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O Fundo Monetário Internacional (FMI) se recusou a participar do programa de resgate ao Chipre, segundo informou nesta quinta-feira o jornal alemão Sueedeutsche Zeitung, citando fontes anônimas.

Sem o resgate, o Chipre não deverá ser capaz de pagar os juros ligados às suas dívidas, apesar do esforço do país para efetuar reformas. Além disso, é improvável que a Alemanha e a Holanda apoiem uma solução que não envolva o FMI.

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O Chipre precisa de ajuda financeira no valor de 17 bilhões de euros (US$ 22,53 bilhões), dos quais cerca de 10 bilhões serão colocados no setor bancário do país. Os termos do resgate vêm sendo negociados com a zona do euro e o FMI nos últimos cinco meses, sendo a recapitalização dos bancos a questão mais controversa do acordo. As informações são da Dow Jones.

Dominque Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), e a camareira que o acusou de abuso sexual chegaram a um acordo sobre a ação civil movida pela empregada de um hotel de Manhattan, informou na quinta-feira o The New York Times.

Segundo o jornal, que cita fontes "ligadas ao caso", Strauss-Kahn e a camareira Nafissatou Diallo "chegaram a um acordo para encerrar o caso". O jornal não revelou se houve um acordo financeiro entre as partes.

No entanto, segundo o jornal francês Le Monde em sua edição datada de sábado, que cita confidências do ex-diretor do FMI a pessoas próximas, Strauss-Kahn terá que pagar 6 milhões de dólares a Diallo.

"Dominique Strauss-Kahn, que se deslocou pessoalmente a Nova York em várias ocasiões nos últimos meses, confirmou a várias pessoas próximas que, no fim do verão (europeu), foram concluídos os pontos principais do acordo", escreve o jornal.

O Le Monde acrescenta que, "segundo estas confidências, (Strauss-Kahn) deverá pagar 6 milhões de dólares à pessoa que o acusa de agressão sexual".

Diallo processou Strauss-Kahn em um tribunal civil de Nova York após o arquivamento da ação penal contra o dirigente francês, por falta de elementos que comprovassem o ataque sexual contra a camareira em um quarto de hotel.

O juiz Douglas McKeon, que conduz a ação civil, disse à AFP que "pode ocorrer uma audiência judicial muito em breve, como na próxima semana", embora não tenha comentado as informações de um acordo entre as partes.

Os advogados das duas partes não responderam imediatamente aos pedidos para comentar a decisão.

Diallo acusou Strauss-Kahn perante um juizado civil do Bronx depois que o Ministério Público rejeitou a acusação de estupro apresentada inicialmente contra o funcionário internacional, dizendo que o caso não teria sucesso perante um juri.

Strauss-Kahn era considerado um forte candidato à presidência da França até a explosão do escândalo, que levou à prisão do então diretor-gerente do FMI por decisão das autoridades de Nova York.

O incidente provocou a renúncia de Strauss-Kahn e acabou com sua carreira política.

Em maio, o juiz McKeon havia se recusado a encerrar o caso, como pediam os advogados de Strauss-Kahn, que afirmavam que ele contava com imunidade diplomática.

Desde então, o processo estava estancado.

O juiz encarregado do caso, considerado um jurista inclinado a desenvolver acordos que evitam o processo legal, tinha afirmado que iria considerar este caso como qualquer outro.

"Este caso não vai ser alvo de nenhuma exceção. Vamos fazer o mesmo que em qualquer outro caso civil", havia declarado há seis meses à AFP.

Nafissatou Diallo iniciou a ação civil contra o político no dia 8 de agosto de 2011, junto com um processo penal que começou no dia 14 de maio do mesmo ano, data na qual ocorreu a suposta agressão no quarto do hotel Sofitel, ocupado por Strauss-Kahn.

A camareira havia acusado o ex-diretor-gerente do Fundo de tê-la forçado a praticar sexo oral.

Strauss-Kahn, de 63 anos, reconheceu ter mantido uma breve relação sexual, que classificou de imprópria, com a mulher, embora tenha desmentido ter exercido qualquer ato de violência.

O político foi detido quando embarcava em um avião com destino à Europa e foi levado como parte do procedimento ao centro de detenção de Rikers Island.

