Tópicos | humano

Nesta terça-feira (25) completa 21 anos que a empresa norte-americana Advanced Cell Technology conseguiu desenvolver uma tecnologia para clonar embriões humanos. A empresa fez o anúncio na época sob protestos do Congresso dos Estados Unidos. Segundo a companhia, o objetivo não era criar um ser humano clonado, mas obter células-tronco, capazes de transformar em qualquer tecido humano para tratar doenças e trazer transplantes.  

Ao repetir a mesma base do processo utilizado para clonar a ovelha Dolly, em 1996, cientistas da ACT trabalharam secretamente em um laboratório no Estado de Massachusetts durante um ano, substituíndo com sucesso o DNA de um óvulo humano pelo DNA do núcleo de uma célula adulta de pele humana. Com o método, puderam ser criadas células para substituição de tecidos do coração, de neurônios e de células do sangue. Por essa razão, os embriões clonados puderem fornecer material para regenerar tecidos com problemas em órgãos como o fígado, pâncreas ou a medula óssea, sem problema de rejeição, afinal possuíam a mesma sequência de DNA do paciente.  

##RECOMENDA##

A célula de pele humana usada no experimento pertence ao cientista Judson Somerville, atualmente com 61 anos, que ficou paralítico depois de um acidente de bicicleta. Segundo a empresa, a paralisia pode ser curada com tratamentos médicos derivados da clonagem de embriões humanos. Além da estratégica escolha de uma célula de Somerville, uma repórter da revista “U.S. News & World Report”, foi autorizada a acompanhar toda a experiência, que durou mais de um ano, e ao publicar sua reportagem, simultaneamente o anúncio foi feito pela companhia.

A equipe da ACT, publicou uma descrição do experimento na revista científica “The Journal of Regenerative Medicine”, para ler a descrição, acesse http://www.liebertpub.com/ebi/default1.asp. Um artigo escrito pelos cientistas sobre o experimento também foi publicado na página da revista “Scientific American” na internet, para ler o artigo, acesse https://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/www.scientificamerican.com. 

CÉLULAS-TRONCO

Existem diversos tipos de células-tronco disponíveis para transplantes, mas elas podem ser rejeitadas pelos pacientes como corpo estranho. Com a clonagem, isso não ocorreria. O estudo preliminar dá conta de duas maneiras de produzir esse tipo de célula. O primeiro é chamado “partenogênese”, pela técnica, um óvulo da paciente é ativado sem a fecundação de um espermatozoide.

É formado, então, um embrião e as células-tronco são produzidas de acordo com o tecido necessário para o transplante. A outra técnica é chamada “transferência nuclear” em células somáticas, o que é a própria clonagem. Um óvulo humano é preparado com a remoção de seu DNA e com a implantação do DNA do paciente tem a ativação da célula e o desenvolvimento do embrião.  

 

Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida por cientistas italianos e britânicos começará a ser testada em seres humanos no fim de abril, no Reino Unido, em um grupo de 550 voluntários saudáveis.

O medicamento é fruto de uma parceria entre a empresa italiana de biotecnologia Advent-IRBM, de Pomezia, na província de Roma, e o Instituto Jenner, da Universidade de Oxford.

##RECOMENDA##

"Queremos tornar a vacina utilizável já em setembro para imunizar operadores sanitários e as forças de ordem em uma modalidade de uso compassivo [antes da licença comercial]", disse o CEO da IRBM, Piero di Lorenzo.

Segundo o executivo, a empresa está na fase final das negociações para um "financiamento relevante" com um "pool de investidores internacionais e vários governos interessados em acelerar o desenvolvimento e a produção industrial da vacina".

"Decidimos passar diretamente à fase de testes clínicos no ser humano, na Inglaterra, considerando, por parte da IRBM e da Universidade e Oxford, suficientemente testadas a não-toxicidade e a eficácia da vacina com base em resultados de laboratório", acrescentou.

Paralelamente, outra empresa da província de Roma, a Takis Biotech, conduz estudos pré-clínicos em ratos de cinco candidatas a vacina feitas a partir da proteína "spike", que o coronavírus utiliza para agredir células e se multiplicar.

Segundo a companhia, os testes são promissores, mas os resultados definitivos dessa etapa são esperados para meados de maio, enquanto a avaliação em humanos pode começar no segundo semestre.

Da Ansa

No Brasil, o adestramento de animais é prática comum para melhorar a convivência do bicho com os seus tutores. No entanto, o Park Clube do Totó, que fica no Rio de Janeiro, foi além. O local sediará um curso gratuito onde os humanos serão colocados na posição de seus pets, usando guia e andando de quatro; uma "nova forma de adestramento", segundo os organizadores, para mostrar aos tutores a realidade de seus cães.

