Nesta quinta-feira (14) o prefeito de Petrolina, Julio Lossio (PMDB), e o vice-prefeito, Guilherme Coelho (PSDB), deixaram a gestão da cidade após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de cassar o mandato dos dois. O peemedebista anunciou o cumprimento da decisão judicial através da sua página no Facebook, onde agradeceu a solidariedade dos que o apoiaram, frisou que vai continuar lutando por Petrolina.
Lossio aproveitou a postagem para desabafar e criticar a decisão da Justiça Eleitoral. “Um dia haveremos de ter a verdadeira independência dos poderes. Cada um sendo influenciado pela consciência de seus pares, não pela interferência pautada por interesses de outros poderes”, soltou.
##RECOMENDA##Veja na íntegra o desabafo:
Aos amigos, o meu muito obrigado pela solidariedade.
A cidade não pode parar, e se Deus permitir não vai parar.
Nossas crianças precisam frequentar as escolas. Nossos doentes, as AMES. Casas precisam ser construídas e lotes, regularizados.
Quem menos tem, é quem mais precisa do governo.
A justiça interpretou e sentenciou-me com os olhos vendados à vontade popular.
Não serei demagogo e dizer que confio na justiça. Serei apenas racional em dizer que preciso e vou respeitar a justiça.
Confio mesmo é em Deus e na força que emana do povo que nos fizeram vencer os poderes e os poderosos.
A injustiça sempre esteve presente em muitos tribunais. Contudo, a justiça divina sempre se fez, com o tempo que recoloca cada homem em seu devido lugar.
Enquanto tempo eu tiver, manterei incansável a minha luta e a daqueles que me seguem por uma cidade mais justa, menos desigual. Onde todas as crianças possam estudar e se alimentar com dignidade. Onde cada família possa ter o direito à moradia. Onde a saúde seja de todos e não um privilégio de poucos.
Um dia haveremos de ter a verdadeira independência dos poderes. Cada um sendo influenciado pela consciência de seus pares, não pela interferência pautada por interesses de outros poderes.
Mantenho viva a esperança, representada no verde de nossas plantações. Quero ser como a caatinga que, parecendo morta, floresce com mais força a cada chuva.