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Em sua terceira partida pela Libertadores, o Flamengo venceu nesta quarta-feira o Atlético Paranaense por 2 a 1, no Maracanã, e voltou à liderança de seu grupo, com seis pontos. O time carioca dominou o primeiro tempo, mas o adversário se recuperou na segunda etapa e quase empatou. Na outra partida do grupo, a Universidad Católica empatou com o San Lorenzo e agora é vice-líder, com cinco pontos. O Atlético-PR tem quatro e o San Lorenzo, apenas um ponto.

Antes do jogo, a torcida rubro-negra - que, mesmo diante de forte chuva, esgotou sua cota de ingressos - chamou a atenção reproduzindo em um mosaico o gol marcado por Zico na final da Libertadores de 1981, contra o Cobreloa. A empolgação flamenguista contagiou os atletas.

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O Flamengo teve absoluto domínio no início do jogo e abriu o placar logo aos seis minutos, numa jogada realizada pelos dois peruanos da equipe: Trauco lançou para Guerrero, que era acompanhado pelos dois zagueiros adversários. O atacante dominou a bola, deu um drible da vaca em Thiago Heleno e tocou por cobertura na saída de Weverton. O goleiro conseguiu desviar a bola, que subiu e desceu em cima da linha. Ali, Guerrero e Thiago Heleno disputavam, e o peruano levou a melhor, mandando a bola para o fundo da rede. Foi o primeiro gol dele na Libertadores e o oitavo nesta temporada.

O jogo continuou na mão dos flamenguistas, que conseguiram ampliar nove minutos depois: aos 15, William Arão chegou à linha de fundo e tocou para trás, a bola passou por Trauco e desviou em um defensor atleticano, sobrando para Diego, que bateu forte no ângulo do gol de Weverton.

A primeira jogada de perigo do Atlético-PR só ocorreu depois disso: aos 17, Nikão chutou forte da entrada da área, a bola quicou e Muralha conseguiu espalmar por cima do gol. Aos 26 houve nova investida de Diego, que chutou forte da intermediária e acertou o travessão.

Nos mais de 20 minutos que se seguiram até o fim do primeiro tempo, não houve mais nenhuma grande chance flamenguista, e o Atlético-PR também não conseguiu chegar ao gol adversário com perigo.

O segundo tempo começou equilibrado, bem diferente do primeiro. Com mais volume de jogo do que na etapa inicial, o Atlético-PR diminuiu aos 13 minutos: Lucho González tocou para Douglas Coutinho, que estava livre na direita e cruzou rasteiro para Nikão. O meia só precisou empurrar para a rede.

A situação flamenguista ficou pior aos 18 minutos, quando Diego - o melhor do jogo até então - sentiu uma contusão e precisou ser substituído. Com uma torção no joelho, a situação do meia preocupa.

Em campo desde os 11 minutos, o experiente atacante Grafite ajudou o Atlético a equilibrar a partida e teve boas chances de gol. Aos 45, Nikão aproveitou uma bola desviada por Luiz Otávio e marcou o gol, anulado porque o atacante estava em posição de impedimento. O árbitro deu cinco minutos de acréscimo, o que aumentou a tensão da torcida e dos atletas da casa, mas o time paranaense não conseguiu chegar ao gol.

 

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 2 X 1 ATLÉTICO-PR

FLAMENGO - Alex Muralha; Pará (Cuéllar), Donatti, Réver e Renê; Márcio Araújo, William Arão e Diego (Matheus Sávio); Gabriel (Marcelo Cirino), Paolo Guerrero e Trauco. Técnico: Zé Ricardo.

ATLÉTICO-PR - Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Deivid (Luiz Otávio), Matheus Rosseto, Lucho González (João Pedro), Nikão e Douglas Coutinho; Eduardo da Silva (Grafite). Técnico: Paulo Autuori.

GOLS - Guerrero, aos seis, e Diego, aos 15 do primeiro tempo. Nikão, aos 13 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Wilson Lamouroux (Colômbia).

CARTÕES AMARELOS - Paulo André (Atlético-PR); Donatti e Pará (Flamengo).

PÚBLICO - 58.558 pessoas (53.389 pagantes).

RENDA - R$ 3.336.297,50.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio (RJ).

O Palmeiras nesta Copa Libertadores tem sido um time do apagar das luzes, do último respiro. Após ganhar na estreia em casa com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, a equipe foi ainda mais tardia nesta quarta-feira. O gol da vitória por 3 a 2 sobre o Peñarol, no Allianz Parque, saiu aos 54 minutos da etapa final.

O herói do jogo épico foi Fabiano. O lateral está longe de ser o mais festejado pela torcida e marcou apenas o segundo gol pelo clube. O outro tem ainda mais peso histórico, pois foi o do título brasileiro do ano passado, contra a Chapecoense. Agora, o resultado positivo coloca a equipe como líder do Grupo 5 da competição, com sete pontos.

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A torcida do Palmeiras aos poucos se acostuma com a tensão inerente aos jogos da Libertadores. Se na rodada anterior, contra o Jorge Wilstermann, o gol também veio nos acréscimos, diante do Peñarol viu o time perder muitos gols e novamente ter o resultado sob suspense até quase depois dos acréscimos. Pelo menos de luta, não se pode reclamar.

O técnico Eduardo Baptista repetiu pela primeira vez a formação do Palmeiras no ano. A escalação foi a mesma usada contra o Novorizontino, na última sexta-feira, mas os jogadores fizeram uma partida bem diferente, principalmente em termos de comportamento. Chegar ao gol do Peñarol significava ter de contornar a marcação, fugir das faltas e desviar de carrinhos.

Dudu era o mais capacitado para essa dura travessia. Sozinho, porém, era apenas um solitário alviverde contra pelo menos dois marcadores a cada jogada. Os uruguaios jogavam ao seu estilo, ao ganharem o máximo de tempo possível com o jogo parado e brigarem o quanto podiam nas divididas.

O preço dessa entrega saiu barato para o Peñarol no primeiro tempo. Ter recebido três cartões amarelos pelas várias faltas cometidas é quase nada diante do imenso lucro da vitória parcial. Um escanteio terminou com o gol de cabeça do zagueiro Arias, aos 31 minutos.

A desvantagem desorganizou o Palmeiras. Por pouco o Peñarol não fez 2 a 0. Fernando Prass salvou e deu a possibilidade de o intervalo e a conversa no vestiário salvarem o trágico resultado da etapa inicial.

A oportunidade bastou para o jogo mudar. O segundo tempo foi uma jornada tão diferente que em cinco minutos a história era outra. Willian empatou no primeiro minuto, Dudu virou aos cinco. Borja ainda teve um pênalti para ampliar, aos nove. O chute foi para fora.

Para conseguir essa reviravolta o Palmeiras imprimiu um ritmo forte. A equipe voltou disposta a conseguir a virada de qualquer jeito, com uma velocidade impressionante capaz de fazer o Peñarol apanhar na bola e em pouco tempo tudo o que havia batido até então.

Apesar da reação, o jogo não estava resolvido. O Peñarol continuou a ameaçar nas jogadas aéreas. Para a angústia da torcida, novamente o grito do terceiro gol ficou abafado. A defesa uruguaia tirou em cima da linha um chute de Tchê Tchê. A punição veio na sequência, quando uma falta cobrada até a área rendeu o empate aos 30 minutos, com Gastón Rodríguez.

A angústia piorou porque logo na sequência outra chance incrível foi perdida. Willian driblou o goleiro e ao finalizar, chutou no travessão. Tudo isso deixou o resultado de empate como um tremendo prejuízo, capaz de irritar e causar a expulsão de Dudu, já nos acréscimos. Sorte que para o Palmeiras, o jogo demora para acabar.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 3 X 2 PEÑAROL

PALMEIRAS - Fernando Prass; Fabiano, Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo (Thiago Santos); Willian, Tchê Tchê, Guerra (Keno) e Dudu; Borja (Michel Bastos). Técnico: Eduardo Baptista.

PEÑAROL - Guruceaga; Petryk, Quintana, Ramón Arías e Hernández; Novick (Gastón Rodríguez), Pereira, Nandez e Cristian Rodríguez; Junior Arias (Ángel Rodríguez) e Affonso (Perg). Técnico: Leonardo Ramos

GOLS - Ramon Arias, aos 31 minutos do primeiro tempo. Willian, a 1, Dudu, aos 5, Gastón Rodríguez, aos 30, Fabiano, aos 54 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roddy Zambrano (Equador)

CARTÕES AMARELOS - Felipe Melo, Mina (Palmeiras); Pereira, Affonso, Petryk, Rodríguez (Peñarol).

CARTÃO VERMELHO - Dudu (Palmeiras).

RENDA - R$ 2.582.842,67.

