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A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, disse nesta segunda-feira, 3, que é preciso celebrar o saldo de votos do primeiro turno no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ampliar apoios com outros partidos para vencer no segundo turno. Em entrevista à GloboNews nesta tarde, ela disse que o PT vai buscar o apoio de Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) e atacou o "uso da máquina pública" pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha. Lula recebeu 57.258.115 votos válidos no primeiro turno, o equivalente a 48,43% do total, e Bolsonaro ficou em segundo lugar, com 51.071.277 votos válidos (43,2%).

"Primeiro, é importante dizer que o recado das urnas foi de tirar Bolsonaro, a maioria votou contra Bolsonaro. É um recado claro, ele está sentado na cadeira da Presidência da República, é o primeiro presidente que disputa a reeleição e que chega em segundo lugar no primeiro turno. Lula fez mais de 6 milhões de votos à frente de Bolsonaro. Isso é um recado muito claro das urnas, o povo brasileiro quer trocar de presidente, quer mudança", disse.

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Ela afirmou que a campanha petista sempre trabalhou com a hipótese de segundo turno e sabia que a disputa para encerrar a eleição no primeiro turno estava no limite. "Faltou pouco para a gente ganhar", disse. "O que não foi captado nas pesquisas foi esse crescimento do Bolsonaro, e acredito que foi muito no final. Nós chegamos vitoriosos, isso é importante dizer, e dentro daquilo que mais ou menos nós prevíamos."

Gleisi destacou ainda que é importante enfatizar que o ex-presidente Lula "travou um embate contra a máquina pública". "Nunca se usou tanto na história do Brasil a máquina pública como se usou nesta eleição. Bolsonaro usou a Constituição, soltou o Auxílio Emergencial, baixou o preços dos combustíveis, quando podia ter feito antes e não fez, usou muito o orçamento público, e nós tivemos essa situação aí do chamado orçamento secreto, das emendas parlamentares que foram usadas muito nesse processo de distribuição de verba para município, isso teve um efeito muito grande. Não foi fácil enfrentar essa máquina toda", explicou.

A presidente do PT, que também venceu a eleição para deputada federal pelo Paraná, reforçou mais de uma vez a importância de Lula buscar diálogos com novos setores da sociedade e, ao responder a uma pergunta sobre a formação de um eventual novo governo, disse ser uma "temeridade" falar em nomes antes de o candidato ser efetivamente eleito.

Sobre a eleição para o governo do Estado de São Paulo, onde o petista Fernando Haddad vai disputar o segundo turno com Tarcísio de Freitas, apoiado por Bolsonaro, ela disse que ainda vão conversar com Haddad para "avaliar o quadro". "Mas defendo buscarmos o PSDB", disse.

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse, nesta sexta-feira, que o governo está disposto a fazer ajustes na Medida Provisória 595, conhecida como MP dos Portos. "Não temos problema nenhum em fazer ajustes na MP 595 e melhorá-la, tanto pelo lado dos trabalhadores como dos empresários. O que temos dito é que não vamos abrir mão da competitividade, da convivência entre os portos públicos e os terminais privados", disse a ministra. Gleisi participa nesta sexta-feira da exposição para empresários brasileiros e franceses, do programa de investimentos em infraestrutura, batizado de Novos Rumos para os Investimentos na Infraestrutura Brasileira. O evento é promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil.

Para a ministra, a convivência entre portos públicos e terminais privados é uma medida necessária que não prejudicará os portos públicos. "Estamos fazendo um investimento considerável nos portos organizados, nos portos públicos. São R$ 6,4 bilhões que estamos investindo em acesso aquaviário, dragagem, ferroviário e rodoviário. Estamos preparando contratos de gestão para serem firmados com as Companhias Docas. Vamos agora licitar ou renovar, quando for o caso, 159 terminais dentro dos portos públicos", disse a ministra, comentando sobre as ações do governo nos portos públicos.

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Apesar da flexibilidade do governo para fazer ajustes, Gleisi ressaltou que o governo não vai recuar para aprovar no Congresso a MP. "Nossa expectativa é de que o Congresso aprove a medida. Um país de dimensão continental não pode continuar achando que só portos do Sul e do Sudeste deem conta do escoamento de produção", completou. "Pedimos muito para que se pudesse fazer algo de consenso. Não conseguimos. O governo teve de avaliar, mediar, arbitrar e mandar uma medida", justificou a ministra.

Taxa de retorno

Gleisi também avaliou que as taxas de retorno para os projetos de rodovias e ferrovias estão equilibradas. "Hoje, nossas taxas de retorno para rodovia e ferrovia estão na faixa de 13% a 14%, acho que está condizente com a realidade do País e com o risco que o empreendimento oferece". Para a ministra, é "preciso ter uma justa remuneração. Nós trabalhamos ainda com a cultura de uma taxa de retorno alta mesmo quando os juros caem".

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