O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu uma sindicância investigativa após denúncia de que dois funcionários teriam cometido fraude à licitação que deve contratar a gráfica Valid S.A para imprimir as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019. A denúncia foi feita pela gráfica Plural, que perdeu o pregão que terminou em um contrato de R$ 143 milhões.
Segundo o jornal O Globo, a Plural teria adquirido uma gravação de um funcionário da gráfica vencedora afirmando que dois funcionários do Inep garantiram que a empresa passaria por todas as diligências necessárias sem problemas. Essas diligências foram realizadas no mês de março, após a gráfica que imprimia o Enem desde 2009, a RR Donnelley, declarar falência.
##RECOMENDA##A Plural denunciou, ainda, que a gráfica que faliu estava transferindo o esquema de favorecimento dela para a gráfica que ganhou o pregão, com contratação de novos funcionários e instalações “maquiadas”. Segundo o jornal O Globo, foram das instalações da gráfica Plural que as provas do Enem 2009 foram roubadas.
O pregão que sofreu as denúncias da Plural foi vencido pela empresa na fase de preços. Ela foi desclassificada, porém, por não cumprir um dos critérios necessários para a impressão das provas: ter outro parque gráfico para ser utilizado em emergências. O segundo lugar também foi desclassificado, classificando, por fim, a Valid.
A Polícia Federal confirmou o recebimento da denúncia, mas não alegou a sua veracidade. Em nota, a Valid informou que as denúncias são anônimas e que ela possui todos os itens necessários para vencer o pregão e que cumpriu tudo o que era requerido no edital. O Inep, por sua vez, disse que abriu sindicância de caráter sigiloso para investigar a denúncia.