Tópicos | Furacão Irma

Subiu para seis o número de pacientes que morreram em uma casa de repouso depois da passagem do furacão Irma, de acordo com a informação da Associated Press nesta quarta-feira (13). A propriedade ficou sem energia elétrica.

A prefeita do condado de Broward, Barbara Sharief, declarou que ainda não sabe o que causou as mortes, que ainda estão sendo estudadas, segundo CNN.

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Dois idosos foram achados mortos no Centro de Reabilitação Hollywood Hills e outros três morreram depois, no hospital. Não há detalhes sobre a sexta morte.

 

Por Beatriz Gouvêa

Pelo menos 10 pessoas morreram em Cuba em consequência dos efeitos do furacão Irma, informaram nesta segunda-feira (11) fontes da Defesa Civil cubana. A maioria das vítimas morreu por causa do desabamento de edifícios, sete delas em Havana, ainda que o furacão também tenha provocado fortes inundações no litoral norte do país. A informação é da EFE.

Em uma mensagem dirigida à população, Raúl Castro apelou ao espírito "de resistência e vitória dos cubanos" após a passagem do devastador furacão, que causou "severos danos" ao país, segundo o comunicado, publicado no jornal oficial Gramma.

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Castro destacou que face ao fenômeno "sobressaiu a unidade dos cubanos, a solidariedade entre os moradores e a disciplina perante as orientações feitas pelo Estado Maior Nacional da Defesa Civil".
Na mensagem, Castro precisou que o "furacão afetou moradias, o sistema elétrico e a agricultura", e além disso atingiu alguns dos destinos "turísticos" da ilha, que “serão recuperados antes do início da alta temporada", em novembro.

"Foram dias duros para o nosso povo, que em poucas horas viu como o que foi construído com esforço foi golpeado por um devastador furacão", disse o presidente cubano.

O Irma castigou o litoral norte de Cuba como furacão categoria 4 durante a sexta-feira e o sábado, provocando graves inundações e obrigando a evacuação de cerca de 1,7 milhão de pessoas.

Da Agência EFE

Diante da catástrofe de grandes proporções deixada pelo rastro do furacão Irma, pessoas ficaram sem casas e locais foram destruídos. Em meio a este cenário estão os animais que também sofrem com esse desastre. Foi partindo deste princípio que a companhia aérea Southwest Airlines pensou em um modo de salvar esses bichinhos que estavam esperando adoção.

A ideia foi concretizada e consistiu no fechamento de um voo para esses animais que saíram do Texas para um centro de animais, o Helen Woodward, na Califórnia. A animação dos pequenos foi tão grande que soou como expressão de gratidão a cada carinho dado aos tripulantes e equipe que auxiliou na condução.

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Veja as imagens:

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Quem chegava do lado de fora da casa de Carolina Turker, na área metropolitana de Atlanta, nesse domingo (10) pensava que lá dentro havia uma festa. Eram sete  carros estacionados na porta.  O almoço dominical virou uma confraternização entre brasileiros moradores da Flórida e da Georgia. Os brasileiros daqui acolheram mais de 300  compatriotas moradores do estado vizinho, que deixaram as casas devido à passagem do furacão Irma.

Anfitriões e hóspedes têm em comum o fato de serem imigrantes e brasileiros nos Estados Unidos, mas só se conheceram pessoalmente nas últimas 48 ou 72 horas por causa do furacão.

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"Decidimos nos reunir e comer juntos", disse Carolina  à Agência Brasil. Ela recebeu 15 pessoas em casa, brasileiros moradores da Flórida que receberam aviso de saída obrigatória antes da passagem do furacão.

No almoço, ela conheceu Cleidiane Burney,  moradora de Brandnton, na Flórida, que chegou à Georgia no sábado (9). Cleidiane está hospedada na residência do casal Grace e Aguimar, que também abriram a casa para oito pessoas que vieram para o estado. Grace é amiga de Carolina e ambas resolveram juntar os novos conhecidos no almoço de domingo.

Casada com um norte-americano, Cleidiane,  que vive na Flórida desde 2001, já está bem adaptada à realidade da "temporada de furacões".

"Já passei por vários [furacões], mas foi a primeira vez que tive de deixar minha casa". O que chamou a atenção foi o tamanho do furacão. "Foi o maior que já passou por lá". Quando o governo deu ordem de saída obrigatória, ela e o marido resolveram que seria melhor deixar a casa.

Pelo Facebook

"Mas, àquela altura, já não havia hoteis disponíveis aqui perto de Atlanta. Somente no centro, mas todos caríssímos". Ela viu um post no Facebook de que famílias brasileiras em Atlanta estavam recebendo voluntariamente as pessoas que não tinham para onde ir.

