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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reforçou hoje a necessidade de as economias ao redor do mundo seguirem com os ajustes fiscais, em especial as avançadas, mas alertou que esse processo deve ocorrer dando suporte também ao crescimento e ao emprego. Até porque, em 2011, como o próprio Fundo ressalta, os déficits fiscais caíram significativamente em muitas economias avançadas. "O ajuste fiscal nos países avançados deve ocorrer com apoio ao crescimento e emprego", diz o FMI na versão atualizada do relatório "Monitor Fiscal", publicada em setembro do ano passado.

O FMI reconhece que se trata de um grande desafio. "Uma vez que os riscos para baixo aumentam, a política fiscal tem de andar num caminho estreito", afirma. "Uma consolidação fiscal muito rápida em 2012 poderia exacerbar os riscos para baixo", acrescenta o Fundo. Os países com espaço fiscal, portanto, devem reconsiderar o ritmo de ajuste no curto prazo. "Mas a consolidação fiscal no médio prazo continua prioridade", diz o documento.

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Segundo o FMI, os déficits nas economias avançadas caíram ao redor de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) de um modo geral, graças, em grande parte, aos avanços feitos na Alemanha, onde o déficit recuou ao mesmo tempo em que houve resposta forte do lado de receitas e criação de emprego.

A Espanha também mostrou mais progresso nos ajustes fiscais, enquanto França e Itália tiveram avanços mais "modestos". Já na Grécia as autoridades devem aprovar novas medidas em relação à receita e aos gastos de modo a corrigir os "deslizes de suas políticas".

Outras duas economias avançadas, Estados Unidos e Japão, ainda precisam deixar mais claras suas estratégias para redução da dívida no médio prazo, algo que o FMI já havia alertado em 2011. No caso do Japão, o país deve ser a única grande economia avançada a ter expansão fiscal em 2012, mas isso por causa dos custos com a reconstrução do país após os danos causados pelos terremoto e tsunami ocorridos no início de 2011.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, afirmou hoje que, em razão dos riscos criados pela crise da dívida na Europa, o Fundo está rebaixando suas previsões de crescimento para boa parte do mundo, inclusive os países emergentes, que têm ajudado a guiar a expansão econômica, como Ásia e América Latina.

"Mesmo essas previsões mais baixas presumem um caminho político construtivo que, de forma nenhuma, está garantido", disse Lagarde. O FMI deve divulgar amanhã as atualizações para seu Relatório de Perspectiva Econômica Global, Monitoração Fiscal e Estabilidade Financeira.

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Em relação à Europa, Lagarde afirmou que o FMI vê um "risco considerável" de que a inflação cairá bem abaixo da meta no ano que vem, elevando as dívidas públicas e prejudicando ainda mais o crescimento. Assim, novas medidas de afrouxamento monetário, no tempo adequado, serão importantes para reduzir tais riscos.

Ao aumentar seus mecanismos de proteção contra choques financeiros, a Europa também será capaz de ajudar os bancos da região a elevar seus níveis de capital sem reduzir os empréstimos. Como parte dos projetos de integração no continente, Lagarde disse que a união monetária precisa receber suporte de uma integração financeira, por meio de uma supervisão unificada, uma única autoridade para regulamentação bancária e um único fundo de seguros de depósitos.

Lagarde também afirmou que a Europa pode se financiar por conta própria, por meio de eurobônus ou um fundo de resgate de dívidas. "Um acordo político sobre um bônus conjunto para escorar o compartilhamento de risco ajudaria a convencer os mercados da viabilidade futura da união monetária e econômica europeia".

A economia mundial enfrentará um colapso parecido com o do período da Grande Depressão na demanda, se a Europa não agir rapidamente para aumentar de forma dramática o tamanho da sua proteção contra a crise da dívida, implementar políticas pró-crescimento e integrar ainda mais a zona do euro, afirmou também a diretora-gerente do FMI. "Trata-se de evitar o momento de 1930, no qual a inércia, insularidade e ideologia rígida se juntam para causar um colapso da demanda global", afirmou Lagarde. As informações são da Dow Jones.

A Arábia Saudita e outros países emergentes prósperos vão querer uma maior influência nos afazeres do Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de uma contribuição para os novos recursos do fundo para as nações europeias atingidas pela crise financeira, afirmou o príncipe Turki al Faisal, membro da família real saudita.

O príncipe, que foi embaixador saudita nos EUA, afirmou que está claro que o FMI provavelmente vai precisar de recursos adicionais da Arábia Saudita, China e Índia para ajudar os países europeus e outros que estão enfrentando dificuldades econômicas. No entanto, "grandes nações em desenvolvimento não vão concordar em fornecer recursos sem ter uma maior voz nos afazeres do FMI", disse o príncipe em um discurso no Fórum de Competitividade Global, em Riad, Arábia Saudita.

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Na semana passada, o FMI informou que busca cerca de US$ 500 bilhões em capacidade de empréstimos adicional para ajudar a combater os efeitos da crise de dívida da Europa. Os membros da zona do euro contribuiriam com cerca de US$ 200 bilhões e o FMI espera que o restante venha de países como China, Brasil, Índia e outras economias emergentes.

O príncipe Turki não quis dizer após o discurso se a Arábia Saudita contribuiria para o FMI. Não ficou claro se as declarações contidas no discurso refletem o pensamento oficial do governo saudita. Além de ex-embaixador, o príncipe também foi diretor do serviço de inteligência de seu país no passado. As informações são da Dow Jones.

Um alto funcionário do governo japonês disse nesta quinta-feira que seu país está preparado para apoiar os esforços das nações europeias para estabilizar os mercados - inclusive fazendo empréstimos ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

"O Japão está preparado para apoiar os grandes esforços europeus para estabilizar o mercado, inclusive com empréstimos feitos por meio do FMI", disse o funcionário a jornalistas.

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As declarações ocorreram após autoridades da zona do euro e do FMI terem dito, na quarta-feira, que o fundo havia identificado a necessidade de recursos extras entre US$ 500 bilhões e US$ 600 bilhões para ajudar a Europa a enfrentar sua crise da dívida - e que era esperado um auxílio do Japão e da China. As informações são da Dow Jones.

Os funcionários do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão estudando maneiras de aumentar os cofres da instituição o suficiente para que possa "cumprir suas funções e representar um papel pleno e construtivo para assegurar a estabilidade global", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde.

O FMI estudou durante meses como aumentar seus cofres e alertou que as necessidades de pacotes de socorro emergenciais ao redor do mundo em meio ao crescimento da crise da dívida da zona do euro podem ser menos importantes que a base de caixa existente da instituição. Até agora, o Fundo não conseguiu convencer o G-20 a fazer uma promessa firme de dinheiro.

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O conselho do FMI pediu que os funcionários da instituição estudassem maneiras sobre como aumentar a capacidade de financiamento após a revisão de um relatório sobre a adequação da base de recursos existentes. "A administração e os funcionários do FMI vão explorar opções para aumentar o poder de fogo do Fundo, mediante garantias adequadas", disse Lagarde em um comunicado enviado por e-mail.

Não está claro de onde qualquer dinheiro adicional viria, mesmo que o fundo pedisse por uma injeção de recursos. Nem o FMI esclareceu publicamente o quanto pode precisar.

Os EUA, maior contribuinte do FMI, disse que não vai desembolsar mais dinheiro do que já emprestou ao Fundo. Alguns legisladores estão pressionando para que o governo revogue um empréstimo de € 100 bilhões feito ao FMI em 2009 para uma reserva de emergência. O Tesouro dos EUA estava planejando usar esse dinheiro para cumprir o compromisso dos EUA, previsto para este ano, a fim de dobrar a base de recursos normal do Fundo.