Além de serem "adestrados", os tutores também serão orientados a corrigirem problemas de comportamento de seus cães, tais como fazer a necessidade fisiológica fora do lugar determinado, latir ou rosnar em excesso, atacar e roer móveis.

##RECOMENDA##

Marco Antônio, fundador do Park Clube do Totó, relatou ao Globo que os tutores terão momentos idênticos aos dos animais ao se alimentar, passear, encontrar amigos, andar em matilha, de forma a fazê-lo entender e sentir o que os pets sentem.

O curso será realizado no mês de maio, de forma gratuita, no Park Clube do Totó, que fica no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro.

No dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 70 anos, nesta segunda-feira (10), o governador Paulo Câmara (PSB) falou sobre humanidade e justiça. “Afirmo ainda que há muito por ser feito, mas tenho certeza de que estamos construindo o melhor caminho, cujo fim é um estado mais justo, e, necessariamente, mais humano”, ressaltou durante entrega da Medalha Direitos Humanos Desembargador Nildo Nery dos Santos, que foi realizada no Palácio da Justiça.   

O pessebista foi um dos agraciados com a medalha neste ano. “A assinatura da Declaração significou um grande passo, sem dúvida, na caminhada do ser humano, rumo ao bem-estar, à dignidade e a melhores condições de vida. Recebo a honraria com muito orgulho. Nosso Estado ostenta com orgulho um histórico de ilustres personalidades que lutaram e se destacaram na defesa de direitos humanos”.   

##RECOMENDA##

Durante seu pronunciamento, Paulo Câmara citou a “contribuição” de Pernambuco com o tema dos direitos humanos. “Criamos a Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Câmara, que desde o ano de 2012, tem investigado os crimes de violações aos direitos humanos durante a ditadura”, relembrou. 

Também foi homenageado o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros; o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido; a procuradora de Justiça, Sineide Canuto; e o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, o juiz Flávio Augusto em nome de todos os juízes de primeiro grau do Judiciário, bem como Bartolomeu Bueno, Alfredo Jambo e Waldemir Tavares, que integram a Comissão de Direitos Humanos do Judiciário Estadual. 

Desde a infância, o ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco conviveu com o líder sertanejo Miguel Arraes. Seu pai, José Francisco de Melo Cavalcanti, segundo contou Joaquim era amigo de Arraes quando, o primeiro, era deputado estadual, na década de 40 e, este último, secretário da Fazenda no governo de Barbosa Lima. A convivência foi desde a infância. “Arraes também considerava o meu pai um amigo embora, na política, isso tenha limites”, disse.

Apesar de garoto, Joaquim disse que não se esquece das primeiras memórias. “Eu guardei aquela imagem mais jovem de um homem inteligente, sabido, que sabia fazer uma composição política. Sempre o achei com um jeitão, autenticamente, nordestino. Falava 50% do que queria e os outros 50% guardava. Gostava do chamado varejo da política, da rua, da feira, da praça, do poeta, do repentista, do cantor. Era um homem humano. Se relacionava bem com as pessoas, agora, como um sertanejo era desconfiado”.

##RECOMENDA##

Para Joaquim Francisco, o ponto forte de Arraes era a firmeza das suas convicções. Contou que o governador não recuava do norte que queria seguir. “Ele tinha convicções de matriz muito forte na área socialista. Muitas delas não se concretizaram, não se materializaram, mas ele se manteve firme numa coerência em busca dos objetivos dele. Não trilhou caminhos convencionais porque ele sempre era um híbrido fértil. Navegava nos dois rios. Da direita e da esquerda. Essa dificuldade que, até hoje em dia algumas pessoas encontram numa convivência mais aberta, ele não tinha. Isso sem abrir mão das convicções dele. Aí era onde estava astúcia dele”.

                                                                                                

Joaquim declarou que, apesar da conjuntura não houve “guerras políticas” entre ambos. “Até porque ele era de um temperamento, quando queria, suave. Era muito experiente, muito jeitoso, fazia política e metade do que podia ele dizia, a outra metade você ficava esperando um novo encontro. Também era teimoso, ou seja, um político hábil, astucioso, coerente com as ideias dele e sabia o que queria”.

Ele também recordou da época em que era prefeito e Arraes, governador. “Era um aprendizado permanente. Ele conversava comigo, aquela coisa toda, eu era um adversário na prefeitura e ele um governador adversário. Eu ia lá despachar e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”.

