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A Justiça vai investigar o prefeito de Niterói (RJ), Jorge Roberto Silveira, por causa do anúncio da extinção da Companhia de Ballet do município, após protesto dos integrantes da companhia. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) instaurou inquérito civil para apurar uma possível irregularidade na extinção.

O inquérito foi instaurado depois de recebida a informação de que os servidores da companhia realizaram ato de protesto para reivindicar melhores condições de trabalho e salariais. Dois dias após a manifestação, os diretores da Companhia de Ballet foram exonerados. Já os bailarinos, servidores concursados, foram avisados, por telefone, de que seriam colocados em férias coletivas.

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O MP-RJ vai investigar também as condições de funcionamento da companhia. Segundo a representação, a companhia não pode ser extinta porque é tombada por lei municipal. Foi comunicado ao MP-RJ que a companhia realiza seus ensaios num galpão alugado no centro de Niterói, em condições inadequadas.

O Ministério Público de São Paulo solicitou a instauração de um inquérito policial para apurar os fatos que envolveram a Polícia Militar durante a reintegração de posse da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), que aconteceu no último dia 8. Cerca de 400 homens da Tropa de Choque entraram no prédio para esvaziá-lo, e alguns estudantes classificaram a ação como truculenta.

Segundo o MP, o pedido foi enviado na segunda-feira pelo Promotor de Justiça de Direitos Humanos, Eduardo Valério. Ele também enviou uma cópia do documento para a corregedoria da PM.

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Técnicos de órgãos do governo fizeram hoje um sobrevoo pela Bacia de Campos, no norte fluminense, com o objetivo de verificar a dimensão da mancha provocada pelo vazamento de óleo no local. A missão é composta de especialistas da Marinha, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além do secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Ontem, a ANP divulgou nota informando que a empresa Chevron Brasil conseguiu cimentar o poço de onde está vazando o petróleo. Apenas um vazamento residual permanece. Segundo a Chevron, a mancha está localizada a 120 quilômetros do continente e se desloca na direção contrária à costa brasileira. As informações são da Agência Brasil.

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A presidenta Dilma Rousseff sanciona hoje (18) o projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade e a Lei de Acesso a Informações Públicas. Será às 10h30, em solenidade no Palácio do Planalto. Participam os ministros da Defesa, Celso Amorim, do Planejamento, Miriam Belchior, da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

A Comissão da Verdade será formada por sete pessoas e vai apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. Os trabalhos terão a ajuda de outros 14 servidores, que darão suporte administrativo.

O grupo terá prazo de dois anos para ouvir depoimentos em todo o país, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos ocorridas no período. O trabalho da comissão não vai partir do zero. Serão aproveitadas as informações produzidas há quase 16 anos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e há dez anos pela Comissão de Anistia.


Brasília - A bem-sucedida experiência brasileira na prisão de criminosos internacionais motivou a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) a adotar o Manual Brasileiro de Investigações de Fugitivos como modelo a ser seguido pelos 190 países que a integram. Até hoje, a entidade não tinha um documento que servisse de orientação para todos os países-membros.

Elaborado e adotado pela Polícia Federal brasileira desde 2002, o documento brasileiro contém técnicas de investigação, como a identificação biométrica, análise de perfis criminológicos e psicológicos e o rastreamento de criminosos por meio da chamada “difusão vermelha”, relação na qual as autoridades judiciais dos países-membros da Interpol inscrevem os nomes, as fotos e informações que possam levar à prisão e à extradição de foragidos internacionais.

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Segundo a PF, a edição do manual, com a compilação dos principais procedimentos policiais, ajudou o Brasil a promover importantes capturas, como as do israelense condenado à prisão perpétua por torturar crianças Elior Noam Hem (preso em junho deste ano, em São Paulo), do norte-americano Shalon Weiss, considerado o maior estelionatário do mundo e dos traficantes colombianos Juan Carlos Abadía e Mery Valencia.

