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O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, ameaçou nesta segunda-feira (19) expulsar da entidade os clubes e jogadores que participarem da "Superliga".

"Ainda estamos avaliando a situação com a nossa equipe jurídica, mas tomaremos todas as sanções que pudermos e iremos informa-los assim que pudermos. Minha opinião é que o mais rápido possível eles devem ser banidos de todos os nossos torneios e os jogadores de todas as nossas competições", disse Ceferin em uma reunião de emergência da Uefa.

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O encontro desta segunda-feira estava previsto para confirmar os planos de extensão da Liga dos Campeões, mas ele foi ofuscado pela notícia da criação da "Superliga".

"A Uefa e o mundo do futebol estão unidos contra essa proposta vergonhosa e egoísta, que foi motivada pela ganância. Estamos todos unidos contra esse projeto absurdo", declarou Ceferin.

O jornal "Tuttosport" informou que o dirigente esloveno se sentiu "traído" pelo presidente da Juventus, Andrea Agnelli, um dos principais defensores do projeto da "Superliga".

A iniciativa reúne o chamado "big six" da Inglaterra (Arsenal, Chelsea, Liverpool, City, United e Tottenham), os três times de maior torcida da Itália (Inter, Milan e Juve) e três clubes da Espanha (Atlético de Madrid, Barcelona e Real).

O torneio terá duelos nos meios de semana e será organizado pelos clubes fundadores. O objetivo é iniciar a competição "assim que for possível". O projeto foi elaborado por conta do descontentamento dos times mais ricos com a distribuição de dinheiro pela confederação europeia e às tentativas das equipes de aumentar a arrecadação.

Ferguson e Neville detonam Superliga Europeia: 'Os clubes deveriam ter vergonha'

O plano de uma Superliga Europeia, que foi anunciado neste domingo com a adesão de grandes clubes de Inglaterra, Itália e Espanha, não foi aprovado por dois grandes ídolos do Manchester United: o ex-treinador Alex Ferguson e o ex-atacante Gary Neville. Ambos consideraram que seria uma quebra das tradições do esporte e seria contra os critérios esportivos.

"Falar de uma Superliga é um movimento para longe de 70 anos de futebol dos clubes europeus. Como jogador para um time provincial Dunfermline nos anos 1960 e como técnico no Aberdeen vencendo a Copa dos Vencedores de Copa Europeus, para um pequeno clube provincial na Escócia era como subir o Monte Everest", comparou Ferguson, que posteriormente venceu duas Ligas dos Campeões e treze edições do Campeonato Inglês pelo Manchester United.

"O Everton está gastando 500 milhões de libras (cerca de R$ 4 bilhões) para construir um novo estádio com a ambição de jogar a Liga dos Campeões. Torcedores de todo lugar amam a competição como é", completou Ferguson.

A ideia da Superliga é ter 15 clubes fixos como participantes, independentemente dos seus resultados anteriores. Já teriam aderido 12 clubes: seis da Inglaterra (Liverpool, Manchester United, Manchester City, Arsenal, Tottenham e Chelsea), três espanhóis (Barcelona, Real Madrid e Atlético de Madrid) e três italianos (Juventus, Milan e Inter de Milão). O Paris Saint-Germain se recusou a participar, assim como o Bayern de Munique e os demais clubes alemães.

Gary Neville foi ainda mais incisivo. "Eu não sou contra a modernização das competições de futebol, nós temos a Premier League (Campeonato Inglês), temos a Liga dos Campeões. Mas trazer essas propostas em meio à pandemia de covid, em meio à crise econômica que existe para todos os clubes é um escândalo absoluto. O United e o resto dos 'seis grandes' que assinaram por isso deveriam ter vergonha de si mesmos" opinou o ex-atacante, hoje comentarista do canal de TV Sky Sports.