"Eu ia lá despachar com ele e ele conversava bem comigo, aquela conversa, mas, que as coisas que eu ia pedir, ele não atendia. Eu brincava com ele: “Dr. Arraes essas são soluções de gaveta”. “Eu sempre fui apressado, ansioso, queria soluções rápidas. Ele dizia: as coisas têm um ritmo. Você vai, espera um tempo, dá uma sequência e, assim, as coisas vão andando. Pedia para eu deixar de agonia. Ele não pegava no arranco, sempre mastigava o processo. Ouvia uma opinião. Era um político hábil, astucioso, obstinado, cabeça dura, coerente com as ideias dele e sabia o que queria. Um condutor, um líder, sem dúvida alguma, e conseguia em alguns momentos passar uma impressão completamente oposta”.

Joaquim acredita que os laços familiares facilitou o convívio. “Por exemplo, na transição de governo. Eu, que sou um animal rural e urbano, valorizo muito essa maneira de ser rural, de relembrar as ligações que você teve no passado, então, trouxe um clima de convivência cordial mesmo em polos opostos, sem radicalismo, eu o sucedi e depois ele disputou a eleição com Krause e ganhou a eleição. Eu sucedi ele e ele me sucedeu. Foi uma transição pacífica. Eu gostava de conversar com ele. Muitas pessoas reclamam que não conseguia conversar com ele. Eu conseguia”, contou.  

[@#video#@]

UM HOMEM ALÉM DO SEU TEMPO

Entre as muitas histórias relembradas, Joaquim Francisco destacou um episódio, na época em que era governador [1991/1995], que confirmaria que Arraes era um homem além do seu tempo. Arraes teria se encontrado com ele, dois anos após assumir a gestão, para questioná-lo quem seria o seu candidato para a Prefeitura do Recife. “...Daí, ele se encontrou comigo e me perguntou. “Eu queria saber de uma coisa, Joaquim. Quem será o seu candidato a prefeito? Porque eu estou recebendo esse povo de marketing e eles estão dizendo que o povo não quer mais saber de político, que o povo não quer político. Falaram que o povo quer técnico, gerente. E, aí, Joaquim, você vai fazer o que?...”.

Sobre o fato, Joaquim disse para Arraes que não saberia o que iria fazer e questionou o mesmo. “Eu também quero saber do senhor se o senhor vai botar um político ou um técnico”, teria retrucado.

Arraes teria continuado. “...Eu fico aqui pensando, tantos anos que a gente faz política, eu, Pelópidas, você, Dr.Roberto, cada um no seu canto e, de repente, o povo não quer mais saber da gente. O que a gente faz? Tem que pegar um técnico. Estou pensando em ligar para uma das multinacionais e dizer me arranje um prefeito técnico...”.

Joaquim não se esquece dessa história. “Isso há 28 anos e não me esqueço porque hoje está se debatendo isso. Ele já dizia que o povo na rua não queria político, que queria técnico por alguma razão, por algum desgaste político. Isso, lá atrás, já tinha esse tipo de discurso”.

No final das contas, uma semana após, a decisão de Arraes foi feita. Não botou um “técnico”. “Não vou botar um técnico (...). Eu pensei, se a gente é político, colocar um técnico daqui a pouco o povo não gosta da gente. O candidato dele foi Eduardo Campos; o de Joaquim, André de Paula, e Jarbas foi candidato. Ganhou Jarbas, ou seja, a tese do gerente faliu. Arraes estava certo". 



Uma arqueóloga voluntária francesa de 16 anos e um colega de 20 encontraram na semana passada no sudoeste da França o dente de um adulto que viveu há 560.000 anos, uma descoberta importante, segundo os pesquisadores.

"Um dente grande de adulto - de homem ou mulher, não se sabe - foi encontrado durante as escavações em um nível do solo que sabemos que remonta de 580.000 a 550.000 anos, porque utilizamos diversos métodos de datação diferentes", explicou nesta terça-feira à AFP a paleoantropóloga Amélie Viallet, de 39 anos.

"É uma descoberta importante porque temos poucos fósseis humanos deste período na Europa", acrescentou.

"É uma peça do quebra-cabeças que nos faltava para contribuir na resolução da pergunta crucial: o homem de Neandertal, de 120.000 anos, é proveniente de uma única linhagem?", acrescentou a paleoantropóloga.

Tautavel, um povoado próximo a Perpiñán, é um dos sítios pré-históricos mais importantes do mundo.

Neste mesmo lugar, onde milhares de voluntários fazem escavações há 50 anos, já haviam sido encontrados mais de 140 restos de esqueleto do "homem de Tautavel", que viveu há 450.000 anos.

Na tarde de quinta-feira, Camille, de 16 anos, e Valentin, de 20, trabalhavam com um pincel quando encontraram o dente, contou Viallet.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando