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O preço dos alimentos nunca caiu tanto em um ano como em 2017. De janeiro a outubro, os itens usados para o preparo de refeições em casa caíram, em média, 4,57%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação. O recorde se explica, em boa parte, pelo clima excepcional que levou o País a colher uma supersafra. Mas a crise também ajudou a derrubar a inflação da comida: com menos renda, o consumidor brecou aumentos.

Como a trajetória de queda deve persistir nos dados de novembro e dezembro, a previsão é de que o preço dos alimentos termine o ano com queda superior a 5%. Se as projeções de consultorias se confirmarem, 2017 deve registrar a maior retração de preços da comida no domicílio desde que o IPCA começou a ser apurado em 1980, afirma o economista da LCA Consultores, Fabio Romão. Até hoje, o único resultado anual negativo nesta categoria ocorreu em 2006, de - 0,13%, e beirou a estabilidade.

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O recuo recorde registrado este ano tem aliviado especialmente o bolso das famílias de menor renda, que recebem até R$ 4.685 por mês e gastam 22% para preparar a refeição em casa. É uma fatia do orçamento muito maior do que nas famílias mais abastadas que empenham na alimentação no domicílio 16%, aponta a economista do IBGE, Denise Cordovil.

"A queda dos preços dos alimentos é um alívio para os mais pobres, mas muitos não conseguem perceber porque o desemprego está muito elevado", observa o economista Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, André Braz. De toda forma, ele pondera que a situação para esses brasileiros seria pior se a inflação estivesse em níveis mais elevados.

Feijão com arroz

"Muitos itens da alimentação básica do brasileiro caíram neste ano", diz Romão. O feijão recuou mais de 35%, de janeiro a outubro, depois de ter mais que dobrado de preço no mesmo período do ano passado. O arroz caiu quase 10% neste ano. De janeiro a outubro de 2016 tinha subido 16%, mostra o levantamento feito pelo economista da LCA.

Mais da metade dos 153 subitens que compõem o grupo alimentação no domicílio no IPCA tiveram queda de preço nesse período. As carnes ficaram 4% mais baratas neste ano até outubro. É um resultado importante comparado às altas de 9% e 2% registradas nos mesmos meses de 2015 e 2016, respectivamente, diz Romão.

Na avaliação de economistas, o movimento de queda no preço da comida, que é o grupo que mais pesa no IPCA, é decisivo para que o índice de inflação fique abaixo de 3% este ano.

Apesar do alívio provocado pela queda dos preços dos alimentos, Márcio Milan, economista da Tendências Consultoria Integrada, destaca que os reajustes dos combustíveis e da energia estão "comendo" uma parte desse ganho. Ele lembra que, depois da comida, gastos com tarifas são os que mais pesam no orçamento das famílias de menor renda.

"Se não fosse a alta dos preços administrados, a inflação geral seria menor ainda", afirma Milan. Para um IPCA de 3% previsto para este ano pela consultoria, os preços que não são regulados pelo governo devem subir 1,3% e as tarifas, 8,1%. Sem a forte pressão das tarifas, a inflação geral ficaria entre 1,5% e 2%, calcula o economista.

Varejo

A queda nos preços dos alimentos tem reflexos também para o comércio varejista. Na análise do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Fabio Bentes, o recuo dos alimentos deverá garantir uma retomada mais vigorosa do comércio como um todo, uma vez que os hiper e supermercados respondem pela maior fatia anual das vendas do varejo brasileiro. "De cada R$100 faturados no varejo, R$30 advém dos hiper e supermercados", diz Bentes.

Para 2018, a expectativa é de que a queda nos preços dos alimentos não se repita com a mesma intensidade e as cotações voltem a subir, mas sem uma disparada. "Esse céu de brigadeiro não vai durar para sempre", diz Romão. Ele observa que os preços de produtos importantes, que recentemente atingiram valores mínimos históricos, estão aumentando e vão chegar ao consumidor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A inflação para as famílias de renda entre um e cinco salários mínimos, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), fechou o mês de setembro com estabilidade ao registrar alta de apenas 0,02%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também teve a menor alta desde a deflação: 0,31%.

O acumulado do ano de 2017 referente ao IPCA é de 1,24%: bem abaixo dos 6,18% registrados em igual período do ano passado; enquanto acumulado dos últimos 12 meses, terminados em setembro, fechou com alta de 1,63%, ficando abaixo de 1,73% registrado nos 12 meses imediatamente anteriores.

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Assim como no caso do IPCA, o resultado do INPC foi também fortemente influenciado pela variação dos preços dos produtos alimentícios, que tiveram queda de 0,57% em setembro. Em agosto, o resultado havia sido de -1,18%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,22%, abaixo da taxa de 0,48% de agosto.