"O Arsenal está nisso? Eles acabaram de empatar com o Fulham, o Manchester United está empatando com o Burnley (acabaram vencendo por 3 a 1). Eu não consigo me concentrar no jogo. Assinar para uma Superliga durante a temporada é uma piada, deveriam tirar pontos de todos os seis", criticou o ex-jogador.

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Até o governo britânico se manifestou. "Torcedores de futebol estão no coração de nosso esporte nacional e qualquer decisão grande deve ter o apoio deles. Ao lado de muitos fãs, estamos preocupados que esse plano possa criar uma casa fechada no topo do nosso jogo nacional", afirmou o ministro da cultura do Reino Unido, Oliver Dowden. Na França, o governo aplaudiu o PSG por não aderir ao projeto.

A Fifa também se manifestou contra a criação da nova competição, mas pediu um diálogo entre os clubes e a Uefa.

O que é a Superliga?

Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Tottenham, Milan, Juventus e Inter de Milão anunciaram neste domingo a criação de uma Superliga, competição que promete reunir os melhor clubes europeus e substituir as atuais competições continentais.

A iniciativa já vinha ganhando corpo nos últimos anos e é oficializada agora, na véspera de um encontro da Uefa que pretende anunciar mudanças no formato da Liga dos Campeões, aumentando os jogos entre equipes grandes e reformando o calendário dos principais clubes europeus. O formato seria semelhante ao das grandes ligas esportivas dos Estados Unidos, como a NBA e a NFL.

Ligas da Alemanha, Inglaterra, Espanha, Itália e França criticaram o anúncio. Uefa e Fifa prometem punir os clubes envolvidos, com a exclusão de participação em competições nacionais e impedindo que seus atletas possam defender as cores de suas respectivas seleções.

A Associação Europeia de Clubes se opôs à criação da competição, mesmo comandada por Andrea Agnelli, presidente da Juventus - um dos clubes signatários do novo formato. Em comunicado, o órgão diz que mantém confiança no seu trabalho para o desenvolvimento do futebol na Europa, conjuntamente com a Uefa, a partir das mudanças que entrarão em vigor em 2024.

O novo formato seria composto pelos 12 clubes que anunciaram a criação da Superliga neste domingo, além de outros três que ganhariam o caráter de clubes fundadores. Outras cinco equipes seriam selecionadas a partir do desempenho apresentado na temporada anterior. Os 20 clubes seriam divididos em dois grupos, com dez equipes em cada, e atuariam em partidas de ida e volta. Os times mais bem posicionados avançariam à fase de mata-mata.

Com informações da Agência Estado e Ansa

A cidade de Ferguson (centro dos Estados Unidos) foi declarada em estado de emergência nesta segunda-feira, um dia depois de manifestações pacíficas para lembrar a morte, há um ano, de um jovem negro desarmado nas mãos da polícia terminarem em troca de tiros.

O estado de emergência vigora - além de Ferguson - em todo o condado de Saint Louis, capital do estado do Missouri, anunciaram as autoridades.

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"Em vista da violência de ontem à noite (domingo) e dos distúrbios na cidade de Ferguson, e do risco de causar danos a pessoas e imóveis, estou exercendo o meu poder como autoridade do condado para proclamar o estado de emergência, que entra em vigor imediatamente", disse Steve Stenger, no comando do governo local.

A decisão foi tomada depois da acusação do jovem Tyrone Harris, de 18 anos, vinculado ao tiroteio de domingo em Ferguson.

O fato ocorreu depois de um dia de protestos pacíficos um ano depois de a polícia atirar e matar o jovem negro Michael Brown.

Harris foi acusado de agressão contra um policial, de ação criminosa armada e de efetuar disparos, informou a polícia em um comunicado.

Originário da localidade de Northwoods, também no condado de Saint Louis, Harris permaneceu hospitalizado nesta segunda-feira devido aos ferimentos sofridos durante a troca de tiros.

Enquanto isso, no centro da cidade de Saint Louis, mais de 50 manifestantes foram detidos depois de erguer uma barricada ao redor da corte federal de justiça durante um protesto ao meio-dia, informaram veículos locais.