No entanto, o processo penal contra ele foi rejeitado em 23 de agosto de 2011, já que o procurador expressou dúvidas sobre a credibilidade de Diallo, devido a várias inconsistências em seu discurso.

No entanto, os dois processos transcorriam por vias independentes, razão pela qual o processo civil seguiu seu curso.

Com a assinatura do acordo, o ex-chefe do FMI terá encerrado seus problemas com a justiça americana.

Os advogados de Strauss Kahn expressaram anteriormente que não chegariam a um acordo que envolvesse um pagamento da Diallo, a quem classificaram de caçadora de fortunas.

Por sua vez, os representantes da camareira defendiam que buscavam apenas um cara a cara com Strauss-Kahn.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse que vai trabalhar "muito construtivamente" para alcançar um acordo sobre a Grécia na reunião com os ministros das Finanças da zona do euro nesta terça-feira. "Vamos trabalhar muito construtivamente para ver se podemos chegar a uma solução para a Grécia", afirmou ela a caminho das conversas em Bruxelas, na Bélgica. "Esse é nosso objetivo, nossa proposta e nossa missão."

Lagarde discordou abertamente de Jean-Claude Juncker, chefe do grupo de ministros de Finanças da zona do euro, em uma entrevista à imprensa na semana passada, insistindo que o encargo da dívida grega deve ser reduzida para 120% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.

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Alguns ministros da zona do euro são a favor de dar à Grécia dois anos extras para que o país atinja esse objetivo, uma medida que iria aliviar um pouco da pressão sobre os credores gregos. As informações são da Dow Jones.

O Fundo Monetário Internacional afirmou hoje que as medidas de austeridade não são uma repreensão pela morosidade da economia da Irlanda, em resposta às reclamações de que o Fundo não compreendeu o impacto dessas medidas.

"Com a sobrecarga dos bancos, famílias, enfraquecimento no crescimento dos parceiros comerciais e uma série de fatores além da consolidação fiscal fazem parte da draga no crescimento na Irlanda", afirmou o diretor do Departamento Europeu no FMI, Ajai Chopra. As informações são da Dow Jones.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que saiu da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) realizada em Tóquio mais otimista do que quando chegou. No encontro do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI, um dos eventos mais importantes da reunião do Fundo, o ministro afirmou que os líderes da economia mundial precisam agir e adotar medidas para que o nível de atividade global se recupere logo.

"O que eu disse é que nós temos que escolher qual é o caminho que queremos trilhar para saber se vamos ter uma crise de longo prazo ou mais curta que poderemos enfrentar. E que isso dependia de mudar a atitude em relação à política fiscal e apressar as medidas nas áreas monetária e financeira", disse.

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Segundo ele, os europeus são um pouco mais resistentes, mas "ouviram os recados e estão sofrendo na pele também". "Mesmo os países mais fortes, como a Alemanha, terão uma redução do crescimento econômico neste ano. Então quando começa a pegar na pele passa a reagir", afirmou.

Segundo Mantega, os líderes econômicos de outros países e instituições internacionais que participaram do encontro avaliaram que houve uma melhora das condições do nível de atividade mundial desde a última reunião do Fundo realizada em abril, devido a algumas ações que foram adotadas especialmente na zona do euro.

"Mas na minha opinião essa melhora não se traduziu em resultado concreto e o que vimos foi uma deterioração da situação econômica com o crescimento mais baixo dos países europeus", disse o ministro. "Apenas os EUA melhoraram um pouquinho, houve um início de reação no mercado imobiliário, com um crescimento melhor. Porém, há a ameaça do chamado fiscal Cliff, o abismo fiscal que eles têm pela frente, que poderá comprometer o futuro da economia americana", ponderou.

O ministro da Fazenda ressaltou também que os países em desenvolvimento foram atingidos pela desaceleração da economia global pior do que o esperado há seis meses. "Os emergentes também foram afetados principalmente pela contração do comércio internacional", destacou. Segundo ele, o comércio global deve avançar apenas 3,5% em 2012, ante taxas de 10% a 15% de incremento apuradas nos últimos anos.

O ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, disse neste sábado que tem esperanças que os problemas da Grécia e da Espanha serão resolvidos nas próximas semanas, o que deve acalmar os mercados financeiros e melhorar a perspectiva para a economia da zona do euro.

