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As autoridades do Talibã acenderam uma fogueira em uma província do oeste do Afeganistão neste fim de semana e jogaram instrumentos musicais e equipamentos nas chamas, por considerarem a música algo imoral.

"Promover a música leva à corrupção moral e tocar música engana os jovens", disse Aziz al-Rahman al-Muhajir, chefe do Ministério para a Promoção da Virtude e Supressão do Vício na província ocidental de Herat, onde ocorreu a fogueira.

Desde que chegou ao poder em agosto de 2021, o Talibã impôs uma série de leis que refletem sua visão rigorosa do Islã, que inclui a proibição de tocar música em público.

Muitos dos equipamentos musicais que queimaram no sábado foram confiscados dos salões de casamento da cidade.

Entre os instrumentos jogados na fogueira estavam um violão, um harmônio, outros dois instrumentos de cordas e uma tablá (tambor).

Além da música, as mulheres são as principais vítimas das novas leis impostas pelos talibãs, com a sua exclusão da maioria das escolas de ensino médio, universidades e da administração pública.

As mulheres também não podem trabalhar para organizações internacionais, visitar parques, jardins, academias ou banheiros públicos, ou viajar sem estarem acompanhadas por um parente do sexo masculino. Elas também devem se cobrir totalmente ao sair de casa.

Milhares de salões de beleza fecharam definitivamente na terça-feira após a entrada em vigor de um decreto. Muitos desses salões eram dirigidos por mulheres e muitas vezes eram sua única fonte de renda.

Logo após a publicação da nota em conjunto com Náutico e Santa Cruz, o presidente do Sport, Yuri Romão, comentou sobre a união dos times do Recife pela liberação dos instrumentos musicais nos estádios.

“Em todos estados que frequento há festas com instrumentos musicais e, nem por isso, existe vandalismo ou briga por conta deles. Acho que, aqui, poderia ter, até porque faz parte da cultura e do e embelezamento do futebol. Tá na hora de responsabilizar as torcidas se acontecer alguma coisa. Tá na hora de ter alegria de volta nos estádios”, disse.

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Yuri ainda contou que a publicação da nota ficou estabelecida em conversa com Diógenes Braga, presidente do Náutico, e Antônio Luiz Neto, presidente do Santa Cruz, na noite de quinta-feira (28). Com a revogação dos rádios, eles optaram por  estender as questões dos instrumentos musicais.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, 20, no Twitter, que o governo reduzirá as tarifas de importação para instrumentos musicais de corda (de 18% para 5%) e de skates (de 20% para 2%). As novas taxas serão cobradas a partir do dia 27 de abril, disse o presidente. A redução foi aprovada na segunda-feira em reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), grupo que reúne representantes de vários ministérios, além da Presidência.

Bolsonaro afirmou que, desde o início do governo, já foram zeradas ou reduzidas tarifas de importação de mais de 600 itens, que vão de saúde, alimentos, games e combustível.

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O presidente não citou, mas na lista está também a redução a zero do imposto de importação de pneus, feita em janeiro para agradar aos caminhoneiros. Um mês antes, a Camex zerou tarifas de importação para revólveres e pistolas. A medida acabou sendo suspensa por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro da Economia, Paulo Guedes, informou à época que a isenção teria impacto de R$ 230 milhões ao ano e considerou o custo "muito baixo".

No início do ano, após o próprio governo ter elevado o imposto de importação sobre itens necessários para combater a Covid-19, entre eles os cilindros de oxigênio, a Camex reverteu o aumento e manteve a isenção das tarifas para esses itens até o dia 30 de junho deste ano.

Com o pedido de recuperação fiscal feito em maio deste ano pela empresa Gibson, uma das mais consagradas marcas do cenário musical mundial, escancarou-se uma crise no segmento e, com isso, falou-se muito sobre o fim da guitarra. Mas, se depender do gerente comercial da Malagoli Captadores, Érico Malagoli, a especulação está longe de se tornar uma realidade.

Inaugurada nos anos 1960, a empresa especializada em captadores, peça responsável por dar o timbre à guitarra e contrabaixo, vive um período de crescimento e faturamento positivos após anos de crise no negócio. A grande responsável pela quase falência do negócio foi a abertura econômica do Brasil nos anos 1990. "Os importados chegaram com tudo e, do dia para a noite, perdemos praticamente todo o nosso mercado", lembra.

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Nascida na marcenaria do avô de Malagoli, a empresa tinha como objetivo a venda dos captadores para fábricas nacionais de instrumentos musicais e lojas especializadas. "Meu pai e meus tios, os fundadores, começaram a fabricar guitarras por hobby. Mas logo perceberam que existia demanda específica de captadores para guitarras. Observando uma peça pronta, passaram a fabricar 'na raça' e a fornecer a peça", conta.

"A abertura foi feita de forma abrupta. Além da concorrência, os fabricantes brasileiros estavam atrasados em questão de desenvolvimento tecnológico", diz Malagoli, ressaltando que os produtos vindos de fora eram mais baratos e tinham o status de produto importado.

Para reerguer a empresa, a família Malagoli tentou explorar diferentes negócios dentro do segmento musical, mas todos fracassaram. "Estávamos desesperados para conseguir manter a empresa."

Insistência

Foi então que Malagoli, o neto, entrou ativamente no negócio e sugeriu ao pai insistir na fabricação de captadores, porém de forma mais moderna e personalizada.

"Podíamos fazer captadores tão bons quanto os norte-americanos e asiáticos e com preço justo para o mercado nacional. Pegamos um empréstimo no banco e apostamos mais uma vez na empresa."

A participação em feiras do ramo, publicidade em revistas de música e, principalmente, a mudança do modelo de negócio, que passaria a ter como foco o consumidor final, levantaram a empresa.

"Abrimos uma loja online em 2005 e passamos a vender direto para o consumidor, sem depender de fábricas ou lojas", conta o executivo. "Além disso, customizamos os captadores. Se um cliente quer um timbre específico para a sua guitarra, vamos produzir uma peça com esse timbre. O design das peças e embalagens também foram alterados e modernizados", afirma Malagoli.

Embora não revele os números, o gerente comercial conta que o faturamento da empresa já ultrapassou o histórico que tinha nos tempos de ascensão, antes da crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado brasileiro de instrumentos musicais, principalmente os de corda e elétricos como guitarras e contrabaixos, é dominado pelas importações (cerca de 90% dos itens no mercado) e apresentou queda de 80% nos últimos cinco anos, segundo dados da Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima). O cenário, à primeira vista, sinaliza um segmento desafinado do ponto de vista econômico. Mas também é uma oportunidade para empreendedores que investem em negócios com o foco no conserto, manutenção, personalização e fabricação sob medida de instrumentos musicais - as chamadas luterias.

"Eu faço parte da mudança de paradigma em que as pessoas estão se voltando ao pequeno e à comunidade. Ganhamos com os detalhes que uma fábrica não consegue proporcionar. Por isso, à revelia das crises, este é um mercado que vem crescendo e ganha em cultura e conhecimento", acredita o luthier e criador da marca Caracik Guitars, Lucas Caracik.

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Para o presidente da Anafima, Daniel Neves, a luteria é um segmento que atua à margem do mercado de importação e ganha cada vez mais destaque justamente pelo valor agregado da customização e qualidade dos instrumentos construídos por pequenas fábricas e luthiers - são cerca de 700 em atividade.

O valor anual que o setor movimenta é de, aproximadamente, R$ 9,8 milhões, cerca de 10% de todo o mercado de instrumentos. "Neste valor estão contemplados violinos, guitarras, baixos, cavaquinhos, banjos, baterias e instrumentos conhecidos como handmade, que são os amplificadores e pedais elétricos. A qualidade dessa produção nacional é muito grande. Raramente um violonista clássico compra um violão pronto, por exemplo", destaca Neves.

Para o professor da pós-graduação em gestão estratégica da inovação e competitividade da FAAP, José Sarkis Arakelian, o segmento é promissor e rentável. "A 'singularização' ganha valor atualmente, porque no ambiente digital estamos perdendo essa referência. A customização é uma realidade promissora. Neste segmento, restauração e conserto fogem da escala de preço praticada porque existe, geralmente, uma carga emocional em cima do objeto."