Mais de 5,6 milhões de pessoas da Flórida foram orientadas a deixar as casas. Muita gente escolheu a Georgia como destino, pela proximidade.

São estados fronteiriços, e a Georgia, apesar de também estar em estado de emergência pelo furacão Irma, o receberá com menos intensidade. A maior parte do estado não teve ordem de evacuação.

"Eu não conhecia a familia que me hospedou, mas na hora da necessidade, viemos. E graças a Deus deu tudo certo aqui", contou Cleidiane, que veio com o marido e os três filhos, o mais novo um bebê de colo.

O casal Grace e Aguimar disse que é a primeira experiência de receber em casa pessoas que nem conheciam. Mas atenderam ao chamado de outros brasileiros que começaram a se mobilizar para hospedar gente vinda da Flórida.

"Nós somos cristãos e resolvemos abrir a casa, pensando que seria hora de praticar a fé que a gente tem", contam.

Rede de mulheres

A hospedagem voluntária não foi planejada."Eu ia hospedar alguns amigos, mas aí outra família de amigos precisava de um lugar e eu pedi para as amigas daqui, e todos começaram a se envolver e oferecer as casas", contou Yascara Palma Tom.

Ela diz que começaram a a aparecer mais pessoas interessadas em receber moradores da Flórida. 

"Anunciamos no Facebook que queríamos ajudar a comunidade brasileira na Flórida  e começamos a conectar as famílias que precisavam de hospedagem àquelas que queriam receber", conta Yascara, que é parte do Mulheres Brasileiras em Atlanta", um grupo no Facebook formado por moradoras da região.

A rede de apoio, que começou informalmente, cresceu, ganhou página no Facebook e, além de conectar as pessoas, começou a receber doações de produtos alimentícios e de higiene para os recém-chegados.

A iniciativa delas acabou aglutinando diferentes grupos, que também estavam trabalhando para hospedar pessoas.

Yascara conta que o padre perguntou se ela tinha contatos, porque precisava encontrar mais casas para hospedar pessoas. O mesmo ocorreu com o pastor de uma igreja, que já havia montado uma estrutura para várias pessoas em um acampamento.

"Eu fiquei muito emocionada de ver a solidariedade. A gente podia estar vendo televisão e só vendo o furacão destruindo tudo, mas resolvemos gastar energia ajudando quem precisa de ajuda agora", afirmou.

Até mesmo algumas pessoas que chegaram e se hospedaram em hoteis estão procurando ajuda. "Os hoteis estão com preços muito caros. Nesta segunda-feira (11), um casal com uma criança de 2 anos vai deixar o hotel para se hospedar em casa brasileira", acrescentou.

Vulnerabilidade

Carolina Turker, que abriu a casa para o almoço de domingo, diz que está muito feliz de ter recebido as pessoas em casa. "Eu disse sim, mas fiquei com medo, porque era a primeira vez que eu fazia isso - ter alguém em casa que eu nunca tinha visto".

Mas a experiência, segundo ela, tem sido boa. "Receber é melhor do que dar, e estou sentindo isso de maneira especial agora".

Carolina, que é uma das fundadoras do grupo Mulheres Brasileiras no Facebook, lembrou que uma questão importante é o fato de que vários dos que vieram se abrigar com ela são famílias de brasileiros que não estão em status regular e por isso têm medo de pedir ajuda.

"Muitos que chegaram não têm documentos ou estão ilegais. Isso gera mais medo em uma situação em que todos já estão vulneráveis, enfrentando um furacão, que é uma força que a gente não controla".

Carolina disse que sua satisfação é ver que todos estão bem e que apesar dos desafios que virão pela frente, no pós-furacão, as famílias receberam alento e abrigo.

"A gente se sente melhor de estar ajudando e vemos um lado bom da gente, que é poder ter empatia", conclui.

O governo brasileiro vai enviar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar os brasileiros afetados pela passagem do furacão Irma pelas Ilhas Virgens. A expectativa é de que o voo ocorra na terça, quando são esperadas melhores condições climáticas.

Em nota divulgada há pouco, o Ministério das Relações Exteriores disse ter recebido informações até o momento da presença de 60 brasileiros em três ilhas mais afetadas pela passagem do furacão. A maior parte está concentrada no lado holandês da Ilha de São Martinho. Há ainda registros de pessoas em Tortola e em Turcas e Caicos.

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Um núcleo de atendimento emergencial na área consular do Itamaraty foi montado em Brasília. Foi formada ainda uma rede de comunicação em tempo real com postos da rede consular diretamente responsáveis.

A informação do Ministério das Relações Exteriores é de que brasileiros que se encontravam em algumas das regiões atingidas pelo furacão já receberam apoio e foram retirados dos locais atingidos, graças à cooperação dos governos da França, Países Baixos e Reino Unido.

O voo da FAB tem como destino a ilha de São Martinho. O Itamaraty informou ainda manter entendimento com governo do Reino Unido para possibilitar a retirada de brasileiros que se encontram em territórios britânicos.

O olho do Furacão Irma atingiu as ilhas Turks e Caicos - território britânico no Caribe na noite dessa quinta-feira (7). Os ventos continuam fortes de 180 km por hora, ainda na categoria cinco. 

Quatro das 14 vítimas confirmadas são das Ilhas Virgens americanas. As demais mortes foram registradas na ilha franco-holandesa St. Martin.

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Hoje (8), o Irma deve alcançar as Bahamas e depois Cuba. A previsão é que ele chegue ao sul da Flórida na madrugada de domingo (10), na categoria 5 ou baixar para a 4, ainda ventos fortes ventos.

As fortes tempestades devem começar a ser sentidas na região na noite de hoje. O governador da Flórida, Rick Scott, orientou a população para que esteja alerta e evacue as áreas com ordem de saída obrigatória.

As rodovias que deixam o sul do estado continuam congestionadas e há relatos sobre motoristas estão parados por falta de gasolina, por dificuldade de encontrar o combustível, escasso pela forte demanda e crise na produção causada pelo Furacão Harvey que assolou o Texas há uma semana, onde ficam as principais refinarias dos Estados Unidos.

Centenas de voos que chegariam a Miami, entre eles os procedentes do Brasil, foram cancelados. E o aeroporto poderá ser fechado hoje. Além da Flórida, Georgia e as Carolinas do Sul e do Norte decretaram estado de emergência. O Irma deve atingir a região costeira dos três estados na segunda-feira (11).

O mais poderoso furacão já registrado no Oceano Atlântico atingiu as primeiras localidades no nordeste das Ilhas Caribenhas na madrugada desta quarta-feira. O "olho" do furacão Irma passou pela ilha de Barbuda à 1h47 no horário local (2h47 em Brasília), segundo o Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos. Foram registrados ventos de até 295 quilômetros por hora - velocidade que mantém o furacão na categoria 5, a mais alta da escala de classificação, conforme o Centro Nacional de Furacões norte-americano.

Moradores relataram, através de sistema de rádio, que as linhas telefônicas ficaram fora do ar assim que o fenômeno passou pela região. Chuva torrencial e ventos assustadores passaram também pela ilha vizinha de Antígua, onde a população se protege reforçando casas ou indo para abrigos organizados pelo governo. Somadas, Antígua e Barbuda têm cerca de 100 mil habitantes - 80% em Antígua, onde fica a capital Saint John's.

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O trajeto indica que o Irma vai em direção a Porto Rico, República Dominicana, Haiti e Cuba, antes de possivelmente atingir a Flórida no final de semana. A previsão é de que a velocidade dos ventos mantenha o Irma entre as categorias 4 e 5 por até mais dois dias. Os ventos mais perigosos, normalmente mais próximos ao "olho" do furacão, devem passar perto das Ilhas Virgens e ao norte de Porto Rico durante esta quarta-feira, segundo os meteorologistas.

Na Ilha de Antígua, com área total de 280 quilômetros quadrados, a maioria dos moradores de regiões mais baixas se abriga em casas de familiares e amigos em locais de maior altitude ou em abrigos organizados em igrejas, escolas ou prédios construídos especificamente para resistir a fortes ventos. Nenhum dos abrigos, no entanto, já foi testado por um furacão da categoria 5. Muitas casas da nação de Antígua e Barbuda - composta, no total, por 37 ilhas - não são construídas sobre fundações de concreto ou têm bases de madeira precárias.

Nos territórios dos Estados Unidos, o presidente Donald Trump já declarou estado de emergência na Flórida, Porto Rico e nas Ilhas Virgens americanas. O primeiro-ministro das Bahamas, Hubert Minnis, disse que mandou evacuar seis ilhas do sul do país, porque as autoridades não estarão preparadas para ajudar ninguém no vento "potencialmente catastrófico", enchentes e tempestades. A população do sul deve ser deslocada para Nassau, a capital das Bahamas, a partir desta quarta-feira.

Quatro outros furacões já tiveram ventos tão fortes quanto do Irma no Atlântico, mas permaneceram no Mar do Caribe ou no Golfo do México, sem tocar territórios. O governador das Ilhas Virgens americanas, Kenneth Mapp, alertou que "não é o momento para sair e tentar se arriscar praticando surfe". Fonte: Associated Press.

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