PÚBLICO - 38.483 torcedores.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

O Grêmio chegou a dar impressão de que venceria fácil o Deportes Iquique ao abrir 3 a 0 em apenas 28 minutos na noite dessa terça-feira (11), em casa, mas depois sofreu dois gols do time chileno no segundo tempo e passou sufoco no fim para segurar o placar de 3 a 2 que garantiu ao time a liderança isolada do Grupo 8 da Copa Libertadores.

Ao comentar a atuação de sua equipe, o técnico Renato Gaúcho elogiou o que qualificou como "aula de futebol" no primeiro tempo, mas não escondeu a irritação com o fato de o time ter caído muito rendimento na etapa final, na qual se acomodou com a boa vantagem conquistada na primeira metade do confronto.

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"O primeiro tempo foi uma aula de futebol, isso eu já havia falado para o meu time no intervalo do jogo. E a coisa que falei para eles (jogadores) é que o jogo não estava decidido. E o que sempre falo para eles e para vocês (jornalistas) é que a bola pune. Você tem de ter cuidado os 90 minutos e, tendo a oportunidade, você tem de fazer os gols. E oportunidades nós tivemos, várias, inclusive no primeiro tempo", afirmou o comandante, em entrevista coletiva na Arena Grêmio.

Renato ainda lembrou do último clássico com o Internacional, também em casa, pelo Campeonato Gaúcho, no mês passado, quando abriu o placar no primeiro tempo e depois levou dois gols em um intervalo de apenas dois minutos na etapa final, antes de buscar o empate por 2 a 2.

"No segundo tempo deu aquele 'soninho', como deu no Gre-Nal, e quase que a gente deixou escapar um resultado importante para a gente dentro de casa. Mas, não se preocupe, o puxão de orelha já foi dado, pior se nós tivéssemos perdido. Que sirva de lição, pois isso não pode mais acontecer nos próximos jogos", ressaltou o treinador, que depois enfatizou que o importante foi ter somado três pontos. "Ganhamos, por mais que seja no sufoco. (O Grêmio) É que nem mulher grávida. Gosta de sofrer. O puxão de orelha a mais será entre o grupo e eu", prometeu.

Após o triunfo pela Libertadores, o Grêmio agora irá iniciar a sua preparação para o jogo de ida das semifinais do Campeonato Gaúcho, domingo, contra o Novo Hamburgo, em casa, onde esperar abrir vantagem antes de decidir a vaga na decisão como visitante.

Parecia uma vitória tranquila, que tinha tudo para se transformar em uma goleada. Só pareceu mesmo. Nesta terça-feira (11), o Grêmio foi arrasador no primeiro tempo e abriu 3 a 0 contra o Deportes Iquique, para alegria de seu torcedor. Mas depois do intervalo o time brasileiro "parou" em campo, permitiu dois gols dos chilenos e passou sufoco até o final para garantir o triunfo por 3 a 2, na Arena Grêmio, em Porto Alegre, que lhe garantiu a liderança do Grupo 8 da Copa Libertadores, após duas rodadas.

Com seis pontos, o Grêmio assumiu isoladamente a chave, mas pode ter a companhia do Guaraní, do Paraguai, que tem três e nesta quarta-feira (12) recebe o Zamora, da Venezuela, em Assunção. Na semana que vem, no dia 20 (quinta-feira), pela terceira rodada, o time brasileiro jogará na capital paraguaia. O Deportes Iquique, sem ponto algum até o momento, um dia antes atuará em solo venezuelano.

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Em campo, o Grêmio foi espetacular logo nos primeiros minutos. Exercendo pressão no campo adversário, o time brasileiro não deixou os chilenos jogar. Com calma, marcou três gols, mas poderia ter feito muito mais. O destaque foi Luan, autor dos dois primeiros - aos 15 minutos, chutou de fora da área e contou com a ajuda do goleiro Brayan Cortéz; e, aos 23, recebeu livre na entrada da área e deu uma cavadinha na saída do arqueiro do Deportes Iquique.

Pouco depois, Pedro Rocha arrancou em velocidade, invadiu a área e foi derrubado pelo marcador. O pênalti, aos 28 minutos, foi muito bem batido pelo atacante equatoriano Bolaños no canto esquerdo baixo de Brayan Cortéz. Placar de 3 a 0 e promessa de mais na Arena Grêmio.

Só ficou na promessa mesmo. Depois do intervalo, o Grêmio simplesmente "apagou" em campo. Não teve mais força ofensiva, principalmente após a saída do veterano Léo Moura, que jogou no meio de campo, e viu o Deportes Iquique atacar com mais objetividade. O atual líder invicto do Campeonato Chileno soube explorar as falhas gremistas e marcou dois gols - aos 15 minutos com Rafael Caroca, após escanteio da direita, e aos 22 com Misael Dávila, em jogada pela esquerda e finalização na entrada da área.

Para sorte do Grêmio, o Deportes Iquique não teve mais forças e não assustou mais o gol defendido por Marcelo Grohe. No ataque, a entrada do paraguaio Lucas Barrios e de Fernandinho deu mais rapidez aos gremistas, que perderam algumas oportunidades, mas puderam comemorar a vitória em casa.

OUTROS JOGOS - Mais três partidas foram realizadas nesta terça-feira pela Libertadores. E todas aconteceram em grupos com times brasileiros na disputa. O Palmeiras, por exemplo, perdeu a liderança do Grupo 5 com a vitória de virada do Jorge Wilstermann sobre o Atlético Tucumán, da Argentina, por 2 a 1, em Cochabamba, na Bolívia, pela terceira rodada. Os boliviano foram a seis pontos, contra quatro dos palmeirenses.

Em Assunção, que venceu de virada foi o Godoy Cruz, da Argentina, contra o Libertad por 2 a 1. Assim, o time argentino foi a quatro pontos no Grupo 6, após dois jogos. Nesta quinta-feira, o Atlético Mineiro recebe o Sport Boys, da Bolívia, e pode empatar com o Godoy Cruz na liderança.

Por fim, em La Plata, na Argentina, o Barcelona, de Guayaquil (Equador), surpreendeu o Estudiantes ao vencer por 2 a 0, pela segunda rodada do Grupo 1. Com seis pontos, os equatorianos lideram a chave e podem ter a companhia do Botafogo, que tem três e pega o Atlético Nacional, na Colômbia, nesta quinta-feira. A partida desta terça marcou a reestreia do volante Juan Sebastián Verón, de 42 anos, no Estudiantes.

FICHA TÉCNICA

GRÊMIO 3 x 2 DEPORTES IQUIQUE

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Edílson, Rafael Thyere, Kannemann e Marcelo Oliveira; Ramiro, Maicon (Fernandinho), Léo Moura (Michel Santos), Bolaños (Lucas Barrios) e Pedro Rocha; Luan. Técnico: Renato Gaúcho.

DEPORTES IQUIQUE - Brayan Cortéz; Enzo Guerrero, Hernán Lopes, Mauricio Zenteno e Tomás Charles; Rafael Caroca, Misael Dávila, Luis Bustamante e Reynero (Riquero); Diego Torres (Bielkiewecz) e Álvaro Ramos. Técnico: Jaime Vera.

GOLS - Luan, aos 15 e aos 23, e Bolaños (pênalti), aos 28 minutos do primeiro tempo; Rafael Caroca, aos 15, e Misael Dávila, aos 22 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ramiro, Marcelo Oliveira e Bolaños (Grêmio); Luis Bustamante, Tomás Charles, Rafael Caroca, Hernán Lopes e Mauricio Zenteno (Deportes Iquique).

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (Fifa/Uruguai).

RENDA - R$ 1.105.541.

PÚBLICO - 28.235 pagantes (30.343 no total).

LOCAL - Arena Grêmio, em Porto Alegre (RS).

Terceira rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, jogo no estádio Allianz Parque contra adversário uruguaio depois de uma vitória e um empate nas partidas anteriores. A situação é idêntica à de 2016 e, por isso, o Palmeiras não quer se arriscar nesta quarta-feira (12), às 21h45, em São Paulo, a correr contra o Peñarol o mesmo risco vivido no ano passado.

A eliminação precoce na fase de grupos da Libertadores de 2016 repercute no Palmeiras como uma lição. Aquela campanha começou a se tornar decepção na derrota para o Nacional, do Uruguai, por 2 a 1, em casa depois de um empate na estreia como visitante (River Plate, do Uruguai) e de uma vitória como mandante (Rosario Central, da Argentina).

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O revés diante do time uruguaio no Allianz Parque motivou na ocasião a demissão do técnico Marcelo Oliveira e a vinda de Cuca, responsável pela conquista do Campeonato Brasileiro. O sucessor dele, Eduardo Baptista, é quem tenta evitar o sufoco contra o Peñarol. "Pela história, se espera um jogo difícil e truncado. No último jogo (Jorge Wilstermann) sofremos até o último segundo para fazer o gol. Que dirá contra um time com essa história na competição", disse o volante Felipe Melo, ao exaltar os cinco títulos do Peñarol na Libertadores.

