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As emendas ao Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviado pelo Executivo (PLE nº 14/ 2013) devem ser encaminhadas pelos vereadores do Recife até 15 de maio. O projeto dispõe sobre as linhas para a elaboração da lei orçamentária da administração municipal do exercício financeiro de 2014 e foi lido em plenário no último dia 30 de abril.

A medida compreende as prioridades e metas da administração pública municipal, a estrutura, organização, elaboração e execução do orçamento da cidade; bem como disposições relativas às despesas com pessoal e encargos sociais, entre outros.  

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No artigo 3º, a administração municipal estabelece para o ano que vem prioridades e metas, divididas por áreas fundamentadas em cinco eixos: “Organizando a Cidade”, que abrange o planejamento e ordenamento urbano, transporte e mobilidade, iluminação, saneamento, drenagem e áreas de risco, meio ambiente e gestão de resíduos sólidos e limpeza urbana. Outro eixo é “Qualificando os Serviços”, que faz referência à educação, saúde, segurança, assistência social, esporte e lazer, proteção e defesa animal.

A Lei das Diretrizes Orçamentárias também contempla prioridades e metas do Poder Legislativo (artigo 2º), traçando pontos que dispõem sobre o desenvolvimento do processo legislativo ordinário; da fiscalização e controle dos atos do Poder Executivo. Prevê ainda a consolidação e a edição da legislação vigente, bem como a edição em versão popular, da história da Câmara Municipal do Recife e o apoio à organização de comissão especial para resgatar e legitimar as origens e as denominações dos logradouros públicos da cidade do Recife.

Outra proposta da LDO é a implementação do programa “Câmara nos bairros”, bem como a consolidação dos instrumentos de participação popular no legislativo, através dos conselhos cidadãos, da tribuna popular e da ouvidoria, entre outras ações. 

No dia 31 de maio está marcada audiência pública na Câmara Municipal do Recife, para discutir a LDO.

 

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) para 2014, enviado nessa segunda-feira (15) pelo governo federal ao Congresso, propõe um salário mínimo de R$ 719,48. A matéria também prevê para o próximo ano uma inflação de 4,5%. A LDO precisa ser votada ainda neste primeiro semestre legislativo, segundo determina a Constituição. O Congresso só entra em recesso com essa aprovação.

"A LDO direciona a aplicação dos recursos. Indica quais são as despesas prioritárias e como devem ser organizadas, além de orientar sua execução", explicou o consultor do Senado, José de Ribamar Pereira. Ela é a base para a organização da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, que será analisada no segundo semestre pelos parlamentares.

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Além dessas diretrizes, o texto traz uma série de previsões econômicas. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, está sendo projetado com um crescimento de 4,5%. Devido às pressões inflacionárias, a taxa de juros deve se manter em 7,25% em 2014.

A LDO também apresenta uma lista de despesas que podem ser executadas em 2014 mesmo que o Orçamento não seja aprovado até 31 de dezembro deste ano. Isso inclui despesas obrigatórias, bolsas de estudos, ações de prevenção a desastres, financiamentos a estudantes, formação de estoque público, aplicações mínimas em saúde, investimentos do PAC e investimentos de empresas estatais. Os três últimos foram incluídos neste ano, como novidade em comparação ao ano passado.

A matéria também mantém como prioridades o PAC e o Plano Brasil sem Miséria.

Com informações da Agência Senado.

O relatório geral do orçamento de 2013 foi aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na manhã desta quinta-feira (20). Ainda assim, o governo não poderá fazer novos investimentos, já que a matéria precisaria passar por sessão do Congresso Nacional, o que não ocorrerá mais este ano. Dessa forma, só poderão ser executadas despesas obrigatórias, gastos limitados a 1/12 do que determina a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), enviada em agosto, além dos restos a pagar, que garante a continuidade de obras já em andamento.

Relator da proposta, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) anunciou um acordo para resolver questões que geraram impasse e vinham impedindo a votação do relatório. "Estamos retirando do cálculo da saúde o saneamento, o Programa Academia de Saúde, a Agência Nacional de Saúde (ANS) e os gastos com resíduos sólidos". Jucá manteve os gastos com hospitais universitários e com uma fábrica da Hemobrás, e prometeu incluir cerca de R$ 3,5 bilhões para gastos com média e alta complexidade hospitalar e com o Piso de Atenção Básica.