Ainda de acordo com a PF, o número de criminosos foragidos presos em território brasileiro aumentou nos últimos anos, registrando uma média aproximada de 50 prisões/ano desde 2008. Só nos dez primeiros meses deste ano foram capturados 44 estrangeiros procurados pela Justiça. Durante todo o ano passado foram 51 e, em 2009, 58. Segundo a PF, o Brasil está entre os dez países que mais prendem pessoas procuradas pela Interpol. Não há, contudo, dados oficiais que permitam concluir que o país passou a ser mais ou menos procurado por foragidos nos últimos anos.

A versão adaptada do manual brasileiro será lançada hoje (1º), durante a Assembleia Geral da Interpol, que será realizada em Hanói, capital do Vietnã. Inicialmente, a publicação será traduzida para o inglês e para o espanhol. Versões em outros idiomas deverão ser publicadas em seguida.

 

 

A federalização das investigações do brutal assassinato do advogado e dirigente do PT Manoel Bezerra de Mattos Neto completa um ano nesta quinta-feira, 27 de outubro. Essa importante data será relembrada em debates programados no Recife e em João Pessoa.

A federalização foi um passo fundamental para a apuração do caso, que estarreceu toda a sociedade: a morte brutal de um defensor dos direitos humanos que dedicou sua vida ao fim dos grupos de extermínio na região entre os estados da Paraíba e Pernambuco.

Esses grupos se diziam responsáveis por uma “limpeza social” na região e matavam covardemente meninos de rua, supostos marginais, homossexuais e trabalhadores rurais. O fato, inclusive, ganhou notoriedade internacional, sendo analisado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).

Em 2002, a OEA constatou a urgência e a necessidade de proteção da vida e integridade física de Manoel Mattos e de outros cidadãos ameaçados, após encaminhamento da ONG Justiça Global e do então deputado Luiz Albuquerque Couto, que era presidente da CPI do Narcotráfico. Infelizmente, no dia 24 de janeiro de 2009, Mattos foi assassinado. Esse é um caso triste e vergonhoso para o Brasil e, portanto, merece a atuação firme das autoridades federais.

Aproveitando essa data emblemática, reforço a importância de a Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Federal continuarem empenhados na investigação e no julgamento dos criminosos. Não podemos aceitar a impunidade.

 

 

As questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011 a que alunos de uma escola particular do Ceará tiveram acesso semanas antes da prova vazaram do pré-teste aplicado em outubro do ano passado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A informação foi confirmada pelo Ministério da Educação (MEC). Os alunos do 3° ano do Colégio Christus participaram do pré-teste do Enem em 2010, mas não poderiam ter ficado com o caderno de questões. O Inep pode anular as provas do Enem feitas pelos alunos da escola cearense.

A prova do Enem é composta por questões que integram um banco de itens do Inep. Antes de entrar para esse banco, cada questão passa por um pré-teste, que avalia se o item é válido e qual é o grau de dificuldade. Os alunos que participam do pré-teste são escolhidos aleatoriamente e, após responder ao caderno de questões, devolvem o material ao Inep, que é incinerado.

A denúncia de vazamento de questões do último Enem começou a circular nas redes sociais – Facebook e Twitter – depois que candidatos que tiveram acesso a uma apostila distribuída pelo Colégio Christus perceberam que cerca de dez questões eram idênticas às cobradas na prova do fim de semana.

COLÉGIO CHRISTUS - O diretor da escola afirmou que o colégio não teve acesso antecipado ao conteúdo da prova aplicada no último final de semana. Segundo Davi Rocha, a “coincidência” pode ter sido causada pela metodologia empregada para a confecção do teste.

“Estamos achando que o banco de questões da escola foi alimentado por perguntas pré-testadas”, disse Rocha à Agência Brasil. O diretor lembra que as questões que compõem a prova do Enem são testadas previamente - para avaliar o grau de dificuldade do item - por meio de avaliações aplicadas a alguns estudantes. Depois desse primeiro teste, as questões são incluídas em um grande banco de itens que fica à disposição do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do Enem.

