Tópicos | greve dos professores

Os professores da rede privada de ensino de Pernambuco decidiram, após assembleia realizada nesta sexta-feira (7), no Recife, continuar em greve por tempo indeterminado. O encontro serviu para que a categoria debatesse o resultado das negociações com o sindicato dos patrões, que, até o momento, não atende às necessidades dos educadores. Agora, 75% dos 40 mil professores estão participando da greve, deixando cerca de 350 mil alunos sem aula.

Segundo informações do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro-PE), os educadores apresentaram a pauta de reivindicatória aos donos de escolas, mas eles não deram nenhum posicionamento sobre as reivindicações. Os patrões somente apresentarão uma contraproposta depois de uma reunião entre eles, que será realizada na próxima segunda-feira (10).

##RECOMENDA##

O coordenador do Sinpro-PE, Jackson Bezerra, destacou que a greve segue forte em todo o Estado. “Estamos firmes. Não abrimos mão de nenhum ponto da nossa pauta, o movimento grevista continua e se fortalece a cada dia com a adesão de mais escolas”, falou Bezerra, conforme informações da assessoria de comunicação do Sindicato.

Na próxima terça-feira (11), ocorrerá mais uma rodada de negociação, às 15h, no Ministério Trabalho e Emprego (MTE), também na capital pernambucana. Já na quarta-feira (12), os professores se reunirão em uma nova assembleia, às 8h, na sede do Sinpro-PE, no Recife, e nas subsedes de Petrolina e Caruaru.

Por Diogo de Oliveira

Na manhã desta terça-feira (24) os professores do estado da Bahia decidiram permanecer em greve e fizeram o primeiro ato público depois de serem expulsos da Assembleia Legislativa. A assembleia geral ocorreu com cerca de 500 professores no Colégio Central, na avenida Joana Angélica, em Salvador. O ato público foi uma passeata que saiu do colégio e fez o percurso até o Campo Grande, provocando congestionamento no trânsito, segundo a Superintendência de Transporte e Trânsito (Transalvador).

##RECOMENDA##

A assembleia geral foi marcada por agitação, falas dos representantes e divergência entre a categoria. O presidente do Sindicato dos Professores e Letrados (APLB), Rui Oliveira, explicou o motivo de ter concordado em sair da Assembleia Legislativa: “foi para não descumprir uma ação judicial e ser preso”. A divergência está tanto em falas individuais de alguns professores, como no processo de votação. Na assembleia, alguns professores se posicionaram contra a permanência da greve e foram vaiados pela grande maioria. Ainda foi decidido que a diretora do setor jurídico da APLB, Marilene Betros, e o diretor, Claudemir Nonato, permanecem como representantes do movimento.

A manifestação de rua que marcou esse momento pode ser um indicativo do caráter das medidas que os professores irão adotar. Por enquanto, a única deliberação foi a manutenção do processo de greve.

Dando continuidade aos atos do estado de greve dos professores das instituições federais de todo o país, os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), juntamente com colegas de profissão da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), realizaram nesta quinta-feira (14) o “Banneraço” na Praça do Diário, centro do Recife.

Os professores levaram um pouco das atividades de dentro das universidades. A ideia é protestar e ao mesmo tempo mostrar à sociedade a importância das produções acadêmicas. Trabalhos de pesquisa de vários cursos e materiais usados pelos estudantes nas graduações estavam sendo expostos em forma de banner e jogos, como o caso do curso de matemática, que trouxe jogos de lógica para chamar a atenção da população que passava.

##RECOMENDA##

De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Jaime Mendonça, a ideia dessa manifestação, diferente das demais já realizadas, é colocar a universidade mais próxima da população. “Mostrar as pessoas que quando temos um problema na educação, isso reflete na sociedade”, explicou o docente.

Apoio dos estudantes

No ato público, também participaram alguns estudantes de graduação convidados pelos professores. O estudante de matemática, Marcos da Silva, participou do primeiro evento em pró da causa dos professores. “Eu apoio a luta, mas nunca tinha participado de um movimento deles (professores) e acho muito importante a adesão dos alunos”, afirmou. 

Parte da executiva estadual da Assembleia Nacional dos Estudantes- Livre (Anel) também estava presente no banneraço. A representante, Janaína Oliveira, contou que vários universitários das instituições federais do Brasil também estão em greve, apoiando a paralisação dos professores e lutando pela melhoria da educação no país. Na tarde desta quarta-feira (14) haverá reunião dos comandos de greve dos docentes, estudantes e técnicos federais, para firmar um comando unificado. O encontro acontecerá às 15h, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

No domingo (17), a greve dos professores das universidades federais completará um mês. A paralisação, que conta com a adesão de 51 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o governo federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído. Na Universidade de Brasília (UnB), além dos professores, os técnicos administrativos também cruzaram os braços, inviabilizando a maior parte das atividades acadêmicas.