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Nenhum dos 199 destaques apresentados foi aceito pelo relator. O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que se colocou contra a votação, insistiu na votação de seis destaques de sua autoria em separado, mas todos foram rejeitados. O vice-líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), também questionou a votação do parecer após o acordo que suspendeu as sessões do Congresso este ano. O presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), disse que isso não impede os trabalhos da comissão.

Pimenta convocou a reunião mesmo após o acordo de ontem entre líderes do Senado e da Câmara dos Deputados para não votar nenhuma pauta conjunta até que seja definida a votação dos vetos presidenciais. Ele voltou a criticar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de obrigar a votação de todos os vetos presidenciais para que se pudesse votar os relativos a royalties. "Ele não imaginou que isso inviabilizaria tanta coisa importante para o País".

O governo enviou ao Congresso projeto de lei alterando a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para permitir a concessão do reajuste salarial de 12 categorias de servidores públicos que só aderiram ao acordo recentemente e aceitaram o índice de 5% de aumento em 2013 e outras duas parcelas iguais nos dois anos seguintes.

Para beneficiar os retardatários, o Congresso - quando a Câmara e o Senado se reúnem no plenário conjuntamente - terá de aprovar a mudança na lei, antes de votar o projeto de Orçamento de 2013. Com esse novo procedimento, a proposta orçamentária só será votada na quinta-feira (20). A votação do projeto de mudança da LDO está marcada para esta quarta-feira (19) às 19 horas.

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A Lei de Diretrizes Orçamentárias estabeleceu uma trava para os aumentos salariais: o que não estiver previsto em projeto de lei encaminhado até o dia 31 de agosto ao Congresso não poderá ter recursos correspondentes incluídos no Orçamento para o ano seguinte. O projeto enviado hoje ao Congresso estende esse prazo até o dia 31 de dezembro. Outros dois projetos de lei com os reajustes, abrangendo as 12 categorias, deverão chegar à Câmara nos próximos dias, mas poderão ser votados a partir de fevereiro do próximo ano, quando termina o recesso do Legislativo.

Na nota técnica enviada à Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o Ministério do Planejamento explica que serão incluídos recursos adicionais na reserva de contingência no valor de R$ 901 milhões para bancar esse reajuste. Entre as 12 categorias estão os analistas e técnicos do Banco Central, agentes da Polícia Federal, auditores da Receita e servidores de agências reguladoras.

Veto

Além do atraso para atender aos servidores, a votação do projeto de Orçamento foi contaminado nesta quarta pela disputa por receitas da exploração do petróleo - royalties e participação especial. Há divergências de interpretação que estão provocando uma grande confusão no Legislativo e levantando uma polêmica em torno da possibilidade legal de análise da proposta pelo plenário do Congresso. As interpretações são contraditórias. Setores consideram que a decisão do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), trancou a pauta de qualquer votação pelo Congresso.

Na segunda-feira passada, a pedido de parlamentares do Rio de Janeiro, o ministro Fux determinou que o veto feito pela presidente Dilma Rousseff em parte do projeto que muda as regras de distribuição dos recursos do petróleo só poderá ser votado depois dos demais 3.060 que estão cronologicamente na frente dele.

O artigo 66 da Constituição, que o ministro determinou que seja cumprido pelos parlamentares, define o prazo de 30 dias para que vetos feitos pelos presidentes a projetos aprovados pelos deputados e senadores sejam apreciados pelo plenário do Congresso. Esgotado o prazo, a Constituição determina que "o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final".

Parlamentares da Comissão Mista de Orçamento, interessados em aprovar logo o projeto, afirmam que a decisão de Fux só tranca a pauta de vetos e não de outras propostas. Líderes partidários se dividem, de acordo com seus interesses em votar ou não os vetos. A vice-presidente do Congresso, Rose de Freitas (PMDB-ES), chegou a declarar que nada poderá ser votado antes dos vetos, mas depois mudou de posição.

A queda do veto no projeto dos royalties significa restituir a regra de distribuição mais equilibrada dos recursos entre todos os Estados da federação, como foi aprovada pelos deputados e pelos senadores no projeto vetado parcialmente pela presidente. Atualmente, Rio e Espírito Santo ficam com cerca de 80% de todos os recursos do petróleo destinados aos Estados. A nova distribuição poderia acrescentar em torno de R$ 8 bilhões nas receitas dos Estados não produtores.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que, diante do período eleitoral, o Congresso Nacional não terá tempo para examinar os vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013, publicada em edição especial do Diário Oficial da União desse final de semana. “A essa altura, não temos muita coisa a fazer”, frisou ele.

