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Após a repercussão da queixa-crime contra Felipe Neto, que vai ter que prestar esclarecimentos às autoridades por ter chamado Jair Bolsonaro (sem partido) de 'genocida', o candidato derrotado nas eleições de 2018, Fernando Haddad (PT), desafiou o presidente a chamar a Polícia. Na noite dessa terça-feira (16), ele defendeu o influenciador digital e repetiu o ataque contra o chefe do Executivo.

Em uma live realizada pela TVT, o petista reiterou que o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), já o havia classiicado como 'genocida'. "Processa o Doria, pô. Seja homem", apontou.

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Em seguida, Haddad lançou o desafio: "Bolsonaro não tem coluna vertebral. Ele manda a Polícia Federal na casa do menino bem-sucedido, de um youtuber. O governador do estado o chamou de genocida. Eu o chamei mil vezes. E ele manda a PF na casa do youtuber? Por que não manda a polícia aqui? Vai mandar a PF na casa do menino?".

O ex-ministro da Educação também indicou que o ex-militar é "um nada na presidência" e afirmou que ele “não tem condições morais, intelectuais e físicas de enfrentar nada".

Ao avaliar a atual situação do Brasil, que viu a crise ser agravada, Haddad deixou de lado os repetidos episódios de corrupção durante a gestão do PT e do MDB com Michel Temer, e concluiu que "é uma coisa muito indigna. Eu fico me perguntando: como o país deixou chegar a esse ponto? O nível de destruição do país será muito grande".

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O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), voltou a criticar, nesta sexta-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelos estragos que a pandemia da Covid-19 têm causado no Brasil. 

Segundo Ciro, o negacionismo do presidente está custando a vida dos brasileiros e o chamou de "genocída". Para se ter uma ideia, nessa quinta (25), o país registrou o maior número de mortes pela doença desde o início da pandemia, em fevereiro do ano passado. Também na noite de ontem, Jair Bolsonaro voltou a deslegitimar o uso de máscaras e o isolamento social como meios de prevenção da Covid-19

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No Twitter, Ciro Gomes escreveu: "Nosso país teve o maior número mortes por Covid-19 desde o início da pandemia. São mais de mil vidas perdidas todos os dias e UTIs lotadas em 17 capitais. O negacionismo de Bolsonaro está custando a vida do povo brasileiro!"

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Chateado por ser chamado de 'Capitão Cloroquina', o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi duramente criticado por Ciro Gomes (PDT), que o classificou como "genocida" e jogou em suas costas a responsabilidade pelas mais de 228 mil mortes em razão da Covid-19 no Brasil. Nitidamente irritado, Bolsonaro chamou de 'otário' quem o apelida com o remédio, nessa quinta-feira (4).

Assim como a própria fabricante do medicamento, o pedetista reafirmou que a ivermectiva não possui comprovação científica contra o vírus e apontou que o presidente virou "garota propaganda" da cloroquina. "Enquanto sobra cloroquina, faltaram medicamentos essenciais para intubação, vacinas e OXIGÊNIO! O capitão cloroquina fez politicagem rasteira com a vida dos brasileiros", publicou em seu Twitter, nesta sexta (5).

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Na publicação, ele compartilhou uma charge em que Bolsonaro "afoga" um paciente com comprimidos e pergunta a necessidade de oxigênio. Em outro post, Ciro lembra que o chefe do Executivo incentivou aglomerações e o acusa de ter adquirido a medicação com o preço acima do cobrado pelo mercado.

"O capitão cloroquina comprou toneladas de um medicamento ineficaz com preço superfaturado, desprezou a ciência, incentivou aglomeração, mentiu sobre o uso de máscaras e indicou remédios perigosos. Bolsonaro é responsável pelas mais de 228 mil mortes da pandemia. Genocida!", criticou.

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Chamado de genocida por menorizar os riscos da covid-19 e solicitar que escolas e comércios sejam reabertos no Brasil, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) vai complicando ainda mais seu - já baixo - poder de articulação política. Ao tratar a pandemia que já matou cerca de 19 mil pessoas no mundo como uma “gripezinha”, o mandatário já foi repudiado por representantes do Congresso Nacional e das unidades federativas, mas aproveita o caos para pôr a democracia novamente na corda bamba.

Após um pronunciamento catastrófico, do ponto de vista das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde, na manhã desta quarta-feira (25), Jair Bolsonaro sugeriu um futuro incerto para a democracia no Brasil. “Todos pagaremos um preço que levará anos para ser pago, se é que o Brasil não possa ainda sair da normalidade democrática que vocês tanto defendem. Ninguém sabe o que pode acontecer no Brasil”, afirmou.

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Tal posição o afasta ainda mais do Poder Legislativo, que já mantinha uma relação distante e episódio de atrito com o presidente. “O clima político é muito ruim. É de isolamento e tendência ao agravamento da crise”, analisou a cientista política Priscila Lapa. Em seu entendimento, tal isolamento já é considerado severo e projeta que o Congresso siga votando nas medidas emergenciais necessárias para conter os efeitos da pandemia. O cientista político Elton Gomes divide a mesma opinião e calcula que, entre seis meses e um ano, as únicas atividades legislativas no país terão caráter emergencial.

Importância o Judiciário

Na ótica de Lapa, o Judiciário vai ter a responsabilidade de controlar a cenário político e as futuras deliberações para auxiliar Estados e municípios, como por exemplo, determinando que as administrações não paguem a dívida com o Governo Federal durante o período pandêmico. “Ele pode tentar fazer isso [com que os Estados paguem], mas vai sofrer pressões do Congresso para aprovar esse pacote econômico e vai haver uma judicialização muito grande. Ele tá perdendo a oportunidade de ser o grande líder de todo esse processo”, afirmou, antes de concluir, “Bolsonaro tá abrindo mão disso para ir para a estratégia do enfrentamento praticamente sozinho”.

Sob a política de enfrentamento, o presidente aproveita os reflexos da pandemia para voltar a atacar o Estado Democrático de Direito com a declaração sobre um futuro incerto. “Ele não é uma pessoa com noção democrática. Ele não acredita nisso como valor político. Eu não descartaria que diante do isolamento, ele esteja forçando que a Ordem seja estabelecida por uma via não democrática”, pontua a especialista.

Mesmo com o tom demagógico de Bolsonaro e os elementos necessários para consumar a abertura do processo de Impeachment, Lapa acredita que a saída do presidente não será imediata. “Pela primeira vez, apesar da polarização, a gente começa a ver uma tendência majoritária de rejeição ao governo Bolsonaro. Apesar da crise, as pessoas estão focadas na sobrevivência”.

Um andorinha só

Rodeado apenas por alguns aliados do Partido Social Liberal (PSL), representantes das bancadas da bala e evangélica, as atitudes errôneas do presidente resultaram na perda da sua capacidade de gestão. Mesmo com apoio militar, o cientista Elton Gomes entende que a realidade de um regime autoritário esteja distante. “Praticamente isolado no Poder como Bolsonaro está hoje, eu acho altamente improvável que ele dispusesse de condições políticas e militares para dar um golpe de Estado. Agora, claro, várias falas já mostraram que ele relativiza o conceito de democracia”, entende Gomes, que crava: “Ele está interessado no Poder, mas não vejo condições porque as Forças Armadas têm se mostrado muito zelosas na manutenção da ‘normalidade institucional’”.

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