Tópicos | KKK

O assessor para assuntos internacionais da Presidência, Filipe Martins, foi indiciado pela Polícia do Senado por conta dos gestos feitos por ele no dia 24 de março, com conotação racista do 'poder branco'. 

Segundo a Folha de São Paulo, o Ministério Público Federal recebeu o relatório final da investigação envolvendo o assessor e agora terá que decidir se irá denunciá-lo ou vai arquivar o caso. 

##RECOMENDA##

Com base no artigo 20 da lei 7.716/1989, Martins pode ficar de um a três anos preso, além de ter que pagar multa por "praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional".

Escavações que tiveram início esta semana na cidade americana de Tulsa encontraram restos humanos que poderiam pertencer a vítimas de um dos piores massacres raciais da história do país, anunciaram responsáveis pelas buscas.

Realizado em 1921 por moradores brancos, o massacre deixou cerca de 300 mortos em um bairro negro daquela cidade de Oklahoma. Os restos foram descobertos no cemitério municipal de Oaklawn, em Tulsa, perto de um túmulo anônimo de um metro de profundidade. Eles ainda precisam ser analisados, informou Kary Stackelbeck, arqueóloga do estado, em entrevista coletiva.

Outros restos, que poderiam pertencer a uma segunda vítima, foram exumados em outro ponto do cemitério. "O fato de termos encontrado restos humanos que são potencialmente recuperáveis é, sem dúvida, algo positivo. Conhecemos muito melhor a topografia e a profundidade em que podemos esperar encontrar esses restos no futuro", explicou Kary.

A prefeitura de Tulsa decidiu em 2018 tentar localizar as vítimas do massacre, em um esforço de memória. As primeiras escavações ocorreram em julho, em outra área do cemitério, quando se buscavam valas comuns, sem sucesso.

O número preciso de vítimas do massacre permanece desconhecido. Vários corpos foram jogados no rio, queimados ou enterrados em valas anônimas.

Segundo o relatório oficial de uma comissão de investigação lançada em 2001, autoridades locais armaram alguns dos moradores brancos, nomeando-os "adjuntos" da polícia para a ocasião. Ninguém foi condenado pela violência.

Centenas de manifestantes nacionalistas e supremacistas brancos estão reunidos desde a noite desta sexta-feira (11) na cidade universitária de Charlottesville, no Estado norte-americano da Vírginia, para protestarem em um ato contra negros, imigrantes, gays e judeus.

O grupo iniciou o ato por ser contra a remoção de uma estátua de um general das forças da Confederação. O protesto foi descrito pelos participantes como um aquecimento para o evento "Unir a Direita", que acontece neste sábado (12) e promete reunir mais de mil pessoas, , incluindo líderes de grupos associados à extrema-direita do país para participarem da manifestação.

##RECOMENDA##

Durante o protesto, os militantes portaram tochas, fizeram saudações nazistas e gritaram palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus. "Vocês não vão nos substituir", em referência a imigrantes; "Vidas Brancas importam", em contraposição ao movimento negro Black Lives Matter; e "Morte aos Antifas", abreviação de "antifascistas", como são conhecidos os grupos que se opõem a protestos neonazistas.

Em comunicado no Twitter, o governo definiu o confronto como uma "eminente guerra civil". De acordo com as autoridades locais, as tensões são altas e ao menos duas pessoas ficaram feridas durante o ato. Alguns militantes foram detidos.

Hoje, o governo local declarou estado de emergência na região. Segundo o presidente da Câmara local, Mike Signer, a manifestação é racista, "uma parada covarde de ódio, preconceito, racismo e intolerância". 

Um ex-dirigente da organização racista americana Ku Klux Klan (KKK) manifestou apoio à candidata de extrema-direita à presidência francesa, Marine Le Pen, ao prestar uma homenagem especial a seu pai Jean-Marie Le Pen.

"Seu pai é um grande homem, um verdadeiro patriota. Criou uma mulher inteligente e forte que sabe como fazer política no século XXI", escreveu David Duke, ex-líder do KKK, um movimento de quase 150 anos que defende a supremacia branca e se converteu em sinônimo de linchamentos e assassinatos.

Duke, de 66 anos, que foi candidato a diversos cargos políticos entre 1980 e 1990, e durante três anos manteve um cargo na assembleia local de Louisiana (1989-1992), também declarou ter votado no atual presidente americano republicano Donald Trump, ainda que a equipe do novo chefe de Estado negue qualquer vínculo com ele.

Segundo as pesquisas, Le Pen lidera o primeiro turno da eleição presidencial francesa, que acontecerá no fim de abril.

Depois do avanço do movimento extremista "alt-right", uma organização racista nascida há 150 anos tenta reconquistar espaço após a vitória de Donald Trump: o Ku Klux Klan, que programa para este sábado (3) sua primeira reunião desde a eleição em 8 de novembro.

"O número dos nossos membros aumenta a cada dia (...) Recebemos mais de mil pedidos de informação desde a eleição", afirma Gary Munker, que se apresenta como um porta-voz desse movimento que, desde 1866, defende uma América branca e cristã e que é sinônimo de linchamentos e de assassinatos.

Como o ex-líder do KKK David Duke, que apoiou Trump durante a campanha - apoio do qual Trump buscou se distanciar -, Gary Munker reconhece que se deixou seduzir pelo discurso do magnata do setor imobiliário, sobretudo, em suas investidas contra os imigrantes.

