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Na manhã desta quinta-feira (16), o presidente Lula se encontrou com a viúva e os filhos de Marcelo Arruda. Ex-tesoureiro do PT e entusiasta da campanha do então candidato, Marcelo foi morto a tiros na própria festa de aniversário pelo policial Jorge Guaranho, em julho de 2022. 

Pamela Silva e os dois filhos foram recebidos pelo presidente durante uma passagem em Foz do Iguaçu, no Paraná.

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"Encontrei hoje em Foz do Iguaçu a família de Marcelo Arruda, covardemente assassinado por um ódio que não podemos aceitar. Minha solidariedade a sua companheira, Pâmela Silva, e seus filhos, que carregarão a memória e o orgulho do seu pai", publicou o líder petista nas redes sociais. 

Marcelo comemorava os 50 anos e planejou uma festa com tema do PT, quando Guaranho interrompeu a comemoração e efetuou disparos contra o aniversariante. Na época, o filho mais novo do casal tinha apenas 40 dias.  

O autor dos disparos foi preso no dia 13 de agosto, no Complexo Médico Penal de Pinhais. O policial penal deve ser levado a júri popular, conforme decisão do juiz Gustavo Germano Arguello, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu. 

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A Justiça Federal do Paraná (JFPR) decretou, na última segunda-feira (13), que os três filhos do guarda municipal Marcelo Arruda, assassinado em sua festa de aniversário por Jorge Guaranho, recebam pensão alimentícia da União. Guaranho era agente penitenciário federal, e a arma utilizada no crime pertencia à União.

Arruda foi atingido por tiros em sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, no dia 9 de julho de 2022. Ele foi levado ao hospital, mas faleceu no dia seguinte. A briga se deu por questões políticas: Arruda era declaradamente apoiador do atual presidente Lula, enquanto Guaranho apoiava a campanha do ex-chefe do executivo, Jair Bolsonaro. Eles tiveram uma discussão no momento da festa, cujo tema fazia alusão ao então pré-candidato do PT. A prisão preventiva foi decretada e Guaranho foi detido ainda no ano passado.

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De acordo com a decisão recente da JFPR, os três filhos de Marcelo receberão uma pensão alimentícia da União até completarem 21 anos, além da pensão por morte que já recebem. O valor é definido com base no salário que o pai recebia como guarda municipal. Sua esposa também receberá uma pensão pelos próximos quatro meses.

A Justiça do Paraná negou o pedido de habeas corpus (HC) em favor do policial penal Jorge Guaranho, denunciado por homicídio qualificado por matar a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda. A defesa de Guaranho havia pedido que a prisão preventiva fosse transformada em prisão domiciliar humanitária. Com isso Guaranho segue preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. 

Na decisão, tomada  na noite de ontem (13), o desembargador Adalberto Jorge Xisto Pereira 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) manteve a prisão preventiva do acusado com o argumento de que o cenário “conturbado”, em razão da proximidade das eleições. 

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Segundo o magistrado, a concessão da prisão domiciliar pode “gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”. Guaranho é apoiador do presidente Jair Bolsonaro e Arruda era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu e apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

No pedido  a defesa de Guaranho argumentou  que a ordem de prisão preventiva seria ilegal e que o policial penal não apresentava riscos à ordem pública. “A intolerância, motivada por exagerada paixão, não pode ser aceita e deve ser coibida pelo Poder Judiciário, tendo em vista as eleições que se avizinham e o panorama o atual processo eleitoral, sob pena de consequente sensação de impunidade, que poderá gerar novos conflitos entre pessoas com diferentes preferências político-partidárias”, argumentou o desembargador. 

A defesa também alegou que Guaranho ainda se recupera dos ferimentos sofridos durante o episódio que resultou na morte de Arruda e que precisaria de cuidados especiais para se restabelecer. “Ele sequer consegue andar, sua visão está comprometida, não tem condições de se alimentar sozinho e, evidentemente, não consegue realizar a sua higiene pessoal” argumentou a defesa. 

 Ao manter a preventiva, o desembargador reforçou o fato de que “a Administração Pública tem plenas condições de prestar a assistência de que necessita o paciente”. “Da atenta leitura do quanto se tem nos autos de origem, ao que tudo indica, ele necessita de cuidados a serem dispensados por médicos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos visando tão somente sua reabilitação física, nada apontando para eventual risco de morte”, apontou o desembargador.

O policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda, já foi preso em Curitiba. A informação é da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), que comunicou a entrada do réu no Complexo Médico Penal (CMP) em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense. A transferência aconteceu às 2h50 deste sábado (13). 