A Europa prometeu 150 bilhões de euros adicionais (US$ 191 bilhões ao FMI), dentro de um plano, segundo o qual o valor poderia ser alcançado por outros países, como China, Japão e Brasil. Mas essas nações disseram que a Europa precisa fazer mais para resolver sua crise de dívida antes de fazer compromissos oficiais.

"O maior desafio é responder à crise de maneira adequada e muitos diretores-executivos salientaram a necessidade e a urgência de esforços coletivos para conter a crise da dívida na zona do euro e proteger as economias ao redor do mundo das repercussões e contrações excessivas de produção e renda", destacou Lagarde no comunicado. As informações são da Dow Jones.

O alto custo do Brasil, calculado em dólares, é um problema particularmente espinhoso para a indústria. O setor de serviços, cujo encarecimento é a principal causa do fenômeno no País como um todo, está muito mais isolado da competição internacional. E o setor de matérias-primas, apesar de exposto à concorrência externa, se beneficia da grande alta de preços internacionais.

A indústria, porém, tem de lidar simultaneamente com o alto custo do Brasil e com preços internacionais deprimidos pela combinação da avassaladora e barata produção chinesa com a demanda combalida dos países ricos. "Ou o Brasil fica mais barato e aumenta a produtividade ou vamos virar precocemente uma economia de serviços", diz Júlio Sérgio Gomes de Almeida, diretor executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

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Ele acredita que há um processo de desindustrialização relativa, que define como o apequenamento da parcela da indústria diante da expansão dos serviços. Para Gomes de Almeida, o Brasil corre o risco de envelhecer, ficar caro e se desindustrializar antes de ficar rico.

O alto preço das commodities exportadas pelo Brasil e os fluxos de capitais são apontados como as principais razões para a valorização do real, o fator mais importante para explicar por que o País está tão caro. Os capitais são atraídos pela boa forma econômica do Brasil e pelos juros ainda bastante elevados, na comparação com as taxas próximas a zero do mundo rico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.

Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.

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Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.

Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.

Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que nos próximos dias vai avaliar o índice de inflação elaborado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) da Argentina. Há suspeitas de que os governos do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, manipulam o indicador.

O organismo destacou que "não serão aplicadas sanções contra a Argentina". No entanto, também indicou que não descarta a avaliação de "medidas baseadas nas recomendações que farão os integrantes da diretoria (do Fundo)".

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Nos últimos anos, o Fundo fez várias críticas ao sistema do Indec. Mas, em julho passado, o governo Kirchner - representado pelo então ministro da Economia, Amado Boudou, atual vice-presidente -, comprometeu-se com representantes do FMI a "melhorar" e "normalizar" as estatísticas, especialmente as relativas à inflação.

O prazo de 180 dias dado pelo Fundo para que o governo argentino comece a aplicar as recomendações dadas por duas missões técnicas do Fundo venceu ontem. Nesse período, o governo Kirchner não apresentou nenhuma medida para a "normalização" dos índices.

Ao longo de 2011, o governo da presidente Cristina deixou de lado o tom de confronto utilizado durante anos com o FMI. No ano passado, quando foi reeleita, Cristina Kirchner - pela primeira vez desde que o kirchnerismo chegou ao poder em 2003 - não utilizou slogans contra o FMI numa campanha eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que a crise da dívida europeia impõe um risco para "todas as economias do mundo", ao se encontrar com oficiais na Nigéria e sua primeira vista à África no comando da instituição.

"O que está acontecendo em economias avançadas, particularmente na Europa, é obviamente uma preocupação ao redor do mundo no momento", afirmou Lagarde em reunião com o presidente do Senado da Nigéria, David Mark.