Vestido com capuz e túnica brancas, emblemáticas desse movimento nascido no sul dos Estados Unidos, Munker garante que o braço do KKK ao qual pertence - os Loyal White Knights - conta com cerca de 700 pessoas em Long Island, onde reside, e 1.200 em todo o estado de Nova York.

"As pessoas começam a despertar, a tomar consciência do que acontece", afirmou esse pai de família de 36 anos.

Há cinco anos, Munker disse que se juntou aos Loyal White Knights - o primeiro dos cerca de 40 pequenos grupos que compõem o KKK -, depois que seu tranquilo bairro, "essencialmente branco", mudou completamente com a chegada de conjuntos residenciais populares e com uma população muito mais heterogênea.

Longe de um ressurgimento

Sem dar detalhes sobre sua profissão por medo de perder o emprego, Munker faz parte dos membros ativos do KKK. Originário de uma zona rural de Long Island, ele distribui regularmente folhetos nas cidades vizinhas, na tentativa de aumentar as fileiras do grupo.

A última vez foi em 17 de novembro, quando deixou folhetos em um estacionamento da pequena cidade de Patchogue, que figura no mapa do racismo americano desde o assassinato, em 2008, de um imigrante equatoriano por parte de estudantes. A descoberta dos folhetos levou cerca de 200 pessoas às ruas contra o racismo no domingo seguinte.

Longe dos assassinatos e das cruzes em chamas que marcaram a história e a reputação do Ku Klux Klan no passado, a distribuição de folhetos é, hoje, "a primeira atividade" do grupo e "garante uma visibilidade nacional", explica a pesquisadora Carla Hill, do Centro sobre o extremismo da Liga Antidifamação, uma grande associação judaica de luta contra a intolerância.

Segundo ela, os últimos números disponíveis não sugerem qualquer ressurgimento do movimento. Foram contabilizadas 74 distribuições de folhetos desde o início de 2016, contra 86 em 2015.

Os Loyal White Knights anunciaram um encontro para o próximo sábado, na Carolina do Norte, ainda sem confirmação de hora e lugar. Ainda que a reunião aconteça, não deve atrair muitas pessoas, considerando-se as últimas manifestações do KKK que não passaram de algumas dezenas de pessoas, segundo Hill.

'Espaço político'

Para o especialista Mark Potok, do Southern Poverty Law Center, um observatório do extremismo, embora os "nacionalistas brancos" tenham sem dúvida aumentado desde a chegada de Barack Obama à presidência, o KKK, hoje com cerca de 6.000 membros, não tem qualquer possibilidade de renascer. Nos anos 1960, chegou a reunir 40 mil pessoas, e vários milhões, nos anos 1920.

Certamente, para esses arautos da raça branca, a eleição de Trump "abriu um espaço político que lhes permite apresentar suas ideias como legítimas", quando "há 50 anos não são levadas a sério", disse Potok.

Foi o que mostrou a conferência com tons neonazistas realizada em Washington, em 20 de novembro em torno do líder de extrema-direita Richard Spencer.

Mas esses extremistas "intelectuais" que respondem ao novo apelo "alt-right" sentem "desconfiança do Klan", explica Potok.

Segundo ele, com uma história manchada pela violência, os membros do KKK "não podem, como Richard Spencer, pretender que apenas querem defender os direitos dos brancos sem detestar ninguém".

Gary Munker, amante da caça e da pesca, reconhece que desconfia da mensagem da "alt-right".

"Somos cristãos, eles aceitam todo o mundo. Apenas isso já me faz duvidar de sua integridade", afirmou.

Oito alunos da prestigiosa escola militar americana The Citadel foram suspensos depois de posarem com uma roupa que remonta a Ku Klux Klan (KKK).

A instituição também foi criticada, nesta sexta-feira, pela pré-candidata democrata à presidência Hillary Clinton por ter conservado uma bandeira da Confederação.

"Oito cadetes foram suspensos e partiram para casa esta manhã", confirmou Kimberly Keelor, porta-voz de The Citadel, uma academia privada situada na Carolina do Sul.

Os estudantes foram fotografados vestidos de branco e com a cabeça coberta com uma fronha furada nos olhos, lembrando o capuz dos membros do Ku Klux Klan, um grupo abertamente segregacionista.

Publicadas em uma rede social, as fotos foram consideradas "ofensivas e perturbadoras" pelo presidente da academia militar, que ordenou a abertura de uma investigação sobre o episódio.

"Segundo os primeiros elementos, os cadetes estavam praticando cantos natalinos", como parte de uma cena inspirada em um conto de Charles Dickens, explicou John Rosa, um ex-oficial da Força Aérea americana.

"Essas imagens são contrárias aos nossos valores fundamentais de honra, senso do dever e do respeito", de acordo com uma nota divulgada nesta quinta-feira.

O incidente chamou atenção para outro fato polêmico ligado à mesma academia: que o estabelecimento mantenha em seu campus uma bandeira confederada, emblema dos soldados do sul durante a Guerra de Secessão e símbolo do racismo para muitos americanos.

"Os símbolos do ódio trazem apenas mais ódio. É hora de tirar a bandeira confederada de The Citadel", postou hoje no Twitter a pré-candidata Hillary Clinton.

As críticas contra a bandeira confederada se multiplicaram após o massacre em 17 de junho por um jovem supremacista branco em Charleston, na Carolina do Sul. É exatamente onde fica The Citadel.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando