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O juiz peruano Richard Concepción Carhuancho ordenou a prisão do ex-presidente Ollanta Humala e sua esposa, Nadine Heredia, que são acusados de conspiração e lavagem de dinheiro relacionados ao caso Odebrecht.

A ordem, que autoriza 18 meses de detenção para Humala e sua esposa, veio após procuradores argumentarem que o casal pode fugir do Peru para despistar a Justiça.

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O mesmo juiz já havia ordenado a prisão de um outro ex-presidente peruano, Alejandro Toledo, por acusações relacionadas. Toledo está nos Estados Unidos lutando contra pedidos de deportação por autoridades do Peru, que exigem que ele responda às acusações.

O procurador Germán Juárez acusou o casal Humala e Heredina de lavar dinheiro nas campanhas presidenciais de 2006 e 2011. Ele explicou que ambos receberam recursos públicos da Venezuela para a campanha de 2006, quando Humala saiu derrotado nas eleições. Em 2011, quando Humala foi eleito, a Odebrecht e a OAS contribuíram com dinheiro que seria destinado a corromper funcionários e obter licitações, segundo o procurador.

O empresário Marcelo Odebrecht declarou em abril que havia entregado US$ 3 milhões à campanha de Humala, que negou insistentemente as acusações.

Autoridades de toda a América Latina têm se movido para cobrar políticos acusados de receber cerca de US$ 800 milhões em propinas da Odebrecht. A construtora reconheceu o pagamento de suborno em um acordo firmado com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos em dezembro.

Apenas no Peru foram pagos US$ 29 milhões por obras construídas durante o governos Toledo, Humala e do ex-presidente Alan Garcia. (Matheus Maderal, com informações da Associated Press - matheus.maderal@estadao.com)

O presidente do Peru, Ollanta Humala, conclamou outros líderes mundiais a adotarem modelos de crescimento econômico capazes de combater a desigualdade sociais e a pobreza. Em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, Humala argumento que, enquanto a desigualdade sociais estiver aumentando, será impossível erradicar a pobreza.

"O crescimento econômico é um meio, e não um fim. Uma ferramenta indispensável, mas não suficiente", declarou Humala. "Um Estado que não atenda à totalidade de sua população reproduz e exacerba a desigualdade. E enquanto houver tais níveis de desigualdade, não me cansarei de repetir, toda a política de luta contra a pobreza terá impacto relativo", prosseguiu ele. No século 21, enfatizou, "o Estado deve servir a todos, e não somente a uma minoria".

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Humala também apresentou o Peru como um modelo na luta contra a pobreza e no cumprimento das Metas do Milênio da ONU. Segundo ele, mais da metade dos peruanos viviam na pobreza no ano 2000, quando foram lançadas as Metas do Milênio. "Hoje, um quarto de meus compatriotas ainda enfrenta essa situação." Fonte: Associated Press.

A aprovação do presidente do Peru, Ollanta Humala, caiu para 26% em agosto, o nível mais baixo desde que assumiu o poder há mais de dois anos, segundo uma pesquisa da GFK. Anteriormente, a aprovação havia ficado em 32% em julho e em 55% em janeiro.

A consulta também mostrou que 54% dos entrevistados acredita que o governo não está fazendo o suficiente para combater o crie, 51% acha que a atual gestão não está cumprindo as suas promessas de campanha, enquanto 48% aponta para o aumento dos preços.

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"A população desenvolveu um alto nível de desconfiança em relação às instituições e atividades políticas, o que significa que eles não estão confiantes sobre o futuro", disse o diretor da GFK, Hernan Chaparro, ao jornal La Republica, onde a pesquisa foi publicada neste fim de semana passado.

Humala tomou posse em julho de 2011, para uma gestão de cinco anos.

A pesquisa foi realizada de 19 agosto a 20 agosto com 1.250 pessoas e tem uma margem de erro de 2,8 pontos percentuais. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, que ontem promoveu uma reforma ministerial, nomeou o ministro da Justiça, Juan Jimenez, como novo primeiro-ministro. Ex-advogado defensor dos direitos humanos, Jimenez substituirá Oscar Valdés como chefe do Gabinete.

Valdés se tornou primeiro-ministro em dezembro de 2011, mas a sua abordagem linha-dura, especialmente no caso das manifestações populares contrárias aos projetos de ouro e cobre na região de Minas Conga, ajudou a causar um declínio no apoio à administração Humala.