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Por causa da severidade da crise e da dificuldade que os europeus têm ao lidar com ela, a crise terá um efeito triplo em todas as economias do mundo, acrescentou Lagarde. As informações são da Dow Jones.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje projeto de decreto legislativo que amplia a participação do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). O pacote de reforma na instituição, apoiado pelo governo brasileiro, precisa da ratificação do Legislativo. O documento enviado em outubro passado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso foi aprovado pelos deputados simbolicamente, sem o registro dos votos no painel eletrônico. Agora a matéria segue para a análise do Senado.

A mudança transfere cerca de 6% das quotas relativas aos países emergentes e em desenvolvimento, beneficiando o Brasil. "A União Europeia perde poder de decisão com o aumento de participação dos países emergentes", afirmou o relator da proposta na Câmara, deputado Doutor Rosinha (PT-PR). Com a mudança, o Brasil passará a deter 2,316% das quotas totais do Fundo, um aumento de 0,533 ponto porcentual, e será elevado da 14ª à 10ª posição no ranking dos quotistas.

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Representantes do DEM e do PSDB defenderam o voto a favor, mas fizeram discursos criticando o PT por ter defendido o "Fora FMI" no passado, quando fazia oposição ao governo, e agora está patrocinando o aumento de participação brasileira na instituição.

"O Brasil será instado a ter maior responsabilidade e interferência internacional", comemorou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). A reforma na instituição altera também a formação da diretoria executiva para acabar com as diferenças entre os cinco diretores de países com maior participação no Fundo - Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França, indicados por seus respectivos governos, - e os 19 demais diretores executivos, dentre os quais o do Brasil, que são eleitos. Com a mudança todos os diretores executivos passarão a ser eleitos.

A pressão sobre os mercados financeiros chegou a um ponto que requer uma ação "coletiva, decisiva", dos países europeus, afirmou a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, nesta sexta-feira. O crescente custo pago por vários países para realizarem empréstimos na zona do euro é uma mostra de como a crise está se disseminando, notou ela, em entrevista à Globonews. "Os riscos de contágio na Europa se materializaram."

É improvável que uma saída para a crise europeia seja imediata, já que o processo de consultas democráticas leva tempo, apontou Lagarde. Segundo ela, o Banco Central Europeu (BCE) pode ter de assumir um papel maior na resposta à crise da zona do euro.

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Lagarde disse que teve "algum conforto" diante do fato de que os líderes de França e Alemanha reconheceram nos últimos dias a necessidade de ações dos bancos centrais, e também com a tomada há dois dias de uma ação coordenada de bancos centrais para ajudar no combate à crise.

A diretora-gerente afirmou que serão necessárias soluções diferentes para aqueles países como a Grécia, que enfrentam problemas de solvência, e outros na zona do euro, que enfrentam problemas de liquidez. "O cronograma em relação aos dois assuntos é importante, mas as soluções são diferentes", disse Lagarde. O problema de liquidez, com o aumento dos custos para empréstimo, precisa ser enfrentado antes de se tornar um problema de solvência, destacou ela. As informações são da Dow Jones.

O Brasil vai fazer um novo aporte de recursos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para minimizar os efeitos da crise econômica mundial, principalmente na Europa. O anúncio foi feito após reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, em Brasília.

“O Brasil está disposto a colaborar com aporte. Desta vez o FMI não veio trazer dinheiro como no passado, mas veio pedir dinheiro para o Brasil emprestar. Prefiro ser credor do que devedor. Temos larga cooperação que vamos reforçar”, disse Mantega.

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Segundo o ministro, os recursos serão oferecidos para minimizar os efeitos da crise europeia. “Acredito que a zona do euro possui instrumentos para superar a crise, mas enquanto isso não ocorre a situação se deteriora. Nossa preocupação não é só com os países europeus, mas principalmente com os países emergentes”.

Apesar da garantia do reforço financeiro, os valores não foram definidos. Segundo Mantega, o montante deve ser decido entre os integrantes do Brics (Rússia, Índia, China e África do Sul) antes da reunião do G20, prevista para fevereiro. Além disso, os valores “estão condicionados a continuação de reforma de cotas [poder de voto no FMI] que já foram acertadas” nos dois últimos anos.