Guaranho foi enviado à unidade por ainda estar com a saúde fragilizada. Ele é réu por homicídio duplamente qualificado, diante da morte de Marcelo Arruda, durante a festa de aniversário da vítima, em uma casa de festas privada. O crime aconteceu em julho e o autor também ficou ferido, precisando de internação médica por quase um mês. Por esta razão, não foi possível fazer o exame de corpo e delito pelo Instituto Médico-Legal (IML), procedimento que é padrão após a prisão. 

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Guaranho foi avaliado por uma equipe médica que estava de plantão do CMP, conforme a Sesp, e já se encontra em uma cela neste sábado. A defesa do acusado se opôs à prisão, considerando-a “desumana” e alegando que a unidade prisional não tinha condições de recebê-lo de imediato. 

Prisão domiciliar revogada 

O policial bolsonarista havia conseguido o direito à prisão domiciliar também esta semana, mas o pedido foi revogado em seguida pela Justiça do Paraná, que determinou a transferência para o CMP. Guaranho recebeu alta na quarta-feira (10), e deveria ser transferido para o Complexo, mas um ofício do próprio sistema informou que o local não tinha estrutura para atendê-lo por conta das necessidades médicas que ele necessita e, por isso, ele ficou em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica.  

No entanto, em nova decisão publicada na sexta-feira (12), o juiz Gustavo Germano Francisco Arguello informou à Secretaria de Segurança Pública (Sesp) que o Complexo Médico Penal “apresenta plenas condições estruturais e humanas de custodiar o réu”, diferentemente da argumentação inicial.  

O despacho também destaca que um documento junto aos autos do processo diz que o Complexo Penal “possui condições de garantir a manutenção diária das necessidades básicas do custodiado com supervisão contínua, levando em consideração as informações do Relatório de Evolução Médica do paciente”. 

 

O corpo de um dos diretores do clube onde o petista Marcelo Arruda foi assassinado foi encontrado pela Polícia Civil nesse domingo (17), em Medianeira, no Paraná. Claudinei Coco Esquarcini era responsável pelas monitoramento do local e pode ter repassado as imagens do aniversário de Arruda ao policial penal Jorge Guaranho, acusado do homicídio.

O vigilante Claudinei era um dos responsáveis pela Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf) a qual Guaranho já havia sido diretor. A defesa de Arruda sugere que ele poderia ter passado as imagens da festa ao policial que iniciou a troca de tiros e causou a morte do aniversariante.

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Em depoimento que o Metrópoles teve acesso, outro vigilante, identificado como José Augusto Fabri, teria dito que a autorização para ver as câmeras não era um procedimento comum e citou Claudinei como responsável por permitir acesso às câmeras do clube. A suspeita é que ele tenha cometido suicídio.

A Polícia Civil do Paraná concluiu, nessa quinta-feira (14), que a morte do tesoureiro do PT Marcelo Arruda não teve motivação política. O inquérito indiciou o policial penal Jorge Guaranho por homicídio duplamente qualificado. 

A delegada Camila Cecconello qualificou o homicídio por motivo torpe e perigo comum a outras pessoas que estavam na festa de 50 anos da vítima. Os envolvidos não se conheciam e, segundo a Polícia, Guaranho agiu por impulso. 

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A investigação apontou que o crime foi causado por uma provocação que deu início a uma discussão por divergências políticas. Ainda assim, o caso não será registrado como crime de ódio.  

"É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir os direitos políticos da vítima. Ele tinha a intenção de provocar. E a gente avalia que a escalada da discussão entre os dois fez com que o autor voltasse e praticasse o homicídio. Parece mais uma coisa que se tornou pessoal", afirmou Camila.

Desde o fim de semana passado, 17 pessoas foram ouvidas. A investigação concluiu que o acusado estava em um churrasco quando soube da festa de Arruda com o tema do PT, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi), em Foz do Iguaçu. O policial bolsonarista teria recebido a informação de outro convidado do churrasco, que era funcionário do clube e tinha acesso às câmeras de segurança.

Guaranho foi até a festa para provocar Arruda e colocou uma música alta no carro exaltando o presidente Jair Bolsonaro. Uma discussão começou e Arruda jogou terra no policial, que deixou o local. Ele voltou minutos depois e começou a atirar no aniversariante. De acordo com o depoimento da esposa, o marido retornou por ter se sentido humilhado.

A perícia apurou que o policial penal deu quatro tiros e acertou dois em Marcelo. O tesoureiro do PT caiu no chão e respondeu com 10 tiros. Quatro atingiram Guaranho, que está internado. Ele teve a prisão preventiva decretada na segunda (11).

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