"O que eu desejo é que esses dois assuntos possam encontrar soluções firmes, duráveis, nas próximas semanas, rápido", disse Moscocivi em uma coletiva de imprensa durante a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Tóquio. "Se tal solução for encontrada, e se nós fizermos progressos na questão da supervisão bancária, a perspectiva para a zona do euro pode melhorar mais do que nós esperamos hoje", acrescentou.

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Em relação à Grécia, Moscovici disse que a discussão sobre o relaxamento nos termos do pacote internacional de resgate recebido pelo país só poderá ocorrer após o relatório da troica de credores - formada por FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia - que dirá se o país está adotando os esforços necessários para consertar as finanças públicas.

Se essa for a avaliação da troica, a França poderá apoiar a proposta do FMI para dar à Grécia um prazo de mais dois anos para cumprir as metas fiscais. "Se essa sugestão for feita pela troica, nós certamente poderemos apoiá-la", disse Moscovici.

Já no caso da Espanha, o ministro francês se recusou a comentar se o país deveria pedir um resgate internacional. "Depende da Espanha decidir se e quando um programa - cuja natureza ainda precisa ser decidida - pode e deve ser solicitado". As informações são da Dow Jones.

O impasse entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) em relação a como lidar com a crise da dívida da Grécia continua. Segundo autoridades europeias, a UE só tem mostrado disposição em considerar a redução das taxas de juros e a concessão de prazos mais longos para futuros pagamentos, enquanto o FMI defende uma reestruturação da dívida grega.

"Ainda estamos divididos. O tempo é curto e precisamos encontrar um caminho em comum", comentou um oficial sênior com envolvimento direto no assunto, acrescentando que muitos países da zona do euro, liderados pela Alemanha, veem a questão grega como um problema de "ajustes e reformas estruturais ao longo do tempo", enquanto o FMI a enxerga como um assunto fiscal, que exige atenção imediata.

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Enquanto o FMI se dispõe a estudar várias formas que podem levar a uma redução da dívida da Grécia, incluindo um novo pacote de ajuda da UE para Atenas, sua linha de ação favorita é cortar o volume de dívidas por meio de descontos.

Mas a ideia de novos descontos, que envolveriam mais uma negociação com detentores de títulos gregos para reduzir o valor dos papéis, teria repercussões políticas negativas.

Autoridades dizem que o FMI deixou claro para os europeus que não pretende liberar mais dinheiro para a Grécia sem que antes sejam adotadas medidas para reduzir a dívida do país. Além dos limites impostos por seu estatuto, o Fundo teme comprometer sua credibilidade antes de possivelmente ser convocado para participar de um programa de ajuda bem maior para a Espanha.

A sustentabilidade da dívida da Grécia é um dos principais assuntos que estão sendo discutidos nas reuniões anuais do FMI, que começaram ontem em Tóquio e terminarão neste domingo. O segundo pacote concedido à Grécia, em março, estabelecia como meta que a dívida do país chegasse a 120% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O FMI, no entanto, prevê que a relação dívida/PIB grega crescerá para 170,7% do PIB este ano e para 181,8% em 2013, devido à recessão do país, que tem sido mais intensa do que se esperava. Em 2020, o FMI acredita que esta relação terá caído para 150%, segundo os oficiais. As informações são da Dow Jones.

A Europa iniciou neste sábado o processo oficial para ceder duas de suas cadeiras na diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI), abrindo espaço para que países emergentes tenham um maior poder de voz na instituição.

Bélgica e Holanda vão fundir suas duas cadeiras em uma só, permitindo que o assento restante seja dividido por Turquia, Hungria, República Checa e Áustria. A decisão foi anunciada durante a reunião anual do FMI em Tóquio. Segundo fontes, a Polônia também vai ganhar um assento rotativo na diretoria do Fundo, por meio de um acordo político costurado nos últimos meses. A cadeira será dividida com a Suíça.

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Mas alguns membros do FMI e analistas afirmam que as mudanças são insuficientes e se focam apenas nos países emergentes da Europa. Apesar de algumas mudanças, a diretoria do FMI, que tem 24 cadeiras, ainda é dominada pelos EUA e pela Europa, que controlam a instituição desde sua criação, durante a Segunda Guerra Mundial.