O brasileiro tem acompanhado mês a mês, no último ano, a queda da inflação. O preço dos alimentos já sobe menos, o estacionamento não aumenta como antes, mas dois itens insistem em não dar trégua: os serviços de educação e saúde continuam sendo reajustados acima do índice geral de preços. Entre as explicações para essa resistência está no fato de que o consumidor, nesses casos, não abre mão da qualidade e da confiança dos serviços privados. Os preços, desse jeito, não cedem.

Em agosto, a inflação oficial acumulada em 12 meses, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 2,5%. Foi a menor marca em mais de 18 anos. Enquanto isso, os gastos com serviços de educação subiram o triplo (7,5%). No mesmo período, os de saúde subiram o dobro (5,2%).

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Os cálculos da LCA Consultores não consideram os planos de saúde, cujos preços são monitorados pelo governo. Neste ano, a Agência Nacional de Saúde (ANS) autorizou um aumento máximo de 13,55% para os planos, praticamente o mesmo reajuste do ano passado.

A fisioterapeuta Cleci Rojanski conhece esses porcentuais na ponta do lápis. Dona de um estúdio de pilates, ela é uma prestadora de serviços que não consegue aumentar as mensalidades desde o ano passado. "Perdi clientela do ano passado para cá. Se eu tivesse reajustado, seria bem pior", diz.

Na outra ponta, no entanto, os preços subiram. O plano de saúde da família teve alta de quase 15%. A mensalidade da escola do filho de 12 anos foi reajustada em 10%, para R$ 1.315. "Pensamos em mudar para um plano de saúde mais barato, mas temos toda uma preocupação com isso", diz. Ficar sem plano está fora de cogitação. Para equilibrar o orçamento da família, Cleci reduziu viagens e jantares em restaurantes. "No dia a dia, a gente não percebe a queda da inflação."

Quando se trata de educação e saúde os preços têm subido, sistematicamente, acima da inflação geral ao longo dos anos. Na última década, enquanto o IPCA acumulado subiu 80,5%, os preços dos serviços de saúde cresceram 113,8% e os de educação, 110,7%.

O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, diz que as relações de confiança construídas ao longo do tempo entre clientes e prestadores de serviços de saúde, como médicos e dentistas, acabam dificultando a troca por opções mais baratas. "A relação de confiança acaba fazendo com que possíveis abusos possam acontecer."

O economista da LCA Consultores, Fabio Romão, diz que existe alguma resistência nos preços dos serviços de educação e saúde, mas pondera que a trajetória é de desaceleração. "Resistência existe, mas não é absoluta." Segundo ele, no caso da educação, as famílias pensam duas vezes antes de mudar as crianças de escola. "Há todo um ciclo social que a criança desenvolveu na escola, a proximidade de casa." Esses fatores, segundo ele, chancelam os reajustes e dão resistência à queda de preços.

O presidente do sindicato das escolas particulares de São Paulo, Benjamim Ribeiro, é mais direto: "nosso concorrente, a escola pública, é muito ruim, por isso as famílias preferem manter os filhos na escola particular". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entrevista com Fabio Romão, Economista da LCA Consultores:

Por que a inflação de serviços demora mais para cair se comparada com o índice geral de inflação?

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Inflação de serviços é um balaio, tem muitas coisas lá. Tem alguns itens que estão desacelerando, mas em outro ritmo. É o caso de saúde e educação. Dificilmente esses dois serviços, já excluindo os preços dos planos de saúde - que são monitorados pelo governo - recuarão para um patamar de 5% esperado para os serviços como um todo neste ano. O que explica essa resistência é o vínculo com a escola e com o médico que não dá para substituir.

A expectativa de alta de 5% para inflação de serviços em geral em 2017 não é muito elevada, diante de uma inflação geral esperada em torno de 3%?

A alta de 5% para inflação de serviços em 2017 é modesta se compararmos com o histórico. Em 2011, a inflação de serviços como um todo chegou a 9,7%. A despeito do PIB (Produto Interno Bruto) ter caído em 2015, a inflação de serviços aumentou 8,2%, ante 8,4% em 2014. Foi uma diferença muito pequena. Os serviços resistiram porque houve aumento de custos, como energia, água e as matérias-primas, como os alimentos. Isso acabou atrapalhando o arrefecimento.

E a recessão não afeta a inflação de serviços?