Mesmo tendo assegurado que o Brasil vai aportar recursos, Mantega cobrou que os países desenvolvidos façam o mesmo e reforcem o FMI. “Esperamos que todos os países compareçam. Vamos colocar nossos recursos, mas esperamos que eles também entrem com a parte deles, até porque se trata de países muito mais ricos e fortes do que nós”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pode oferecer à Itália um suporte financeiro de 400 bilhões a 600 bilhões de euros, a fim de dar ao novo governo de Mario Monti entre 12 e 18 meses para aprovar reformas suficientes para restaurar a confiança do mercado na capacidade de o país pagar a sua dívida, informou o jornal La Stampa na edição de hoje, citando fontes do órgão.

O "pacote Itália" do FMI consistiria de empréstimos a uma taxa de juro de 4% a 5%, abaixo dos 7% a 8% que o país pagou na maioria nos recentes leilões de bônus, de acordo com o diário.

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Segundo o La Stampa, o agravamento da crise de dívida da Europa, que elevou a pressão sobre os títulos da França e da Bélgica e levou um leilão de bônus da Alemanha ao fracasso, reforça a convicção do FMI de que a Itália é a nação que precisa urgentemente de suporte para evitar um colapso do euro.

O fundo quer conceder ao novo premiê italiano uma outra alternativa, se as suas reformas forem insuficientes para dissipar a especulação financeira, revelou o diário. Monti deve apresentar as reformas em 5 de dezembro, informaram os jornais italianos hoje.

O tamanho de qualquer resgate do FMI para a Itália seria tão grande que deve ser feito em coordenação com outras instituições, acrescentou o La Stampa. A Alemanha tem se posicionado contra a ampliação das compras pelo Banco Central Europeu (BCE) de títulos espanhóis e italianos no mercado aberto para sustentar os preços. As informações são da Dow Jones.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou ontem a reforma de suas principais linhas emergenciais de financiamento diante do agravamento da crise europeia. "O FMI foi chamado a melhorar sua caixa de ferramentas de empréstimos para ajudar seus membros a dar conta da crise. As novas ferramentas nos darão capacidade de responder mais rápido e de forma eficaz em benefício de todos os nossos membros", afirmou, em nota, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde.

Nessa reforma, o FMI substituiu a Linha de Crédito de Precaução (PCL, na sigla em inglês) por uma versão mais flexível e capaz de atender não só a "necessidades potenciais" de financiamento do déficit de balanço de pagamentos, mas também a crises já em andamento.

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A nova Linha de Precaução e de Liquidez (PLL) poderá ser usada para garantir liquidez em curto prazo, de menos de seis meses, ao país afetado. Nesse caso, o limite de crédito será de 250 vezes o valor da cota anual do país. Em situações especiais, nas quais a crise seja gerada por choques externos, esse teto poderá ser elevado para 500 vezes. A PLL poderá ainda ser demandada para uma ajuda mais robusta e de prazo mais largo, de 12 a 24 meses. O país teria acesso a um montante que pode alcançar 1.000 vezes o valor da cota anual. Essa modalidade estaria sujeita a revisões semestrais.

Ambas as versões do PLL têm como contrapartida o compromisso do país beneficiado com políticas de reforço dos fundamentos econômicos e de suas instituições. "Este é um passo a mais para a criação de uma rede efetiva de segurança financeira mundial para lidar com o aumento da interconexão no mundo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um mercado guiado pelo noticiário, a última boa notícia do dia ajudou o euro a subir em relação ao dólar e chegar ao fim da tarde ligeiramente acima de US$ 1,35. Hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou duas novas linhas de crédito que poderiam ajudar países em dificuldade da zona do euro a conseguirem novos empréstimos.