Outro fator importante que impulsiona o mercado é a longa durabilidade do produto. Esse fato, em tempos de crise, reforça a opção pela reforma do instrumento, em vez da compra de um novo.

Escolha

Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Lucas Caracik iniciou sua história como luthier no segundo ano de faculdade, quando se matriculou em um curso da área. Pouco tempo depois, em 2012, abriu a sua primeira oficina na cidade de São Paulo e passou a se especializar ainda mais, estudando com luthiers de fora do Estado e até com um dos principais nomes internacionais, o luthier norte-americano Robert O'Brien.

"Além do conserto e manutenção, também comecei a desenvolver instrumentos com desenhos próprios. Gosto de ressaltar que não sou uma custom shop (não faz customização)", afirma Caracik.

Seu principal plano agora é o fortalecimento da marca Caracik Guitars. Mas, para manter a sustentabilidade do negócio, o luthier também investiu na criação de cursos, que têm dois formatos principais. No intensivo, o aluno aprende todo o conteúdo em cinco dias e o termina com um instrumento em mãos, fabricado por ele sob tutoria de Caracik (o valor é de R$ 3.800, com a inclusão de todo o material utilizado). O outro formato é o extensivo, com duas horas de aula por semana no valor de R$ 400 mensais com apenas dois alunos por turma.

Após ser demitido da empresa em que atuou por dez anos, Renato Beolchi transformou o hobby em luteria em negócio, com a abertura da Major Tone Guitars, em 2017. Uma marca do seu trabalho é a construção de guitarras no modelo cigar box, feitas a partir de uma caixa de charuto.

"Comecei atendendo os clientes em casa, no fim de 2016. Mas, em setembro do ano passado, me instalei dentro de um estúdio de gravação. Foi um ótimo negócio, pois além do aumento de fluxo de trabalho eu adquiri um público qualificado", conta. Além do modelo cigar box, Beolchi também constrói outros estilos e, atualmente, se dedica a "projetos desafiadores" do ponto de vista comercial e publicitário para fortalecer a marca.

"Abri mão da construção pela construção. Acabei de fabricar um contrabaixo a partir de uma foto. Isso representa não só o desafio do aprendizado e crescimento profissional, mas o potencial que isso tem para valorizar a minha marca. Abre a possibilidade para outros projetos parecidos. A seletividade me traz a possibilidade de negociar preços mais sustentáveis." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta quinta-feira (28), a Polícia Civil da Bahia conseguiu recuperar instrumentos musicais que haviam sido furtados do depósito de uma distribuidora em São Paulo, em dezembro do ano passado. O material foi encontrado após serem anunciados em um site de varejo, por um usuário de Salvador. Os 28 instrumentos roubados eram avaliados em cerca de R$ 30 mil.

O Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) conduziu a investigação, comandada pelo delegado Adailton Adan. Conforme informação divulgada, uma equipe da polícia encontrou os objetos roubados em um imóvel em bairro de Salvador. A assessoria comunicou que três pessoas envolvidas no caso haviam sido identificadas e seriam indiciadas pelo crime de receptação.

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Ainda segundo os suspeitos, eles chegaram a acertar negociações com compradores pela internet. De acordo com dois representantes da distribuidora, os criminosos levaram 740 instrumentos no dia do roubo, como safoxones, violinos, flautas, etc, avaliados em R$ 600 mil. Desses, 28 foram encontrados pela polícia. A investigação prossegue para tentar recuperar o restante do material. 


Um incêndio atingiu um estúdio localizado na Rua Santo Antônio, no bairro Fosfato, em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite da última quinta-feira (13). O fogo destruiu quatro instrumentos musicais.

Ninguém ficou ferido. Além dos equipamentos, as chamas atingiram também um computador, uma mesa e caixa de som. Não há informações sobre o que teria causado o incêndio. 

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O cenário em uma das salas da Escola Municipal Vereador Antônio Januário era de destruição. A instituição de ensino, localizada em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes, foi atingida por um incêndio na madrugada deste sábado (27).