O jogador é um personagem da partida por se tratar do primeiro encontro dele contra adversários do Uruguai. Ao ser apresentado, em janeiro, o reforço do Palmeiras exemplificou que, pela vontade de se entregar em campo, seria capaz de dar tapa em jogadores uruguaios caso fosse preciso.

A repercussão negativa da declaração fez Felipe Melo adotar tom bem mais ameno nesta terça-feira, quando concedeu entrevista coletiva pela segunda vez no ano. "Nunca dei tapa na cara de ninguém, não vou dar tapa na cara de uruguaio. Quis dizer que tem de entrar duro, se precisar", disse, ao pedir desculpas.

A formação titular da equipe deve ser parecida à usada na última sexta-feira contra o Novorizontino, mas com a entrada de Jean. O lateral-direito se recuperou de fissura no pé direito e treinou com a equipe nos últimos dias. Os últimos três trabalhos do Palmeiras foram fechados.

A comissão técnica analisou partidas recentes do Peñarol, com direito ao envio de representantes ao Uruguai. As principais preocupações são com o meia Cristian Rodriguez, ex-seleção uruguaia, e o atacante Affonso, de 1,92 metro.

ARENA - A equipe estreia nesta quarta-feira no novo gramado do Allianz Parque, plantado nos últimos três dias. A WTorre, responsável pelo estádio, disse que a nova técnica de plantio vai beneficiar o clube, pois permite à arena sediar jogos logo após shows. "No começo de março chegamos a recusar uma proposta de um grande show internacional para novembro porque coincide com as datas de semifinais e finais da Libertadores", afirmou o CEO da empresa, Rogério Dezembro.

O executivo afirmou que a arena deve receber pelo 16 shows no ano e, como a procura dos artistas costuma ser feita com seis meses de antecedência, é difícil conciliar a agenda. "Às vezes marcamos um show sem saber o calendário. No ano passado, por exemplo, a Libertadores teve o regulamento alterado, foi alongada. Isso foi comunicado no fim do ano apenas", explicou Rogério Dezembro.

Através do seu site oficial, o Sport anunciou oficialmente, a contratação do técnico Ney Franco. O novo treinador rubro-negro será apresentando na tarde da próxima terça-feira, no Centro de Treinamento José de Andrade Médicis. O contrato de Ney Franco com o Leão da Ilha vai até o final do ano. Ele chega com o auxiliar Alexandre Grasselli e com o preparador físico Alexandre Lopes.

O mineiro de Vargem Grande é formado em Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa e iniciou a carreira de treinador nas categorias de base de Atlético-MG e Cruzeiro. Em 2004, assumiu o comando do Ipatinga, quando foi cogitado para comandar o rubro-negro. “Esse namoro com o Sport existe há muito tempo. Não acertamos antes pois estava envolvido em outros projetos e quem me conhece sabe que quando entro em um projeto eu vou até o final”, comentou o novo comandante ainda em terras americanas. “Chegarei aí amanhã à tarde e já irei direto para o campo. Temos um jogo importante na quinta-feira (contra o Campinense, pela Copa do Nordeste) e não podemos perder tempo”.

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Aos 50 anos, Ney tem no currículo títulos estaduais, nacionais e também internacionais. Passou por Ipatinga, Flamengo, Atlético-PR, Botafogo, Coritiba, São Paulo e Vitória, além de ter comandado a Seleção Brasileira Sub-20. “O Sport está me dando a oportunidade de voltar ao mercado em uma equipe que está disputando cinco competições. Temos por objetivo colocar o Sport na Libertadores. Para tanto, a força da nossa torcida é fundamental. Quando treinava outras equipes e via na tabela que iríamos jogar contra o Sport, em Recife, sempre ressaltava a força da torcida. Nesse momento precisamos que ela abrace o time e nos apoie”, pediu o novo comandante.

Com informações do site oficial do Sport

O Santos desperdiçou muitas chances nesta quinta-feira (17), mas contou com um gol de Ricardo Oliveira e outro de Renato para conquistar a sua primeira vitória na edição de 2017 da Copa Libertadores. Na Vila Belmiro, os veteranos garantiram o triunfo por 2 a 0 sobre o The Strongest, pela segunda rodada do Grupo 2.

O gol nesta noite serve como redenção para Ricardo Oliveira, que vinha passando por um raro jejum, tanto que não havia marcado em 2017, um ano em que teve alguns problemas, o principal deles uma caxumba que o fez perder boa parte da pré-temporada.

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Ricardo Oliveira poderia até ter marcado mais vezes, não fossem as várias chances perdidas, não só por ele, mas por outros companheiros do setor ofensivo, especialmente Bruno Henrique, que teve boa atuação, mas falhou nas finalizações, especialmente na etapa final, quando o The Strongest tinha dez jogadores em campo - Veizaga foi expulso ainda na primeira. E, já no final do segundo tempo, foi o volante Renato quem deu alívio ao torcedor ao marcar de cabeça, fazendo 2 a 0.

O triunfo deixa o Santos na liderança do Grupo 2, com quatro pontos, ainda mais que o Independiente Santa Fe superou o Sporting Cristal por 3 a 0 no outro jogo da chave nesta quinta. Colombianos e bolivianos somam três pontos e os peruanos estão com um.

O Santos volta a jogar pela Libertadores em 19 de abril, quando visitará o Santa Fe. Já pelo Campeonato Paulista, o próximo compromisso será no domingo, o clássico com o Palmeiras, na Vila Belmiro.

O JOGO - Principal novidade na escalação do Santos, Bruno Henrique, que ganhou a condição de titular após marcar três gols no último fim de semana, no duelo com o São Bernardo, foi exatamente o primeiro jogador a ameaçar a meta adversária. Logo aos três minutos, ele fez boa jogada individual pela esquerda e finalizou para a defesa de Daniel Vaca.

A resposta do The Strongest foi imediata, no minuto seguinte, com Escobar, que percebeu Vladimir adiantado e acertou o travessão em uma cobrança de falta lateral. O lance perigoso foi uma demonstração de que o time boliviano não entrou em campo pensando apenas em se defender, conseguindo trocas passes na intermediária.

Só que o Santos, mesmo sem muito volume de jogo, era quem ditava o ritmo de jogo, tentando encontrar espaços na defesa boliviana. E quase conseguiu marcar aos 16 minutos, quando Thiago Maia ganhou a bola em dividida na intermediária e Ricardo Oliveira ficou com ela, avançando até finalizar cruzado, para fora.

Jogador mais perigoso do Santos no primeiro tempo, Bruno Henrique voltou a ameaçar a meta boliviana aos 33 minutos, quando entortou seus marcadores na esquerda da grande área. Marteli tentou o corte, mas desviou a bola para o próprio gol, levando Vaca a fazer a defesa no "susto".

Mas embora esboçasse uma pressão, o Santos pouco finalizava, fruto da falta de criatividade. Só que no final da primeira etapa, conseguiu o seu gol. Em jogada individual de Lucas Lima, Veizaga derrubou o meia na entrada da grande área. E a cobrança de Ricardo Oliveira foi perfeita para encerrar o seu jejum de gols em 2017.

O gol e a expulsão de Veizaga mudaram completamente o panorama do jogo. Se o The Strongest havia feito jogo duro no primeiro tempo, acabou sendo completamente dominado na etapa final, deixando muitos espaços para o Santos criar diversas chances de gol.

Foi assim aos quatro minutos, quando Vitor Bueno deu lindo passe pra Bruno Henrique, que driblou o goleiro e finalizou, com Bejarano salvando com um carrinho. O veloz atacante também falhou aos sete, após cruzamento de Ricardo Oliveira, aos 13, depois de levantamento de Victor Ferraz, e aos 22, concluindo uma bola troca de passes.

Até Ricardo Oliveira vacilou perdendo duas chances em um mesmo lance, aos nove. E Vitor Bueno quase marcou de cabeça aos 12, após cruzamento de Victor Ferraz. Assim, o Santos foi desperdiçando seguidas chances de matar o jogo, ficando exposto a riscos, como aos 24 minutos, quando Matias Alonso cobrou falta com perigo.

Depois desse susto, o Santos tratou de valorizar mais a posse de bola e de esfriar o jogo. Acabou ameaçando os adversários em um chute de longe de Lucas Lima e marcou o gol que definiu a sua vitória aos 38 minutos, com Renato, de cabeça, após cobrança de falta do camisa 10 santista.

FICHA TÉCNICA:

SANTOS 2 X 0 THE STRONGEST

SANTOS - Vladimir; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Zeca; Renato (Leandro Donizete), Thiago Maia e Lucas Lima; Vitor Bueno (Vladimir Hernández), Ricardo Oliveira e Bruno Henrique (Copete). Técnico: Dorival Júnior.