De 2015 para 2016, com a economia em recessão, a inflação de serviços perdeu 1,7 ponto porcentual e neste ano vai perder mais 1,5 ponto. Isso ocorreu por causa da desaceleração da economia e porque o indexador, dos reajustes, como IGP-M, perdeu força. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na esteira do último resultado mensal da inflação, divulgado na semana passada, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA - o índice oficial de preços - neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta quarta-feira, 14, pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,45% para 3,50%. Há um mês, estava em 3,29%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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Na última quarta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de julho foi de 0,24%, após a deflação de 0,23% verificada em junho. No ano, o IPCA acumula taxa positiva de 1,43% e, em 12 meses, índice de 2,71%.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,31% para 3,38%. Para 2018, a estimativa foi de 4,06% para 4,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,08% e 4,19%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,53% para 4,50% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,37%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para agosto de 2017 passou de 0,35% para 0,47%. Um mês antes, estava em 0,23%. No caso de setembro, a previsão de inflação do Focus seguiu em 0,33%, ante 0,32% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório Focus também indicou mudança na projeção para os preços administrados neste e no próximo ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 5,28% para elevação de 5,80%. Para 2018, a mediana passou de 4,66% para 4,70%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,00% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

No dia 20 de julho, o governo anunciou aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. Parte deste reajuste tem levado à elevação das projeções para os administrados. No dia 3 de agosto, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o impacto total do reajuste dos combustíveis será de 0,45 ponto porcentual, distribuído entre os meses de julho e agosto.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada no dia 1º de agosto, o BC projetava alta de 6,6% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.

Outros índices

O relatório do Banco Central mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de -0,87% para -0,88% da última semana para esta. Há um mês, estava em -0,55%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência usual para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de -0,63% para -0,70% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em -0,23%. No caso de 2018, o índice foi de +4,50% para +4,44%, ante +4,50% de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 passou de +3,05% para +2,94% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,37%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe seguiu em +4,50%, ante +4,49% de um mês antes.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, foi de 0,17% em julho. A taxa ficou acima da registrada em junho (-0,30%).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC ficou abaixo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial para todas as faixas de renda, no mês de julho (0,24%).

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Os produtos alimentícios tiveram queda de preços (deflação) de 0,45% em julho, enquanto os não alimentícios apresentaram inflação de 0,45%.

O INPC acumula taxa 2,08% em 12 meses, abaixo dos 2,56% dos 12 meses imediatamente anteriores.

A inflação de 0,17% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho fez a taxa acumulada em 12 meses recuar para o menor patamar desde fevereiro de 1999, quando estava em 2,24%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em julho de 2016, o IPCA tinha sido de 0,52%. Como resultado, a taxa acumulada em 12 meses diminuiu de 3,00% em junho para 2,71% em julho, abaixo da meta estipulada pelo governo federal.

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A taxa acumulada no ano de 2017, de 1,43%, é a mais baixa para o período de janeiro a julho da série histórica do IPCA.

Os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA - o índice oficial de inflação - neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 7, pelo Banco Central, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,40% para 3,45%. Há um mês, estava em 3,38%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, ante 4,24% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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No dia 20 de julho, o governo anunciou aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. Parte deste reajuste levou ao aumento das projeções para o IPCA nas últimas semanas. Na quinta-feira (3), o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que o impacto total do reajuste dos combustíveis será de 0,45 ponto porcentual, distribuído entre os meses de julho e agosto. Haverá ainda impacto de mais 0,15 ponto porcentual vindo da bandeira tarifária amarela nas contas de energia.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,10% para 3,31%. Para 2018, a estimativa foi de 4,19% para 4,06%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,26% e 4,31%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,52% para 4,53% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,47%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para julho de 2017 passou de 0,15% para 0,16%. Um mês antes, estava em 0,19%. No caso de agosto, a previsão de inflação do Focus foi de 0,30% para 0,35%, ante 0,25% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório Focus também indicou mudança na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 5,10% para elevação de 5,28%. Para 2018, a mediana passou de 4,70% para 4,66%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,08% para os preços administrados nesta ano e elevação de 4,70% no ano que vem.

O aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre combustíveis colaborou para o aumento das projeções para os administrados.

Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada última na terça-feira, o BC projetava alta de 6,6% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.

Outros índices

O relatório do Banco Central mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de -0,86% para -0,87% da última semana para esta. Há um mês, estava em -0,36%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de -0,59% para -0,63% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em +0,34%. No caso de 2018, o índice seguiu em +4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 passou de +3,37% para +3,05% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,42%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe foi de +4,49% para 4,50%, ante os mesmos +4,50% de um mês antes.

Ainda sob a influência do aumento da tributação sobre combustíveis, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA - o índice oficial de inflação - neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA em 2017 foi de 3,33% para 3,40%. Há um mês, estava em 3,46%. Já a projeção para o índice de 2018 seguiu em 4,20%, ante 4,25% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda-feira, 30, no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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No dia 20, o governo anunciou aumento da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. Parte deste reajuste levou ao aumento das projeções para o IPCA na semana passada, mas o impacto continuou no boletim desta semana. Na última sexta-feira, porém, o governo informou a respeito da redução do reajuste para o etanol, o que pode trazer impactos na próxima divulgação do Focus.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 seguiu em 3,10%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 4,19%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,48% e 3,98%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,40% para 4,52% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,46%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para julho de 2017 seguiu em 0,15%. Um mês antes, estava em 0,18%. No caso de agosto, a previsão de inflação do Focus foi de 0,25% para 0,30%, ante 0,25% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

Na esteira dos aumentos de tributação sobre os combustíveis, o Relatório de Mercado Focus indicou mudança na projeção para os preços administrados neste ano.