Ao tiroteio de domingo somou-se o saque de pelo menos dois estabelecimentos comerciais em Ferguson, em uma área comercial próxima do local onde Brown foi morto.

"Acho que é uma pena que um dia bonito acabe assim", disse Dellena Jones, dona de um salão de cabeleireiro que ficou em ruínas após os distúrbios.

"Algumas pessoas entraram em algumas de nossas lojas, assim estamos todos nos ajudando uns aos outros", declarou à AFP nesta segunda-feira.

"Ruínas"

A secretaria do Departamento de Justiça, Loretta Lynch, condenou duramente a violência de domingo ao comparecer a um congresso do sindicato de policiais em Pittsburg (Pensilvânia, leste).

"A violência não só ofusca qualquer mensagem de protesto pacífico, mas põe em risco a comunidade e os agentes que tentam protegê-la", disse.

Um homem que fugiu do local encontrou quatro detetives à paisana em uma caminhonete e abriu fogo contra o veículo, afirmou em uma entrevista coletiva Jon Belmar, chefe de polícia do condado de St. Louis, ao qual pertence Ferguson.

"Os quatro atiraram contra o suspeito, que caiu ferido", disse Belmar.

O homem está em "condição crítica, instável".

Um vídeo mostra um homem negro algemado, sangrando profundamente.

O dia comemorativo tinha transcorrido pacificamente até que um grupo de manifestantes começou a causar alvoroço na última hora da tarde.

Mais cedo, um grupo de 300 pessoas se reuniu mais cedo para a homenagem, durante a qual fizeram quatro minutos e meio de silêncio e soltaram duas pombas brancas para lembrar as quatro horas e meia durante as quais o corpo de Brown permaneceu estendido de barriga para baixo no chão de uma rua residencial antes de ser levado.

A revolta contra a morte do jovem e de outros afro-americanos nas mãos da polícia tem alimentado uma mobilização nacional. Nas redes sociais, a hasthtag #BlackLivesMatter tem virado o catalizador dos protestos.

O pai do rapaz negro de 18 anos, que ficou gravemente ferido após ter sido baleado pela polícia da cidade de Ferguson (EUA) quando ele atirou em quatro policiais à paisana, disse que as autoridades estão mentindo e que seu filho estava desarmado.

Tyrone Harris disse à Associated Press que seu filho, Tyrone Harris Júnior, foi baleado de oito a 12 vezes. De acordo com a polícia, o estado do jovem é crítico e instável.

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Harris afirma que seu filho foi pego em uma disputa entre dois grupos e "saiu correndo para salvar sua vida" quando foi baleado pela polícia.

O tiroteio aconteceu na noite de domingo no aniversário da morte de Michael Brown, que estava desarmado e foi morto a tiros por um policial branco no ano passado.

O chefe de polícia do condado de St. Louis, Jon Belmar, disse que o suspeito estava entre as seis pessoas que dispararam tiros durante um protesto. Segundo Belmar, o suspeito avistou uma caminhonete com quatro policiais à paisana e disparou contra o para-brisa. Todos os quatro reagiram e atiraram contra o jovem. Fonte: Associated Press.

Nos dias que sucederam a morte do adolescente negro Michael Brown pelo policial Darren Wilson em Ferguson há um ano, manifestantes lotaram as ruas demandando que a polícia fosse responsabilizada e pedindo o fim do que chamaram de uma brutalidade sistêmica contra minorias. Longe de acabar, o que começou como marchas espontâneas se transformou num movimento poderoso, impulsionado por mais mortes de negros desarmados em Cleveland, Nova York e Baltimore.

Descentralizadas em sua estrutura e movidas pelas redes sociais, a campanha "Black Lives Matter" (As Vidas dos Negros Importam, em inglês) emergiu no último ano como uma força política e social dos Estados Unidos. Observadores acreditam que ela ajudou a aumentar o uso de câmeras por policiais, a mudar o rumo de indiciamentos de policiais em casos de tiroteios e alterar atitudes públicas.