THE STRONGEST - Daniel Vaca; Diego Bejarano, Luis Maldonado, Luis Fernando Marteli e Marvin Bejarano; Raúl Castro, Wálter Veizaga, Agustín Jara (Wayar) e Pablo Escobar (Valverde); Alejandro Chumacero (Fabrício Pedroso) e Matías Alonso. Técnico: César Farias.

GOLS - Ricardo Oliveira, aos 44 minutos do primeiro tempo; Renato, aos 38 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Nestor Pitana (Argentina).

CARTÃO AMARELO - Thiago Maia (Santos); Wálter Veizaga e Pablo Escobar (The Strongest).

CATÃO VERMELHO - Wálter Veizaga.

RENDA - R$ 381.290

PÚBLICO - 13.132.

LOCAL - Vila Belmiro, em Santos (SP).

A noite desta quinta-feira (16) será mais uma a entrar para a história da Chapecoense. Em reconstrução após a tragédia aérea às vésperas da decisão da Copa Sul-Americana de 2016, o time catarinense agora vai disputar o seu primeiro jogo na Arena Condá pela Libertadores, a partir das 19h30, quando receberá o argentino Lanús.

A Chapecoense teve um bom começo na Libertadores, torneio que disputa após ser declarada campeã da última Copa Sul-Americana, ao superar o Zuliia por 2 a 1, na Venezuela, no seu jogo de estreia no Grupo 7. Agora tentará dar o passo seguinte para se aproximar das oitavas de final.

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E a Chapecoense vai aproveitar o confronto na Arena Condá para estrear uma camisa que lembra a tragédia e homenageia as vítimas do acidente aéreo ao trazer a seguinte inscrição: "Chape na Libertadores da América 2017. Obrigado, eternos guerreiros".

O bom início na Libertadores contrasta com a irregularidade exibida pelo time em outras competições, tanto que a Chapecoense foi eliminada na fase de grupos da Primeira Liga, ficou sem segundo lugar no primeiro turno do Campeonato Catarinense e estreou no segundo com um empate contra o Inter de Lages no último fim de semana.

Até por isso, Vagner Mancini descartou mudar o que deu certo na estreia na Libertadores. Assim, o treinador repetirá a base do time que venceu na Venezuela, com um esquema tático mais cauteloso, com a escalação de três volantes - Andrei Girotto, Moisés Ribeiro e Luiz Antonio, autor de um dos gols do time contra o Zulia e que deverá ter mais liberdade para chegar ao ataque.

Mas Mancini indicou nos últimos treinamentos que vai fazer uma mudança no setor ofensivo da Chapecoense. Recuperado de uma varicela, Rossi, que nem viajou para a Venezuela no último fim de semana, vai ficar com a vaga que foi de Arthur no último fim de semana.

RIVAL BUSCA REAÇÃO - Nesta quinta, a Chapecoense terá pela frente um adversário pressionado por um início ruim de ano. Afinal, o Lanús começou a sua participação no Grupo 7 com derrota como mandante - perdeu por 1 a 0 para o uruguaio Nacional. E um novo revés pode afundar de vez o seu sonho de avançar na competição continental.

Para piorar, no fim de semana, ainda que sem usar a força máxima, o time foi derrotado por 3 a 0 pelo Racing na retomada do Campeonato Argentino. Por isso, pressionado, o técnico Jorge Almirón sabe que o Lanús precisará sair de Chapecó com um bom resultado.

Para conseguir isso em um jogo tão emblemático e de peso histórico, aposta no talento dos atacantes Lautaro Acosta e Alejandro Silva. E tem uma dúvida no meio-de-campo, setor onde Nico Aguirre e Matías Rojas disputam uma posição.

O segundo compromisso do Santos na Copa Libertadores já terá caráter decisivo. Após empatar por 1 a 1 com o Sporting Cristal, no Peru, o time vai receber nesta quinta-feira (16), na lotada Vila Belmiro, o The Strongest, da Bolívia, às 21h45, mirando a liderança do Grupo 2.

O time boliviano superou o colombiano Independiente Santa Fe na sua estreia e saltou na frente na chave. Por isso, o Santos sabe da necessidade de triunfar nesta quinta, não só para assumir a dianteira do Grupo 2 da Libertadores, mas principalmente para evitar uma disputa de posição com o The Strongest no confronto de volta, na Bolívia.

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Além disso, o Santos tentará manter o moral elevado após um início de temporada complicado. A avaliação é de que o time iniciou a sua recuperação no empate com o Sporting Cristal, com a exibição de espírito de luta para arrancar a igualdade no segundo tempo do duelo no Peru e depois sustentá-lo com grandes defesas de Vladimir.

No último fim de semana, mesmo poupando os titulares, goleou o São Bernardo por 4 a 1 pelo Campeonato Paulista. O jogo, aliás, aumentou as opções à disposição do técnico Dorival Júnior para o setor ofensivo, com as boas atuações do colombiano Vladimir Hernández e, principalmente, Bruno Henrique, autor de três gols.

Inicialmente, porém, Dorival não deve mudar o ataque. O treinador fechou o treino do time nesta quarta-feira, mas a tendência é a de que ele mantenha Vitor Bueno, que vem em declínio técnico após um ótimo início de temporada, e o colombiano Copete, dando nova oportunidade a eles entre os titulares.

Agora, porém, eles possuem "sombras" consideráveis e caso não façam o setor ofensivo funcionar, poderão ser trocados. A tarefa deles, e também de Lucas Lima, ainda será a de ajudar Ricardo Oliveira a encerrar o jejum de gols na temporada 2017, em que já enfrentou alguns problemas, o que incluiu uma caxumba que adiou a sua estreia neste ano.

"Faz parte acontecer alguns imprevistos, mas o importante é que ocasiões de gols estão sendo criadas. Fiz dois gols legais este ano e eles foram anulados. Estou participando de jogadas importantes dentro do nosso coletivo. Claro que não vou esquecer da minha função, que é a de fazer gol. Mas tenho de certeza que vai acontecer na hora certa. Espero que seja neste jogo de quinta-feira", afirmou.

A principal baixa do Santos nesta quinta-feira será o zagueiro Cleber, que ainda se recupera de dores no joelho. Sem ele, a dupla de zaga será formada por David Braz e Lucas Veríssimo. E o experiente zagueiro espera um apoio maciço das arquibancadas da Vila Belmiro, ainda mais que os ingressos se esgotaram nesta quarta.

"Me ajuda bastante o torcedor vibrando e cantando. Me empolgo, fico motivado. Bonito demais ver a Vila lotada, ainda mais na Libertadores em que viu o Santos ter três conquistas. Da mesma forma que o torcedor quer o tetracampeonato, eu também quero. É um sonho conquistá-lo. Conto muito com o torcedor, que eles possam mesmo nos apoiar até o final para conseguirmos a vitória", comentou David Braz.

O The Strongest chega para o duelo na Vila Belmiro embalado por ter eliminado Montevideo Wanderers, do Uruguai, e o Unión Española, do Chile, nas fases preliminares da Libertadores, além de vir de triunfo sobre o Independiente Santa Fe. Além disso, ainda não perdeu nesta edição da Libertadores, com quatro vitórias e um empate, com 14 gols marcados e apenas um sofrido.

O time apostará suas fichas na Vila Belmiro nos contra-ataques e em jogadas de bola parada, além do entrosamento de diversos jogadores com mais de dez anos de clube. E a esperança é a de que o volante Alejandro Chumacero, com passagem pelo Sport, mantenha a sua grande fase na Libertadores - já são seis gols marcados em cinco partidas disputadas.

É no clima de otimismo pela arena lotada e confiante após a vitória no clássico sobre o São Paulo que o Palmeiras faz sua primeira partida no Allianz Parque na atual edição da Copa Libertadores. E a motivação para receber o Jorge Wilstermann, da Bolívia, às 21h45, também é enorme, pois um resultado positivo vai significar à equipe consolidar a boa fase e assumir a liderança do seu grupo.

Nas últimas partidas, o atual campeão brasileiro conseguiu superar a desconfiança pelo rendimento abaixo do esperado nos primeiro jogos de 2017, como na derrota para o Corinthians por 1 a 0. A situação vivida agora é outra, bem oposta. Os 3 a 0 sobre o São Paulo, no último sábado, coroaram a nova fase vivida pelo Palmeiras. Aliás, o discurso atual é de evitar o favoritismo e respeitar o adversário.

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"Não tem nada de favoritismo. Tem resultados que são surpreendentes, como foi o 6 a 1 do Barcelona no PSG, pela Liga dos Campeões. Temos que levar isso como lição e respeitar o time deles", afirmou o meia Tchê Tchê nesta terça-feira. No último dia de preparação, o Palmeiras optou novamente por fazer um treino fechado na Academia de Futebol.

O adversário é o atual campeão colombiano e líder do Grupo 5. O Jorge Wilstermann surpreendeu na primeira rodada, ao golear por 6 a 2 o Peñarol, do Uruguai, em Cochabamba. O Palmeiras somou apenas um ponto ao segurar o empate em 1 a 1 com o Atlético Tucumán, na Argentina, e mira o encontro com os bolivianos como a oportunidade de ganhar e assumir a liderança.

O clube vendeu até a manhã desta terça-feira 36 mil ingressos. A tendência é o Allianz Parque receber o maior público da história para um jogo de Libertadores. O recorde atual é de 36,1 mil pessoas, registrado no ano passado. O bom momento cativou a presença da torcida e o elenco admite o dever de ganhar para não passar sufoco na briga para conseguir vaga nas oitavas de final, como foi em 2016, quando acabou eliminado ainda na fase de grupos.

"A gente sabe que tem uma grande responsabilidade por jogar em casa. A torcida vem fazendo o papel deles, lotando o estádio. Precisamos encarar essa expectativa de uma boa maneira, para não sentir o peso, nem entrar na loucura de querer fazer o gol rápido", alertou Tchê Tchê. Recuperado de fratura no ombro esquerdo, ele voltou após um mês parado e fez gol no clássico de sábado.

A equipe boliviana conta na defesa o experiente Alex Silva, de 32 anos, ex-São Paulo, Flamengo e seleção brasileira. O time tem ainda com outro brasileiro Thomas Santos, já naturalizado boliviano. Outro destaque é o argentino Christian Chávez, revelado pelo Boca Juniors.

Uma semana após estrear na Copa Libertadores massacrando o argentino San Lorenzo no Maracanã por 4 a 0, o Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (15) contra a Universidad Católica, atual bicampeã chilena, a partir das 21h45, em Santiago, pela segunda rodada do Grupo 4.

O meia Mancuello é desfalque certo. Ele ainda se recupera de um choque na cabeça que sofreu durante a partida contra o San Lorenzo, há uma semana. Sem o argentino, o técnico Zé Ricardo deve lançar o colombiano Berrío no time titular. Outra possibilidade é que Marcio Araújo entre no time, caso o treinador opte por uma formação mais cautelosa.

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"Os exames de imagem não evidenciaram nenhuma lesão, mas o ideal para esse tipo de suspeita de concussão é que o atleta trabalhe pelo menos uma semana sem impacto e fique 72 horas em repouso, sem treinamento. Estamos seguindo esse protocolo", afirmou o médico Márcio Tannure.

Tentando conter a euforia da torcida, o meia Diego afirmou que a Católica é "diferente" do San Lorenzo. Na primeira rodada do Grupo 4, o time chileno enfrentou o Atlético Paranaense em Curitiba e conseguiu empatar mesmo após estar perdendo por 2 a 0.

"São equipes diferentes. Cada uma vai apresentar dificuldades para a gente. Provaram a qualidade contra o Atlético no resultado que foram buscar fora de casa. A equipe deles também é bem organizada, então temos vários motivos para entrar bem concentrados e respeitando o adversário", afirmou Diego. Já o meia Willian Arão afirmou que a Católica "é um time que trabalha bem a bola, controla bem a partida". "Esperamos um jogo difícil, mas estamos preparados", concluiu.

O meia argentino Conca, que cumpre rotina de recuperação física, não vai jogar e nem viajou para Santiago, mas atraiu a atenção dos chilenos mesmo à distância. Ele jogou pela Católica de 2005 a 2006 e ganhou o título nacional em 2005. Sem saber da ausência do argentino, vários torcedores chilenos perguntaram por ele durante o desembarque do Flamengo no aeroporto.

Após uma sequência de maus resultados no início da temporada, quando perdeu quatro jogos seguidos pelo torneio nacional, a Universidad Católica começou a se recuperar nesta última semana. Na quarta-feira. empatou com o Atlético-PR na estreia na Libertadores e no fim de semana goleou o Antofagasta por 4 a 1, pelo Chileno.

No jogo desta noite o clube não contará com o defensor Guillermo Maripán, expulso na partida de Curitiba. Em entrevista coletiva, o técnico Mario Salas afirmou que, para ganhar, seu time terá que neutralizar Diego.

"Futebol é muito democrático, muito generoso. Se o jogo fosse fora do campo, perderíamos. Mas se joga no campo", afirmou o técnico da Católica. "Não importa o dinheiro, a infraestrutura, mas o talento. Valia o mesmo contra o Atlético Paranaense. Vamos lutar palmo a palmo", garantiu.

Os torcedores chilenos esgotaram os 10 mil ingressos colocados à venda e prometem transformar o acanhado estádio em um caldeirão. Aos flamenguistas foram reservados 800 entradas.

De volta à Copa Libertadores após cinco anos, o Santos iniciou a busca pelo seu quarto título continental com um empate. Nesta quinta-feira, o time arrancou a igualdade por 1 a 1 com o Sporting Cristal, no Estádio Nacional de Lima, pela rodada inicial do Grupo 2, com uma atuação irregular.

Para o duelo desta quinta, o Santos contou com o retorno de três titulares absolutos - Renato, Lucas Lima e Ricardo Oliveira -, além de David Braz enfim ter começado uma partida como titular em 2017. Mas acabou sendo um reserva quem assegurou o empate: Vladimir.

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O goleiro santista fez ótimas defesas no final do segundo tempo, garantindo a igualdade do placar. Antes disso, o time havia apresentado um futebol irregular, errando muito no primeiro tempo, quando foi vazado em um lance em que o autor do gol - Cazulo - estava impedido.

Na etapa final, o Santos cresceu na partida, ajudado pelo talento de Lucas Lima e até chegou ao empate com Thiago Maia. Mas não teve forças para conseguir a virada e ainda contou com o seu goleiro reserva para retornar do Peru com um ponto.

O Santos voltará a jogar pela Libertadores na próxima quinta-feira, na Vila Belmiro, quando receberá o The Strongest, que estreou com vitória por 2 a 0 sobre o Independiente Santa Fe, também nesta quinta, na Bolívia. No mesmo dia, os bolivianos receberão o Cristal.

Antes, porém, o Santos terá compromisso pelo Campeonato Paulista. Fora da zona de classificação às quartas de final, o time vai visitar o São Bernardo neste domingo, no Primeiro de Maio.

O JOGO - O início da partida foi franco, com o Sporting Cristal se lançando ao ataque para pressionar o Santos, apostando em uma marcação adiantada. Só que no seu primeiro avanço, o time brasileiro quase abriu o placar explorando a fragilidade defensiva dos adversários. Foi aos oito minutos, quando Victor Ferraz, livre na área após passe de Copete, errou o cruzamento. Ainda assim, a bola sobrou para Lucas Lima, que acionou Thiago Maia. Só que o volante não conseguiu finalizar.

Mas o Sporting Cristal acabou marcando aos 13 minutos, se aproveitando de um erro da arbitragem, que não percebeu o impedimento do autor do gol. Lobatón cobrou falta e Cazulo, de cabeça, mandou para as redes, deixando o time peruano em vantagem.

Nem o gol tirou o time da casa do ataque, ainda que o time não tenha conseguido mais ameaçar tanto a meta defendida por Vladimir, embora aproveitasse os espaços deixados pelo Santos, que estava espaçado em campo. Essa postura ofensiva do Cristal também permitia que o Santos criasse oportunidades, ainda que o time estivesse desorganizado. Foi assim aos 31 minutos, com Vitor Bueno, que recebeu passe de Lucas Lima e chutou forte, de fora da área. De soco, Viana fez a defesa.

Na parte final do primeiro tempo, o Santos adiantou a marcação e conseguiu ser mais efetivo no campo de ataque, quase empatando o jogo aos 44 minutos, quando, após cobrança de falta, Cleber finalizou de dentro da área, parando em uma defesa em dois tempos do goleiro Viana.

O Cristal continuou com sua postura ofensiva no segundo tempo e permitiu, assim, que Lucas Lima, muito marcado e apagado no primeiro tempo, criasse, enfim, uma ótima jogada, aos cinco minutos. Em jogada de velocidade, o meia lançou Ricardo Oliveira, que finalizou para boa defesa de Viana.

O problema é que o Santos parecia sem inspiração e cometia muitos erros, como ocorreu com Copete, que mesmo com muito espaço pelo lado esquerdo do ataque, falhou em três cruzamentos seguidos. Preocupado, Dorival colocou o colombiano Vladimir Hernández, que fez a sua estreia por uma competição oficial, na vaga do apagado Vitor Bueno.

Só que aí o talento de Lucas Lima apareceu. Após intensa troca de passes no campo de ataque, o meia deu lindo passe, acionando Thiago Maia na grande área. O volante dominou a bola e fuzilou o goleiro Viana, empatando a partida no Peru.

Com Lucas Lima inspirado e, principalmente, participativo, o Santos parecia ter o jogo sob controle, embora a defesa do Cristal se postasse bem. Assim, o time não conseguiu chegar ao gol da virada. E os peruanos "acordaram" nos minutos finais, sufocando o Santos.