A notícia ajudou o euro a subir modestamente ante o dólar depois de ter passado boa parte da sessão em Nova York em ligeira queda. O euro tem sido "guiado pelas manchetes", observou Mark McCormick, estrategista cambial da Brown Brothers Harriman.

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Ao mesmo tempo, potenciais problemas de liquidez para o euro podem acabar por dar suporte à moeda comum europeia, comentou Vassili Serebriakov, estrategista cambial do Wells Fargo. "As pessoas têm argumentado que as tensões na Europa estão criando demanda adicional por euros, o que é difícil de mensurar e de rastrear, mas as dificuldades nos mercados de empréstimo de curto prazo na Europa podem estar provocando escassez de euros e, consequentemente, demanda adicional por parte do setor financeiro", analisou ele.

No fim da tarde, em Nova York, o euro era negociado a US$ 1,3505, de US$ 1,3490 ontem. O iene estava cotado a 76,98 por dólar, de 76,90 ienes por dólar ontem, e a 103,96 por euro, de 103,75 ienes por euro ontem. A libra estava em US$ 1,5639, de US$ 1,5655 ontem. As informações são da Dow Jones.

A insegurança dos agentes financeiros com os Estados Unidos e a Europa manteve os mercados sem direção única nesta terça-feira. Após reproduzir aqui a volatilidade do segmento externo de moedas, o dólar à vista fechou estável, mas ainda acima de R$ 1,80 pelo segundo dia consecutivo. Com um volume de negócios um pouco maior em meio ao fluxo cambial positivo, o dólar no balcão terminou cotado a R$ 1,806 (estável), após acumular alta de 3,56% nas cinco sessões anteriores. Na BM&F, o dólar à vista terminou com perda de 0,16%, a R$ 1,8030.

O dólar por aqui firmou-se em baixa a partir do meio da tarde, após o euro se fortalecer em relação à moeda dos Estados Unidos com a notícia de que o Fundo Monetário Internacional (FMI)aprovou duas novas linhas de crédito. Uma das linhas poderá permitir que os países tomem empréstimos de até dez vezes o valor de sua contribuição para o Fundo.

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Antes disso, várias notícias sustentaram o vaivém do dólar. No começo do dia, a moeda recuou em meio a certo alívio dos investidores com a decisão das principais agências de classificação de risco de manter inalterados os ratings dos EUA, apesar do fracasso das negociações do supercomitê para reduzir despesas do orçamento do país, que favoreceu o avanço da moeda. Depois, no entanto, as más notícias minaram o ambiente de negócios. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 2,0% no terceiro trimestre, segundo dados revisados, numa leitura menor do que o dado inicial, de expansão de 2,5%, e também abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 2,3%. Na Europa, subiu a taxa de retorno ao investidor dos títulos da Espanha vendidos em leilão assim com foi recorde o custo do seguro da dívida (CDS) do país, da Bélgica, da França e até da Alemanha.

No mercado local, os dados do setor externo brasileiro em outubro não surpreenderam, apesar da primeira queda no ano do Investimento Estrangeiro Direto (IED), que foi atribuída à base forte de comparação em 2010 e também à crise internacional. O fluxo cambial em novembro até o dia 18 foi positivo em US$ 1,207 bilhão, com entrada líquida pela conta comercial de US$ 1,399 bilhão no período e saídas financeiras líquidas de US$ 191 milhões. Já a posição dos bancos no mercado cambial está comprada em US$ 3,386 bilhões em novembro, até o dia 18. O valor é ligeiramente menor do que o observado no fechamento do mês de outubro (de US$ 3,713 bilhões.

A Comissão Europeia anunciou hoje que a Hungria pediu uma possível assistência financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). "A comissão examinará o pedido das autoridades em estreita consulta com os Estados membros da UE e do FMI" disse a comissão, em um comunicado.

Mais cedo, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, já tinha confirmado que o país pediu assistência financeira à instituição e à União Europeia. O Ministério da Economia da Hungria disse na semana passada que tinha iniciado conversações formais com o FMI e a UE para assegurar alguma forma de apoio para tranquilizar os investidores.