De acordo com Rocha, alguns alunos do Colégio Christus participaram do último pré-teste e podem ter apresentado as questões a seus professores para que elas fossem resolvidas em sala de aula. Posteriormente, os docentes podem ter incluído essas perguntas no banco de dados da própria escola, alimentado, de acordo com Rocha, com questões de testes de vestibulares, concursos públicos e provas do Enem de anos anteriores. 

“Estamos achando que tivemos acesso [às questões do Enem deste ano] sem saber, por meio das questões pré-testadas. Os alunos podem ter retirado essas questões dos pré-testes e submetido aos examinadores do colégio”, afirmou o diretor.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), nenhum aluno que participa do pré-teste fica com o caderno de questões. Este ano, o Enem foi aplicado a cerca de 4 milhões de estudantes distribuídos por 14 mil locais de 1,6 mil cidades.

INVESTIGAÇÃO - O Ministério da Educação acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento do conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e já estuda cancelar o teste aplicado a 639 alunos de uma escola particular de Fortaleza (CE).

A notícia do vazamento veio à tona após um aluno do Colégio Christus publicar em uma rede social cópias de fotos de apostilas com questões semelhantes às do exame, aplicado no último final de semana. Embora o material não possua qualquer identificação do estabelecimento de ensino, o próprio ministério, por meio de sua assessoria, afirma que os estudantes do colégio tiveram acesso ao conteúdo há algumas semanas. A PF vai investigar como isso ocorreu.

Se a prova for cancelada, os 639 alunos do colégio Christus terão que refazê-la no final de novembro, quando o exame será aplicado à população carcerária.

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O Ministério da Educação (MEC) acionou a Polícia Federal (PF) para apurar o suposto vazamento do conteúdo da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e já estuda cancelar o teste aplicado a 639 alunos de uma escola particular de Fortaleza (CE).

A notícia do vazamento veio à tona após um aluno do Colégio Christus publicar em uma rede social cópias de fotos de apostilas com questões semelhantes às do exame, aplicado no último final de semana. Embora o material não possua qualquer identificação do estabelecimento de ensino, o próprio ministério, por meio de sua assessoria, afirma que os estudantes do colégio tiveram acesso ao conteúdo há algumas semanas. A PF vai investigar como isso ocorreu.

Se a prova for cancelada, os 639 alunos do colégio Christus terão que refazê-la no final de novembro, quando o exame será aplicado à população carcerária.

Criado em 1998, o exame ganhou importância nos últimos anos ao se tornar pré-requisito para os interessados em bolsas de estudo do Programa Universidade para Todos (ProUni). Ganhou ainda mais peso em 2009, quando passou a substituir o vestibular de boa parte das instituições públicas de ensino superior. Este ano, cerca de 4 milhões de candidatos fizeram o Enem no último fim de semana em 14 mil locais de provas de 1,6 mil cidades.

O Ministério da Justiça vai determinar à Polícia Federal que abra um inquérito para investigar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Esporte. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a decisão foi tomada a partir de um pedido do ministro do Esporte, Orlando Silva, citado como beneficiário de um esquema de corrupção pelo policial militar João Dias na revista Veja. Cardozo destacou que Orlando Silva se dispôs a abrir seus sigilos telefônicos e bancários para contribuir com a investigação.

"Obviamente, este gesto nos ajuda na medida em que há uma intenção clara do ministro em uma apuração, que será feita de forma rigorosa e aprofundada pelos órgãos da PF que serão responsáveis pelo caso", afirmou Cardozo. O ministro da Justiça acrescentou que o PM que fez a denúncia será ouvido pela Polícia Federal.

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O tenente-coronel Claudio Luiz Silva Oliveira, ex-comandante do 7º Batalhão, de Alcântara, em São Gonçalo, no Rio, um dos seis policiais militares acusados de envolvimento na morte da juíza Patrícia Aciolli, foi preso na madrugada de hoje. De acordo com a Polícia Militar, ele já foi exonerado do comando do 22º BPM (Maré) e se encontra detido na carceragem do Batalhão de Choque.

O Ministério do Turismo suspendeu temporariamente a execução e o repasse de recursos de todos os convênios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, destinados à qualificação dos profissionais do setor de turismo, em especial aqueles firmados no âmbito do Programa Bem Receber Copa, conforme já havia antecipado pelo jornal Estado de S.Paulo. Portaria publicada nesta segunda-feira (26) e no Diário Oficial da União informa que a decisão considerou entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU) acerca dos riscos aos cofres públicos que possam advir dos projetos do programa.

Relatórios do TCU mostraram que parte do dinheiro dos convênios, destinado a treinamento e qualificação de trabalhadores para a Copa de 2014, estava sendo desviado por ONGs ligadas a fundações pertencentes a parlamentares.

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A portaria publicada hoje no Diário Oficial determina também o bloqueio das contas específicas dos respectivos convênios e determina à Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo e à Secretaria Nacional de Políticas de Turismo que façam o levantamento dos convênios que estão em execução, indicando nome da entidade, espécie e número do instrumento, início e fim da vigência, valores repassados e pendentes, porcentual executado, e dados bancários. Além disso, as secretarias deverão observar o cumprimento da legislação aplicável à matéria, conforme determinação do TCU.

Uma investigação por falta de decoro aguarda o deputado e ex-ministro Pedro Novais (PMDB-MA) assim que ele reassumir o mandato na Câmara. A bancada do PSOL na Casa pediu formalmente providências da corregedoria para apurar as denúncias contra o parlamentar por desvio de dinheiro público para uso pessoal. O documento pede a mesma investigação envolvendo o deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA).

O pedido se baseia na revelação de que Novais utilizava os serviços de um funcionário contratado como secretário parlamentar do gabinete de Escórcio. O servidor Adão dos Santos Pereira trabalhava como motorista particular da mulher de Novais, Maria Helena de Melo, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. Até o ano passado, o mesmo funcionário era contratado pelo gabinete do próprio Novais.

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Escórcio afirmou hoje que o assessor de seu gabinete pode fazer o que quiser nas horas livres do trabalho. O deputado disse que há um revezamento entre os seus funcionários no período em que ele se ausenta de Brasília. "No tempo livre, ele faz o que bem entender. Ele está liberado para fazer o que quiser. Não tenho de estar sendo babá de funcionário", disse.

O documento do PSOL protocolado na Mesa reproduz decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para ressaltar que o fato de Novais estar à época licenciado do mandato não o livra de um processo na Câmara.

O PSOL argumenta que Escórcio, igualmente, deve ser investigado por ter permitido a um servidor de seu gabinete prestar serviços fora das atividades parlamentares, contrariando as regras da Câmara. O Código de Ética considera ser "incompatível com o decoro parlamentar a percepção, a qualquer título, em proveito próprio ou de outrem, de vantagens indevidas".

O boxeador Arturo Gatti, bicampeão mundial, encontrado morto em 2009, em Pernambuco, não teria se suicidado, conforme concluiu a Justiça brasileira na época. Uma investigação de dez meses de duração, divulgada na última quarta-feira, desmentiu a primeira versão para o caso e apontou que ele foi assassinado em um flat, na praia de Porto de Galinhas.

Gatti, nascido na Itália e naturalizado canadense, era casado com a brasileira Amanda Rodrigues. Na época do incidente, ela foi apontada como principal suspeita pela morte, mas, após uma primeira investigação, a polícia concluiu que ele havia se enforcado com a alça de uma bolsa.

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"Este caso precisa ser reaberto se as autoridades do Brasil têm algum senso de moral, ética e preocupação legal com sua reputação", declarou o patologista Cyril Wecht, que afirmou que a versão inicial, de suicídio, foi "pura ficção".