Ele assumiu não ter tido tempo para analisar os vetos, mas observou que o desejo é de que os pontos incluídos pelo Congresso Nacional sejam aprovados. “Ainda não estudei detalhadamente os vetos, mas evidentemente nós vamos examiná-los. O desejo é de que realmente aquelas partes importantes que o Congresso votou sejam mantidas”, salientou.

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Vetos
Por orientação dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, a presidente vetou um parágrafo que determinava ao governo definir, em conjunto com as centrais sindicais e entidades de aposentados e pensionistas, uma política de valorização dos benefícios, com valor acima do salário mínimo, pagos pela Previdência Social.

"Por não se tratar de regra para a elaboração da proposta orçamentária de 2013, não se coaduna com o objetivo da LDO a discussão sobre política de reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social", explicou a presidente em seu veto.

A LDO estabelece os parâmetros que devem ser seguidos para a montagem do Orçamento federal. A proposta orçamentária, com as previsões de receitas e despesas para o próximo ano, deve ser encaminhada ao Congresso até o final do mês. A LDO prevê que o valor do salário mínimo deve passar para R$ 667,75 no ano que vem, ante os atuais R$ 622.

Com informações das agências Senado e Brasil.

A presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013 com 25 vetos, segundo edição extra do Diário Oficial da União, publicada neste sábado. Por orientação dos ministérios do Planejamento e da Fazenda, a presidente vetou um parágrafo que determinava ao governo definir, em conjunto com as centrais sindicais e entidades de aposentados e pensionistas, uma política de valorização dos benefícios, com valor acima do salário mínimo, pagos pela Previdência Social.

"Por não se tratar de regra para a elaboração da proposta orçamentária de 2013, não se coaduna com o objetivo da LDO a discussão sobre política de reajuste dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social", explicou a presidente em seu veto.

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A LDO estabelece os parâmetros que devem ser seguidos para a montagem do Orçamento federal. A proposta orçamentária, com as previsões de receitas e despesas para o próximo ano, deve ser encaminhada ao Congresso até o final do mês. A LDO prevê que o valor do salário mínimo deve passar para R$ 667,75 no ano que vem, ante os atuais R$ 622.

Outro trecho vetado no texto aprovado pelos parlamentares em julho previa que a política fiscal do governo deveria garantir a queda da dívida pública líquida em 2013. O governo economiza anualmente um volume de recursos para abater parte dos custos da dívida, o chamado superávit primário. No veto, a Presidência da República explicou que a geração desses superávits tem se mostrado uma estratégia "bem-sucedida" para reduzir gradativamente o peso da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB).

Se o texto fosse mantido como aprovado pelo Congresso, o governo seria obrigado a fazer um "expressivo resultado nominal" no próximo ano para assegurar a queda do endividamento líquido.

PAC

Para 2013, segundo a LDO, a meta do superávit primário foi mantida em 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado para o ano, o que representa uma economia de R$ 155,9 bilhões, sendo R$ 108,1 bilhões de responsabilidade do governo central. A meta poderá ser reduzida em até R$ 44,2 bilhões, se a equipe econômica optar em abater os gastos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

Também foi vetado artigo que estabelecia como prioridades e metas ao governo 221 ações em áreas como agricultura familiar, aviação civil, educação, transportes e políticas sociais, entre outros. O veto foi justificado porque a inclusão dessas prioridades poderia desorganizar os esforços para melhorar a execução, monitoramento e controle de ações, "especialmente à luz do contexto econômico internacional".

A maioria dos vetos estão relacionados a aspectos técnicos, cuja regulamentação não pode ser feita pela LDO.

Brasília - O Congresso Nacional aprovou, no início da noite desta terça-feira (13), o parecer final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2013. O texto segue agora para a sanção presidencial. A proposta é de que o salário mínimo tenha um aumento de 7,35%, ficando em R$ 667,75 (hoje é de R$ 622). O novo valor vale a partir do 1º de janeiro de 2013 e poderá ser alterado segundo os parâmetros do PIB no ano de 2011 e da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que tem uma previsão inicial de 4,5%.

No cenário econômico, o texto prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,5%, chegando ao valor de R$ 5,03 trilhões em 2013. A LDO aprovada manteve a meta de superávit apresentada no texto original do Executivo em 3,1% do PIB, chegando a R$ 155,9 bilhões, sendo R$ 108, 1 bilhões para o governo federal (2,15%) e 47, 8 bilhões (0,95%) para estados e municípios, podendo ser reduzida para R$ 45,2 bilhões.