A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 passou de alta de 5,00% para elevação de 5,10%. Para 2018, a mediana permaneceu em 4,70%. Há um mês, o mercado também projetava aumento de 5,10% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

No dia 20, o governo anunciou elevação da alíquota de PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol. Parte deste reajuste levou ao aumento das projeções para o IPCA na semana passada, mas o impacto sobre os preços administrados ainda não havia sido percebido. Na prática, muitas casas que abastecem o Focus promoveram ajustes no IPCA já na semana passada, mas alteraram os números referentes aos preços administrados apenas agora.

No último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em 22 de junho, o BC projetava alta de 5,9% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,5% em 2018. Estas estimativas tendem a ser atualizadas no próximo relatório, que sai em 21 de setembro.

BC, Focus, IPCA, SP, PA, PE, PB, RJ

Após a deflação registrada em junho, os economistas do mercado financeiro voltaram a reduzir suas projeções para o IPCA neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (10), pelo Banco Central, mostra que a mediana para o índice oficial de inflação em 2017 foi de 3,46% para 3,38%. Há um mês, estava em 3,71%. Já a projeção para o IPCA de 2018 foi de 4,25% para 4,24%, ante 4,37% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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No dia 29 de junho, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu as metas de inflação para os anos seguintes. A referência para 2019 será de 4,25%, enquanto a de 2020 será de 4,00%. Nos dois casos a banda de flutuação é de 1,5 ponto porcentual.

Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na última sexta-feira, 7, que o IPCA registrou deflação de 0,23% em junho. A taxa de inflação acumulada no ano até junho é de 1,18%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,48% para 3,26%. Para 2018, a estimativa foi de 3,98% para 4,31%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,51% e 4,19%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,46% para 4,47% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,49%. Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para julho de 2017 foi de 0,18% para 0,19%. Um mês antes, estava em 0,25%. No caso de agosto, a previsão de inflação do Focus seguiu em 0,25%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Outros índices

O relatório do BC também mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de +0,34% para -0,36% da última semana para esta. Há um mês, estava em 1,06%. Para 2018, a projeção seguiu em +4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de +0,58% para +0,34% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em +1,25%. No caso de 2018, o índice seguiu em 4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 seguiu em +3,42% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de +3,63%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em +4,50%, mesmo valor de um mês antes.

O conturbado quadro político atual levou dois dos maiores bancos do País, o Bradesco e o Itaú Unibanco, a refazerem suas projeções sobre as principais variáveis macroeconômicas. As principais modificações foram feitas nas expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o Produto Interno Bruto (PIB).

Em nota, o Bradesco diz que "o enfraquecimento da atividade apontada pelos indicadores correntes nos levou a calibrar nossas expectativas para o PIB e a inflação".

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Já o Itaú Unibanco apresentou o relatório "Reformas incertas, cenário mais desafiador", onde o banco mostra que a previsão para a inflação de 2017 foi reduzida, enquanto a projeção para 2018 foi elevada, em função da estimativa de depreciação cambial.

No caso do Bradesco, para o PIB a estimativa atual é de estabilidade este ano e crescimento de 2% em 2018, na comparação com as projeções anteriores de alta de 0,3% (2017) e de 2,5% (2018). Na análise do Bradesco, apesar do crescimento de 1,0% do PIB no primeiro trimestre deste ano, a alta foi quase totalmente explicada pelo setor agropecuário, com desempenho ainda fraco da indústria e do segmento de serviços. Somado a isso, avalia, os dados correntes apontam para uma contração de 0,4% do PIB no segundo trimestre, aumentando as dúvidas sobre a intensidade da retomada da economia no segundo semestre.

Depois do crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o Itaú Unibanco prevê queda de 0,2% no dado do período de abril a junho, com ajuste sazonal. Para o PIB fechado em 2017, a projeção foi reduzida de alta de 1,0% para expansão de 0,30%, dada a expectativa de retomada mais lenta da atividade no segundo semestre deste ano. Para 2018, a projeção é de crescimento de 2,7% do PIB. "A complexidade do cenário, a incerteza sobre as reformas e a queda menor dos juros constituem um cenário desafiador e devem pesar sobre a atividade."

De acordo com o banco, a nova trajetória de crescimento da atividade é consistente com a taxa de desemprego a 14,0% ao fim de 2017 (previsão anterior era de 13,8%) e de 14,3% no encerramento de 2018 (ante previsão passada de 13,6%). A taxa de desocupação deve atingir, segundo a instituição, o auge em setembro do ano que vem, quando tende a chegar a 14,3%.

Inflação e juros. Para o Bradesco, a projeção para o IPCA deste ano passou de 3,70% para 3,40%, enquanto a estimativa para o a inflação fechada no ano que vem saiu de 4,10% para 4,00%. Com previsão de alta do dólar no ano que vem, o Itaú aumentou a projeção para o (IPCA) de 3,80% para 4,10%. Porém, para 2017, diminuiu a previsão de 3,90% para 3,70%. O Itaú explica que a inflação mais bem comportada na margem mais do que compensou o efeito da revisão no cenário para a taxa de câmbio.

A expectativa do Itaú é que a inflação acumulada em 12 meses desacelere para 3,2% em junho, com um piso no ano de 2,9% em agosto, e atingindo 3,2% em setembro.

O Bradesco entende que a manutenção da política econômica segue fundamental para a retomada gradual da economia. Segundo a instituição, o ambiente desinflacionário, com expectativas bastante ancoradas, deve permitir que o ciclo de queda da taxa de juros se estenda ao longo do segundo semestre, levando a Selic a 8,00% no fim de 2017.

O Itaú acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá o ritmo de corte da taxa de juros de um ponto para 0,75 ponto porcentual em julho. Nas reuniões seguintes, o banco espera a velocidade de queda dos juros diminua novamente, para 0,50 ponto porcentual por encontro e continue neste passo até que a taxa Selic atinja 8% no final no ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Já após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para o IPCA neste ano. O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 5, pelo BC, mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 foi de 3,95% para 3,90%. Há um mês, estava em 4,01%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,40%, ante 4,39% de quatro semanas atrás.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação fique abaixo do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018. A margem de tolerância para estes anos é de 1,5 ponto porcentual (inflação entre 3,0% e 6,0%).

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Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 10,25% ao ano. A decisão - considerada cautelosa pelo mercado - teve como principal justificativa as incertezas em torno do andamento das reformas trabalhista e previdenciária no Congresso. Ao mesmo tempo, o BC disse que o comportamento da inflação "permanece favorável". As projeções da instituição no cenário de mercado, com juros e câmbio variáveis, são de inflação de 4,0% para 2017 e de 4,6% para 2018.

No Focus, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 passou de 3,70% para 3,64%. Para 2018, a estimativa foi de 4,30% para 4,20%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,89% e 4,25%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,62% para 4,55% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,72%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para maio de 2017 seguiu em 0,46%. Um mês antes, estava em 0,51%. No caso de junho, a previsão de inflação do Focus foi de 0,23% para 0,20%, ante 0,23% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

 

O Relatório de Mercado Focus mostrou leve mudança na projeção para os preços administrados neste ano. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2017 foi de alta de 5,51% para avanço de 5,50%. Para 2018, a mediana permaneceu em 4,70%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,50% para os preços administrados em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

Em suas projeções, o BC espera alta de 6,3% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,4% em 2018. Essas estimativas, no entanto, serão atualizadas amanhã, quando será divulgada a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom).

Outros índices

O Relatório de Mercado Focus mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de 1,62% para 1,52% da última semana para esta. Há um mês, estava em 2,60%. Para 2018, a projeção seguiu em 4,50%, mesmo valor de quatro semanas atrás.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, foi de 2,14% para 1,50% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes, estava em 2,66%. No caso de 2018, o índice seguiu em 4,50%, mesmo patamar de um mês atrás.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 foi de 4,00% para 3,68% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 4,08%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,50%, mesmo valor de um mês antes.

Na primeira pesquisa Focus do Banco Central (BC) após a divulgação da ata da reunião de fevereiro do Comitê de Política Monetária (Copom), economistas não alteraram as previsões para o IPCA. A pesquisa divulgada na manhã desta segunda-feira (6) pela instituição, mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2017 seguiu em 4,36%. Há um mês, estava em 4,64%. Já a projeção para o IPCA de 2018 permaneceu em 4,50%, número repetido pela 32ª semana consecutiva.

Na prática, as projeções de mercado divulgadas nesta segunda no Focus indicam que a expectativa é de que a inflação se aproxime do centro da meta, de 4,5%, em 2017 e 2018.

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Na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, o Banco Central atualizou suas projeções de inflação. No cenário de mercado - que utiliza câmbio e juros variáveis -, a projeção de 2017 foi de 4,4% para 4,2% e a de 2018 permaneceu em torno de 4,5%. Já o cenário que utiliza câmbio e juros fixos (em R$ 3,10 e 13,00% ao ano) trouxe projeção de 3,8% para 2017 e 3,3% para 2018.

