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Magistrados e servidores do Poder Judiciário suspeitos de envolvimento com os ataques às instituições democráticas que ocorreram no dia 8 de janeiro e que vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília serão investigados pela Corregedoria Nacional de Justiça.

Apuradas no âmbito criminal, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em inquéritos e ações penais de relatoria do ministro Alexandre de Moraes, a Corregedoria Nacional de Justiça determinou instauração de Pedido de Providências para apuração da responsabilidade disciplinar de servidores públicos do Judiciário, no âmbito das competências constitucionais e regimentais cabíveis da corregedoria.

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Na decisão, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, argumentou que “os atos do dia 8/1 foram apenas o clima de uma prática discursiva disseminada nos meios de comunicação de massa, que tinha como alicerce uma deliberada desordem informacional voltada a gerar uma crise de confiança e deterioração das instituições republicanas”.

Por isso, sustentou que “é importante investigar a participação de servidores ou membros do Poder Judiciário tanto nas lamentáveis depredações do dia 8/1 quanto nos períodos anteriores”.

Oficiados, então, os ministros Alexandre de Moraes, do STF, e Benedito Gonçalves, relator da Ação de Investigação Judicial Eleitoral no âmbito do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), deverão ser encaminhadas à Corregedoria informações acerca da presença de membros do Judiciário em procedimentos investigativos ou ações penais em curso, relacionados aos atos de depredação aos poderes da República.

Tribunais de justiça, tribunais regionais federais, eleitorais e do trabalho, assim como suas respectivas corregedorias, também deverão informar, no prazo de 15 dias a contar da publicação da decisão, a existência de procedimentos disciplinares ou investigações preliminares, em curso ou arquivados, sobre servidores das respectivas cortes como investigados nos atos do dia 8/1.

O Pedido de Providências foi publicado em edição do Diário de Justiça eletrônico do Conselho Nacional de Justiça em 12/9/2023 e está disponível na íntegra neste link.

Da assessoria do CNJ

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 10, que as redes sociais compartilhem com a Procuradoria-Geral da República (PGR) todas as publicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tenham relação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as Forças Armadas, as eleições e o próprio STF.

A ordem foi dada na investigação sobre os autores intelectuais dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Moraes mandou notificar Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube.

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As plataformas também devem informar se extremistas denunciados por envolvimento nos protestos violentos seguem ou seguiam ou ex-presidente nas redes sociais e se compartilharam publicações de Bolsonaro com ataques ao sistema eleitoral.

O ministro despachou a pedido da PGR. O órgão busca entender o alcance das publicações de Bolsonaro contra as urnas e as instituições.

Ao atender o pedido, Moraes justificou que as garantias individuais não podem servir como "escudo" para a prática de crimes. "Imprescindível a realização das diligências requeridas pela PGR, inclusive com a relativização excepcional de garantias individuais", escreveu.

Bolsonaro foi incluído no rol de investigados do inquérito porque publicou, no dia 10 de janeiro, um vídeo com questionamentos sobre o resultado da eleição. A postagem foi apagada horas depois. Em depoimento à Polícia Federal, ele alegou que estava sob efeito de remédios e que a publicação foi acidental.

Sem se referir diretamente ao ex-presidente, Moraes já escreveu diversas vezes em seus despachos sobre o 8 de janeiro que autoridades coniventes e omissas serão responsabilizadas pelos atos golpistas.

Já está disponível em todas as plataformas digitais o single "Bloco dos Minions", do músico pernambucano Ugo Barra Limpa. Em forma de marchinha carnavalesca, a canção é uma crônica política que critica aquilo que o artista chama de "recrudescimento da extrema direita" no Brasil, bem como as manifestações golpistas ocorridas em janeiro deste ano, que depredaram prédios dos Três Poderes, em Brasília. 

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A faixa foi composta, produzida e arranjada por Barra Limpa. Já o trabalho de captação, edição, mixagem e masteriazação foi feito por D Mingus, que também tocou guitarra, flautas e sintetizador. "Bloco dos Minions" foi lançada pelo selo independente Pé-de-cachimbo Records.

Sobre Ugo Barra Limpa

Formado em Licenciatura em Música pela UFPE e pós-graduado em Produção cultural pela Fafire, Ugo Barra Limpa é violonista, compositor, arranjador e professor. Foi aluno na escola Tritonis, onde cursou Harmonia Contemporânea, Arranjo e Harmonia Avançada. Integrou as bandas Carranca, Relampejo e o grupo cênico-musical-performático "A Besta Fera e a Peleja de todo dia".

No ano do centenário do frevo foi finalista do concurso de música carnavalesca da prefeitura da cidade do Recife na categoria Maracatu com sua canção "Pindorama", defendida por Mevinha Queiroga e executada pela Banda Sinfônica do Recife. Participou da quarta edição da coletânea virtual Recife Lo-Fi capitaneada por Zeca Viana com seu frevo lisérgico intitulado "Ilusões".

Como instrumentista, vem participando das gravações dos discos e shows de artistas como Avoada, Juvenil Silva, Petrônio e as Criaturas, Marília Parente, entre outros. Produziu recentemente o EP de estreia do Projeto Ganesha, trabalho dedicado aos mantras indianos. Seu som passeia entre as influências da psicodelia nordestina, música Armorial, Tropicália, Jovem Guarda, Bossa Nova e muito da cultura oriental.

Atualmente, tem veiculado seu trabalho autoral em eventos presenciais e online como o Sarau das Artes e o Sarau da Boa Vista. Ele se prepara para gravar seu primeiro álbum de canções autorais, a ser lançado pelo selo independente Pé-de-Cachimbo Records.