Foi quando apareceu Vladimir, que fez ótima defesa aos 37 minutos, após cruzamento na área, numa jogada em que Cléber também fez um corte providencial para evitar o gol. E também aos 41 minutos, em uma cobrança de falta colocada de Ortíz.

O Santos também teve a sua chance de vencer, numa jogada em que reclamou do gol anulado de Ricardo Oliveira por suposta falta em Viana, mas acabou sendo Vladimir quem apareceu novamente, aos 45 minutos, parando Ortíz, que cabeceou forte, mas não conseguiu dar a vitória ao Cristal graças ao goleiro brasileiro.

FICHA TÉCNICA

SPORTING CRISTAL 1 X 1 SANTOS

SPORTING CRISTAL - Viana; Revoredo, Cazulo, Garcés e Cespédes; Pedro Aquino,

Lobatón (Ballón), Costa e Sánchez; Sandoval (Christian Órtiz) e Diego Ifrán (Blackburn). Técnico: Guillermo del Solar.

SANTOS - Vladimir; Victor Ferraz, David Braz, Cléber e Zeca; Thiago Maia,

Renato, Lucas Lima e Vitor Bueno (Vladimir Hernández); Copete (Bruno Henrique) e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Junior.

GOLS - Cazulo, aos 13 minutos do primeiro tempo; Thiago Maia aos 21 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Jose Argote (Venezuela).

CARTÕES AMARELOS - Lobatón e Cazulo (Sporting Cristal); Cléber (Santos).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Nacional, em Lima (Peru).

O Grêmio superou os muitos desfalques e conseguiu um ótimo resultado na estreia da Libertadores. Nesta quinta-feira, a equipe gaúcha dominou a maior parte do confronto diante do Zamora, mesmo na Venezuela, e venceu por 2 a 0 um rival que mostrou valor com bom toque de bola, mas que vacilou demais na marcação e permitiu os gols de Léo Moura e Luan.

Mesmo sem nomes como Edílson, Pedro Geromel, Maicon e Douglas, todos titulares em 2016 e atualmente lesionados, e com todo o nervosismo de uma estreia de Libertadores fora de casa, o Grêmio foi contundente. Até chegou a sofrer no início, quando o toque de bola e qualidade ofensiva do Zamora surpreenderam, mas soube reagir para vencer com autoridade.

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O resultado coloca o Grêmio na liderança do Grupo 8 ao lado do Guaraní-PAR, que também venceu na estreia, mas com vantagem no saldo de gols. No dia 11 de abril, o time de Renato Gaúcho receberá o outro rival da chave, o Deportes Iquique, na Arena, em Porto Alegre. Na quarta que vem, no entanto, o foco volta a ser o Estadual, com o confronto diante do Brasil de Pelotas, fora de casa.

O JOGO - O começo foi assustador para o torcedor gremista, que viu sua equipe sentir demais os desfalques e ser totalmente envolvida pelo Zamora. Principalmente com Peña e Gallardo, que aproveitavam o espaço no lado esquerdo da defesa brasileira para surpreender.

Logo aos quatro minutos, Uribe foi lançado pelo setor e aproveitou cochilo da defesa para bater forte, cruzado. Grohe caiu para fazer boa defesa. Aos nove, Peña fez o que quis nas costas de Marcelo Oliveira, passou por dois marcadores e tocou para Clarke no meio da área, mas o panamenho não finalizou bem, desperdiçando grande chance.

O primeiro bom momento gremista aconteceu somente aos 15 minutos, quando Luan aproveitou roubo de bola no meio de campo e deixou Michel em ótimas condições na área, mas o volante isolou. O Grêmio começava a perceber que a marcação por pressão podia ser a chave para deixar de sofrer.

Aos poucos, o nervosismo abaixou, o time se encontrou em campo e o Grêmio cresceu. Em um meio de campo que ainda sente a falta de Douglas, Pedro Rocha aparecia como principal criador de jogadas e fez grande lance aos 25 minutos, antes de tocar para Bolaños. O equatoriano foi melhor ainda ao cortar o marcador e bater. Salazar defendeu.

Mas o lado esquerdo da defesa seguia um problema, e por ali Gallardo fez o que quis com Marcelo Oliveira e tocou para Peña, que perdeu sozinho, na marca do pênalti. Se não marcou, o Zamora viu a resposta do Grêmio ser fatal. Aos 45, Pedro Rocha fez linda tabela pelo meio com Luan e encontrou Léo Moura em ótimas condições dentro da área. O lateral mostrou sua qualidade no ataque e encheu o pé no canto esquerdo do goleiro.

O Grêmio voltou embalado para a etapa final e não tardou a aumentar. Pedro Rocha roubou a bola no meio de campo, tabelou com Bolaños e foi à linha de fundo, de onde cruzou no meio para Ramiro. O meia gremista chegava em velocidade e foi empurrado por Ovalle: pênalti. Luan bateu no canto direito do goleiro, que caiu para o outro lado, e marcou aos seis minutos.

O Zamora, então, se lançou todo ao ataque, mas já não encontrava a facilidade de antes pela direita do ataque. Ainda assim, quase diminuiu aos 17. Peña recebeu cruzamento na área, e Grohe saiu de forma atabalhoada. O meia, então, cortou o goleiro e bateu firme, mas Kannemann bloqueou com o peito e salvou o Grêmio. Na cobrança de escanteio, Filipetto cabeceou para o gol, mas Ramiro, em cima da linha, salvou de novo.

O Grêmio resistia às investidas do adversário e buscava o contra-ataque para matar o jogo. O terceiro quase veio aos 31, quando Bolaños finalizou firme de dentro da área e Salazar defendeu. O último respiro venezuelano aconteceu na sequência. Gallardo recebeu sozinho na área e finalizou firme, mas Thyere tirou de carrinho, mostrando que o dia era mesmo do time gaúcho.

 

FICHA TÉCNICA:

ZAMORA 0 X 2 GRÊMIO

ZAMORA - Carlos Salazar; Ángel Faria (Ronald Hernández), Oscar Hernández, Filipetto e Ovalle; Luis Melo, Luis Vargas (José Pinto), Clarke (Eduardo Sosa), Angelo Peña e Erickson Gallardo; Anthony Uribe. Técnico: Francesco Stifano.

GRÊMIO - Marcelo Grohe; Leo Moura, Rafael Thyere, Kannemann e Marcelo Oliveira; Michel, Jailson, Ramiro, Miller Bolaños (Fernandinho) e Pedro Rocha (Lucas Barrios); Luan (Everton). Técnico: Renato Gaúcho.

GOLS - Léo Moura, aos 45 minutos do primeiro tempo. Luan, aos seis minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Darío Herrera (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Ovalle, Luis Vargas (Zamora).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estadio Agustín Tovar, em Barinas (Venezuela).

A estreia do Grêmio na Copa Libertadores, nesta quinta-feira (9), contra o Zamora, na Venezuela, promete ser mais difícil do que o esperado. Não bastasse a dificuldade de jogar fora de casa, a equipe ainda precisa superar os desfalques do volante Maicon e do zagueiro Pedro Geromel, dois dos principais jogadores do elenco.

Maicon deve ter recuperação rápida de uma lesão na panturrilha, mas ainda não tem condições de jogo e sequer viajou com o grupo à Venezuela. Já o problema de Geromel é mais grave: sofreu uma fratura na costela, após levar uma cotovelada no Gre-Nal disputado no sábado, e ficará afastado dos gramados por tempo indeterminado.

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A direção gremista agiu rápido e já nesta quarta-feira contratou Bruno Rodrigo, que estava sem time após deixar o Cruzeiro no fim do ano passado. O zagueiro, contudo, não teve tempo de treinar. Assim, embora reforçará o time no restante da Libertadores, ele está fora da estreia.

Sem Pedro Geromel e Bruno Rodrigo, Renato Gaúcho deve optar por Rafael Thyere para formar dupla com Kannemann. Outra opção menos provável seria Bressan. Para o lugar de Maicon, por sua vez, a vaga deve ser de Michel. "Já decidi, o time está na minha cabeça, mas não vou falar agora", desconversou o treinador.

Aproveitando os desfalques do adversário, o Zamora chega confiante para o jogo. Embora tenha perdido seus quatro duelos para equipes brasileiras na competição - diante de Fluminense e Atlético Mineiro, tanto em casa como fora -, o segundo colocado do Campeonato Venezuelano aposta que pode surpreender.

"Vamos com a esperança de começar da melhor maneira, de somar os três pontos e conseguir um resultado importante em nossa torcida e em nossa casa", comentou o meio-campista Luis Melo, um dos destaques do time. "Estamos trabalhando para isso, para conseguir um semestre histórico. Temos a mente voltada apenas para o Grêmio e treinamos muito para estar no topo."

Grêmio e Zamora estão no Grupo 8, liderado hoje pelo Guaraní-PAR, que derrotou o Deportes Iquique em sua estreia na Libertadores, na última terça-feira.