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Os protestos, que se espalharam pelo país, tem sido reconhecidos por autoridades, celebridades e atletas, além de terem emergido como um tema em eventos de campanha para as eleições presidenciais de 2016.

Pesquisa realizada pelo Pew Research Center concluiu que metade dos norte-americanos acredita que racismo é um grande problema na sociedade, número muito maior do que o verificado há cinco anos, quando 33% da população respondeu dessa forma. Entre a população branca, 44% consideraram o racismo um problema generalizado, aumento de 17 pontos porcentuais ante a pesquisa de 2010.

Ainda assim, negros norte-americanos e brancos tem opiniões fortemente divididas com relação às manifestações que já ocorreram em várias cidades. Em pesquisa feita pelo Wall Street Journal e a NBC, a maioria dos respondentes negros disseram que os eventos refletem uma frustração antiga com maus-tratos enquanto a maioria dos brancos escolheu uma segunda explicação: "as pessoas buscam desculpas para promover saques e violência".

Em Ferguson, uma marcha ainda neste domingo deve começar no local onde o adolescente Michael Brown foi morto. Centenas de pessoas estavam reunidas no começo do dia na cidade antes do início da marcha. Depois de um momento de silêncio, uma homenagem deve ser celebrada numa igreja local. Outros eventos estão marcados para ocorrer em Ferguson e na cidade próxima de Saint Louis. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.

A polícia de Saint Louis, Misosuri (centro dos Estados Unidos) anunciou neste domingo que deteve dentro da investigação sobre os disparos contra os dois policiais no subúrbio vizinho de Ferguson, cenário de atos de violência depois da morte de um jovem negro em agosto passado.

"Uma pessoa foi detida em relação aos disparos contra dois agentes de Ferguson", afirmou a polícia em sua conta do Twitter.

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O suspeito foi identificado como Jeffrey Williams, de 20 anos, e a polícia o acusa de ter disparado contra dois policiais durante prostestos antirracistas na quinta-feira passada.

"Basicamente o acusamos dos disparos", afirmou o promotor do condado de St. Louis, Robert McCulloch. "É possível, no ponto em que estamos na investigação, que tenha disparado para outra pessoa, mas acabou pegando no policial. De modo que a acusação continua sendo agressão qualificada", afirmou, acrescentando que uma arma foi apreendida e que se acredita que Williams é o único autor dos disparos.

O tiroteio aconteceu na madrugada de quinta-feira e deixou dois policiais feridos.

Ferguson viveu no ano passado várias semanas de manifestações marcadas pelos distúrbios depois da morte de um jovem negro de 18 anos, Michael Brown, assassinado pelo policial branco Darren Wilson, de 28 anos, que deixou a polícia, mas não foi processado.

O departamento da Justiça se negou a acusar o policial com o argumento de que foi um ato de legítima defesa.

Mas o departamento também emitiu um devastador relatório contra as práticas policiais em Ferguson que mostram com cifras o tratamento desigual em relação aos negros.

Depois deste informe, o chefe da polícia da cidade, Thomas Jackson, anunciou sua renúncia.

Horas depois, os dois policiais ficaram feridos ao final de uma manifestação perto da delegacia de polícia de Ferguson.

O chefe de polícia da cidade de Ferguson, Thomas Jackson, apresentou sua renúncia depois de um duro informe do Departamento de Justiça, elaborado na sequência da morte de um jovem negro Michael Brown por um policial branco.

Um funcionário municipal com conhecimento da situação disse que Jackson enviou na quarta-feira (11) a sua carta de renúncia. O funcionário não estava autorizado a falar sobre o assunto e pediu para manter o anonimato. A data definitiva da renúncia ainda não está definida.