Em sua decisão, o BC reduziu a Selic de 13,00% para 12,25% ao ano, mas deixou a porta aberta, na avaliação dos analistas, para a intensificação dos cortes nos próximos encontros de política monetária.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2017 também não foi alterada e seguiu em 4,05%. Para 2018, a estimativa permaneceu em 4,24%. Quatro semanas atrás, as expectativas do grupo estava em 4,45% e 4,50%, respectivamente.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu ligeiramente, de 4,55% para 4,56% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,70%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para fevereiro de 2017 cedeu marginalmente, de 0,44% para 0,43%. Um mês antes, estava em 0,57%. No caso de março, a previsão de inflação do Focus foi de 0,31% para 0,30%, ante 0,38% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

A pesquisa divulgada nesta segunda mostrou novo recuo nas projeções para a inflação dos preços administrados. A mediana das previsões do mercado para o aumento do conjunto de preços controlados pelo poder público em 2017 caiu pela segunda semana consecutiva, de 5,61% para 5,50%.

Para 2018, a mediana das estimativas para o conjunto dos preços administrados recuou de 4,65% para 4,60%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,55% em 2017 e elevação de 4,70% em 2018.

Em suas projeções atuais, atualizadas na ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC espera alta de 5,8% para os preços administrados em 2017 e avanço de 5,3% em 2018.

Outros índices

O Relatório Focus mostrou, ainda, que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 caiu de 4,62% para 4,56%. Há um mês, estava em 5,10%. Para 2018, a projeção seguiu em 4,68%. Quatro semanas atrás, estava em 4,80%.

Já a previsão para o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, seguiu em 4,79% para 2017. Quatro levantamentos antes estava em 5,20%. No caso de 2018, o índice subiu de 4,58% para 4,67%, ante 4,75% de um mês atrás.

Calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 caiu de 4,61% para 4,46% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 4,77%. Para 2018, a projeção do IPC-Fipe permaneceu em 4,50% pela sexta semana consecutiva.

Os economistas das instituições financeiras reduziram pela oitava vez a estimativa da inflação para 2017, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,43% para 4,36%.

As expectativas foram divulgadas nesta quarta-feira (1) pelo Banco Central, por meio de boletim Focus. Há apenas um mês, as expectativas para o IPCA estavam em 4,70%, acima da meta de 4,5% estipulada para 2017. A mediana das expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano seguiu em 0,48%, mesma porcentagem da semana anterior.

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A expectativa para a Selic deste ano passou de 9,50%, na semana passada, para 9,25%. Permanecendo inalterada, até o fim de 2018, em 9% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros está em 12,25% ao ano.

Embora a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha ficado em 2016 dentro do teto de tolerância estipulado pelo governo, de 6,5%, houve estouro da meta em sete das 13 regiões metropolitanas que integram o indicador. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O maior resultado foi registrado em Fortaleza, onde os aumentos de preços alcançaram 8,34% em 2016. Os demais resultados acima do teto da meta foram de Campo Grande, com inflação de 7,52% no ano; Recife, 7,10%; Porto Alegre, 6,95%; Belém, 6,77%; Salvador, 6,72%; e Belo Horizonte, 6,60%.

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As regiões com resultados dentro do teto de tolerância foram Rio de Janeiro (6,33%), São Paulo (6,13%), Brasília (5,62%), Goiânia (5,25%), Vitória (5,11%) e Curitiba (4,43%). Na média nacional, o IPCA foi de 6,29% no ano.

Itens com maior participação

As passagens aéreas, a gasolina e o cigarro foram os itens que mais pressionaram a inflação medida pelo IPCA em dezembro, informou o IBGE.

As passagens aéreas aumentaram 26,29% no último mês do ano, o equivalente a uma contribuição de 0,10 ponto porcentual para a taxa de 0,30% registrada pelo IPCA em dezembro. A gasolina subiu 1,75%, um impacto de 0,07 ponto porcentual, enquanto o cigarro aumentou 4,80%, com 0,05 ponto porcentual de contribuição.

Os três itens responderam juntos por 0,22 ponto porcentual do IPCA, ou seja, 73% de toda a inflação do mês.

À espera da divulgação do IPCA consolidado de 2016, na próxima quarta-feira (11) os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para a inflação. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (9) mostra que a mediana para o índice oficial de inflação em 2016 foi de 6,38% para 6,35%. Há um mês, estava em 6,52%. Já o índice para 2017 passou de 4,87% para 4,81%. Há quatro semanas, apontava 4,90%.

Na prática, os economistas projetam uma inflação para 2016 dentro da margem perseguida pelo Banco Central. O centro da meta de inflação é de 4,5%, mas a margem de tolerância é de 2 pontos porcentuais (IPCA até 6,5%). Para 2017, o centro da meta também é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual (até 6,0%).

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Caso não cumpra a meta em 2016, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, precisará encaminhar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, detalhando as causas do descumprimento, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito.