Aluna do primeiro semestre de economia, Hayanne Ferreira acha que a greve é legítima, mas que a decisão dos docentes foi precipitada. Das cinco disciplinas que cursa neste semestre, apenas uma não foi interrompida. Com isso, ela prevê que vai ficar sem férias quando a greve terminar porque os professores que aderiram ao movimento terão que repor as aulas perdidas. “Vai ter prova fora de hora, suspenderam o calendário e vai ser preciso repor aula. Tem professor que não vai repor”, acredita.

##RECOMENDA##

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira (19).

Na UnB, a decisão de paralisar as atividades é de cada professor, por isso os alunos se sentem “perdidos” em relação à greve. “Tanto as férias do meio do ano quanto as do fim do ano, ninguém sabe como vão ficar porque não sabemos quando começará o próximo semestre”, disse Raphaella Pinheiro, 19 anos, aluna de relações internacionais. Cinco dos seis professores com quem ela tem aula neste semestre aderiram à greve. “A maioria das matérias parou completamente. Tem professor que está passando exercício pela internet para a gente resolver, tem outros que vão encurtar o semestre na volta e a gente vai fazer a prova mais rápido. Outros vão considerar a matéria como dada, porque quando a greve começou 75% das aulas já tinham ocorrido. Outros vão repor tudo. Cada um vai fazer do jeito que quiser”, reclama.

Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento inciado pelos professores. Uma sessão que reuniu os 46 centros acadêmicos da UnB  no dia 29 manteve a decisão em uma votação apertada: 22 votos a favor da greve estudantil, 20 contra e duas abstenções.

Com a paralisação dos servidores, que começou na última segunda-feira (11), além das aulas, alguns serviços que são prestados à comunidade também ficaram interrompidos. A biblioteca da UNB, que é frequentada também por quem não é aluno da instituição, está de portas fechadas. “Sempre venho aqui para estudar, o espaço é bom. Mas agora fiquei meio sem opção”, conta Guilherme Macedo, 36 anos. Ele estuda administração em outra instituição, mas frequenta a UNB pela proximidade de sua casa.

Não só os alunos são afetados pela paralisação. A queda no movimento preocupa também quem trabalha na universidade. Edilma Queiroz, dona da banca de jornais que funciona no Instituto Central de Ciências (ICC) conta que nesta semana o movimento já caiu 90% em relação ao fluxo normal. “O impacto é total porque a gente tem que pagar todos os impostos, o aluguel, todos os encargos que a UnB também não abre mão, independentemente da greve. E a gente não sabe quando essa greve vai acabar”, diz. 

Dando continuidade aos atos do estado de greve dos professores das instituições federais de todo o país, os docentes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), juntamente com colegas de profissão da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), realizarão nesta quinta-feira (14) o “Banneraço” na Praça do Diário, centro do Recife.

De acordo com a Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), A ideia é protestar e ao mesmo tempo mostrar à sociedade a importância das produções acadêmicas desenvolvidas na universidade. Cada docente deve levar ao encontro um Banner que já foi utilizado no seu trabalho, além dos cartazes que fazem referência à greve.  

##RECOMENDA##

Reunião

Será realizada na tarde desta terça-feira (12), em Brasília, uma reunião do Ministério do Planejamento Orçamento de Gestão (MPOG) com o Comando Nacional de Greve do Andes, para negociar o fim da paralisação dos professores de universidades federais, iniciada no dia 17 de maio. A paralisação já atinge 51 instituições  de todo o Brasil.

Reunidos em assembleia, hoje (27), na Praça do Buriti, em Brasília, os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, por ampla maioria, manter a greve iniciada há 16 dias. O sindicato da categoria (Sinpro-DF) está organizando reuniões nas escolas para esclarecer pais e alunos sobre os motivos da greve.

Segundo a diretora da Comissão de Negociação dos Professores, Rosilene Corrêa, o governo ainda não apresentou uma proposta para as reivindicações pela categoria. A Secretaria de Administração Pública do governo do Distrito Federal (GDF) reafirmou que não há previsão de aumento salarial para os professores. Com dificuldades de caixa, o GDF adotou medidas para reduzir despesas com pessoal e, assim, cumprir os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

##RECOMENDA##

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando