dissertação argumentativa em geral, é interessante que a conclusão sirva como um fechamento do que foi discutido". Diogo Xavier ainda esquematiza uma estrutura de conclusão que funciona na produção textual. Confira abaixo:

- Reafirmação de tese: em um período, não muito longo, resume a opinião discutida no texto (problema, causa, consequência...).

- Intervenção: se possível em um ou dois períodos, deve contemplar a AÇÃO, o AGENTE, o MEIO de viabilizar, a FINALIDADE (consequência pretendida) e um DETALHAMENTO, como exemplo, justificativa, efeito (derivado da finalidade), etc. Se fizer duas intervenções, apenas uma precisa estar completa, com esses 5 elementos.

- Perspectiva futura: o que é provável que aconteça caso a intervenção seja colocada em prática - não precisa ser muito específico e pode fazer um "gancho" com a referência apresentada na introdução.

Exemplo: 

São evidentes, destarte, os entraves enfrentados pelos indígenas [resumo da tese, que apresentou os desafios enfrentados pelos indígenas]. Cabe, portanto, ao Ministério da Educação [agente], por meio de consulta a antropólogos e historiadores [meio], a elaboração e distribuição de cartilhas para todas as escolas [ação], com informações atualizadas e aprofundadas a respeito das condições de vida dos índios [detalhamento], visando a combater a ignorância nesse assunto [finalidade]. Além disso, a sociedade civil organizada deve, em parceria com o Ministério Público, exigir judicialmente à União o cumprimento da lei, a fim de efetivar as demarcações territoriais, devolvendo as terras aos ocupantes originais [segunda intervenção, menos completa]. Com isso, a população poderá se orgulhar em dizer que país é este. [perspectiva futura - gancho com a introdução, que citou o fim da música Que País é Este, de Legião Urbana]”, explica.

A professora Amanda Batista destaca: “O objetivo da conclusão é resolver os problemas discutidos ao longo do texto, então, normalmente, o texto dissertativo-argumentativo vai ser composto por dois desenvolvimentos. Cada desenvolvimento vai ter um problema relacionado ao tema. Logo, a conclusão precisa ter a resolutiva desses dois problemas discutidos ao longo do desenvolvimento”, pontua.

“Para que isso seja feito de forma organizada, coesa, o aluno precisa responder algumas perguntas. Normalmente, ele responde duas vezes essas perguntas porque são dois problemas, foram dois problemas levantados em cada desenvolvimento. Então nós teremos aí quem vai fazer, que é o nosso querido agente interventor, que também deve ser pensado de uma forma criativa, de uma forma política. A maioria dos adolescentes que vão fazer a redação colocam somente o Governo Federal, esquecem que nós temos uma Câmara dos Deputados, esquecem que nós temos ministérios e é interessante que o aluno conheça o funcionamento do governo na nação brasileira para que ele saiba desenvolver outros agentes interventores e não fique restrito somente ao Governo Federal. Lembrando que muitos também não sabem qual é a função do Governo Federal e às vezes podem colocar algo que é de responsabilidade do governo estadual no Governo Federal, como, por exemplo, a relação do transporte público", explica a docente.

Para além do agente interventor, existe um detalhamento importante a ser feito no texto - e que é o que mais demanda do estudante, de acordo com a docente. “Interessante é que esse detalhamento, que vai ser a chave na realidade para a conquista desses bons pontos aí na C5 (competência 5), é o que o aluno tem mais dificuldade de fazer, justamente por causa desse impasse em não entender muito sobre política, por isso que é muito bom que o aluno dê uma olhadinha nos vídeos do plano piloto, que inclusive é um projeto do governo, está disponível no YouTube, você pode aprender mais sobre vários agentes interventores da redação e como eles funcionam", ressalta a professora Amanda Batista.

“Logo, a nossa proposta de intervenção vai responder algumas perguntas e essas perguntas são: quem vai fazer, o que e como. Então é interessante que o aluno pense em responder duas vezes essas três perguntas, cada uma para um problema levantado em um desenvolvimento. E essas são as dicas da conclusão”, finaliza a docente.

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