O técnico Paulo Autuori lamentou o empate do Atlético Paranaense por 2 a 2 com a Universidad Católica, na noite de terça-feira (7), na Arena da Baixada, avaliando que o time acabou tropeçando em um jogo que "estava ganho", pois a equipe abriu 2 a 0, mas acabou sendo vazada aos 40 e aos 42 minutos do segundo tempo. Ele destacou que esta não foi a primeira vez que o time vacila na parte final de um duelo, além de ter assumido a responsabilidade pelo tropeço na estreia na fase de grupos da Copa Libertadores.

"O jogo estava ganho. Nos dois últimos jogos, erramos no final do jogo. Temos que ter mais atenção. Erramos na saída, o que originou o primeiro gol. Depois, outro erro. Perdemos a capacidade de reação", disse o treinador. "Levamos gols que geralmente não sofremos, aconteceu. Isso é minha responsabilidade", completou.

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O Atlético-PR tentará se recuperar na Libertadores em 15 de março, quando visitará o San Lorenzo, em Buenos Aires, pela segunda rodada do Grupo 4. Com a necessidade de reabilitação, Autuori apontou a série contra o Deportivo Capiatá pela fase preliminar como inspiração ao time, pois naquela oportunidade o Atlético-PR vacilou em casa - empate por 3 a 3 -, mas avançou ao vencer como visitante, por 1 a 0. "Cabe a nós fazer o resultado. Vamos com o mesmo ânimo e a mesma certeza de que podemos trazer o resultado, como trouxemos do Paraguai", destacou Autuori.

Antes de voltar a campo pela Libertadores, o Atlético terá compromisso pelo Campeonato Paranaense. No próximo domingo, o time vai receber o Londrina, na Arena da Baixada, pela sétima rodada.

Três dias depois de cair nos pênaltis diante do Fluminense na final da Taça Guanabara, no Engenhão, que no tempo normal foi palco de um eletrizante empate por 3 a 3, o Flamengo volta a campo nesta quarta-feira (8) para a sua estreia na Copa Libertadores, às 21h45, contra o San Lorenzo, da Argentina. O jogo marca o reencontro do time rubro-negro com o Maracanã, que será utilizado pela primeira vez no ano em uma partida oficial.

Abandonado nos dois primeiros meses do ano por causa do "jogo de empurra" que envolve a responsabilidade pela administração do estádio e motivo de uma série de decisões judiciais recentes, o Maracanã estará lotado. No começo da tarde desta terça (7), o clube carioca informou que só restavam 2.100 ingressos para o setor Oeste Inferior do grande palco do futebol brasileiro para este confronto continental.

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Em todos os outros setores os ingressos já haviam se esgotados, incluindo o Maracanã Mais, uma espécie de área VIP do estádio. Mais de 44 mil ingressos já haviam sido vendidos pela internet antes mesmo de o Flamengo começar a comercializar as entradas em postos de venda físicos, na segunda-feira (6). A carga total colocada à venda foi de 68.500 bilhetes.

Antes de abrir campanha na Libertadores, o técnico Zé Ricardo fechou o treino de reconhecimento do Maracanã nesta terça e depois, em entrevista coletiva, não confirmou a escalação da equipe para o confronto. Entretanto, o treinador avisou que "não deve fazer grandes mudanças" em relação ao time que enfrentou o Fluminense no último domingo.

"O que aconteceu na última partida ficou para trás. Os atletas são experientes. Nesses dois dias que passaram, eles perceberam que podemos melhorar para buscar uma grande atuação e a vitória", projetou o comandante, confiante de que o time não apresentará as mesmas falhas defensivas vistas no primeiro tempo do duelo com o Flu, que terminou com vitória por 3 a 2 para o rival.

"Dificilmente teremos um primeiro tempo tão estranho como tivemos domingo. Uma coisa que marcava a equipe era um equilíbrio defensivo. Conversamos bastante, eles são inteligentes. Sem dúvida, o San Lorenzo acompanhou o jogo domingo", disse o treinador.

Já ao falar sobre o gramado do Maracanã, o técnico admitiu que o mesmo "não está 100%" depois de ficar abandonado até pouco tempo atrás. Entretanto, viu o campo em condições de jogo e destacou esperar que o mesmo "não decida a qualidade ou não da partida".

No San Lorenzo, a principal dúvida do técnico Diego Aguirre é o meia Ezequiel Cerutti, que sofreu uma lesão muscular na perna direita. Entretanto, o jogador já treina desde o último final de semana e deve ser confirmado na equipe titular neste confronto válido pela primeira rodada do Grupo 4 da Libertadores.

A fase de grupos da 58ª edição da Copa Libertadores começa nesta terça-feira (7), mas, diferentemente de outras, não terminará mais no meio do ano - agora, o principal torneio de clubes do continente será disputado até o mês de novembro.

Com um calendário mais extenso, dirigentes das 32 equipes que vão lutar pelo título (principalmente as brasileiras) reforçaram os seus elencos e apostam na força de seus torcedores nas partidas em casa, fazendo com que a competição se torne uma das mais equilibradas dos últimos anos.

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Não há limites para atletas estrangeiros, um diferencial para times de maior poder aquisitivo. Após a fase de grupos, os cruzamentos serão definidos por sorteio entre os oito primeiros colocados contra os oito segundos das chaves.

Nesta edição, duas equipes do mesmo país poderão estar na final. Isso ocorreu em duas temporadas, sempre com times brasileiros. Em 2005, a decisão foi entre São Paulo e Atlético-PR e no ano seguinte entre Inter e São Paulo.

Entre as novidades para esta edição, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) permitirá às equipes que ostentem em suas camisas um patch especial com o número de títulos de cada clube no torneio. Xodó de todos os torcedores da América do Sul, a Libertadores também pode render um bom dinheiro para as agremiações que avançarem até as fases mais agudas. Somadas todas as fases, o clube campeão receberá cerca de R$ 25 milhões - se o time tiver disputado partidas desde a primeira fase, esse valor chegará perto dos R$ 27 milhões.

Os valores são os mesmos de 2016 - a Conmebol promete aumentar as premiações a partir da edição de 2019, quando um novo contrato com as emissoras que possuem os direitos de transmissão do torneio terá de ser assinado. Cada clube que disputou a primeira fase recebeu uma cota de US$ 250 mil (R$ 788 mil); US$ 400 mil (R$ 1,26 milhão) na segunda. Agora, cada uma das 32 equipes vai embolsar US$ 1,8 milhão (R$ 5,67 milhões) na etapa de grupos, onde cada equipe fará três jogos como mandante; US$ 750 mil (R$ 2,36 milhões) nas oitavas de final; US$ 950 mil (R$ 3 milhões) nas quartas; US$ 1,25 milhão (R$ 3,94 milhões) nas semifinais; US$ 1,5 milhão (R$ 4,72 milhões) ao vice-campeão; e finalmente US$ 3 milhões (R$ 9,45 milhões) ao campeão.

OS MAIS VALORIZADOS - Segundo o site Transfermarkt.com, sete dos dez elencos mais valiosos da Libertadores são brasileiros. Curiosamente, o time de maior valor até o início da fase de grupos é o tradicionalíssimo River Plate, da Argentina, tricampeão da competição (1986, 1996 e 2015). Juntos, seus atletas têm valor de mercado de 71,25 milhões de euros - cerca de R$ 230 milhões. Seus maiores trunfos são o atacante Lucas Alario, que tem valor de mercado estimado em 12 milhões de euros (R$ 39,7 milhões), e o técnico Marcelo Gallardo, que foi campeão como jogador e como treinador do clube.

O Atlético-MG aparece na segunda posição, com um grupo avaliado em R$ 225 milhões, seguido pelo Palmeiras (R$ 205 milhões), Flamengo (R$ 185 milhões), Grêmio (R$ 175 milhões), Santos (R$ 152 milhões), Atlético-PR (R$ 121 milhões), Estudiantes de La Plata (R$ 110 milhões), San Lorenzo (R$ 108 milhões) e Botafogo (R$ 95 milhões).

No lado oposto estão os times da Bolívia, que são os mais baratos em toda competição. O Jorge Wilstermann, por exemplo, está avaliado em R$ 11,9 milhões. Logo acima dele vem o The Strongest, que tem um valor de mercado de apenas R$ 12,6 milhões. Só que essa equipe de La Paz passou pelas três fases preliminares da competição e deixou para trás o Montevidéu Wanderers, do Uruguai, e o Unión Española, do Chile. Em ambos os casos, a altitude da cidade boliviana fez boa diferença em campo.

CAMPEÃO DESMONTADO - Time mais popular da Colômbia e atual campeão da Libertadores, o Atlético Nacional começa a disputa neste ano com novas caras na briga pelo tricampeonato.

Da equipe que levantou o troféu da competição no dia 27 de junho de 2016, nada menos do que seis atletas que jogaram a decisão como titulares foram negociados. Desses, três estão no Brasil: o atacante Borja e o meia Guerra, ambos contratados pelo Palmeiras, e o atacante Berrío, no Flamengo. Jonathan Copete, que era reserva da equipe no torneio, foi vendido ao Santos ainda no ano passado.

Ainda foram negociados o zagueiro Sánchez, que foi para o Ajax; os volantes Mejía, que reforçou o León, do México, e Sebastián Pérez, atualmente no Boca Juniors; e o atacante Marlos Moreno, contratado pelo Manchester City e emprestado ao La Coruña.

Com R$ 100 milhões no caixa, a equipe foi às compras, mas com parcimônia. Chegaram o volante Edwin Valencia, o meia Leao Ramírez e o atacante Dayro Moreno. A aposta do técnico Reinaldo Rueda é na mescla entre reforços e jovens das categorias de base.

Faltando apenas um dia para a estreia da Chapecoense na Copa Libertadores, contra a equipe do Zulia, o clube catarinense apresentou novidades na lista dos 30 jogadores inscritos para a competição. Alan Ruschel e Neto, sobreviventes da queda do avião da equipe em novembro do ano passado, foram incluídos na relação entregue à Conmebol na última sexta-feira.

Os reforços da equipe catarinense ainda estão em fase de recuperação. Portanto, não viajaram com o grupo para a estreia na competição sul-americana, nesta terça, na cidade venezuelana de Maracaibo.

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O lateral-esquerdo Alan Ruschel já realiza treinos com bola e foi um dos convidados para acompanhar a equipe sub-23 em um amistoso no Peru, contra o Sport Boys, no último sábado. Neto continua os tratamentos em Chapecó e ainda não tem uma previsão de retornos aos gramados.

Preparada para o próximo confronto, a equipe principal da Chapecoense encarou uma viagem de 30 horas para a Venezuela e desembarcou nesta segunda-feira. O clube foi recepcionado com uma salva de palmas pelos torcedores presentes no aeroporto e recebeu o apoio do governo local, que se colocou à disposição para auxiliar a delegação.

A uma semana da estreia do Palmeiras na Copa Libertadores, contra o Atlético Tucumán, na Argentina, o atacante Keno afirmou que o elenco já está preparado para o estilo de jogo da competição. Em entrevista nesta quarta-feira (1º), o jogador explicou que mesmo com um jogo pelo Campeonato Paulista a disputar antes da partida no país vizinho, o elenco já tem falado bastante sobre o torneio continental.

Nas conversas, os jogadores tratam sobre o estilo de jogo mais aguerrido e até um pouco violento que podem encontrar em alguns compromissos da Libertadores. Keno relembrou ter disputado a competição em 2015, pelo Atlas, do México. "Eu não tenho medo. Não precisa ter medo de zagueiro. Se ele me bater de volta, vou de novo para cima. Não estou acostumado a apanhar, não sou de me esconder. Zagueiro é zagueiro, ainda mais em uma Libertadores", disse.

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Keno deixou o Santa Cruz no fim do ano passado para reforçar o Palmeiras e já fez dois jogos como titular. No último deles, no sábado, marcou o primeiro gol dele pelo clube, ao abrir o placar na goleada de 4 a 1 sobre a Ferroviária, no Allianz Parque, pelo Campeonato Paulista. A tendência é o atacante ser mantido na formação para o jogo de sexta, em Campinas, com o Red Bull Brasil, o último antes da estreia na Libertadores.

O jogador afirmou que por ter visto partidas do Atlético Tucumán pela televisão, notou no adversário bastante garra e velocidade. Pela análise dele, a partida fora de casa vai exigir muita disputa física em campo. "Lembro que em 2015 teve um jogo pelo Atlas que a gente apanhou, contra o Colo Colo, no Chile. Os argentinos também chegam firme, jogam duro. Sabemos que vamos ter de enfrentar isso", afirmou.

A diretoria do Palmeiras pediu para o jogo com o Red Bull ser antecipado de domingo para sexta-feira para dar mais tempo para o elenco descansar e poder viajar à Argentina. O time deixa São Paulo na segunda-feira, faz escala em Buenos Aires e depois tem voo de mais de duas horas até San Miguel de Tucumán, onde treina na terça, véspera do jogo.

O Atlético-PR suou mais uma vez, mas alcançou seu grande objetivo neste início de ano: avançar à fase de grupos da Libertadores. Em um jogo com a cara do torneio continental nesta quarta-feira à noite, no acanhado estádio Erico Galeano Segovia, o time brasileiro marcou logo no início com Lucho González e depois se fechou para segurar o triunfo por 1 a 0 diante do Deportivo Capiatá.

O empate por 3 a 3 na ida, semana passada, na Arena da Baixada, parecia complicar a classificação do Atlético-PR. Mas em Capiatá, o time brasileiro encontrou um gol em lance de bola parada logo aos 11 minutos para conseguir o resultado que lhe beneficiava. Com a vantagem, deu todo o campo ao adversário e sofreu nos últimos minutos, mas selou a classificação.

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O resultado deu a vaga ao Grupo 4 da Libertadores ao Atlético-PR, junto com Flamengo, Universidad Católica e San Lorenzo. A estreia na competição acontecerá no dia 7 de março, em casa, diante da Universidad Católica. Grafite, suspenso, já é desfalque certo para a partida.

O JOGO - Com a necessidade de marcar, o Atlético-PR começou indo para cima. E o Capiatá, como em boa do confronto de ida, tentava fazer o tempo passar e abusava da cera desde o primeiro minuto.

O jogo era morno, mas em uma jogada de bola parada, o Atlético-PR chegou ao primeiro gol. Nikão cobrou escanteio pela esquerda, Paulo André apareceu sozinho na pequena área, mas não cabeceou em cheio. A finalização, então, se transformou em assistência para Lucho González, que ficou sem goleiro para bater para o gol.

O gol imediatamente mudou o panorama do jogo. A cera do Capiatá se transformou em pressa, e aí o time paraguaio ganhou o campo de ataque e passou a pressionar. Aos 13, Gamarra recebeu lançamento perfeito nas costas de Paulo André, dominou e tocou por cima de Weverton, rente ao travessão.

Sem jogadores de grande criatividade, o Capiatá apostava nas jogadas de bola parada. E o Atlético-PR entregou as armas que o adversário precisava, ao cometer inúmeras faltas próximas à área. Como resultado, quatro jogadores do time brasileiro tomaram cartão amarelo no primeiro tempo.

Aos 31 minutos, Pablo tentou cortar após escanteio da esquerda e quase marcou contra. A situação era preocupante para o Atlético-PR, e para piorar, Grafite precisou deixar o campo com uma lesão muscular. O time paranaense foi para o intervalo aliviado com a manutenção parcial do triunfo.

Na volta para o segundo tempo, o Atlético-PR mudou de postura. Para evitar o sufoco, valorizou a posse de bola e passou a tocá-la no ataque. Aos poucos, encontrou espaços e criou algumas boas oportunidades, como aos 10 minutos, quando Lucho González recebeu de frente para o gol e encheu o pé, por cima.

Mas durou pouco esta nova atitude dos visitantes. Autuori colocou o zagueiro Wanderson na vaga de Lucho e aceitou a pressão do Capiatá. O Atlético-PR desafiava o adversário a cruzar e apostava em sua defesa, que resistia bem às investidas.

Os contra-ataques eram raros, e no melhor deles Luis Henrique falhou ao tentar um drible na área adversária. Aos 39, a defesa do Capiatá errou e Nikão ficou com a bola de frente para o goleiro, com tempo para pensar e finalizar, mas jogou em cima de Medina. O meia ainda ficou com a sobra, mas escorregou e bateu mascado, perdendo chance inacreditável.

 

FICHA TÉCNICA:

DEPORTIVO CAPIATÁ 0 x 1 ATLÉTICO-PR

DEPORTIVO CAPIATÁ - Bernardo Medina; Carlos Bonet, Cristian Martínez, Néstor González e Ramón Ortigoza; Alexis González (Cristian López), Eduardo Ledesma, Gustavo Noguera (Dante López) e David Mendieta (Dionisio Pérez); Julio Irrazábal e Roberto Gamarra. Técnico: Diego Gavilán.

ATLÉTICO-PR - Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Lucho González (Wanderson), Carlos Alberto (Felipe Gedoz) e Nikão; Pablo e Grafite (Luis Henrique). Técnico: Paulo Autuori.

GOL - Lucho González, aos 11 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Néstor Pitana (Fifa/Argentina).

CARTÕES AMARELOS - Alexis González, Irrazábal (Deportivo Capiatá); Grafite, Lucho González, Pablo, Carlos Alberto, Nikão, Weverton (Atlético-PR).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Estádio Lic. Erico Galeano Segovia, em Capiatá (Paraguai).

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