No ano passado, o então presidente do BC, Alexandre Tombini, precisou encaminhar a carta ao ministro Nelson Barbosa.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado no fim de dezembro, o Banco Central atualizou suas projeções para a inflação e passou a estimar índice de 6,5% em 2016 - portanto, no teto da meta. Para 2017, o BC projeta inflação de 4,4% em seu cenário de referência.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2016 permaneceu em 6,35%. Na prática, isso significa que estas casas também enxergam uma inflação dentro da margem já em 2016. Para 2017, a estimativa foi de 4,51% para 4,55%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,49% e 4,55%.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,80% para 4,84% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,88%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro de 2016 foi de 0,39% para 0,36%. Um mês antes, estava em 0,52%. Este dado também será divulgado oficialmente na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso de janeiro, a previsão de inflação do Focus foi de 0,59% para 0,58%, ante 0,62% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2016 foi de alta de 5,71% para avanço de 5,76%. Para 2017, a mediana foi de elevação de 5,54% para alta de 5,50%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,41% em 2017.

Em suas projeções atuais, divulgadas no Relatório Trimestral de Inflação, o Banco Central espera alta de 5,6% para os preços administrados em 2016, de 6,0% para 2017 e de 5,2% para 2018.

Outros índices

O relatório semanal do Banco Central divulgado nesta segunda mostrou que a mediana das projeções do IGP-DI de 2017 passou de 5,13% para 5,15% da última semana para esta. Há um mês, estava em 5,04%.

O indicador, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), fechou 2016 com taxa de 7,18%. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 5,08% para 5,21% nas projeções dos analistas para 2017. Quatro levantamentos antes estava em 5,06%. No ano passado, o IGP-M fechou com taxa de 7,17%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 seguiu em 5,19% no Focus. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 5,39%. Em 2016, o IPC acumulou taxa de 6,54%.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (2)mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 caiu pela oitava semana consecutiva e passou de 6,40% para 6,38%. Há um mês, estava em 6,69%. A estimativa para o índice para 2017, ao contrário, subiu ligeiramente de 4,85% para 4,87%. Apesar da alta, o número ainda está abaixo da expectativa registrada quatro semanas atrás, quando apontava 4,93%.

No regime de metas de inflação, o centro da meta de inflação é de 4,5%, mas a margem de tolerância é de 2 pontos porcentuais (IPCA até 6,5%). Para 2017, o centro da meta também é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual (até 6,0%).

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Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,40% também para 6,35%. Para 2017, a estimativa no grupo seguiu em 4,51%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,60% e 4,76%.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu ligeiramente, de 4,77% para 4,80% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,89%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro caiu de 0,41% para 0,39%. Um mês antes, estava em 0,55%. No caso de janeiro, a previsão do Focus seguiu em 0,59%, ante 0,62% de quatro semanas atrás.

Preços administrados

O Relatório Focus mostrou a quinta semana consecutiva de elevação da projeção de alta dos preços administrados em 2017. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador avançou de 5,52% para avanço de 5,54%. Para 2016, a mediana seguiu em 5,71%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,30% em 2017.

Outros índices

O Relatório também mostrou que a mediana do IGP-DI de 2017 subiu ligeiramente, de 5,10% para 5,13%. Quatro levantamentos atrás, estava em 5,04%. A expectativa para o índice de 2016 - que será conhecido em breve - subiu de 6,80% para 6,83%, ante 6,76% de quatro semanas antes. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, subiu ligeiramente de 5,06% para 5,08% nas projeções para 2017. Quatro levantamentos antes estava em 5,22%.

Já a mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2017 permaneceu em 5,19%, ante 5,12% de um mês antes.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (26) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 passou de 6,49% para 6,40%. Há um mês, estava em 6,72%. A estimativa para o índice para 2017 também caiu: de 4,90% para 4,85%. Há quatro semanas, apontava 4,93%.

Na prática, os economistas projetam uma inflação para 2016 dentro da margem perseguida pelo Banco Central. O centro da meta de inflação é de 4,5%, mas a margem de tolerância é de 2 pontos porcentuais (IPCA até 6,5%). Para 2017, o centro da meta também é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual (até 6,0%).

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Esta perspectiva de inflação dentro da margem ainda em 2016 foi reforçada pelo IPCA-15 de dezembro, que indicou inflação de 0,19% - a menor taxa para o mês desde dezembro de 1998. Além disso, o Banco Central atualizou, no RTI, suas projeções para a inflação e passou a estimar índice de 6,5% em 2016 - portanto, no teto da meta. Para 2017, o BC projeta inflação de 4,4% em seu cenário de referência.

Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,48% também para 6,40%. Na prática, isso significa que estas casas também enxergam uma inflação dentro da margem já em 2016. Para 2017, a estimativa foi de 4,52% para 4,51%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,68% e 4,80%.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,87% para 4,77% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,89%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro caiu de 0,49% para 0,41%. Um mês antes, estava em 0,55%. No caso de janeiro, a previsão do Focus foi de 0,61% para 0,59%, ante 0,62% de quatro semanas atrás.