As chamas destruíram livros, instrumentos musicais e materiais eletrônicos, além de danificar a estrutura física de duas salas. A escola atende alunos do primeiro ao nono ano do ensino médio.

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Segundo a Prefeitura de Jaboatão, a partir desta segunda-feira (29) o imóvel passará por um processo de limpeza. Na primeira semana de janeiro, será iniciada a reforma estrutural e elétrica nas áreas atingidas. Todos os materiais perdidos serão repostos antes do início das aulas, em fevereiro.

Uma equipe da Defesa Civil esteve no local para realizar a perícia. Até o final do dia de hoje será divulgado um laudo preliminar sobras as causas do incêndio. O laudo oficial deve ficar pronto na próxima terça-feira (30).

Os beatlemaníacos recifenses terão uma ótima oportunidade de ver de perto uma parte do acervo da banda. Acontece nesta sexta (10) uma exposição com a única coleção completa de instrumentos dos Beatles na América do Sul. A mostra estará no Teatro Guararapes, com visitação gratuita das 10h às 22h30.

Guitarras Gretsch, Rickenbacker e Fender, violões Martin, Gibson e Epiphone, contrabaixos das marcas Hofner, Fender e Rickenbacker e ainda os raríssimos amplificadores VOX e as baterias Ludwig Black Oyster e Ludwig Hollywood. São mais de 20 equipamentos, todos originais, usados por John, Paul, Ringo e George.

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Ao término da exposição, a banda Beatles Abbey Road faz um show apresentando os maiores sucessos dos garotos de Liverpool. A Beatles Abbey Road foi considerada, na Inglaterra, a melhor banda cover de Beatles - do mundo - por três anos consecutivos. 

Serviço

Exposição de instrumentos musicais dos Beatles

Sexta(10) | 10h às 22h

Teatro Guararapes (Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N - Salgadinho)

Gratuito

(81) 3182 8000

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), pela primeira vez, terá uma Escola de Música. O projeto vai envolver crianças das comunidades do entorno do campus em aulas gratuitas com vários instrumentos musicais. Outra ideia é a implantação de uma orquestra que oferecerá oportunidades às crianças menos favorecidas em termos econômicos.

O evento que marca a criação da Escola será realizado na próxima quarta-feira (4), no Salão Nobre a UFRPE, no bairro de Dois Irmãos, no Recife. Na ocasião, haverá um concerto com o maestro Henrique Annes, que é o diretor da Escola.

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Vinculado ao Programa Arte e Cultura, a Escola de Música da Rural pretende oferecer novas perspectivas a crianças do entorno a partir de aulas de música e posterior formação de uma orquestra. De acordo com a instituição de ensino, já foram comprados mais de 60 instrumentos, tais como violas, violões, cavaquinhos, bandolins e os de percussão.

“Queremos oferecer a essas crianças a oportunidade de aprender instrumentos para dar condições de um futuro profissional”, destaca o maestro Henrique, conforme informações da assessoria de comunicação da UFRPE.

Ainda segundo a Rural, o formato das aulas, horários e critérios de seleção serão definidos brevemente. A expectativa é que a primeira turma seja formada nos próximos dias. 

 

Interessados em ingressar no Conservatório Pernambucano de Música nos cursos regulares e de extensão em instrumentos musicais e canto já podem se inscrever. As oportunidades para novos estudantes devem ser realizadas através do site da instituição até esta terça-feira (26). 

A vaga será concedida através de sorteio ou testes, dependendo da opção de curso escolhida pelo candidato. A oportunidade é destinada a estudantes a partir de sete anos. 

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O Conservatório Pernambucano de Música (CPM) está com inscrições abertas, até o dia 15 deste mês, para a seleção de cursos técnicos. Estão sendo oferecidas 40 vagas para a qualificação de regência, duas para canto e 61 oportunidades para instrumentos musicais.

De acordo com a Secretaria de Educação do Estado (SEE), as provas serão realizadas no dia 10 de dezembro, no próprio CPM. O local fica na Avenida João de Barros, 594, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife.