Líder do PT no Senado e representante do Congresso Nacional brasileiro no Parlamento do Mercosul (ParlaSul), o senador Humberto Costa desembarcou em Montevidéu, no Uruguai, nesse fim de semana, para reunião plenária do órgão, que acontece nesta segunda-feira (21). Mas, já na noite desse domingo (20), o líder do PT teve um encontro com parlamentares da ala progressista dos países do bloco em que denunciou o "clima de golpismo que está em curso no Brasil".

"A democracia brasileira se encontra, neste momento, sob forte ataque, com ameaça real de um golpe de Estado", alertou Humberto, que recebeu apoio dos congressistas de Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Os parlamentares das delegações do Mercosul fizeram uma defesa intransigente dos regimes democráticos no bloco e rechaçaram qualquer tentativa de abreviar mandatos de governantes legitimamente eleitos, como ocorreu no Paraguai há três anos.

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Em junho de 2012, o presidente do país vizinho, Fernando Lugo, que não tinha base parlamentar, foi derrubado pelo Congresso do país, em uma manobra política extremamente controversa, que ficou conhecida como "golpe paraguaio". O país foi afastado do Mercosul e da Unasul por "ruptura da ordem democrática" até realizar novas eleições presidenciais, quando foi readmitido nos dois blocos.

Nesta segunda-feira, a delegação brasileira se reuniu nas primeiras horas da manhã para discutir estratégias de posicionamento sobre o comando das nove comissões temáticas do ParlaSul, cujos titulares serão definidos no encontro de hoje. A partir do meio dia, terá início a XXXIV Sessão Ordinária do Parlamento do Mercosul.

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O ex-presidente Lula (PT) saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT), nesta quinta-feira (9), quanto às acusações de “golpismo” trocadas entre o governo e a oposição. Em uma publicação na sua página oficial no Facebook, o padrinho político da petista rebateu as últimas declarações do presidente do PSDB e senador, Aécio Neves, e pontuou que “não há espaço para retrocesso” no país. 

“O acúmulo das lutas do povo brasileiro forjaram as bases de um país mais rico, menos desigual e consciente de seu potencial. Por isso, não há espaço para retrocesso: o tempo do golpismo passou para nunca mais”, dispara na publicação. “Hoje, vivemos o período de maior solidez da nossa democracia desde a proclamação da República”, acrescenta referindo-se as ações lideradas pela gestão petista. 

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O posicionamento do ex-presidente é resultado de declarações dadas pela presidente Dilma Rousseff ao jornal Folha de São Paulo, na última terça-feira (7), classificando como "um tanto golpista" os gestos da oposição ao defender uma possível renúncia dela a chefia do Executivo. "Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política", respondeu a petista na ocasião.

Após a entrevista, Aécio Neves e lideranças do PT, entre elas o senador Humberto Costa, trocaram farpas e acusações. Neves chegou a dizer que a estratégia do PT para se defender das acusações que recaem sobre o partido e seus dirigentes e que “Dilma devia estar preocupada em responder aos tribunais”. Já Humberto, classificou o posicionamento do tucano como “ataques à normalidade democrática” e pontuou acreditar que o senador estaria "cada vez mais inspirado pelo espírito golpista da UDN de Carlos Lacerda".

A presidente Dilma Rousseff chegou nesta quarta-feira (8) ao hotel Bashkortostan no centro da cidade de Ufá, no interior da Rússia. Após pernoitar em Portugal, a presidente não falou com a imprensa, embora jornalistas a tenham questionado na portaria do hotel sobre a troca de acusações de "golpismo" entre o governo e opositores.

Dilma participará hoje de um jantar oferecido pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, aos chefes de Estado dos Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Logo depois, está prevista reunião bilateral entre Putin e Dilma. Não há detalhes sobre a pauta do encontro, que será fechado à imprensa. A presidente participará da abertura da cúpula dos Brics. A reunião organizada pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem como objetivo estreitar as relações econômicas entre os cinco grandes emergentes, organizando a entrada em operações do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e do Fundo Contingente de Reservas (CRA), lançados no ano passado, em Fortaleza.

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A comitiva brasileira deixou Brasília na terça-feira, fez uma escala técnica em Porto, em Portugal, onde a delegação pernoitou, e seguiu viagem à região centro-sul da Rússia, em que se situa Ufá.

Para o governo russo, a cúpula dos Brics é uma oportunidade de mostrar que o país não está isolado pela comunidade internacional, mesmo com as sanções impostas pelos Estados Unidos e a União Europeia em razão do conflito no leste da Ucrânia. A crise diplomática e militar deve ser evocada, assim como a turbulência da Grécia e da zona do euro - tema que no entanto não constava até a terça-feira do rascunho de declaração final que será publicada ao término do evento.

Mas o maior interesse da cúpula é a coordenação econômica e financeira entre os grandes emergentes, que enfrentam reduções em seus ritmos de crescimento ou, no caso do Brasil e da Rússia, recessões. Um dos focos de interesse será o roadmap, o projeto de estratégia de parceria econômica para áreas como investimentos em infraestrutura, comércio, energia, agricultura, tecnologia, entre outras, com iniciativas para acelerar o ritmo de crescimento.

Outro tema importante é a criação das regras de funcionamento do Fundo Contingente de Reservas (CRA), espécie de Fundo Monetário Internacional dos Brics, que disporá de US$ 100 bilhões - dos quais US$ 18 bilhões do Brasil. A outra instituição criada pelos quatro sócios dos Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), entra neste ano em fase operacional com um total de US$ 50 bilhões para financiar projetos de infraestrutura.

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