Um acordo para reformar a governança no FMI, aprovado em 2010 mas que ainda não foi totalmente implementado, deve dar aos emergentes ainda mais poder. Quando as mudanças forem ratificadas, a China deve se tornar a terceira força dentro da instituição, e a Rússia também terá mais influência. Na ocasião, a Europa tinha prometido ceder até dois dos seus oito assentos na diretoria.

Apesar das mudanças anunciadas hoje pelos países europeus, a União Europeia ainda não cumpriu todas as promessas estabelecidas no acordo de 2010. O bloco resiste em implementar as reformas porque os EUA também não cumpriram sua parte. O governo norte-americano ainda não obteve aprovação do Congresso para as mudanças e nem indicou quando pretende enviar o projeto para os legisladores. As informações são da Dow Jones.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, apelou neste sábado às autoridades europeias que usem os recursos de seu fundo de resgate e ativem o programa de compras de bônus do Banco Central Europeu (BCE), como parte de uma agressiva estratégia para conter a crise fiscal da zona do euro.

Embora Lagarde não tenha citado nenhum país específico ao incentivar a União Europeia a usar suas armas contra a crise, a Espanha é o único país do bloco do euro a considerar a possibilidade de pedir ajuda oficial.

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O FMI também tem feito pressão para que a Europa nomeie em breve um supervisor bancário único, um passo necessário para que a UE possa recapitalizar bancos em dificuldades financeiras diretamente. As informações são da Dow Jones.

A Dinamarca assinou um acordo para emprestar € 5,3 bilhões (US$ 6,8 bilhões) ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A Dinamarca é um dos 37 países que se comprometeram a fazer um aporte total de US$ 456 bilhões para ampliar a capacidade de empréstimos do organismo internacional. Os fundos serão sacados das reservas do país. As informações são da Dow Jones.

O Brasil vai adotar "todas as medidas que forem necessárias" para evitar os efeitos negativos da crise financeira internacional sobre a sua economia. Essa mensagem será o principal foco do discurso que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fará neste sábado no Comitê Financeiro e Monetário Internacional, um dos eventos mais importantes da reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) que ocorre em Tóquio. "Nós não podemos aceitar tentativas injustas de taxar como 'protecionistas' medidas legítimas de defesa nas áreas de comércio internacional, câmbio e gestão da conta de capitais", dirá o ministro, em seu pronunciamento oficial.

"A experiência tem mostrado que o livre fluxo de capitais não necessariamente é a opção preferível em todas as circunstâncias", destacará Mantega. "Nós reafirmamos a necessidade por uma abordagem mais balanceada dentro do FMI sobre como limitar o excessivo fluxo de capitais de curto prazo."

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A avaliação do ministro sobre a necessidade de controlar a entrada excessiva de recursos no País causada pela liquidez internacional em busca de arbitragem de juros tem aliados importantes na cúpula do próprio FMI. Em entrevista exclusiva à Agência Estado em Tóquio, o diretor do departamento de Pesquisas do FMI, Olivier Blanchard, manifestou que o controle de capitais é um instrumento legítimo dos mercados emergentes numa conjuntura global marcada por volumes gigantescos de recursos que circulam pelo planeta em busca de rentabilidade imediata, dado que as economias avançadas apresentam taxas reais de juros negativas.

Mais política fiscal

E Mantega vai ressaltar que os países ricos precisam utilizar mais mecanismos fiscais para estimular suas economias, ao invés de sobrecarregar a política monetária, o que provoca desequilíbrios internacionais. A avaliação do ministro tem respaldo na teoria econômica.

Programas oficiais de investimentos, normalmente, são mais eficientes para estimular o nível de atividade de uma nação do que a pura expansão da base monetária com liberação de recursos em boa parte para o setor financeiro. A ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo tende a gerar mais empregos locais, enquanto que a interconexão dos mercados financeiros no planeta torna

muito fácil a fuga de capitais para países que apresentam maior rentabilidade e menor risco.

Nesse contexto, Mantega vai reiterar que as políticas de afrouxamento quantitativo adotadas pelos países avançados podem gerar um resultado pior do que o esperado para a economia mundial. "A recente experiência sugere que há razões para duvidar da eficácia da política monetária frouxa nas circunstâncias atuais", dirá o ministro da Fazenda. "Taxas de juros reais estão negativas ou perto de zero há um longo período, sem promover uma recuperação clara do consumo privado ou investimento", ressaltará.