Mesmo com o resultado da nova investigação, divulgada um dia após o início do julgamento para decidir quem ficará com a herança milionária de Gatti, Amanda foi categórica ao reafirmar que seu ex-marido tirou a própria vida. "Vocês terão que esperar pela segunda autópsia. Mas eu sei que foi suicídio. Seria mais fácil explicar para mim mesma que não foi suicídio, mas eu tenho certeza que foi", declarou.

Arturo Gatti tinha 37 anos quando foi encontrado morto. Ele chegou a deter os títulos mundiais das categorias dos meio-médios ligeiros e dos superpenas. Durante os 16 anos que foi profissional - de 1991 a 2007 - conseguiu um cartel de 40 vitórias e nove derrotas.

Apenas três dos 14 bondinhos de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, estão em condições de funcionar, segundo a administradora do sistema. Dos sete bondes reformados, só dois funcionam. Dos outros sete que não sofreram modernização, só um funciona. Os demais esperam manutenção. No sábado, um acidente com um dos veículos deixou 5 mortos e 57 feridos. O serviço, que completa 115 anos amanhã, está suspenso por tempo indeterminado.

Anteontem, no entanto, o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, afirmou que a manutenção dos bondes está em dia. Segundo ele, desde 2007, o governo estadual gastou R$ 14 milhões com o sistema de bondes. Neste ano, a secretaria investiu R$ 350 mil com manutenção e assistência técnica preventiva. De acordo com o secretário, como o sistema é antigo, muitas vezes é necessário fabricar peças exclusivas para os bondes, daí a demora com a manutenção.

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O governo informou ontem que nomeará o presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), Rogério Onofre, como interventor dos bondes. Ele deve chefiar o sistema, atualmente administrado pela Companhia de Engenharia de Transportes e Logística (Central), vinculada à Secretaria de Transportes. Ontem, pelo terceiro dia seguido após o acidente, o governador Sérgio Cabral (PMDB) não falou sobre o caso.

O Ministério Público convocou o secretário de Transportes para prestar esclarecimentos. Os promotores vão propor um acordo para o pagamento de indenizações às vítimas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo do Estado do Rio está tentando se eximir da responsabilidade sobre o acidente com o bondinho de Santa Teresa e jogar a culpa pela tragédia no condutor do veículo, Nelson da Silva, de 57 anos. Com 35 de experiência e personagem querido do tradicional bairro do centro do Rio, o motorneiro foi um dos cinco mortos no acidente, que deixou outros 57 feridos - 13 ainda internados em hospitais da cidade.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, voltou a alegar ontem que o bonde havia colidido com um ônibus menos de uma hora antes do acidente. O veículo chegou a ser levado para a oficina, mas, segundo o secretário, Silva continuou conduzindo-o mesmo sem reparos.

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Investigação

O Ministério Público do Rio de Janeiro vem apurando, desde 2004, o suposto estado de abandono e precariedade do sistema de bondes de Santa Teresa, bem tombado a nível estadual. Na época, foi feita uma representação pela Associação dos Moradores de Santa Teresa (Amast) sobre o estado do sistema. No último sábado, o acidente com o bonde, no centro da cidade, matou cinco pessoas e feriu 57.

Em 2008, após vistorias que confirmaram diversos problemas na infraestrutura do trecho, foi movida uma ação civil pública em face do Estado do Rio de Janeiro e da Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística para exigir que todos os bondes fossem restaurados, sob pena de multa.

Além disso, o MP requisitou a reforma das estações da Carioca e Curvelo; a substituição de 4.600 metros de fio de contato; a recuperação dos 8 quilômetros de via permanente; a recuperação da oficina de bondes de Santa Teresa; a substituição do gradil sobre os Arcos da Lapa; e a construção do abrigo de bondes.

Desde então, a ação tramita em diferentes instâncias judiciais. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, o Tribunal de Justiça já se manifestou favorável à ação, mas como o governo vem recorrendo constantemente das decisões, ainda não foi dada a sentença final.