Influenciados pela ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelos índices de preços mais recentes, os economistas do mercado financeiro mudaram suas projeções para a inflação neste e no próximo ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (12)mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 foi de 6,69% para 6,52%.

Há um mês, a mediana estava em 6,84%. Já o índice para o ano que vem caiu de 4,93% para 4,90%. Há quatro semanas, apontava 4,93%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2016 e 2017 é de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos porcentuais para este ano e de 1,5 ponto porcentual para o próximo.

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Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,60% para 6,49%. Na prática, isso significa que estas casas enxergam uma inflação dentro da margem já em 2016. Para 2017, a estimativa foi de 4,76% para 4,55%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,83% e 4,81%.

Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,89% para 4,88% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,93%.

Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro caiu de 0,55% para 0,52%. Um mês antes, estava em 0,60%. No caso de janeiro, a previsão do Focus permaneceu em 0,62%, ante 0,63% de quatro semanas atrás.

Na última sexta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro ficou em 0,18% - abaixo das expectativas do mercado e da taxa de 0,26% de outubro. O resultado reforçou a percepção de que o Copom, em sua reunião de janeiro, vai acelerar os cortes da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 13,75% ao ano.

O próprio BC, na terça-feira passada, dia 6, havia passado indicações neste sentido ao publicar a ata do encontro do fim de novembro do comitê. Na quarta-feira, foi a vez de o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmar que um corte maior dos juros pode ser "o primeiro passo no ano que vem".

Preços administrados

O Relatório Focus mostrou, ainda, mudanças nas projeções para os preços administrados, mas apenas para 2017. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2016 seguiu em alta de 6,00%.

Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,30% para alta de 5,41%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,00% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,27% em 2017.

Nas projeções atuais, o BC espera alta de 5,5% para os preços administrados em 2016, de 5,9% para 2017 e de 5,3% para 2018.

Outros índices

De acordo com a análise da Focus, a mediana do IGP-DI de 2016 seguiu em 6,76% da última semana para esta. Há um mês, estava em 7,06%. Para o ano que vem, a mediana das previsões permaneceu em 5,04%. Quatro levantamentos atrás, estava em 5,30%. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do dólar e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Outro índice, o IGP-M, que é referência para o reajuste dos contratos de aluguel, passou de 6,98% para 7,04% nas projeções dos analistas para 2016. Quatro levantamentos antes estava em 7,36%. Para 2017, a previsão foi de 5,22% para 5,06% - um mês atrás estava em 5,33%.

A mediana das previsões para o IPC-Fipe de 2016 caiu de 6,31% para 6,30%. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 6,59%. Para 2017, as expectativas para a inflação de São Paulo subiram de 5,12% para 5,39%, ante 5,06% de um mês antes.

As reduções no preço da gasolina nas refinarias anunciadas pela Petrobras em outubro e novembro enfim se refletiram no comportamento do combustível na inflação do último mês. O litro ficou 0,43% mais barato ao consumidor. No entanto, houve também impacto da retração na demanda, já que a gasolina vinha de aumento de 1,22% no mês anterior, sob influência dos preços do etanol, avaliou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda no litro da gasolina teve uma contribuição negativa de 0,02 ponto porcentual para a inflação de 0,18% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro.

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"A gasolina incorporou antes o aumento que estava acontecendo no álcool, já que 27% da mistura na gasolina é álcool", justificou Eulina.

O etanol aumentou 4,71% em novembro, item de maior impacto no IPCA do mês, o equivalente a 0,04 ponto porcentual. Em outubro, o combustível já tinha ficado 6,09% mais caro.

"A produção de açúcar está muito favorável. O Brasil está exportando um volume grande de açúcar, e há preferência pela produção de açúcar. Daí a oferta de etanol é menor, e os preços aumentam", explicou a coordenadora.

A Petrobras anunciou recentemente duas reduções nos preços da gasolina nas refinarias, a primeira em 15 de outubro, quando o preço caiu 3,2%, e a segunda em 8 de novembro, quando houve um corte de 3,1%. O impacto esperado sobre a inflação era maior, mas foi amortecido pelos aumentos no etanol.

Na última segunda-feira, 5, a Petrobras anunciou novo preço para a gasolina, mas desta vez um aumento de 8,1%, a partir do dia 6. O diesel foi reajustado em 9,5%.

"Para cada 1 ponto porcentual de aumento na gasolina (na bomba), eu tenho 0,04 ponto porcentual de impacto sobre o IPCA", calculou Eulina. "Qualquer movimento de preço que tenha na gasolina tende a ter uma interferência no índice. E o diesel também, porque aí está mexendo com o frete", completou.

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