Com a retomada do crescimento, será preciso cuidar mais da inflação no Brasil e em outros países latino-americanos onde a alta de preços continua acima do centro da meta, recomenda o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório semestral sobre a América Latina e o Caribe. A inflação brasileira deve ficar em 5% este ano e subir para 5,1% até o fim de 2013, segundo as projeções. Para o crescimento, a estimativa é de 1,5% em 2012 e 4% no próximo ano.

Não se trata de aplicar novo arrocho, mas de cessar a tempo os estímulos adotados quando a economia perdeu impulso. No Brasil, a redução de juros iniciada em agosto de 2011 parece haver chegado ao fim com o corte de 0,25 ponto anunciado esta semana. Os anteriores haviam sido de 0,5 ponto. Conclusão semelhante à da equipe do FMI parece haver guiado o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

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Com a piora da situação internacional, vários BCs suavizaram a política monetária. No Brasil houve a intenção de aproximar os juros do nível de outros emergentes, segundo o relatório. O desafio, agora, será conter as expectativas de inflação e ao mesmo tempo manter agilidade para responder a novos choques externos. Não se descarta o risco de retrocesso na União Europeia e nos Estados Unidos, nem de pouso forçado na China, embora o documento apresente um cenário básico mais favorável.

O crescimento de 3,9% projetado para a região em 2013 dependerá de retomada na Europa, de um acordo político para eliminar o risco de desastre fiscal nos Estados Unidos e de acomodação suave da economia chinesa. Os EUA são o mercado mais importante para a maioria da América Latina, mas a China tem relevância especial para os grandes exportadores de commodities, como os países do Cone Sul.

Os preços dos metais devem continuar mais fracos do que na fase recente de crescimento. Soja, do milho e do trigo devem ainda subir até o fim de 2012 e cair no próximo ano, mas ainda permanecendo em níveis bem acima dos padrões históricos, segundo o relatório.

A equipe do FMI cortou de 3,8% para 3,2% o crescimento estimado para a região neste ano, por causa da piora do quadro internacional nos últimos seis meses. A freada nas economias latino-americanas foi mais forte do que se previa. Mesmo com a suavização das políticas a partir do ano passado, os efeitos do aperto anterior permaneceram e foram reforçados pelo agravamento da situação europeia, segundo o relatório. Só bem mais tarde as medidas de afrouxamento começaram a dar resultado. No Brasil, os estímulos monetários foram reforçados recentemente com a criação de benefícios fiscais, depois de um esforço temporário de contenção de gastos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desemprego segue em alta na Grécia e, no mês de julho, atingiu a marca de 25,1%, contra 17,8% em julho de 2011 e 24,8% em junho deste ano, anunciou a Autoridade de Estatísticas Gregas (ASE).

"O número de pessoas em busca de emprego chegou a 1,261 milhão, contra 3,7 milhões com trabalho", afirma um comunicado da ASE. A taxa de desempregou mais que dobrou desde a explosão da crise da dívida em 2010.

O desemprego afeta 54,2% dos jovens entre 15 e 24 anos sem estudos e 31,4% na faixa de 25 a 34 anos.

A Grécia, país da Eurozona que enfrenta uma recessão há cinco anos, aplica duras medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais - Banco Central Europeu, União Europeia e FMI - para ajustar as contas.

Mas para muitos analistas, como o Nobel de Economia Paul Krugman, os ajustes apenas agravam a recessão.

A diretora geral do FMI, Christine Lagarde, admitiu nesta quinta-feira em Tóquio que é necessário conceder à Grécia um prazo adicional de dois anos, até 2016, para que o país possa implementar as exigências dos credores.

O governo de coalizão do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras negocia com os credores novas medidas de austeridade, com cortes e economias por 13,5 bilhões de euros, para poder receber a próxima parcela, de € 31,5 bilhões, do programa de resgate acordado com o país.

O dólar abriu em queda ante o real, alinhado às leves baixas em relação a outras moedas de países emergentes exportadores de commodities. Diante do euro, o dólar chegou a subir mais cedo, porém, perdeu força.

O pessimismo volta a predominar nos mercados, depois do alerta do FMI para o risco de recessão global e do fraco resultado da Alcoa no terceiro trimestre. A zona do euro volta a estar sob ameaça de novos rebaixamentos no rating de crédito de países da região, desta vez pela agência Fitch. Com isso, os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em baixa, após as ações de empresas ligadas ao setor industrial caírem na Ásia.

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No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve fazer o décimo corte da taxa Selic nesta quarta-feira, segundo estimativas dos economistas. Eles seguem divididos entre uma redução de 0,25 ponto porcentual ou manutenção da taxa em 7,50% ao ano. Também o mercado de juros espera uma redução do juro básico nessa mesma proporção agora, mas conta com algum sinal do Copom sobre um novo corte para novembro.

Mesmo se houver essas reduções da Selic cogitadas pelos agentes financeiros, o juro real do País seguirá bem acima das taxas reais no mercado internacional. Desse modo, a expectativa de operadores de bancos e corretoras é de que o Banco Central e o governo devem se manter vigilantes no controle do câmbio, para manter a taxa do dólar acima de R$ 2,00.

No mercado à vista, o dólar foi cotado a R$ 2,0340, em baixa de 0,10% na abertura dos negócios de balcão - na máxima. Às 9h34, o spot no balcão registrou uma mínima em R$ 2,0310 (-0,25%).

Já o dólar futuro de novembro de 2012, nesse horário, recuava 0,20%, a R$ 2,0395, após abrir na máxima de R$ 2,0415 (-0,10%). A mínima, por enquanto, foi de R$ 2,0385 (-0,25%).

Em Nova York, às 9h36, o euro estava em US$ 1,2891, de US$ 1,2884 no fim da tarde de terça-feira (09). O dólar norte-americano caía em comparação ao dólar australiano (-0,36), ao dólar canadense (-0,08%) e ao dólar neozelandês (-0,13%).

 

A Confederação Sindical Internacional (CSI), que reivindica 175 milhões de trabalhadores em todo o mundo, advertiu nesta quarta-feira (10) que a política de redução de déficits públicos encorajada pelo FMI pode levar a "mais distúrbios sociais".

"As organizações financeiras internacionais, entre elas o FMI, se concentraram na redução dos déficits públicos, sem se preocupar com seu efeito sobre os trabalhadores que perdem seu emprego ou que sofrem reduções salariais", denunciou Sharan Burrow, secretária-geral da CSI, citada em um relatório.

O relatório foi publicado antes da assembleia geral anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) que começa nesta quinta-feira em Tóquio.

"Da Grécia à Indonésia, os povos raivosos invadem as ruas. Se não pararmos estes ataques aos direitos dos trabalhadores, irá ocorrer mais instabilidade política e distúrbios sociais", explicou o relatório.

Os trabalhadores "estão na linha de frente de uma guerra contra sua vida e suas condições de trabalho", explicou.

Trata-se "de um ataque coordenado de uma amplitude sem precedentes", assegurou.

A confederação sindical lembrou que o mundo tem 27 milhões de desempregados desde o início da crise financeira internacional, em 2008, de acordo com os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O CSI reúne 308 sindicatos em 153 países e territórios, e reivindica 175 milhões de trabalhadores.

O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse que o governo está fazendo tudo que pode para colocar sua economia nos trilhos após o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduzir suas projeções de crescimento para o país, num cenário que pode ameaçar as metas de Madri para redução do déficit fiscal e deixa os espanhóis mais sujeitos a pedir um pacote de ajuda internacional.

Guindos não rechaçou as projeções do FMI - divulgadas na segunda-feira como parte de um relatório semestral mundial -, que sugerem que a economia espanhola continuará encolhendo rapidamente no ano que vem, em contraste com a previsão da própria Espanha de que a retração diminuirá bastante.

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O FMI disse esperar que a economia da Espanha apresente contração de 1,5% este ano e de 1,3% em 2003. A previsão de Madri para 2012 bate com a do Fundo, mas a do ano que vem é bem menos pessimista, de -0,5%. Muitos economistas dos setor privado têm projeções semelhantes às do último relatório do FMI. Se a Espanha não conseguir cumprir a meta de crescimento do ano que vem, poderá também não ser capaz de reduzir seu déficit orçamentário.

"Tudo que posso dizer é que o governo espanhol está tentando evitar que essas projeções se tornem realidade e é por isso que estamos implementando nossa política econômica", disse Guindos.

Ao ser perguntado se a Espanha vai pedir um programa de ajuda, o ministro respondeu que o país vai continuar implementando seu programa de reformas. "No momento, é importante para o governo continuar seu programa de reformas, continuar cortando seu déficit público e desfazer todas as dúvidas sobre o futuro da zona do euro", disse.