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Jackson já havia resistido a pedidos prévios para que renunciasse após o incidente que matou Michael Brown, em agosto do ano passado, e a série de protestos violentos que se espalhou pelo estado do Missouri.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos emitiu na semana passada um informe no qual dizia não prestar queixa contra o oficial Darren Wilson, responsável pela morte de Brown, mas notou a existência de discriminação racial generalizada no departamento de polícia local. Fonte: Associated Press.

O presidente americano, Barack Obama, pediu recomendações concretas de agências federais nesta segunda-feira (1º) para garantir que os EUA não estão construindo uma "cultura militarizada" dentro da polícia. Obama defendeu o uso de câmeras de corpo por policias após um grand jury decidir não condenar um policial branco pela morte de um adolescente negro desarmado em Ferguson, no estado do Missouri.

Obama discursou uma após reunião com prefeitos, líderes dos direitos civis e autoridades judiciais e policiais na Casa Branca para discutir uma recente completa revisão dos programas federais que fornecem equipamento do estilo militar para departamentos de polícia locais, do tipo usado para dispersar protestos em Ferguson após a morte de Michael Brown. Apesar de não pedir para encerrar tais programas, Obama afirmou que há necessidade de criar transparência e confiança entre a polícia e as comunidade. "Isso não é um problema apenas de Ferguson. Este é um problema nacional", afirmou Obama.

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Em paralelo à reunião, a Casa Branca anunciou que quer que mais policiais usam câmeras que capturam as suas interações com os civis. Os instrumentos são parte de um pacote de gastos de US$ 263 milhões para ajudar os departamentos de polícia a melhorar suas relações com a comunidade. Do total, US$ 74 milhões serão usados para ajudar a pagar por 50 mil câmeras pequenas de lapela que registram os policiais no trabalho. Os governos estaduais e locais vão arcar com metade do custo. Fonte: Associated Press.

O policial branco que atirou e matou o jovem negro Michael Brown, na cidade de Ferguson, em Missouri (EUA), pediu demissão. Darren Wilson, que estava em licença administrativa desde o tiroteio de 9 de agosto, pediu demissão com efeito imediato, de acordo com seu advogado, Neil Bruntrager. Um advogado da família de Brown não retornou imediatamente os pedidos para comentar o caso.

Mais de 100 manifestantes se reuniram neste sábado perto da sede da polícia. Pelo menos uma pessoa foi presa depois de um breve confronto, e muitos pareciam ser indiferentes à demissão do policial. "Não estávamos atrás do emprego de Wilson", declarou, mais tarde, o ativista de direitos civis, Al Sharpton, por meio de nota. "Estávamos buscando justiça para Michael Brown".

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Brown estava desarmado quando Wilson atirou e o matou no meio de uma rua de Ferguson, onde seu corpo foi deixado por várias horas enquanto a polícia investigava o caso. Algumas testemunhas disseram que Brown estavam com as mãos para o alto quando Wilson atirou. O policial disse para o júri que ele temia por sua vida quando Brown bateu nele e tentava pegar sua arma. O júri decidiu não indiciá-lo.

Wilson, que estava no Departamento de Polícia de Ferguson há menos de três anos, disse a um jornal local que decidiu pedir demissão após o departamento informar que tinha recebido ameaças de violência caso ele permanecesse na equipe. "Eu não estou disposto a deixar que alguém se machuque por minha causa", disse ele ao jornal. Fonte: Associated Press

Ativistas dos direitos civis dos Estados Unidos iniciaram neste sábado uma marcha de sete dias para reclamar uma profunda reforma da polícia e para denunciar o júri que rejeitou indiciar o policial branco que matou um adolescente negro desarmado em agosto passado, na localidade de Ferguson.

A Associação Nacional pelo Progresso da População de Cor (National Association for the Advancement of Colored People, NAACP) organizou a marcha de 192 kilómetros batizada "Jornada pela Justiça" a partir de Ferguson (Missiuri, centro), subúrbio da cidade de San Luis, onde Michael Brown foi morto em 9 de agosto, até Jefferson City, a capital do estado.