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Embora todos os ministros tenham entregue a carta de demissão, Humala manteve Luis Miguel Castilla como ministro das Finanças, enquanto Jorge Merino ficou como ministro de Minas e Energia. Porém, houve mudanças nas pastas da Defesa, Interior, Agricultura, Saúde e Justiça.

Segundo analistas, as mudanças ministeriais visam tentar reverter a queda na popularidade do governo Humala. Pesquisa de opinião divulgada hoje pelo Instituto GFK mostra que a taxa de aprovação do presidente caiu para 36% em julho, abaixo dos 41% de junho, o menor patamar de seu primeiro ano de governo. As informações são da Dow Jones.

O índice de aprovação do presidente do Peru, Ollanta Humala, continua a cair e chegou a 45% neste mês, ante 51% em maio e 56% em abril, de acordo com uma pesquisa nacional da Ipsos-Apoyo. "Os conflitos sociais e a sensação de que ninguém está no comando do governo são os principais fatores para o declínio do índice de aprovação", disse o diretor do instituto, Alfredo Torres, em comentários ao jornal El Comercio.

O governo Humala tem lutado para conter uma onda de conflitos sociais, especialmente aqueles ligados ao importante setor de mineração do país. O presidente tomou posse em julho de 2011 para um mandato de cinco anos. A pesquisa ouviu 1.207 pessoas entre os dias 13 e 15 de junho e tem margem de erro de 2,8 pontos porcentuais para mais ou para menos. As informações são da Dow Jones.

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O governador do departamento (estado) de Cajamarca, no norte do Peru, Gregório Santos, propôs uma reunião com o presidente do país, Ollanta Humala, e com vários ministros para discutir o impasse no projeto de mineração Conga, rechaçado pela população. Santos propôs a Ollanta que a reunião aconteça no dia 28, próxima segunda-feira, em local que o mandatário escolher, informou o jornal El Comercio de Lima. O departamento enfrenta um impasse e 10 mil pessoas protestaram contra a mineração na quinta-feira. Os moradores afirmam que a abertura da mina de ouro contaminará as fontes aquíferas.

Humala prometeu "resolver as dúvidas" da população e disse que é possível ter os lucros da extração do ouro e a água ao mesmo tempo. "Podemos ter os dois. Vou resolver as dúvidas de cada um de vocês."

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Escolas e negócios estavam fechadas e ônibus não circulavam nas ruas da cidade andina de Cajamarca, 870 quilômetros a nordeste de Lima, no protesto contra o Projeto Conga, de US$ 4,8 bilhões, comandado pela norte-americana Newmont. Na cidade de mais de 200 mil habitantes, 10 mil pessoas protestavam, muitas delas estudantes e fazendeiros.

A Newmont também controla a Yanacocha, maior mina de ouro da América do Sul, 70 quilômetros ao norte de Cajamarca.

Um grupo de cerca de 1.500 manifestantes ateou fogo a um depósito, mesmo com a polícia na área, segundo fontes da empresa. Não há informações sobre feridos. Os protestos foram realizados por todo o departamento, que tem uma população de 1,4 milhão.

"É uma greve geral", afirmou Wilfredo Saavedra, chefe da Frente de Defesa Ambiental de Cajamarca, coalizão de grupos liderando os protestos. "Sem o ouro você pode viver, sem a água você morre", dizia um cartaz de um dos manifestantes. "A água pertence ao povo, não às companhias mineradoras."

O conflito ocorre no momento em que o presidente Ollanta Humala tenta equilibrar as necessidades da população que o elegeu, principalmente a classe trabalhadora e mais pobre, com as demandas do setor de mineração, o motor do crescimento da economia peruana nos últimos anos. "O abuso das marchas mineiras gera um clima de desconfiança que polariza e divide o Peru entre ouro ou água", afirmou Humala na capital.

O Projeto Conga, de extração de ouro e cobre, envolve a transferência de água de quatro lagos localizados nas montanhas para reservatórios construídos pela companhia. Os moradores dizem que esses reservatórios não substituem os lagos de maneira adequada, e notam que os lagos fornecem água para a agricultura e a pecuária.

Em 2010, a mineração gerou cerca de US$ 15 bilhões no Peru, e este ano as exportações no setor de mineração devem ficar acima de US$ 25,5 bilhões, segundo números do governo.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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