A jovem Flávia Anay de Lima, de 16 anos, caiu do 15.º andar do prédio onde morava com o namorado, o jogador da Portuguesa Rafael Silva, de 20, na madrugada de domingo. O caso havia sido registrado inicialmente como suicídio, mas as circunstâncias encontradas no apartamento e o histórico de brigas entre o casal fizeram a delegada seccional Elisabete Sato abrir inquérito como morte suspeita.

"Vamos investigar até para preservar a imagem do jogador, fazer tudo com transparência e apurar o que aconteceu em respeito à família da jovem", afirmou a delegada, que comanda a Seccional Leste. "Pode ser que a versão do jogador, de que foi suicídio, esteja correta. Mas vamos investigar."

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Segundo a delegada, o apartamento onde os dois moravam, na Rua Lutécia, Vila Carrão, zona leste de São Paulo, estava bem desarrumado. Também havia manchas de sangue espalhadas pelo local. Na versão do jogador, ele estaria bebendo em um bar na Avenida Radial Leste, próximo do local, e a jovem foi buscá-lo, dando início a uma briga.

Os desentendimentos continuaram no apartamento. Segundo Silva, que depôs ontem e também esteve com a polícia no local, Flávia teria atirado objetos nele, deixando marcas de sangue nas paredes. Neste momento, a jovem teria ficado descontrolada e se atirado pela sacada.

Como havia uma cadeira próximo da varanda, o caso foi registrado como suicídio no 10.º Distrito Policial (DP), na Penha, zona leste, e depois encaminhado para o 31.º DP, na Vila Carrão, também na zona leste, próximo do prédio. Ontem, a 5.ª Seccional decidiu pegar o caso. A polícia já pediu a perícia do apartamento. As roupas do jogador também passarão por exames toxicológicos, além do carro dele. A delegada começa a ouvir hoje, às 15 horas, os depoimentos de parentes e testemunhas. O jogador e seu advogado não foram localizados pela reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A funcionária do hotel de Nova York que acusou de crimes sexuais o ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn prestou falso testemunho ao grande júri. A camareira Nafissatou Diallo omitiu o fato de ter limpado outro quarto do hotel antes de procurar seu supervisor para fazer a acusação, segundo o documento apresentado ao tribunal pelos procuradores distritais de Manhattan, em Nova York. "A demandante admitiu que esse relato era falso e que, depois do incidente na suíte 2806, ela procedeu à limpeza de um quarto próximo e depois voltou à suíte 2806 e começou a limpar aquela suíte antes de relatar o incidente a seu supervisor", afirmam os procuradoras no documento.

Segundo a carta dos procuradores, reproduzida pelo jornal The New York Times, Diallo, natural da Guiné, admitiu ter mentido em seu pedido de asilo nos Estados Unidos e que suas declarações de que havia sido violentada por uma gangue em seu país também era falsa. Ela também teria admitido que mentiu ao declarar sua renda para obter qualificação para moradia subsidiada e que registrou falsamente como sua a criança de uma amiga, para aumentar suas restituições de imposto de renda.

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Policiais citados pelo jornal também disseram que, em 15 de maio, um dia depois do suposto estupro, Diallo falou ao telefone com um homem que cumpre pena pela posse de 200 quilos de maconha. Nessa conversa - que foi gravada pelas autoridades -, ela e o detento discutem os possíveis benefícios de fazer acusações contra Strauss-Kahn. Segundo o jornal, esse presidiário é um dos indivíduos que teriam feito depósitos no total de US$ 100 mil na conta de Diallo ao longo dos últimos dois anos.

O caso obrigou Strauss-Kahn a renunciar ao cargo de diretor-gerente do FMI e abalou a possibilidade de ele concorrer à Presidência da França pelo Partido Socialista em 2012, contra o conservador Nicolas Sarkozy, que provavelmente tentará a reeleição. As revelações que levaram à soltura de Strauss-Kahn apareceram um dia depois de o FMI escolher Chrstine Lagarde, até então integrante do governo Sarkozy, para o comando da instituição. As informações são da Dow Jones.

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