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O ministério disse que um novo acordo poderá ser concluído nos primeiros meses de 2012, mas não revelou detalhes sobre a natureza do apoio solicitado do FMI. O governo vai buscar um acordo com o FMI em um contrato para tranquilizar os investidores e permitir que a Hungria levante o capital que necessita, acrescentou o ministério. As informações são da Dow Jones.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, confirmou hoje que a Hungria pediu assistência financeira à instituição e à União Europeia (UE). "O FMI recebeu um pedido das autoridades húngaras para possível assistência financeira. As autoridades enviaram um pedido similar para a Comissão Europeia (braço executivo da UE), e indicaram que pretendem tratar como 'preventivo' qualquer suporte que o FMI e a UE possam tornar disponível", afirma Lagarde em comunicado. As informações são da Dow Jones.

O atual assessor para a diretoria-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, não descarta a possibilidade de a instituição recorrer a novos fundos do Banco Central Europeu (BCE). "O FMI pode tomar emprestado de qualquer um, seus Estados membros e bancos centrais", afirmou Lipsky à Dow Jones durante uma conferência em Frankfurt.

A proposta do Banco Central Europeu (BCE) de emprestar dinheiro para o FMI, para que este possa financiar pacotes de resgate a países problemáticos da zona do euro, está ganhando força, segundo duas fontes com conhecimento direto do assunto. Se todas as partes chegarem a um consenso, um acordo pode ser anunciado na reunião de cúpula da União Europeia, em 9 de dezembro.

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"A Alemanha e o BCE ainda são contra a ideia, mas sem outras alternativas viáveis as conversas podem começar em breve. Isso é urgente, porque é necessário que algo esteja à disposição se a Itália precisar de um pacote de socorro", disse uma alta autoridade de um governo da zona do euro. Mas Lipsky recusou-se a comentar a ideia.

O ministro das Finanças de Alemanha, Wolfgang Schaeuble, descartou qualquer ideia de ver o BCE imprimindo dinheiro, essencialmente, para resolver a crise da zona do euro. Ele disse que tal movimento poderia acalmar os mercados por alguns meses, mas os mercados financeiros poderiam pensar, então, que o euro já não é uma moeda estável". As informações são da Dow Jones.

As bolsas europeias operam em alta na sua maioria, após relatos de que a proposta do Banco Central Europeu (BCE) emprestar dinheiro para o Fundo Monetário Internacional (FMI), para que este possa financiar pacotes de resgate para países problemáticos da zona do euro, está ganhando força. Se todas as partes chegarem a um consenso, um acordo pode ser anunciado na reunião de cúpula da União Europeia (UE) em 9 de dezembro, afirmaram fontes citadas pela Dow Jones.

A ideia do BCE emprestar para o FMI surgiu pela primeira vez na reunião do G-20 (grupo das 20 maiores economias) em Cannes, no início deste mês, quando o acordo da cúpula da UE para alavancar a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) para cerca de 1 trilhão de euros começou a enfrentar dificuldades.

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A legislação da UE não permite que o BCE financie diretamente governos da zona do euro. Entretanto, o artigo 23 do Tratado estabelece que o banco poder realizar "transações bancárias em relações com países terceiros e organizações internacionais, incluindo operações para tomar e fornecer empréstimos". "Esse artigo é nossa janela de oportunidade", afirmou uma autoridade do FMI.

Um reunião entre a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, para discutir a crise da zona do euro também está no centro das atenções dos investidores.

Às 11h40, a Bolsa de Londres recuava 0,68%, Frankfurt subia 0,16% e Paris avançava 0,02%. Nos países periféricos, a Bolsa de Madri tinha alta de 0,66%, Lisboa subia 0,35% e Milão avançava 1,02%. As informações são da Dow Jones.

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