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A dívida líquida do setor público deve girar em torno de 32,5% do PIB.  Manteve-se, ainda, a flexibilidade fiscal solicitada pelo Executivo de reduzir a meta em até R$ 45,2 bilhões (0,9% do PIB), caso a programação se destine a investimentos prioritários.

Com o objetivo de ampliar a lei de acesso a informação, uma das emendas que ganhou destaque é a obrigatoriedade da publicação de salários dos funcionários de empresas como Petrobras, Sebrae, Senai, Sesc, entre outras. Também terão que ser divulgados de forma detalhada os convênios realizados entre empresas estatais e privadas aumentando a transparência dos gastos públicos.

A LDO, que dá base para o orçamento da União no ano seguinte, é uma lei ordinária com validade de um ano e orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). Contendo três pilares como o orçamento fiscal, seguridade social, e investimentos das empresas estatais, ela abrange todos os gastos referentes à administração pública.

Com a votação encerrada, terá início nesta quarta-feira (18) o recesso parlamentar. A votação da LDO é um requisito constitucional para o encerramento das atividades no primeiro semestre.

Brasília - O Congresso Nacional deve votar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) até esta terça-feira (17), último dia útil antes do recesso parlamentar. Deputados e senadores buscam acordos para garantir que a matéria passe pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Plenário. Pela Constituição, o primeiro semestre parlamentar só encerra se houver a votação da LDO.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT/RS), marcou sessão deliberativa para esta segunda (16), às 16 horas, e terça, às 9h. Ele já avisou que outras sessões poderão ser marcadas.

Os parlamentares também deverão votar duas medidas provisórias que fazem parte do Plano Brasil Maior (MPs 563/12 e 564/12). Se a LDO não for votada, essas MPs perderão a validade em 1º de agosto. Se a LDO for aprovada, a vigência segue até o dia 15 de agosto, criando possibilidade de as duas MPs serem analisadas no esforço concentrado na primeira semana do mês.

O governo federal não conseguiu construir um acordo para a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2013 no Congresso. A oposição cobra a liberação de recursos de emendas parlamentares e pagamentos de restos a pagar para permitir a votação. Sem a aprovação da LDO, o Congresso não entra em recesso no dia 18 de julho e a Medida Provisória que tem medidas do Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria, perderia a validade mais cedo, no dia 1º de agosto.

Durante todo o dia líderes na Câmara fizeram negociações para tentar chegar a um entendimento. A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, passou o dia na Casa tentando chegar a uma saída. Na oposição, porém, houve resistência a novas promessas. O líder interino do DEM, Ronaldo Caiado (GO), cobrou dos governistas que a votação só acontecesse após o cumprimento do compromisso de liberação de recursos. Segundo ele, a promessa era de empenho de R$ 1 milhão para cada parlamentar na área da saúde, R$ 1,5 milhão em outros ministérios, além do pagamento de restos a pagar de orçamentos anteriores.

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Apesar dos apelos dos governistas que procedimentos burocráticos não permitiram o cumprimento total do acordo antes do início de agosto, a oposição permaneceu inflexível e fez obstrução tanto na comissão mista de Orçamento, que avalia a LDO, como no plenário da Câmara, onde está a MP do Plano Brasil Maior.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), se envolveu diretamente e garantiu à oposição que os compromissos seriam cumpridos em 20 dias. Mesmo assim, os oposicionistas, puxados pelo DEM, resistiram. Após o fracasso das tratativas, Marco Maia destacou que há ainda a possibilidade de se votar até terça-feira da próxima semana, dia 17, sem prejuízo ao recesso. Os aliados, porém, já foram para suas bases e não tem previsão de retorno a Brasília em julho.

Para o governo, a maior preocupação com o impasse é a possibilidade de a MP do Brasil Maior perder a validade. Isso aconteceria somente no dia 15 de agosto, porque o prazo não conta no recesso parlamentar. Sem LDO e, consequentemente, sem recesso, esse prazo se reduz para o dia 1º de agosto. Para evitar que isso ocorra, os governistas tentarão ainda um acordo para votação até a próxima terça-feira.

 

Para antecipar o recesso parlamentar, que oficialmente começa somente na quarta-feira da próxima semana, dia 18, o Congresso vai tentar votar até esta quarta-feira (11) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), peça fundamental para a elaboração do Orçamento de 2013. Na manhã desta terça-feira (10), líderes da base aliada na Câmara fizeram uma primeira reunião e definiram um calendário que inclui a análise de três medidas provisórias e da LDO até a noite seguinte.