Um grupo com cerca de cem integrantes, que deverá crescer ao longo do trajeto, pedem a destituição d chefe da polícia e reformas no corpo policial acusado de racismo.

Quinze pessoas foram presas na noite de sexta-feira em Ferguson durante novos protestos contra a libertação do policial Darren Wilson.

jm/jm/dg/cd/cn

Manifestantes forçaram nesta sexta-feira o fechamento de um shopping em Saint Louis (Missouri) para exigir o boicote às compras na "Black Friday" e justiça diante da morte de um jovem negro desarmado baleado por um policial branco na vizinha Ferguson.

Dezenas de manifestantes, incluindo crianças, gritavam "Sem justiça, sem paz" e "Parem de comprar e se unam ao que aconteceu", enquanto outros carregavam cartazes em que pediam o boicote à data promocional do comércio americano.

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Cerca de 100 pessoas permaneceram deitadas no chão durante vários minutos para simbolizar as mais de quatro horas em que Michael Brown, de 18 anos, permaneceu na calçada depois de ser morto a tiros pelo policial branco em Ferguson.

Um Grande Juri decidiu na segunda-feira não julgar o policial que disparou contra Brown, decisão que provocou incêndios e saques em Ferguson.

O protesto no shopping ocorreu durante a "Black Friday", que acontece um dia após o feriado de Ação de Graças com grandes descontos em produtos, levando a um consumo desmedido.

Algumas lojas do shopping permaneceram abertas, mas outras fecharam como medida de precaução.

Policiais disseram à AFP que receberam a ordem de esvaziar o prédio. Os manifestantes se mostraram satisfeitos por terem conseguido que diversas lojas fechassem.

"Agora é um movimento que se está espalhando pelo país e pelo mundo", disse a jornalista e ativista Kymone Freeman.

"Felizmente veremos mais [manifestações] como esta. Acho que os protestos da Black Friday continuarão durante a temporada de Natal", complementou.

Moradores da cidade de Ferguson, nos Estados Unidos, buscam retornar à normalidade nesta quinta-feira (27), feriado do dia de Ação de Graças, após uma onda de protestos inflamados pelo não indiciamento do policial que matou um jovem afrodescendente de 18 anos que estava desarmado.

Mas, apesar de comerciantes locais colocarem tábuas em janelas quebradas e limparem as ruas, manifestantes continuam a realizar protestos na região. Um grupo deles invadiu a prefeitura de St. Louis, a cidade vizinha, gritando "vergonha". Para contê-los, a polícia isolou o prédio e pediu o reforço de mais de cem agentes de segurança. Três pessoas foram presas.

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Outros 200 manifestantes fizeram passeata no centro de St. Louis e realizaram um julgamento falso de Darren Wilson, o policial que baleou e matou Michael Brown no dia 9 de agosto durante uma abordagem.

Horas após o crepúsculo da quarta-feira, dezenas de manifestantes permaneciam do lado de fora do departamento de polícia de Ferguson, gritando contra os soldados da Guarda Nacional, apesar de estar nevando. Ainda assim, nenhum confronto grave ocorreu e os policiais também estavam presentes em menor número.

O caso inflamou uma discussão racial pelos Estados Unidos, levantando debates sobre o tratamento dedicado pelos policiais aos afrodescendentes. Desde a decisão do júri de não abrir um julgamento formal contra Wilson foi tomada na segunda-feira, protestos tem ocorrido pelo país, como forma de chamar a atenção para o debate e para outras vítimas de ações policiais.

Na quarta-feira, em Nova York, os pais de Brown se reuniram a famílias de outros dois homens negros que foram mortos desarmados pela polícia. Juntos, eles rezaram por justiça na sede da Rede de Ação Nacional, do bairro de Harlem. Fonte: Associated Press.

Celebridades do cinema e estrelas do esporte expressaram sua frustração e comoção diante dos protestos violentos em Ferguson, no Missouri, após a decisão de um Grande Juri de não julgar um policial branco pela morte de um jovem negro desarmado.

O lendário jogador de basquete Magic Johnson, hoje aposentado, disse em sua conta do Twitter que está "muito decepcionado com a decisão do caso de Michael Brown". "Temos que trabalhar juntos para deter a perda desnecessária de jovens negros. A justiça não foi feita em Ferguson", afirmou.

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Já o astro da equipe de basquete do Lakers de Los Angeles, Kobe Bryant, disse que "o sistema permite matar jovens negros acima dos termos da lei". Serena Williams, estrela do tênis, declarou que é simplesmente vergonhoso. "O que mais é necessário?" - indagou.

O mundo do entretenimento e do espetáculo também se manifestou. O crítico e cineasta Spike Lee publicou uma foto do adolescente assassinado com a legenda "Somos Mike Brown". Macklemore, rapper vencedor do Grammy, afirmou que "o sistema que infunde e protege a supremacia branca ganha de novo. A humanidade perde. Não há justiça. Rezo por Mike Brown e sua família. É tão triste".

A cantora pop Katy Perry, em turnê pela Austrália, tuitou: "estou me sentindo agredida por todo caminho até aqui em Sydney vendo as notícias deste momento. Envio minhas orações a Ferguson e oro por uma América igualitária". "Tenho o coração destroçado com as notícias de Ferguson. Vamos todos orar pela paz", disse o músico Pharrel Williams, autor de "Happy".

O comediante Chris Rock citou a ativista de direitos civis W.E.B. Du Bois, afirmando que "o sistema não pode falhar com aqueles que nunca teve a intenção de proteger". A cantora e atriz Cher diz ter um problema "com a decisão de não levar a julgamento o policial que matou um jovem perto de Saint Louis", mas acrescentou: "havendo dito isso, a violência não é a resposta. Eu voto por mudanças de leis. Deve haver uma mudança de atitude e equilíbrio na polícia e na legislação".

Autoridades da cidade de Ferguson, no Missouri, pediram que os moradores fiquem em suas casas na noite desta terça-feira para "permitir que a paz se instale" e prometeram se reconectar com a comunidade predominantemente negra do subúrbio de St. Louis. A morte de um jovem negro de 18 anos desarmado por um tiro de um policial branco tem motivado confrontos na cidade entre manifestantes e forças de segurança.

De acordo com depoimento do governo do município, autoridades têm estudado como aumentar o número de afro-americanos inscritos nas academias de polícia e como captar recursos para instalar câmeras nos carros de patrulha e nos uniformes policiais. "Nós planejamos aprender com esta tragédia", dizem as autoridades em nota.

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O advogado da família de Michael Brown, o jovem negro morto pelo policial, informou que o funeral e o serviço memorial ocorreriam na segunda-feira, mas que a hora e o local não estavam definidos.

Uma multidão se reuniu na tarde desta terça-feira em uma região próxima a St. Louis após policiais matarem um homem que portava uma faca, suspeito de roubar uma loja. O chefe de polícia Sam Dotson afirmou que o suspeito agiu de forma errática e disse para os policiais: "atirem em mim agora, me matem agora".

Na noite da segunda-feira, mais um protesto encheu as ruas de Ferguson e policiais dispersaram a multidão com bombas de efeito moral. Segundo o capitão Ron Johnson, da patrulha rodoviária do Missouri, garrafas e coquetéis molotov foram arremessados da população contra os policiais. A polícia atirou em ao menos duas pessoas e outras 31 foram detidas. O capitão não tinha informações sobre o estado de saúde dos atingidos por disparos.

Um fotógrafo da agência Getty Images foi preso enquanto cobria a manifestação e liberado horas mais tarde. Dois repórteres alemães também foram detidos, por três horas.

Um julgamento poderia ter início nesta quarta-feira para determinar se o policial Darren Wilson deveria ser responsabilizado pela morte de Brown, afirmou o porta-voz da procuradoria de St. Louis, Ed Magee. O procurador-geral, Eric Holder deve viajar à região na próxima semana para se encontrar com o FBI e outras autoridades responsáveis pela investigação do caso. Fonte: Associated Press.

A raiva em razão da morte de um adolescente negro por um policial branco deu início a mais uma manhã de banho de sangue e caos após manifestantes e policiais entrarem em confronto na cidade norte-americana de Ferguson, no Missouri.

No momento em que a fumaça e o gás lacrimogêneo acabaram, uma pessoa foi dada como gravemente ferida e tinha recebido tiros. Sete manifestantes foram presos, disse a polícia numa coletiva de imprensa durante a madrugada deste domingo.

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A polícia declarou que não sabia quem foi o responsável pelos tiros, o que está sendo investigado. Não foram divulgaram detalhes sobre a vítima e a hipótese de que o tiroteio tenha envolvido policiais foi dada como remota.

A noite de sábado marcou uma semana desde que o policial de Ferguson, Darren Wilson, atirou e matou o jovem de 18 anos Michael Brown. A morte deu início a tensão racial no subúrbio de maioria negra e levou a diversos enfrentamentos entre policiais e manifestantes.

O governador do Missouri, Jay Nixon, declarou estado de emergência em Ferguson. O anúncio de um toque de recolher a partir da meia noite, anunciado no sábado, veio depois de novas tensões na cidade.

Segundo o capitão da polícia Ron Johnson, o encontro violento na noite de sábado para domingo não ocorreu porque as autoridades estavam tentando implementar o toque de recolher que vai até as 5 da manhã no horário local. Em vez disso, ele disse que times da SWAT só agiram depois que houve informação sobre problemas.

As multidões que ocupavam a rua diminuíram consideravelmente na noite de sábado em meio a fortes chuvas e pedidos da polícia para que se respeitasse o toque de recolher. Enquanto manifestantes gritavam "sem justiça, sem toque de recolher", a polícia usou alto-falantes para avisar que eles estavam violando a medida. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O ex-atacante e maior artilheiro das Copas do Mundo, Ronaldo, desaprovou o comentário do técnico do Manchester United, Alex Ferguson. O comandante dos Red Devils chamou o brasileiro de gordo ao compará-lo com o português Cristiano Ronaldo. Durante a visita à Arena Pernambuco, neste terça-feira, o ex-jogador, visivelmente mais magro, respondeu de forma educada.

“Ele não me viu depois do Medida Certa. Respeito a opinião dele, mas eu tenho uma história feliz no futebol e não tenho a pretensão de ser o melhor de todos. Foi um comentário deselegante sobre o meu antigo aspecto físico. Desapropriado para um Sir”, afirmou.

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A precoce eliminação do Manchester United foi a maior surpresa da fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa. Atual vice-campeão da competição, os Diabos Vermelhos ficaram em terceiro lugar no Grupo C, atrás de Benfica e Basel-SUI. A desclassificação foi decretada após a derrota por 2x1 para o Basel.

O resultado negativo foi uma frustração para os jogadores e o técnico Alex Ferguson. “Estamos decepcionados. Não tem como se sentir de outra forma”, lamentou Ferguson, no comando da equipe desde 1986. O lateral Evra disse que a situação é constrangedora, mas que o time pagou pelos erros ao longo da competição.

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O único consolo do United é que o rival doméstico, Manchester City, também não se classificou para as oitavas de final. O City venceu o Bayern de Munique por 2x0, mas acabou em terceiro, atrás de Napoli e Bayern.

No Grupo B, os classificados foram Inter de Milão e CSKA Moscou. No Grupo D, Real Madrid e Ajax. Antes, já tinham se garantido na próxima fase: Chelsea, Bayer Leverkusen, Arsenal, Olympique de Marselha, APOEL, Zenit, Barcelona e Milan.  

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