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A divulgação dos selecionados será feita no dia 13 de dezembro e as matrículas estão previstas para 7 de fevereiro do próximo ano. Outros detalhes informativos sobre o processo seletivo podem ser obtidos pelo edital.

 

As batidas dos instrumentos de percussão se confundem com as do coração. O “soar” dos instrumentos de sopro se misturam com a respiração dos jovens músicos. A cada batida do prato, belas meninas, cheias de elegância, fazem um verdadeiro espetáculo com bandeiras. Tudo isso representa apenas uma pequena fração do que é a apresentação de uma banda escolar de Fanfarras, uma atividade extra e que não oferece notas aos participantes e sempre é tão procurada pelos estudantes. Neste sábado (7), Dia da Independência do Brasil, mais de 3 mil alunos das redes estadual e privada de ensino de Pernambuco desfilam no Recife, após um longo período de preparação e competições disputadas.

No bairro de Casa Amarela, na Zona Norte da capital pernambucana, desde 2008, o professor de iniciação musical, Hélio Barbosa, levou à comunidade escolar da Escola Estadual Ageu Magalhães o “brilho” da música. A aceitação dos alunos do ensino foi grande, porém, no início, a tarefa de ensinar os jovens a tocar não foi fácil. Como os estudantes precisavam estar aptos para participar de competições, o professor teve de aplicar várias atividades práticas, deixando de lado um pouco da teoria. “Nosso objetivo não é formar músicos. A ideia principal é fazer com que eles toquem os instrumentos. Quando percebo que algum quer seguir a carreira, indico conservatórios”, explica Barbosa.

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A metodologia de ensino deu certo. Hoje, a Banda de Fanfarras Ageu Magalhães é tetracampeã estadual de grupos musicais, fruto de um trabalho muito disciplinado, com aulas duas vezes por semana e aos sábados. Muitas vezes, os alunos passam o dia todo nos ensaios. “Quando eles chegam, sem nunca ter tido contato com a música, escolhem quais instrumentos querem usar. Depois, vou analisando quem tem mais habilidade para certos instrumentos e faço a divisão. Tocar em banda exige muita disciplina e de fato, quem participa do grupo, tem bons resultados nas outras disciplinas da escola”, complementa o professor.

No ritmo dos estudantes

“Desde a minha infância tenho o desejo de ser músico. Sou uma pessoa que aprendo muito rápido as coisas e com a música não foi diferente. Pretendo seguir a carreira da música. Eu amo tocar. É algo que vem de dentro”, relata Isaias Felipe da Silva, de 17 anos, que há seis meses participa da banda. O jovem toca um instrumento de sopro, a tuba. Já Willyson Gomes, 16, tem bem mais tempo de banda e diz que o grupo demorou a se entrosar, contexto musical. “No começo, foi difícil porque a gente não sabia tocar nada. Mas, a gente ensaiou muito e com bastante disciplina. Nosso esforço resultou em tantos títulos de competições”, diz Gomes, que toca bombardino.

As meninas também marcam presença na equipe. Luciana Anacleto Felix, de 18 anos, é responsável pelo prato. “Entrei na banda por causa de amigos e passei a gostar muito mesmo. A gente, além de aprender a tocar, cria um laço afetivo muito intenso. É muito importante para todos nós participarmos do desfile da Independência. É uma data muito linda para todos os brasileiros”, comenta a jovem.

Nathália Castro, 18, dá um espetáculo de contorcionismo e elegância. A porta bandeira está na banda há 3 anos e sabe como é “dura” a vida dos participantes. “Requer muita disciplina, responsabilidade e a gente tem que suar a camisa. Nós ensaiamos muito e isso é primordial para uma boa apresentação. Mais uma vez, minha expectativa para o 7 de setembro é muito boa”, fala.

Neste ano, o tradicional desfile comemora 190 anos e ocorre na Avenida Mascarenhas de Moraes, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul do Recife. Às 8h, haverá a revista à tropa pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, bem como pelo comandante militar do Nordeste, o general do Exército Odilson Sampaio Benzi. Logo em seguida, será realizada a execução do Hino Nacional do Brasil e depois as escolas iniciam os desfiles.

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