Segundo o vice-líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), faltam apenas "ajustes" com a oposição para concluir o acordo. Na semana passada, a oposição obstruiu votações pedindo a liberação de emendas parlamentares. A reivindicação também atinge a base e levou o governo a fazer um esforço de liberação de recursos até a última sexta-feira, fim do prazo para essa concessão antes das eleições municipais de outubro.

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Na LDO, o relator Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) atendeu aos anseios do governo e negou autonomia ao Judiciário e ao Legislativo para incluir no Orçamento recursos para pagar despesas de pessoal, sem o aval do Executivo. O texto do relator apenas "autoriza" o Executivo a colocar recursos, se assim desejar. A emenda rejeitada pelo relator poderia provocar um impacto de R$ 7 bilhões nas contas públicas.

As três MPs que a Câmara deve votar até esta quarta-feira não estão entre as mais polêmicas. Duas tratam de incentivos dentro do programa Brasil Maior. A terceira renegocia dívidas de produtores rurais do Nordeste, cria o programa Bolsa Estiagem e abre novas linhas de créditos para ajudar no combate à seca na região. Conforme Guimarães, somente a renegociação de dívidas envolve um montante de R$ 2,6 bilhões e beneficiará 231 mil produtores.

 

O salário mínimo em 2013 poderá chegar a R$ 667,75, o que corresponde a um reajuste de 7,3% em relação ao atual. O valor consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Ministério do Planejamento. A equipe econômica projeta ainda mínimo de R$ 729,20 para 2014 e de R$ 803,93 para o ano seguinte – o que resulta em aumento de 29% acumulados até 2015.

A LDO apresenta os parâmetros que servirão de base para a elaboração do Orçamento Geral da União do próximo ano. O projeto manteve as projeções oficiais para a inflação e para o crescimento econômico.

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O crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) continuou estimado em 5,5% para 2013. A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também não variou em relação aos números divulgados em fevereiro pela equipe econômica e ficou em 4,5%, um pouco menos que os 4,7% estimados para este ano.

O Planejamento estima taxa de câmbio média de R$ 1,84 para 2013, contra a taxa de R$ 1,76 em 2012. Os juros básicos da economia, de acordo com o projeto da LDO, deverão encerrar 2012 em 9,75% ao ano e atingir 8,5% ao ano no fim de 2013.

Para mostrar rigor fiscal e impedir pressão por aumento de gastos, a presidente Dilma Rousseff vetou artigo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que previa reajuste acima da inflação a aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefício com valor superior ao do salário mínimo.

Esse foi apenas um dos 32 artigos que a presidente retirou da LDO, atendendo recomendação da equipe econômica. Outros artigos vetados estabeleciam limites aos gastos públicos. "Não há como dimensionar previamente o montante de recursos a serem incluídos no projeto de Lei Orçamentária anual para 2012, uma vez que, até seu envio, a política (de reajuste) em questão poderá ainda não ter sido definida", justificou o Palácio do Planalto, ao vetar o artigo do INSS.

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Com o veto, os aposentados e pensionistas do INSS receberão a variação da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

A decisão, publicada ontem no Diário Oficial da União (DOU), foi aplaudida por alguns, pois segura o aumento dos gastos em um ano que promete ser mais difícil para o País por causa da crise em países ricos.

"Achei a decisão correta. Tem de preservar o poder de compra, mas não repassar ganho real. Não tem como sustentar isso no logo prazo", disse o economista Marcelo Caetano, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e especialista em previdência. Ele ressaltou que, num cenário de instabilidade econômica, a presidente Dilma precisa mostrar compromisso fiscal.

Sensibilidade

Para o senador Paulo Paim (PT-RS) e para o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Warley Martins, o veto à negociação de um aumento real só demonstra a falta de sensibilidade política.

Martins frisou que foi pego de surpresa com a notícia. "Os aposentados estão de luto. Na LDO havia a previsão de negociação, mas não estava nada definido. Na era Collor, os caras pintadas iam para rua. Na era Dilma, será a vez dos caras enrugadas", disse o presidente da Cobap.

A LDO de 2011, formulada no ano eleitoral de 2010, também foi aprovada com um artigo que permitia a negociação de ganho real para os aposentados e pensionistas que recebem mais que um salário mínimo.

Na ocasião, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não vetou o artigo, mas, apesar das pressões dos beneficiários do INSS, o reajuste dado foi de apenas 6,47% - a variação do INPC em 12 meses. Desde 1997, o governo tem garantido ao aposentado a correção do benefício pela inflação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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