Para 2013, a meta da Espanha é reduzir seu déficit fiscal para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. As informações são da Dow Jones.

Embora tenha registrado um desempenho do PIB abaixo do seu potencial em 2011, o que certamente também ocorrerá em 2012, o Brasil dá sinais de vigor das suas contas do Poder Executivo, ratificados pela avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O Monitor Fiscal divulgado nesta terça-feira (9) confirma que a dívida pública mantém a tendência cadente para os próximos anos, seja ela medida pelo conceito líquido, como prefere o governo, ou bruto como apreciam mais as agências internacionais de rating. Além disso, a trajetória do resultado nominal também é de queda. Os números estimados pelo FMI para o País mostram indicadores melhores do que os registrados por várias nações avançadas, entre elas os EUA, Japão, França e, em alguns casos, é mais favorável do que o apurado pela Alemanha.

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De acordo com o FMI, as projeções do resultado nominal do Brasil ficaram entre as que apresentaram maior evolução em relação às estimativas realizadas pelo Fundo em abril deste ano. Na ocasião, a instituição previa que o déficit nominal de 2012 atingiria 2,3% do PIB, mas agora apresenta um resultado negativo de 2,1% do produto interno bruto. Para 2013, o avanço da projeção foi ainda mais expressivo, pois baixou de um déficit de 2,4% para 1,6% do PIB. Estes resultados são mais positivos do que a média mundial, de déficit de 4,2% e 3,5% do PIB para 2012 e para o ano seguinte, respectivamente. No caso dos EUA, as projeções são de 8,7% e 7,3% do PIB para o biênio, na zona do Euro atingem 3,3% e 2,6% do produto interno bruto, respectivamente, e na França variam de 4,7% e 3,5% do PIB. Os números nacionais são muito melhores que os estimados pelo FMI para o Japão, de 10% do produto interno bruto para 2012 e 9,1% do PIB em 2013.

As projeções do FMI para a dívida bruta do governo são mais favoráveis do que as registradas pela Alemanha, um país de centenária tradição fiscalista. O indicador deve chegar a 64,1% do PIB em 2012, abaixo dos 65,1% do produto interno bruto estimados pelo Monitor Fiscal de abril. Para 2013, a redução da estimativa é de 1,9 ponto porcentual do PIB, o que faz com que caia de 63,1% para 61,2% do produto interno bruto. O FMI projeta uma rota de queda continua desse passivo do governo até 2017, quando deverá atingir 54% do produto interno bruto.

O FMI não explica em detalhes no Monitor Fiscal porque as contas do Brasil devem continuar apresentando um desempenho positivo nos próximos anos. Mas algumas hipóteses podem ser ponderadas. Uma delas é a geração constante de um nível expressivo de superávit primário de uma década para cá, o que contou com a colaboração de uma taxa média de crescimento do PIB muito próxima de 4% entre 2003 e 2010.

De um ano para cá, no entanto, o produto interno bruto registra resultados fracos, mas a redução dos juros em 5 pontos porcentuais desde agosto de 2011 ajuda bem a diminuir o pagamento do serviço financeiro da dívida pública, dado que uma boa parte dela ainda está vinculada à variação da taxa Selic, como as Letras do Tesouro Nacional. Este tipo de papel já foi responsável por cerca de um terço do passivo mobiliário do Poder Executivo, mas deve fechar este ano numa marca ao redor de 24% do total.

No caso da dívida pública líquida, a trajetória declinante também é mantida nos próximos seis anos, ressaltam as projeções do FMI. Para 2012, a estimativa é de atingir 36,4% do PIB, número que deverá cair para 32% do produto interno bruto em 2013, continuando em redução até 2017, quando chegará a 26,6% do PIB. De acordo com o Fundo, o Brasil alcançará a psicológica marca de 30,1% do PIB deste indicador em 2014, o que é visto por especialistas como um sinal de que o País estará em condições plenas de solvência.

O diretor do departamento de Pesquisa do FMI, Olivier Blanchard, afirmou que a recuperação da economia mundial continua, mas desacelerou recentemente. "Há duas forças que estão pressionando a demanda global para baixo: a consolidação fiscal e fraqueza financeira", comentou, durante entrevista coletiva em Tóquio, durante a apresentação do relatório Perspectiva da Economia Mundial, divulgado nesta terça-feira, 9 (no horário local).

De acordo com Blanchard, os bancos, sobretudo na Europa, apresentam condições de liquidez precárias, que os deixam fracos e provocam apertos na concessão de crédito para empresas e famílias. "O mundo desacelerou com vigor recentemente por causa das grandes dúvidas sobre a economia da zona do euro e dos EUA", apontou.

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Na avaliação do diretor do FMI, a economia da Europa "pode ser atingida por um choque" caso as condições de recuperação do nível de atividade da região, que incluem consolidação fiscal dos países, não sejam atendidas no curto prazo. "O importante é que a nova arquitetura da economia na Europa deve reduzir a amplitude dos choques. E um dos elementos importantes para atingir este objetivo é que a supervisão dos bancos (no continente) precisa mudar", afirmou.

Tal sistema de monitoramento de instituições financeiras, segundo ele, precisa ter abrangência em toda a zona do euro. "É bom ver que esses temas estão sendo avaliados na Europa. Na sua avaliação, medidas de curto prazo precisarão ser adotadas para reequilibrar as finanças de países, de modo que permite gradualmente o fortalecimento da demanda agregada e o retorno ao crescimento. "A Itália e Espanha precisam manter o rigor fiscal", disse Blanchard.

Olivier Blanchard fez uma defesa indireta de instrumentos não convencionais de estímulo monetário às economias de países que enfrentam dificuldades e que já tem taxas de juros próximas de zero, fenômeno conhecido como armadilha da liquidez. "Política monetária acomodatícia pode ser usada para estimular o crescimento", comentou, referindo-se que isto ocorre em alguns países, como o Reino Unido.

"Os riscos para uma séria desaceleração global são assustadoramente altos", apontou o Fundo Monetário Internacional (FMI), numa avaliação sobre a tendência da economia mundial no curto e no médio prazo que, em princípio, poderia ser ponderada como pessimista, mas que ganha contorno dramático na medida em que os argumentos são sustentados por fatos e previsões conservadoras.

De acordo com o relatório Perspectiva da Economia Global, divulgado nesta segunda-feira pela instituição, o mundo deve crescer 3,3% neste ano, em vez de avançar 3,5% como estimado anteriormente. Em 2013, a velocidade não deve ser muito maior, ficando em 3,6% de crescimento, abaixo dos 3,9% previstos antes.

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Nesse processo de redução do ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta há colaborações negativas tanto das economias avançadas quanto das emergentes. Para o primeiro grupo de nações, o crescimento diminui a velocidade de 1,4% para 1,3% em 2012 e para o próximo ano a alta será menor, de 1,8% para 1,5%. Os países em desenvolvimento também vão perder vigor na atividade, pois devem avançar 5,3% neste ano, em vez de 5,6%, e exibir um incremento de 5,6% em 2013, abaixo dos 5,8% projetados pelo FMI em julho. Nesse contexto, o Brasil continuará sendo influenciado pela desinflação mundial neste ano. Os preços ao consumidor devem baixar de uma alta de 2% para 1,9% nas nações mais potentes e desacelerar de 6,3% para 6,1% nos países em desenvolvimento.

O Iêmen está negociando empréstimos adicionais junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial para superar uma difícil situação financeira, afirmou neste domingo o presidente do Banco Central iemenita, Mohammed bin Hammam, em entrevista exclusiva concedida à Dow Jones.

"Estamos engajados atualmente em negociações com o FMI para um empréstimo de curto prazo de US$ 98 milhões para o próximo ano, mas o valor poderá ser maior se o acordo for na forma de um programa ao invés de um empréstimo", disse Hammam.

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Ainda segundo ele, o Iêmen negocia com o Banco Mundial um empréstimo que "espera fechar até o fim de 2012". Ele não especificou o montante, mas disse que poderia ficar entre US$ 100 milhões e US$ 200 milhões. A entrevista foi concedida às margens de um evento de banqueiros centrais e instituições financeiras de países árabes.

Nos últimos meses, os efeitos econômicos do levante popular que encerrou uma ditadura de três décadas no Iêmen têm levado o país a pedir ajuda financeira a aliados e a instituições multilaterais. As informações são da Dow Jones.

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